quinta-feira, 12 de setembro de 2024

TEXTO: OS MENINOS MORENOS - FRAGMENTO - ZIRALDO - COM GABARITO

 Texto: Os meninos morenos – Fragmento

           Ziraldo

        (...)

        Uma das recordações mais felizes da minha infância é da sinfonia dos melros nas palmeiras. A gente chegava muito cedo para a primeira aula do Grupo Escolar que ficava na praça que era cercada de altas palmeiras.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEtyYFJ5MWBWw6wiL5o_RKTIHG5W8r8Caf69EE3YUU3bAkRORGUEa0XtDixZarnyAejX_TJHef-6SUgSj5bBM61PqdNs6IV1sIprqHLaWtQQT_2ultaLTJeNq4FJRucnzOvy6riWc7ZyxXChAY9FRFz34hIdS3TdeqwDLHKFsw4oGIV7fKyFKEAjzSY-0/s320/SABIA.jpg

        Pois é: minha terra tinha palmeiras onde, em vez de sabiá, cantava o melro. E, como a gente chegava muito cedo para a aula, os melros ainda estavam cantando a sua canção matinal. Era como se estivessem saudando os meninos morenos, que também chegavam em bando para a escola.

        Jarinho chegava pra brincar com a gente e vinha com o melro no ombro. Se a brincadeira era contar história, brincar de gata-parida, berlinda, mamãe eu posso ir ou qualquer outra que não implicasse correr, o melro ficava ali, no ombro do Jarinho. Se, porém, a gente tinha que correr, se a brincadeira era de pique, de pular-carniça, soltar papagaio, jogar precipício, cobra-caninana, esconde-esconde ou mãos ao ar – que, em outras cidades, se chamava bandido e mocinho –, o Jarinho botava o melro no galho de uma árvore ou no umbral de uma janela e dizia: “Fica aí, que eu já volto”. E o melro ficava esperando seu dono voltar da brincadeira. A professora pedia ao Jarinho pra não levar o melro para tumultuar as aulas.

        O Jarinho ficava muito triste de deixar seu amigo em casa.

        Era agosto, mês das queimadas e das ventanias. Às vezes, a caminho da escola, na manhã ainda fria, a gente não enxergava um palmo diante do nariz, vivendo como se estivesse dentro de um fog londrino. Era a névoa seca das queimadas. Os olhos ficavam vermelhos e voltávamos da escola com a poeira das cinzas assentadinha nas dobras da camisa branca do uniforme. Quando não ventava muito, a gente podia ver um raminho de samambaia cinzenta vindo voando em nossa direção, levemente, como uma pena de ave flutuando no espaço. O raminho de samambaia tocava nossa roupa e se desfazia em cinzas. Eram as matas do rio Doce sendo dizimadas pelas queimadas dos derrubadores. Foi num mês de agosto, no dia seguinte de uma grande ventania, que o Jarinho não apareceu na escola.

        Na semana que se seguiu àquele dia, não só o Jarinho, mas todos os meninos da rua não fizeram outra coisa senão procurar o melro do Jarinho.

        Ele o havia deixado num galho de árvore para fazer uma coisa qualquer (que era melhor fazer sem seu amigo). Foi quando começou o furacão. Foi de repente, eu me lembro.

        Nunca havia ventado tanto na minha cidade. As pessoas se agarravam aos postes para não serem arrastadas, telhas voaram pelos ares, casebres ficaram sem teto, folhas das palmeiras imperiais da praça se desprenderam, voando a grandes alturas, ameaçadoras.

        Todos os meninos da rua só faltaram morrer de tristeza, o Jarinho ficou de cama e não me lembro mais de voltar a vê-lo imitar seus passarinhos. Minha mãe, que era uma sábia, tentou explicar para os meninos da rua que era bom a gente prestar bastante atenção nas coisas boas, enquanto elas duram.

        Muitos e muitos anos depois – agora, recentemente – reencontrei o Jarinho. Era um senhor gordinho com os cabelos – muito poucos – completamente brancos e os olhos pequenos mais sumidos do que nunca. [...] Perguntei-lhe se ele se lembrava, com a mesma intensidade que eu, dos velhos tempos da rua de nossa infância. E falei do melro no seu ombro e ele me disse: "Não me esqueço nunca. Ainda hoje, tantos anos depois, acordo no meio da noite e, dentro do meu quarto, escuto o meu melro cantando direitinho como se estivesse ali”. Que bom! Jarinho acredita que existe fantasma de passarinho.

Ziraldo. Os meninos morenos – Com versos de Humberto Akabal. São Paulo: Melhoramentos, 2004. p. 45-8.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 132-133.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Derrubador: aquele que derruba as árvores antes de pôr fogo na mata.

·        Dizimado: diminuído, desfalcado, destruído.

·        Fog: nevoeiro espesso característico da cidade de Londres, Inglaterra.

·        Melro: pássaro de plumagem negra, bico amarelo e canto melodioso.

·        Sabiá: pássaro de um colorido simples, cinzento, às vezes avermelhado.

·        Umbral: limiar, entrada.

02 – Qual é uma das recordações mais felizes da infância do narrador?

      A recordação mais feliz é a sinfonia dos melros nas palmeiras próximas à escola, que cantavam pela manhã enquanto ele e seus amigos chegavam para a aula.

03 – O que o melro representava para Jarinho?

      O melro era um companheiro inseparável de Jarinho, que o levava para brincar com os amigos, mas o deixava em um galho ou janela durante brincadeiras que envolviam correr.

04 – Por que a professora pedia para Jarinho não levar o melro para a escola?

      A professora pedia para Jarinho não levar o melro porque ele poderia tumultuar as aulas.

05 – Como as queimadas e ventanias de agosto afetavam o caminho dos meninos para a escola?

      As queimadas e ventanias causavam uma névoa densa que dificultava a visão e deixava cinzas nas roupas dos meninos, sujando especialmente os uniformes brancos.

06 – O que aconteceu com o melro de Jarinho durante a grande ventania?

      O melro desapareceu durante uma grande ventania. Jarinho o havia deixado em um galho de árvore, e a forte tempestade o levou.

07 – Qual foi a reação de Jarinho ao desaparecimento de seu melro?

      Jarinho ficou muito triste, chegou a ficar de cama e, depois disso, não imitou mais os passarinhos como fazia antes.

08 – O que a mãe do narrador tentou ensinar aos meninos sobre o desaparecimento do melro?

      A mãe do narrador tentou ensinar que é importante prestar atenção nas coisas boas enquanto elas duram, pois podem não estar sempre presentes.

09 – Como o narrador descreve o reencontro com Jarinho anos depois?

      O narrador descreve Jarinho como um senhor gordinho, de cabelos brancos e poucos, com olhos pequenos e fundos.

10 – O que Jarinho disse ao narrador sobre o melro quando se reencontraram?

      Jarinho contou que, mesmo após tantos anos, ainda acorda no meio da noite e ouve o melro cantando, como se estivesse no seu quarto.

11 – O que o narrador pensa sobre a crença de Jarinho em "fantasmas de passarinhos"?

      O narrador acha bom que Jarinho acredite em "fantasmas de passarinhos", revelando que ele ainda mantém uma forte ligação com a lembrança de seu melro.

 

POESIA: SEM BARRA - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

 Poesia: Sem Barra

            José Paulo Paes

 Enquanto a formiga

Carrega comida
Para o formigueiro,
A cigarra canta,
Canta o dia inteiro. 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcWszlYM7pjw6DOMV89YJqIJFM1tuAexyd82c8X9uSLlqhVyMHU0J3rD1qRDB_U6FyO6WMLSSFYOG-S5gTdUZGHUBSYLumg-nZNcPmvQ8NuJQpr-mDHo3IlT5vlL8izkrwhPJTGPGqf3H6ewFHzA4JkwcypDv6MOiOwQPAYwqKXxz1cDcptEiz5gOKBnw/s1600/cigarra.jpg


A formiga é só trabalho.
A cigarra é só cantiga. 

Mas sem a cantiga
da cigarra
que distrai da fadiga,
seria uma barra
o trabalho da formiga.

José Paulo Paes. In: Henriqueta Lisboa et alii. Varal de poesia. São Paulo: Ática, 2003. p. 50.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 23.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o contraste estabelecido entre a formiga e a cigarra no poema?

      No poema, a formiga é associada ao trabalho constante, enquanto a cigarra é ligada ao canto e à diversão. A formiga representa o esforço e a produção, enquanto a cigarra simboliza o lazer e o entretenimento.

02 – Qual é a função da cigarra no poema?

      A cigarra, com seu canto, desempenha o papel de aliviar a fadiga do trabalho da formiga. Sem o canto da cigarra, o trabalho da formiga seria muito mais pesado e difícil de suportar.

03 – O que o poema sugere sobre o equilíbrio entre trabalho e lazer?

      O poema sugere que tanto o trabalho (representado pela formiga) quanto o lazer (representado pela cigarra) são importantes e se complementam. O canto da cigarra ajuda a tornar o trabalho da formiga mais suportável, sugerindo que o lazer é necessário para equilibrar a vida.

04 – Qual é a crítica implícita ao modo de vida baseado apenas no trabalho?

      A crítica implícita no poema é que uma vida apenas de trabalho, sem momentos de descanso ou lazer, seria exaustiva e difícil. O poema valoriza o papel da cigarra, mostrando que a diversão e o descanso são essenciais para aliviar a pressão do trabalho.

05 – Como o título "Sem Barra" se relaciona com a mensagem do poema?

      A expressão "sem barra" pode ser interpretada como "sem dificuldades excessivas". O poema mostra que, sem o canto da cigarra (lazer), o trabalho da formiga seria uma "barra" (ou seja, algo muito difícil). Portanto, o título sugere que o equilíbrio entre trabalho e lazer é necessário para evitar que a vida se torne insuportável.

 

 

REPORTAGEM: A LONGA LISTA DOS CONDENADOS - ROBERTA DE ABREU LIMA - COM GABARITO

 Reportagem: A longa lista dos condenados

        Um quarto dos mamíferos corre o risco de extinção por culpa da ação humana. Um estudo mostra que é possível evitar essa catástrofe

          Roberta de Abreu Lima

        A extinção de animais faz parte da evolução da vida na Terra, mas, desde que o bicho homem resolveu dar sua contribuição a esse processo, o desaparecimento de espécies tem se acelerado de forma preocupante. Nos primeiros dias de outubro, foi divulgado o mais completo estudo sobre a situação dos mamíferos no planeta. O quadro que emerge da pesquisa é o mais sombrio já desenhado sobre essa classe de animais. Um quarto das 5487 espécies de mamíferos classificadas pela ciência se encontra em risco de desaparecer. Isso significa 1141 espécies, quinze vezes mais do que o número de mamíferos extintos nos últimos cinco séculos. 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi_WMxW5ORnKedZwfboaI2XXgYoIFU5DEWkQDtvRKoqBBoS_gZQ7RfnZ0xiAkZKf91v3XcoeafjF81iImX0W4Vv_g485Woo-bxp8NoTz_qkFSlFbRUDe6Y_f2uvTtUgYxG-Gdu43z_LApBSqbgjGRkMoeIu2dq7KAulzn_jep2zDBRla17OFaToxTsAtw/s320/hipercultura-animais-extintos-infografico-01.jpg 


O estudo foi realizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), uma instituição composta de 11000 cientistas de 160 países. Alguns dos animais relacionados estão ameaçados de desaparecer por causas naturais. É o caso do diabo-da-tasmânia, um marsupial carnívoro que lembra um urso pequeno, que desenvolveu um tipo de câncer fatal que contagia os exemplares da espécie através do contato físico. Segundo os cientistas, porém, a grande maioria dos animais ameaçados é vítima da ação humana. "O perigo de extinção das espécies, hoje, decorre quase que exclusivamente do desmatamento, que destrói os habitats, e da caça", disse a VEJA o biólogo sul-africano Mike Hoffmann, do departamento de biodiversidade da IUCN. 

        Calcula-se que o desmatamento atinja 40% dos mamíferos do mundo. As florestas são destruídas para dar lugar à expansão urbana e à agricultura, o que explica os altos índices de animais sob risco no sul e no sudeste da Ásia, onde as populações crescem em ritmo acelerado. Nessas regiões, 80% dos primatas podem desaparecer. A população de orangotangos-de-bornéu que habitam florestas da Malásia e da Indonésia resume-se a 14% da existente em meados do século XX. A outra grande ameaça às espécies, a caça indiscriminada, frequentemente é praticada por total desconhecimento da importância da preservação desses animais. “Moradores de regiões remotas, que matam primatas e cervos para comê-los, não fazem ideia de que estão caçando espécies ameaçadas de extinção”, explica a primatologia inglesa Liza Viega, que vive em Belém e participou do estudo da IUCN fornecendo informações sobre animais da Amazônia. “O caxiú-preto, um macaco já próximo de desaparecer, é caçado para que seu pelo seja usado na fabricação de espanadores”, ela relata. O Brasil, com 82 espécies em perigo, está entre os países com o maior número de mamíferos ameaçados – perde apenas para a Indonésia, o México e a Índia.

        Os mamíferos aquáticos encontram-se em situação ainda mais grave do que os terrestres: 35% das espécies correm perigo. Os especialistas acreditam que a proporção seja ainda maior. Isso porque estudar esses animais não é tarefa fácil. Os biólogos precisam passar longos períodos navegando. Hoje existem informações insuficientes sobre um terço dos mamíferos aquáticos. O declínio populacional de animais como golfinhos e baleias passa despercebido em 70% dos casos. Os principais fatores que levam os mamíferos aquáticos à morte são os acidentes ocasionados durante a pesca de outras espécies – eles são capturados e feridos nas redes – e a poluição das águas, geralmente causada pelo crescimento das cidades nas regiões costeiras. Outras ameaças aos mamíferos aquáticos são a destruição dos corais, que abrigam espécies que lhes servem de alimento, e os ruídos provocados por embarcações e sonares, que afetam seu sistema nervoso e interferem em sua comunicação.

        Embora as cifras mais alarmantes produzidas pela IUCN digam respeito aos mamíferos, o estudo contempla também pássaros, anfíbios, peixes, répteis, crustáceos, corais e plantas. No total 38% das espécies do planeta correm o risco de desaparecer. O cenário futuro pode ser ainda pior, já que o grau de ameaça foi determinado, na maioria dos casos, sem levar em conta o aquecimento global, apontado como o grande vilão ambiental das próximas décadas. “A mudança climática ficou fora do cálculo porque, com exceção de alguns animais muito dependentes do gelo, como o urso-polar, as espécies ainda não sofrem seus efeitos”, disse a VEJA o biólogo americano Thomas Lacher, da Universidade Texas A&M e colaborador da IUCN. O relatório deixa claro que é possível reverter o destino dos animais ameaçados. Alguns, entre eles o elefante africano, que até recentemente estava sob grau elevado de ameaça de extinção, foram reclassificados em categorias de risco menores, graças aos esforços de instituições que trabalham para preservá-los. São esforços que necessitam ser empreendidos em escala global.

Roberta de Abreu Lima – Revista Veja – 15-10-2008. Editora Abril.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 234-235.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Marsupial: que possui uma espécie de bolsa no abdome.

·        Primata: mamífero de cérebro e membros desenvolvidos; macaco, chimpanzé, orangotango, gorila, etc.

·        Sonar: equipamento eletrônico que, através do som, identifica objetos e dá a medida de distâncias no fundo do mar.

02 – Qual o principal problema abordado na reportagem?

      A reportagem aborda a crescente ameaça de extinção enfrentada por um quarto das espécies de mamíferos no planeta, principalmente devido à ação humana.

03 – Quais são as principais causas da extinção de mamíferos?

      As principais causas são o desmatamento para expansão urbana e agrícola, a caça indiscriminada, a poluição das águas, os acidentes com redes de pesca e a destruição de habitats como os corais.

04 – Qual o papel da ação humana na extinção das espécies?

      A ação humana é apontada como a principal responsável pelo acelerado processo de extinção, através de atividades como o desmatamento, a caça e a poluição.

05 – Quais as regiões mais afetadas pelo problema?

      As regiões mais afetadas são o sul e o sudeste da Ásia, onde a expansão urbana e a agricultura têm destruído grandes áreas de floresta, colocando em risco um grande número de espécies, especialmente primatas.

06 – Qual a importância dos estudos sobre a biodiversidade?

      Os estudos sobre a biodiversidade são essenciais para entender a gravidade do problema, identificar as espécies mais ameaçadas e direcionar os esforços de conservação.

07 – Quais as possíveis consequências da extinção de espécies para o planeta?

      A extinção de espécies pode levar ao desequilíbrio dos ecossistemas, à perda de recursos genéticos e à redução da qualidade de vida para os seres humanos.

08 – O que pode ser feito para reverter esse quadro?

      A reportagem destaca a importância de esforços globais para a conservação das espécies, como a criação de áreas protegidas, o combate ao desmatamento e à caça ilegal, e a conscientização da população sobre a importância da biodiversidade.

 

POEMA VI - NA MINHA RUA HÁ UM MENININHO DOENTE - MÁRIO QUINTANA - COM GABARITO

 Poema: VINa minha rua há um menininho doente

             Mário Quintana

Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
Junto à janela, sonhadoramente,
Ele ouve o sapateiro bater sola.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHB-nZow3_Oi_T8X_sBgZPEJnHDYoZ5SSnqP6j4pHimVnEqyhv2QbQXNW7aG8EJP5eF2G9DMgyb0v7ijk0oFCdHWl0FAhTf2yQ2PVRev6rBvZddoCOkeNwdYmRJl4Nn16UuEqoqHpvixI6jYQyM-gq1r1BaQ94UhWCo2IKlZFxlbhj8y8DpOLmEitE0NQ/s320/menino-olhando-a-chuva-pela-janela-400-183715.jpg


Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
O sofrimento que ele tem se evola…

Mas nesta rua há um operário triste:
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.

Ele trabalha silenciosamente…
E está compondo este soneto agora,
Pra alminha boa do menino doente…

 In: A Rua dos Cata-ventos. São Paulo: Globo @ by Elena Quintana.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 161.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Engrolar: pronunciar de maneira imperfeita, recitar mal.

·        Evolar: evaporar, dissipar.

·        Soneto: tipo de poema formado por quatro estrofes, as duas primeiras com quatro versos e as duas últimas com três versos.

02 – Quem é o personagem principal do poema e qual é a sua situação?

      O personagem principal é um menino doente que, ao contrário de outras crianças, não pode ir à escola. Ele passa o tempo junto à janela, ouvindo os filhos da rua.

03 – Quais filhos o menino ouve da sua janela?

      O menino ouve o sapateiro bater sola e o carpinteiro cantando uma canção napolitana. Esses filhos ajudam a aliviar o sofrimento do menino.

04 – O que acontece com o sofrimento do menino ao ouvir os filhos da rua?

      Conforme o menino ouve os filhos da rua, seu sofrimento parece diminuir gradativamente, como se fosse se evaporando.

05 – Qual personagem no poema não é notado pelo menino?

      Há um operário triste que trabalha silenciosamente e não canta nada. O menino não sabe que ele existe.

06 – Qual é a relação do operário com o menino?

      O operário, que trabalha em silêncio, está compondo o soneto que lemos, como uma forma de homenagear e aliviar o sofrimento do "menino doente".

 

ARTIGO DE OPINIÃO: OS HUMANOS SÃO MEUS AMIGOS - ANTÔNIO PRATA - COM GABARITO

 ARTIGO DE OPINIÃO: Os humanos são meus amigos

           Antônio Prata

        Mas os vegetarianos sempre criam caso quando critico sua doutrina alimentar juro que não queria escrever sobre vegetarismo outra vez. Primeiro porque já escrevi duas colunas sobre o assunto e não gosto de me repetir. Segundo porque aprendi, em quatro anos fazendo esta coluna, que não se pode discutir da existência de Deus às opções políticas de cada um [...] mas basta questionar um vegetariano para sentir na carne as duras consequências. Ameaçaram até fazer sashimi da minha estimada mãe e oferece-la aos tubarões.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8uThsoRqx-RE37H9jG3PiHgri2lWnjYgFY9Qaz4FZ7br6839C6wTC9XXc1ZesgliiiopLYvo7VmQMIu1ABKoIFtYGvxCeLuHx-DPJChbscjMEOyttW8ynkwuyfwLyOx2I0-EbVsZ14xLQ_YDeyqI8RTLnYBx8tzcJKNxsrtyhkyrh2gRPCNCVNRn3PeM/s320/VEGETAL.jpg


        Acontece que às vezes o tema insiste em voltar, toca a campainha, liga nos telefones fixo e celular, manda cartas, e-mails, mensagens em sonhos e me sussurra no ouvido. Como um simples operário da inspiração, nada me resta a não ser respeitá-la.

        Na boa, pouco me importa se você come carne, rabanete ou sorvete de pistache. Cada um faz o que quer. Só não me venha com o argumento que vi no adesivo de um carro outro dia: “Os animais são nossos amigos, não comida”, com o desenho de uma vaquinha, uma galinha e um peixinho, todos sorrindo felizes e contentes. Minhas queridas, não nos iludamos, os animais não são nossos amigos. Pelo contrário, estamos todos os seres vivos numa intensa competição, cada um come quem consegue e salve-se quem puder. Imagine se você está no meio do mato e aparece uma onça faminta, o que você vai dizer? Oi, oncinha, você viu o último paredão do Big Brother? Posso te adicionar no Orkut?

        Claro que, durante a evolução, algumas espécies desenvolveram parcerias. Temos desde as bactérias no intestino, por exemplo, que nos ajudam na digestão, ao cachorro do quintal, que nos acompanha em nossa solidão em troca de comida e um cafuné de vez em quando. Tudo bem. Mas o fato de precisarmos ou nos afeiçoarmos a uma ou outra espécie não significa que todos os bichos são nossos amiguinhos. É impossível ficar amigo de uma galinha, de uma vaca, de um peixinho dourado. Você pode até tentar, mas garanto que vai ser uma amizade de mão única. Te asseguro que, mesmo que você convide a galinha todo dia para comer na lanchonete da esquina, ela não aparecerá, nem a querida vaca responderá a seus e-mails.

        Os animais nos são úteis não só como doente nutricional, mas como cobaias em pesquisas científicas. Para salvar vidas humanas, sacrificamos milhares de camundongos. Quem é contra matar ratos para salvar pessoas está lidando com uma lógica absurda: defende que se mate gente para salvar roedores! Se a moda pega, daqui a pouco terei de andar por aí com camisetas dizendo: “Os humanos são meus amigos. Salvem os humanos!” Não te parece meio absurdo?

Antônio Prata. Capricho, nº 963.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 217.

Entendendo o texto:

01 – Qual a principal tese defendida por Antônio Prata no texto?

      O autor defende a ideia de que a relação entre humanos e animais não é de amizade, mas sim de competição pela sobrevivência. Ele critica a visão romantizada dos animais presente em algumas correntes do vegetarianismo.

02 – Qual é a reação comum das pessoas quando o autor questiona o vegetarianismo?

      As pessoas reagem de forma bastante intensa, muitas vezes com ameaças e argumentos emocionais, como no caso da ameaça de fazer sashimi da mãe do autor.

03 – Por que o autor considera a frase "Os animais são nossos amigos" uma ilusão?

      Prata argumenta que a natureza é regida pela lei da sobrevivência, onde cada espécie luta por seus próprios interesses. A amizade, como a entendemos entre humanos, não se aplica a essa relação.

04 – Quais exemplos o autor utiliza para ilustrar sua tese?

      Ele usa exemplos como a relação entre predador e presa (onça e humano), a relação utilitária entre humanos e animais domésticos (cachorro) e a utilização de animais em pesquisas científicas.

05 – Qual é a crítica do autor à lógica de quem defende a vida animal em detrimento da vida humana?

      O autor considera essa lógica absurda, pois implica em valorizar a vida de um animal mais do que a vida de um ser humano.

06 – Qual a intenção do autor ao escrever este texto?

      A intenção do autor é provocar uma reflexão sobre a relação entre humanos e animais, questionando a visão idealizada e emocional que muitas vezes permeia esse debate.

07 – Você concorda com a visão de Antônio Prata? Por quê?

      Esta é uma pergunta aberta que incentiva a reflexão individual. A resposta dependerá da visão de mundo e dos valores de cada leitor. É importante considerar os argumentos apresentados pelo autor, mas também analisar outras perspectivas sobre o tema.

 

AUTOBIOGRAFIA: MARTA, A RAINHA DO BRASIL - REVISTA MARIE CLAIRE - COM GABARITO

AUTOBIOGRAFIA: MARTA, A RAINHA DO BRASIL

        A INFÂNCIA

        Meu pai se separou da minha mãe quando eu tinha 1 ano e meu irmão mais velho assumiu a responsabilidade de um pai para minha mãe poder trabalhar. Minha mãe só via a gente à noite. Comecei a frequentar o colégio com 9 anos, porque as dificuldades eram muito grandes e ela não tinha como comprar material escolar. Só que eu queria muito estudar, então pegava cadernos e ficava tentando ler e escrever sozinha. Quando fui pra escola, já sabia fazer o meu nome, e a professora perguntou: “Você já estudou alguma vez?”. E eu disse: “Não, aprendi sozinha mesmo” (fica emocionada).

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ThPBRbYtpW-xQdyhLg0vEIGvjY999ZkRqJ_bI4IoBkQoPH3eXigOG2jFwh45ahGKmefdHqlcKmlzke2hE9uO0sX2xC6G_qRTi2KzkRCOrnV8eArnZYYXizNzJFy_vaUnBS7S1x0FenIYsNov3KLr1cPdhL1sh54IKnKYVNkdGYqGpGtJ6i6p8sS7YNc/s320/marta.jpg


        COMEÇO DE TUDO

        Em Dois Riachos, eu vivia com os meninos jogando bola e indo a jogos do time masculino. A minha vontade era me tornar uma jogadora profissional e quando apareceu a oportunidade de tentar fazer um teste no Vasco e no Fluminense, times que tinham equipes de futebol feminino naquela época, fui. Eu tinha 14 anos.

        A MÃE

        Ela falava: “Chega perto da hora e essa menina vai é desistir. Ela não vai, não”. E eu falava: “Eu vou, eu vou, eu vou”. No dia de embarcar, ela só foi acreditar quando o ônibus estava parado e eu falei: “Eu vou”, e subi no ônibus. Aí ela chorou, meus irmãos choraram, foi aquela despedida. Só aí ela acreditou que eu estava indo em busca do meu sonho (fica emocionada).

        NO RIO DE JANEIRO, COM 14 ANOS

        Foi uma época difícil porque cheguei no Vasco e não conhecia ninguém, tinha um monte de gente que jogava na seleção, e as cariocas todas cheias de gírias para cima de mim. Eu ficava quietinha e me chamavam de bicho-do-mato.

        A ADOLESCÊNCIA

        Saí de Dois Riachos para realizar um sonho e, por ele, tive que enfrentar dificuldades. Fiquei no Rio sem receber salário por vários meses, morando na concentração do Vasco.  E olha que o salário era nada mais do que uma ajuda de custo, o que me obrigava a abrir mão de várias coisas. Não podia nem ir à praia porque tinha que pegar ônibus e nem dinheiro para o ônibus eu tinha.

        MOMENTO DE DÚVIDA

        Depois de dois anos, acabaram com o futebol feminino do Vasco, e aí bateu desespero. Já tinha sido convocada uma vez para a seleção brasileira, então pensava assim: “Se voltar para Alagoas, será que eu vou ter outra oportunidade de ir para a seleção? Será que eles vão me esquecer?”.

        DECISÃO

        Fui morando com amigos, sempre de favor, fui jogar em Minas, ganhava um troco, me virava como dava. Acabei convocada para a seleção outras vezes. E foi jogando pela seleção, em 2003, que o pessoal do Umea Ik me viu e me sondou.

        EDUCAR UM FILHO

        Queria mostrar sempre o que é bom e o que é ruim. Lógico que não vou falar assim: “Você tem que seguir este caminho”, ele é que vai decidir, só que me sentiria no direito de explicar porque foi isso que não tive na infância. Mas não culpo ninguém. Sem meu pai, minha mãe teve que trabalhar para manter os filhos e ficou ausente. Não era o que ela queria realmente.

Revista Marie Claire, Nº 209. Editora Globo.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 167-168.

Entendendo o texto:

01 – Por que Marta começou a frequentar a escola apenas aos 9 anos?

      Marta começou a frequentar a escola aos 9 anos porque sua mãe não tinha condições financeiras de comprar material escolar devido às grandes dificuldades que enfrentavam.

02 – Quem assumiu a responsabilidade de pai para Marta quando ela era criança?

      O irmão mais velho de Marta assumiu a responsabilidade de um pai para que a mãe pudesse trabalhar e sustentar a família.

03 – Como Marta aprendeu a escrever seu nome antes de ir à escola?

      Marta aprendeu a escrever seu nome sozinha, pegando cadernos e tentando ler e escrever por conta própria, pois tinha muita vontade de estudar.

04 – Qual foi o primeiro grande passo de Marta para realizar seu sonho de ser jogadora de futebol?

      O primeiro grande passo de Marta foi quando, aos 14 anos, teve a oportunidade de fazer um teste para os tempos de futebol feminino no Vasco e no Fluminense.

05 – Como foi a ocorrência da mãe de Marta no dia em que ela foi tentar seu sonho no Rio de Janeiro?

      No início, a mãe de Marta não acreditava que ela realmente iria, mas no dia do embarque, quando Marta subiu no ônibus, sua mãe chorou junto com seus irmãos, e só aí acreditou que ela estava realmente indo em busca do seu sonho.

06 – Quais dificuldades Marta planejou ao chegar no Rio de Janeiro?

      Marta enfrentou muitas dificuldades, como a falta de dinheiro, morando na concentração do Vasco sem receber salário e sem recursos nem para pegar ônibus, além de lidar com o choque cultural e as gírias cariocas.

07 – Qual foi o momento de dúvida que Marta teve após dois anos no Vasco?

      Após dois anos no Vasco, o clube encerrou o futebol feminino, e Marta ficou em dúvida sobre seu futuro, questionando se teria outra oportunidade de jogar pela seleção brasileira caso voltasse para Alagoas.

 


POEMA: INFÂNCIA - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

 Poema: Infância

             José Paulo Paes

Eu tenho oito anos e já sei ler e escrever.

Por isso ganhei de presente a história de Peter Pan.

As aventuras dele com o Capitão Gancho e o jacaré que

engoliu um relógio até que são engraçadas.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1WAOqBmDBKssBv-k1kvyAp9LohbzL64n1V3rT6G4YGhrBRZqt6gDAF738gCuaJ32CXclVbY1U04c8DhUoNRSVPXLooU12aHkm6eeP6slcp54LrteCsosdxWWsWLCe-BDvvYlLZWG67XnXyn0PEBssE4gLEg1Tt-VeEFQ3ZTT1SjSEweLvuRC31qaoh5A/s320/PETER.jpg


Mas achei uma bobagem aquela mania do Peter Pan

de querer ficar sempre menino.

Já imaginaram se todos quisessem ficar sempre pequenos

e nunca mais crescer?

Aí quem ia cuidar da gente? Fazer comida, passar pito,

mandar tomar banho, dizer que é hora de ir para cama?

Sarar a gente da dor de barriga e de dor de dente?

In: Henriqueta Lisboa et alii. Varal de poesia. 1. ed. São Paulo: Ática, 2003. p. 35.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 56.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a visão do eu lírico sobre a história de Peter Pan?

      O eu lírico acha as aventuras de Peter Pan engraçadas, mas considera uma bobagem o desejo do personagem de querer ficar sempre menino.

02 – O que o eu lírico já sabe fazer aos oito anos?

      Aos oito anos, o eu lírico já sabe ler e escrever.

03 – O que o eu lírico questiona em relação à ideia de nunca crescer?

      Ele questiona como seria se todos quisessem ficar sempre pequenos, refletindo sobre quem cuidaria deles, prepararia comida, e daria orientações, como mandar tomar banho ou ir para a cama.

04 – Como o eu lírico se sente em relação à necessidade de crescer?

      O eu lírico parece valorizar o crescimento, pois reconhece a importância de adultos que cuidam das crianças e fazem tarefas importantes.

05 – Quais exemplos de cuidados o eu lírico menciona que os adultos proporcionam?

      Ele menciona que os adultos fazem comida, mandam tomar banho, cuidam quando há dor de barriga ou dor de dente, e dão ordens, como mandar ir para a cama.

 

 

RECEITA: PIZZA FALSA - ZIRALDO E SILVIO LANCELLOTTI - COM GABARITO

 Receita: Pizza falsa

Ingredientes:

6 fatias de pão de fôrma

6 fatias de mozarela 

3 tomates maduros

Sal a gosto

Azeite e orégano

2 colheres de sopa de queijo ralado tipo parmesão 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm0cHZSxzRbEj2nk-fec9Ct6Q973_TLnLFm9z3pWrCP6coqLw30vOHB2gPNfpDFEyh1zRlZbF5qXIO2GdimOkSNS3ZPpxlf8TseHp9sl1itzoayDgzmjh1HcD4flTUUjvvvq8gFrKzgUCL3Jojyb9p3ZVHOSXDgXunQ5PsjZ70f0lQguIhStZRoE7k9Bc/s320/PIZZA.jpg


Modo de fazer:

1 – Retire com cuidado a crosta (casca) do pão.

2 – Arrume numa assadeira as fatias de pão, uma ao lado da outra.

3 – Coloque a mozarela por cima. Tenha o cuidado de deixar o queijo do mesmo tamanho das fatias de pão; se sobrar corte as tirinhas.

4 – Pique os tomates ou corte-os em fatias bem finas. Tempere com sal, azeite e orégano.

5 – Espalhe o tomate picado sobre as fatias de queijo.

6 – Polvilhe com o queijo ralado e leve ao forno quente/ou ao forno micro-ondas até derreter todo o queijo e tostar um pouco.

7 – Retire do forno e deixe esfriar um pouco, porque o queijo é muito quente e pode queimar a boca. 

Sugestões:

1 – Espalhe presunto bem picado sobre o tomate.

2 – Amasse uma banana e coloque-a sobre o queijo.

3 – Se na geladeira tiver um pouco de picadinho, pode colocar sobre o queijo, antes de acrescentar o tomate.  

Ziraldo e Silvio Lancellotti. O livro de receitas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2007. p. 52-3.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 64-65.

Entendendo a receita:

01 – Como devo preparar o pão para a pizza falsa?

      Você deve retirar a crosta (casca) das fatias de pão de forma com cuidado e depois organizá-las lado a lado em uma assadeira.

02 – O que fazer se a mozarela for maior que as fatias de pão?

      Se a mozarela for maior, corte as sobras em tirinhas e ajuste para que o queijo fique do mesmo tamanho que as fatias de pão.

03 – Como temperar o tomate para a pizza falsa?

      Pique ou fatie os tomates bem finos e tempere-os com sal, azeite e orégano antes de distribuí-los sobre o queijo.

04 – Quanto tempo devo deixar a pizza falsa no forno?

      O tempo varia de acordo com o forno, mas você deve deixar até o queijo derreter e começar a tostar um pouco.

05 – Posso fazer alguma variação no recheio da pizza falsa?

      Sim! Você pode adicionar presunto picado, banana amassada ou até mesmo sobras de picadinho sobre o queijo antes de colocar o tomate.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): A FORMIGA - VINÍCIUS DE MORAES/PAULO SOLEDADE - COM GABARITO

 Música(Atividades): A formiga

             Vinicius de Moraes, Paulo Soledade

As coisas devem ser bem grandes 
Pra formiga pequenina 
A rosa, um lindo palácio 
E o espinho, uma espada fina 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZr5uAcbaibDr8TSe8vMF5QrzVsF3pPZMmkVozcPGIBWD4O4y9ulB_YunnEWHoXBPSCDdXRo2i8zVKn_fun4INRmmaJ-S5KRrNuVp81hZGXN2SLwMY_uolOd3-rgY9xh0bqmF-cGbO4uN6lytvH_sFJDihWrlduxfgWyIE7ljh8qHF9DpH9fp3I3cUgN0/s320/FORMIGA.jpg



A gota d'água, um manso lago 
O pingo de chuva, um mar 
Onde um pauzinho boiando 
É navio a navegar 

O bico de pão, o corcovado 
O grilo, um rinoceronte 
Uns grãos de sal derramados, 
Ovelhinhas pelo monte.

http://letras.terra.com.br/vinicius-de-moraes/87245. Acesso em: 19 jan. 2010.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 91.

Entendendo a música:

01 – O que representa a rosa para a formiga na canção?

      A rosa é descrita como um "lindo palácio", simbolizando algo grande e imponente para a formiga, que é muito pequena.

02 – Como a canção compara o espinho para a formiga?

      O espinho é comparado a "uma espada fina", mostrando que para a formiga, um simples espinho parece uma arma poderosa.

03 – Qual é a relação entre a gota d'água e o universo da formiga?

      A gota d'água é vista como um "manso lago", indicando que, para a formiga, até uma pequena quantidade de água parece um grande corpo d’água.

04 – O que simboliza o pauzinho boiando na percepção da formiga?

      O pauzinho boiando na água é comparado a "um navio a navegar", sugerindo que até pequenos objetos podem parecer enormes aventuras para a formiga.

05 – Como a canção retrata os grãos de sal derramados?

      Os grãos de sal derramados são comparados a "ovelhinhas pelo monte", uma metáfora que revela como algo pequeno, como grãos de sal, podem se transformar em uma paisagem vasta e viva aos olhos da formiga.

 

 

POEMA: PATRULHA ECOLÓGICA - MARIA DINORAH - COM GABARITO

 Poema: Patrulha Ecológica

             Maria Dinorah

Ei, Coronel,
Cabeça de papel!

Deixa de bulha
E cuida da patrulha!

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwV7_VtFSh9rS7okhWL7AOLi90mks10BumkybIWe8IKOEsAAAEWlEkcnsA0RWBXu2njGO-hTaqAfqw6GVTag8crE32GT-aL7PQbJMxCchKVpnGtT3w6XYwRC_e2NTJhES_sKKKiNgAiqz0tv6U8BwfboEm-AfZTk9T06P0rjccQHtyoONz8yi0H87vnVE/s320/CABE%C3%87A.png


Quem derruba a mata?
Quem os peixes mata?

Quem polui o mar?
E envenena o ar?

Um, dois, três, quatro!
Salva peixe,
salva bicho,
Salva gente,
Salva mato!

Cinco, seis, sete e oito!
Depois da vigília,
Café com biscoito!

Maria Dinorah. Coração de papel. 7. ed. São Paulo: Moderna, 1991.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 186.

Entendendo o poema:

01 – Quem é chamado de "Cabeça de papel" no poema?

      O Coronel é chamado de "Cabeça de papel", uma forma irônica de chamar a atenção para sua falta de ação diante dos problemas.

02 – Quais problemas ecológicos são mencionados no poema?

      O poema menciona a derrubada das matas, a morte dos peixes, a poluição do mar e o envenenamento do ar, causando a destruição.

03 – Qual é o objetivo da "patrulha" no poema?

      O objetivo da patrulha é salvar os peixes, os animais, as pessoas e as florestas, promovendo a preservação.

04 – O que é considerado como recompensa após a vigília?

      Após a vigília, a recompensa mencionada é "café com biscoito", que simboliza uma pausa ou descanso após o trabalho de proteção ao meio ambiente.

05 – Qual é o tom utilizado pelo poeta ao falar sobre os problemas ambientais?

      O tom do poema é lúdico e de crítica dos abusos contra a natureza.