quarta-feira, 8 de novembro de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: PRESSIONAR CRIANÇAS PARA QUE SEJAM BONS ALUNOS RESULTA EM DESÂNIMO - ROSELY SAYÃO -COM GABARITO


Artigo de Opinião: Pressionar crianças para que sejam bons alunos resulta em desânimo

                                                                     Rosely Sayão

Pesquisas apontam aumento na taxa de suicídio entre os jovens brasileiros, e o fenômeno é mundial. Por esse motivo, alguns países têm se preocupado com a depressão em crianças e jovens. A Academia Americana de Pediatria, por exemplo, recomendou que os médicos devem sempre procurar sinais dessa doença nos mais novos. Sinal amarelo piscando.
Precisamos pensar com atenção na saúde mental de nossas crianças e de nossos jovens. Mas parece que nem as famílias e nem as escolas têm essa questão como importante: ambas são criadoras de muitas causas que podem afetar negativamente a qualidade de vida emocional de quem elas deveriam cuidar. Vamos levantar alguns pontos que podem provocar pressão em demasia, ansiedade e medos de fracasso nas crianças e nos jovens.
Primeiramente, a pressão sobre a vida escolar. Nunca, nunca antes tivemos famílias e escolas tão empenhadas em fazer com que filhos e alunos tenham alta performance escolar, o que significa, é claro, boas notas, aprovação com destaque em exames e provas etc. Mas por quê?
Porque, de repente, decidimos que o bom rendimento escolar da criança é pré-requisito fundamental para um futuro profissional promissor. Posso assegurar-lhe que não é, por dois motivos bem simples. Primeiro: bom rendimento escolar não significa, necessariamente, bom aprendizado. Segundo: estamos um pouco atrasados nessa premissa, já que, hoje, ter estudos não garante nada, absolutamente nada em termos profissionais, e não apenas em nosso país. Agora, imagine crianças – inclusive as mais novas – e jovens pressionados até o limite para que sejam bons alunos. Só pode resultar em ansiedade, desânimo, receios etc. Junte a isso as acirradas competições às quais eles são submetidos, o bullying – que eu reputo à ausência de adultos na tutela dos mais novos –, as agendas lotadas de compromissos, as intermináveis lições de casa (muitas vezes motivos para brigas entre pais e filhos), a erotização precoce que promove busca infantil por um determinado tipo de beleza etc.
Uau! Se para um adulto essa mistura já pode ser explosiva para a sanidade mental, imagine, caro leitor, para crianças e adolescentes! E o que podemos fazer? Muita coisa! Deixar de confundir cobrança com pressão já pode ser um grande passo. Nossos filhos e alunos precisam ser cobrados a levar sempre adiante sua vida escolar. Mas precisamos ser mais compreensivos quando eles não conseguem, e ajudá-los no esforço que precisam investir para aprender, em vez de pressioná-los mais ainda.
As famílias podem e devem também ensinar os filhos a lidar com suas emoções. Sabe quando uma criança pequena pega algum objeto de vidro e os pais o ensinam a tomar cuidado porque é frágil e ela pode quebrar, mesmo sem querer? Podemos fazer a mesma coisa com os sentimentos que ela experimenta. Posso ilustrar isso que acabei de dizer com o seguinte exemplo: quando uma criança manifesta raiva, devemos ensiná-la que essa emoção e suas manifestações podem machucá-la e também os outros.
E a escola precisa se dar conta de que o ambiente escolar pode ser – e em geral é – neurotizante para muitas crianças! E não é por falta de conhecimento que não mudamos esse panorama.
Vamos cuidar da saúde mental de nossas crianças e jovens tanto quanto cuidamos de sua saúde física!

Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/03/1747467-pressionar-criancas-ate-o-limite-para-que-sejam-bons-alunos-so-pode-resultar-em-ansiedade-edesanimo.shtml Acesso em 10 de março de 2016.

Em relação ao texto “Pressionar crianças para que sejam bons alunos resulta em desânimo”, é correto afirmar que

 a)  a pressão familiar e escolar para que os jovens em idade escolar obtenham um excelente desempenho intelectual, conforme pesquisas recentes, é a causa da depressão que tem afetado os jovens brasileiros massivamente, fato que culmina no suicídio.
 b)  a excessiva valorização do desempenho escolar acaba gerando alunos extremamente preocupados com o futuro profissional e que esquecem-se de aproveitar devidamente as fases da infância e da adolescência que antecedem a vida de adulto.
 c)  conforme pesquisas recentes, ao lado da pressão familiar e escolar, outros fatores como o bullying e a erotização precoce acarretam em crianças e adolescentes demasiadamente preocupados não só com o desempenho escolar mas também com a adequação da aparência a um determinado padrão de beleza, fatores que ocupam um ranking de primeira e segunda causas que mais geram suicídio entre jovens.
 d)  devido aos resultados de pesquisas que indicam um aumento na taxa de suicídio entre jovens brasileiros é importante que tanto as famílias quanto as escolas brasileiras preocupem-se com as cobranças e responsabilidades demasiadas que essas instituições direcionam às crianças e jovens em idade escolar.
 e)  em conformidade com a recomendação feita pela Academia Americana de Pediatria aos médicos e após o alerta das recentes pesquisas que identificam um significativo aumento na taxa de suicídios entre jovens, os pediatras brasileiros têm procurado por sinais de depressão em seus pacientes mesmo quando estes se apresentam para consultas de rotina.


terça-feira, 7 de novembro de 2017

TEXTO PARA SÉRIES INICIAIS: AS VIAGENS - CLÉLIA MÁRCIA - COM GABARITO

AS  VIAGENS

  Era madrugada. O céu ainda estava escuro. O trem estava na estação pronto para transportar minério para a cidade vizinha.
     Ao sinal de partida, o trem soltava o seu apito e seguia viagem.
     O trem sumia de vista, com seus vagões carregados de minério.

 Durante as suas viagens, o maquinista Joaquim sempre passava pelo mesmo caminho, observando sempre a mesma paisagem. Folhagens, animais e pastagens era o que não faltava.
        O trem, ao chegar à cidade, parava perto do armazém do inspetor e lá descarregava a carga.
        Joaquim descansava um pouco, esticava as pernas, os braços e retornava ao trem para fazer o mesmo trajeto.
        No final do dia, a chegada do maquinista Joaquim era comemorada com alegria pelos seus filhos, que já o esperavam olhando pela janela de casa, pois sabiam que na certa sempre uma surpresa ele trazia. Eram bombons e quindins do armazém do inspetor.

                                                                                                         Clélia Márcia
             
1- Responda:
a)    Qual é o título do texto?
As viagens.

b)    Qual é o autor do texto?
Clélia Márcia.

c)    Qual é o personagem principal do texto?
Joaquim, O Maquinista.

d)    Quantos parágrafos há no texto?
06 parágrafos.

2 – O que acontecia depois do sinal de partida?
      O trem soltava o seu apito e seguia viagem.

3 – Quem esperava o maquinista Joaquim no final do dia? E quais surpresas ele trazia do armazém?
      Seus filhos. Trazia bombons e quindins.

4 – O que o trem transportava em seus vagões?
      Transportava minério.

5 – Onde o Joaquim, entregava o minério?
      No armazém do Inspetor.

6 – Em qual parágrafo, o Joaquim tinha tempo para descansar um pouco?
     No 5° parágrafo.


TEXTO: DEZ AJUDANTES - TATIANA BELINKY GOUVEIA - PARA SÉRIES INICIAIS - COM GABARITO

TEXTO: DEZ AJUDANTES

        Certa vez, entrei na casinha de uma pobre mulher. Reparei que dentro do casebre estava tudo limpinho, bonito. As crianças estavam limpas, vestidas com asseio, o almoço pronto na mesa, e nem uma migalha à vista, tudo luzindo.
        Perguntei-lhe:
        _ Como é que a senhora consegue fazer tudo nesta casa?
        _ E não haveria de conseguir? Pois se eu tenho dez ajudantes. Eles trabalham o dia inteiro, ajudam-se uns aos outros...

        _ Mas que ajudantes são esses?
        _ Aqui estão eles!
        Riu a boa mulher, e mostrou-me os dez dedos das suas mãos.

                                               Adaptação Tatiana Belinky Gouveia

 1 – Consulte o dicionário:

Reparar: Consertar, restaurar, dar satisfação de, desagravar, etc.
Casebre: Casa pequena e muito pobre, choupana.
Asseio: Limpeza, higiene, esmero no vestir-se, no pentear-se, etc.
Migalha: Fragmento pequeno de pão ou outro alimento farináceo, porção muito         pequena, restos, sobras.
Luzindo: Brilhante, esplendoroso, vistoso, pomposo.
Ajudante: Que ajuda.

2 – Substitua as palavras grifadas por outras de mesmo sentido.
a-    Reparei que estava tudo limpo.
Notei que estava tudo limpo.

b-    Havia muito asseio no casebre.
      Tinha muito asseio no casebre.

c-    Tudo estava luzindo.
Tudo estava brilhando.

d-    Os dez ajudantes da mulher eram seus dedos.
Os dez auxiliares da mulher eram seus dedos.

3-A casa era:
(   ) grande.                (   ) enorme.               (X) minúscula.

4-Enumere a 1ª coluna de acordo com a 2ª.
( 1 ) As crianças estavam                (3) pronta na mesa.
( 2 ) o casebre estava                      (5) brilhando.
( 3 ) O almoço estava                       (2) limpinho.
( 4 ) Não se via                                 (1) limpas.
( 4 ) Tudo estava                              (4) nem uma migalha.

TEXTO: BICICLETANDO - EDUARDA BORGES - COM GABARITO

   TEXTO: BICICLETANDO

       Numa tarde ensolarada, João e sua mãe saíram a passeio pelas alamedas da vizinhança em direção à praça. João se divertia pedalando a nova bicicleta que ganhara de Natal, enquanto sua mãe admirava-o com orgulho.
        Lá chegando, a mãe acomodou-se em seu banco predileto enquanto João circulava animadamente ao redor da praça. Por alguns instantes a mãe não o enxergava, oculto pelas grandes árvores, mas ficava sossegada, pois conhecia a habilidade de João.
        Cada vez que passava pelo banco da mãe, João acenava e ela olhava-o envaidecida.
        Depois de passar várias vezes pela mãe, o menino resolveu demonstrar aquilo que tinha aprendido.
        - Olhe, mamãe, estou dirigindo a bicicleta sem uma das mãos!
        - Muito bem!
        Alguns minutos depois, o filho volta dizendo:
        - Mamãe, sem as duas mãos!
        E a mãe apreensiva, lhe diz:
        - Cuidado, querido, não a deixe embalar na descida.
        Mais alguns minutos e ela se vira à direita para vê-lo, vindo em sua direção. Agora, equilibrando-se sobre a bicicleta:
        - Veja, mãe, sem um pé!
        E na volta seguinte:
        - Mãããeee, sem os dentes!!
        Pobre Joãozinho...  
                                                                                                                                                                           Eduarda Borges.
Interpretação do texto:


01 – O texto fala sobre:
(X) As aventuras de João com sua bicicleta.
(   ) O tombo do João.
(   ) A mãe de João.
(   ) A vida de João.

02 – A história acontece:
(   ) Numa rua movimentada.
(   ) Num parque da cidade.
(X) Numa praça.
(   ) Numa vila.

03 – A mãe de João estava apreensiva por que:
(   ) O menino não queria ir embora.
(X) O menino poderia cair da bicicleta.
(   ) O menino tinha desaparecido.
(   ) O menino não sabia andar de bicicleta.

04 – O texto termina dizendo “Pobre Joãozinho”, por quê:
(   ) O menino quebrou a perna.
(   ) O menino chorou para mãe.
(X) O menino caiu da bicicleta e quebrou os dentes.

05 – O nome João é um substantivo:
(X) Próprio.
(   ) Comum.

06 – A palavra bicicleta é um:
(   ) Adjetivo.
(X) Substantivo comum.

07 – Qual o presente que João ganhou? E onde ele foi com sua mãe?
      Ganhou uma bicicleta. Foi passear de bicicleta com sua mãe pela alameda até a praça.

08 – Chegando a praça, o que João e sua mãe fizeram?
      A mãe acomodou-se em seu banco predileto e ficava admirando a habilidade do filho. E João ficava dando volta de bicicleta nova em volta da praça.

09 – Em que parte do texto, João já conseguia andar com uma mão só?
      “Olhe, mamãe, estou dirigindo a sem uma das mãos!”

10 – O que a mãe disse ao João, quando ele passou pedalando sem as duas mãos?
      “Cuidado, querido, não a deixe embalar na descida.”

11 – O João, já se achava o bom, o que ele disse a mãe?
      “Veja, mãe, sem um pé!”

12 – Quando ele dava a última volta, o que aconteceu com João?
      Voltou chorando, e mostrando para a mãe que tinha caído e quebrado os dentes!

13 – Qual o título do texto? Quem escreveu?
      Bicicletando. Escrito por Eduarda Borges.


TEXTO: A BORBOLETA DOURADA - BELLAH LEITE CORDEIRO - COM GABARITO

A BORBOLETA DOURADA

  De tempos em tempos as borboletas se reuniam no bosque para conversarem, trocarem ideias e se conhecerem melhor. As borboletas novas se apresentavam à comunidade e as mais velhas as admiravam por sua beleza e as animavam para o trabalho junto às flores. Todas tinham a missão de espalhar o pólen e assim levar a beleza a toda parte: às matas, às florestas, aos bosques e aos jardins. Sentado à porta de sua casa, um velho gafanhoto observava a passagem das borboletas. 
       Todas o cumprimentavam respeitosamente, pois o velho gafanhoto era tido e realmente era um grande sábio.
        Até que, se aproximou dele uma borboletinha bem jovem, inexperiente, e, diga-se de passagem, bastante sem graça...
        - Bom dia, senhor Gafanhoto! – disse ela timidamente.
        - Bom dia! – respondeu o gafanhoto – Vai à reunião das borboletas pela primeira vez?
        - É isso aí! – falou a borboleta insegura – E estou um pouco preocupada... Será que vão gostar de mim?
        Diga com franqueza: você não me acha meio feiosa, minha cor não ajuda e as minhas asas são grandes demais?
        - Não! – respondeu o velho gafanhoto - Cada um é como é! E a aparência das coisas não é muito importante.
        Cada um se faz bonito ou feio. – acrescentou o gafanhoto com bondade.
        Na reunião todas conversavam entre si alegremente. Riam e brincavam, mas nem olhavam para a borboleta dourada. Era como se ela não existisse. Foi a última a deixar a reunião, na esperança de que alguém ainda a visse e falasse com ela. Mas nada!
        Ninguém a enxergou ninguém reparou nela.
        Quando na volta para casa, passou novamente pela casa do velho e sábio gafanhoto e ele perguntou:
        - Olá borboletinha, não vem da reunião das borboletas? Então... Que tristeza é essa? Não te trataram bem?
        - Pra ser sincera, nem me viram... Ninguém me notou na reunião.
        - Ora borboleta, espera aí! Você não é feia como pensa! Falta-lhe um pouquinho de charme... Talvez... Mais isso não é difícil conseguir. Se quiser ouvir os meus conselhos...
       - Ah, senhor gafanhoto! Seria um favor! Eu sei, os seus conselhos são maravilhosos! O senhor já ajudou muita gente a ser feliz!
       - Em primeiro lugar, quero saber por que você não usa uma das armas mais poderosas que todos nós possuímos para ser felizes: O SORRISO!
       - O sorriso? – perguntou a borboleta espantada.
       - Sim, o sorriso ilumina o nosso rosto! Faz a alegria sair de dentro do coração da gente e se espalhar, deixando todos em volta de nós, muito alegres!
       - Mas como vou sorrir se eu não estou alegre?
       - Ora Borboletinha! Neste mundo não existe ninguém que não tenha um motivo para ficar alegre! É só procurar! Você não acha maravilhoso o fato de poder voar?
       - Ah! Isso eu acho mesmo! É legal demais voar por cima de tudo! Fazer piruetas, pousar em qualquer lugar, ir para qualquer parte... É claro! Voar é muito bom mesmo.
       - O seu trabalho não é espalhar o pólen das flores para multiplicá-las por toda parte?
       - É exatamente esse o meu trabalho!
       - Espalhar a beleza por onde passa será esse um trabalho qualquer? Não é maravilhoso fazer isso?
       - Pra falar com franqueza, não reparo. Faço o meu trabalho por obrigação!
       - Repare então criatura! – tornou a insistir o gafanhoto – Verá que beleza existe em volta de você! Experimente sorrir, seu sorriso será um grande aliado. Pois todo mundo gosta de um belo sorriso! Procure também, fazer as coisas por amor, e não por obrigação!
         A borboleta animada agradeceu os conselhos e voou confiante e esperançosa.
        Feliz, ela vinha observando a beleza do pôr-do-sol e o vento a brincar com a folhagem das árvores.
        - Coisa linda! – pensou – Esse lugar onde moro é realmente uma beleza!
        De repente notou que estava sorrindo e sentiu esse sorriso vir do fundo do seu coração.
        Estava assim, distraída quando ouviu uma vozinha muito fraca a chamá-la:
        - Olá... Borboletinha! Você parece ser tão boa. Poderia ajudar-me? Estou coberta de areia e não consigo livrar-me dela. Você não dará um jeitinho?
        Era uma formiguinha já quase sem fôlego a se debater na areia.
        - Pois não! – Falou a borboletinha aflita descendo imediatamente para bem perto dela.
         – Estou aqui para ajudá-la!
         - Vi o seu sorriso tão bonito por isso me animei a pedir ajuda. Quem sorri como você, só pode ter um coração cheinho de coisas boas!
          Essas palavras da formiga foram as mais lindas ouvidas pela borboleta até aquele dia, e jamais se sentira tão feliz!
          Em sua grande alegria a borboleta teve um desejo enorme de cantar e dançar numa revoada de felicidade.
          Um besourinho ao passar ao seu lado voando também, falou:
        - Como você dança bem! E é linda sabia?
        - Obrigada! – respondeu a borboleta meio sem jeito, pois nunca havia sido elogiada antes – Suas asas também são muito bonitas sabe? Cada um é bonito ao seu jeito!
          E lá se foi o besourinho alegremente a dançar também, feliz com as palavras da borboleta.
          Daí por diante, começou a observar tudo: a relva, as árvores, o céu, as nuvens, a brisa, a chuva, as montanhas ao longe...
          Nada mais escapava de sua vista e tudo era importante pra ela.
          Encantada, olhava as flores, reparava na beleza de cada uma, conversava com elas e, sem querer, passou a fazer o seu trabalho de todos os dias com um amor enorme brotando em seu coração.
        - É incrível mesmo, a diferença de quando se faz tudo com amor!
         O tempo foi passando e a borboleta era cada vez mais feliz, pois por onde passava sentia como era querida. Todos a festejavam e a olhavam com grande simpatia. Todo mundo queria conversar, dançar e brincar com essa borboletinha tão gentil, sempre a sorrir para todos.
         A sua tarefa diária a borboleta passou a fazê-la muito melhor! É claro! Agora fazia com amor! Afinal, chegou o dia da nova reunião das borboletas.
         Muito alegre ela recebeu a notícia. Na data marcada, saiu de casa mais cedo. Queria passar pela casa do gafanhoto antes da reunião, pois desejava agradecer-lhe pessoalmente os conselhos preciosos e quase mágicos. Como algumas poucas palavras boas podem ajudar tanto!
          A chegada da borboleta à reunião foi sensacional! Todas pararam para admirá-la.
         -Mas que borboleta linda! - diziam.
         - É dourada! ... Venham ver!
         - Parece luminosa! Você é super legal!
          Todas a rodearam alegremente, e perguntaram:
         - Você é uma das novas, não é? É a primeira vez que vem aqui?
         - Não! –respondeu ela - Já estive aqui na reunião passada, mas ninguém me notou!
         - Não é possível! Você é linda demais! É uma borboleta dourada! Sabe lá o que é ser uma borboleta dourada? Ninguém deixaria de vê-la!
         –Essa é uma história muito comprida... Qualquer dia eu conto a vocês. Agora quero me apresentar a todas as borboletas, quero conhecer todas as minhas irmãs, conversar com elas e se muito amiga da comunidade das borboletas. À tardinha, depois de sair da reunião, passou novamente pela casa do velho gafanhoto. Desta vez queria fazer-lhe uma pergunta
        - Senhor gafanhoto, diga-me uma coisa: eu mudei de cor?
        - Não borboletinha, a sua cor é a mesma...
        – Por que então me chamam de borboleta dourada?
        - Mas você é uma borboleta dourada! Sempre foi... Apenas a sua beleza estava escondida.
        - Agora você reflete o seu interior! E é dele que vem a verdadeira beleza: A que sai do coração e se reflete em todo o ser!
        - Por isso você está luminosa e linda!
        - Você agora, é a borboleta dourada mais linda que eu já vi em toda a minha vida!
                                            Bellah Leite Cordeiro


1 – Por que as borboletas de tempos em tempos faziam uma reunião?
      Para conversarem, trocarem ideias e se conhecerem melhor.

2 – Qual a missão das borboletas?
      A missão delas é espalhar o pólen e assim levar a beleza a toda parte.

3 – Por que o velho gafanhoto era tão respeitado?
      Porque ele era tido e realmente era um grande sábio.

4 – Como foi o primeiro encontro da borboleta dourada com a comunidade das borboletas?
      Na Reunião todas conversavam entre si alegremente. Riam e brincavam, mas nem olharam para ela. Era como ela não existisse.

5 – Por que a borboleta dourada foi a última a sair da reunião?
      Para ver se alguém a visse e falasse com ela.
6 – O gafanhoto notou que a borboleta não sorria. Por que o sorriso é tão importante?
      Porque, o sorriso ilumina o nosso rosto. Faz a alegria sair de dentro do coração da gente e se espalhar, deixando todos em volta de nós, muito alegres.

7 – Como era a borboleta antes dos conselhos do sábio gafanhoto?
      Ela se achava feiosa, suas cores e as asas grandes demais.

8 – Como fazia ela o seu trabalho?
      Ela voava espalhando pólen das flores para multiplica-las por toda parte.

9 – Quais foram os conselhos do gafanhoto?
      Sorrir e fazer o serviço por amor, não por obrigação.

10 – Como a borboleta passou a agir depois dos conselhos do sábio?
      Passou a perceber a beleza do pôr-do-sol, do vento a brincar com as folhas das árvores.

11 – Qual foi a transformação da borboleta?
      Sorrindo, ela mostrou sua bondade e começou a ajudar os outros, e a observar tudo em sua volta.

12 – Ela mudou de cor?
      Não.

13 – Então por que ficou tão bonita?
      A sua alegria, o seu sorriso e bondade, é que fez as outras perceberem sua presença e elegância.

14 – De onde vem a verdadeira beleza?
      Vem do interior do coração.


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

POEMA: AINDA ASSIM, EU ME LEVANTO - MAYA ANGELOU - (PRECONCEITO RACIAL) -COM GABARITO

Poema: Ainda assim, eu me levanto

   Este poema, um dos mais famosos de Maya Angelou, aborda a questão do preconceito racial.

Você pode me riscar da História
Com mentiras lançadas ao ar.
Pode me jogar contra o chão de terra,
Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.
[...]


Pode me atirar palavras afiadas,
Dilacerar-me com seu olhar,
Você pode me matar em nome do ódio,
Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.
[...]

Da favela, da humilhação imposta pela cor
Eu me levanto
De um passado enraizado na dor
Eu me levanto
Sou um oceano negro, profundo na fé,
Crescendo e expandindo-se como a maré.

Deixando para trás noites de terror e atrocidade
Eu me levanto
Em direção a um novo dia de intensa claridade
Eu me levanto
Trazendo comigo o dom de meus antepassados,
Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado.
E assim, eu me levanto
Eu me levanto
Eu me levanto.
                 Angelou, Maya. Still I rise. Tradução de Mauro Catopodis.
                                                               (Fragmento). Disponível em:      <http://www.palavrarte.com/Poesia_Mundo_Trad/poepelomun_eua_maya_poemas.htm>. Acesso em: 22 set. 2009.
Interpretação do texto:
1 – Transcreva em seu caderno os versos em que o tema do poema esteja explicitado. Como o eu lírico aborda esse tema? Justifique com versos do poemas.
      Os versos que, explicitamente, tratam do preconceito racial são: “Da favela, da humilhação imposta pela cor”; “Sou um oceano negro, profundo na fé”; “Trazendo comigo o dom de meus antepassados, / Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado”.
      O eu lírico manifesta, no poema, o seu “canto” de resistência.

2 – Como o eu lírico reage ao preconceito? Que qualidades podem ser identificadas em seu comportamento? Em seu caderno, associe as qualidades que você identificou a alguma(s) passagem(ns) do texto.
      O eu lírico enfrenta o preconceito sem jamais se deixar derrotar. Podemos associar o seu comportamento a uma série de qualidades positivas: força, resistência, perseverança. Na última estrofe, surgem duas outras marcas do seu comportamento: o orgulho por pertencer à raça negra e a esperança de alcançar “um novo dia de intensa claridade”. Resposta pessoal do aluno.

3 – É possível, a partir da leitura do poema, construir uma imagem do eu lírico. Que experiências pode ter tido alguém que diz coisas como essas? Explique como você formou tal imagem.
      Possibilidade: alguém que faça as afirmações e acusações que aparecem no poema deve ter sofrido discriminação racial, ou seja, deve ser o negro que foi humilhado, que teve seus antepassados escravizados e que carrega, hoje, o “sonho e a esperança” de sua raça. Resposta pessoal do aluno.

4 – Explique os recursos de linguagem presentes no poema que marcam a resistência do eu lírico diante de seu interlocutor.
      Podemos perceber, no poema, um recurso mais evidente: a repetição da expressão “eu me levanto” para marcar a resistência do eu lírico diante dos preconceitos. Além disso, é importante perceber que essa expressão é utilizada depois de uma sequência de ações desse interlocutor para “quebrar” a força do negro.

5 – Releia:

                “Sou um oceano negro, profundo na fé,
                Crescendo e expandindo-se como a maré.
                Deixando para trás noites de terror e atrocidade
                Eu me levanto
                Em direção a um novo dia de intensa claridade”.

Explique por que esses versos podem ser interpretados como um manifesto de orgulho pela própria raça e de esperança no futuro.
      As ideias de fé e de expansão que podem ser reconhecidas em “Sou um oceano negro, profundo na fé, / Crescendo e expandindo-se como a maré” reafirmam a crença do eu lírico na força de seu povo. Essa ideia é ainda mais reforçada nos outros versos em que “dia de intensa claridade” se opõe a “noites de terror e atrocidade”, revelando o otimismo do eu lírico quanto a seu futuro pessoal e o de seu povo.