Editorial: De
canudo em canudo – Fragmento
A poluição dos mares por resíduos
plásticos inscreve-se entre os temas ambientais mais preocupantes do presente.
Descartamos nos oceanos, todos os anos, ciclópicas 8 milhões de toneladas desse
polímero, o qual perfaz aproximadamente 85% do lixo marinho.
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiio8hxnJ0wm3w_7E2I9O0LHCmY6y_kyuT9pLc9rf2Lli2HLet8OWoX40dxqFIw5gEd-P0myRZ9LrDnjfw74GABW69R8PcceE9RWayabL2wQ1y-Z7YJsP6pjSpZD6ToV_0NWE_8j6dnFWD9y3pG8nWSnbhAUnihrET2Rr9bIs-_8aD3CIFMpuSHRnfhD2U/s1600/CANUDO.jpg
Ademais, como alguns desses materiais
tardam um século ou mais para se decompor, sua acumulação converte-se em um
problema que atravessa gerações.
Embora seja difícil imaginar uma
solução única para a questão, iniciativas pontuais, se somadas, podem fazer
diferença. Segue esse espírito a tendência, que ganha corpo em todo o mundo, de
proibir os canudos de plástico descartáveis.
Recentemente, a cidade de São Paulo
aderiu a ela. A lei, que deve entrar em vigor no segundo semestre, proíbe o
artigo em hotéis, restaurantes, bares, padarias, clubes noturnos e eventos
musicais. A multa para os recalcitrantes pode chegar a R$ 8.000. [...]
A investida contra os canudinhos tem
sua razão de ser. Desnecessários, a não ser para certas condições médicas, e
utilizados por poucos minutos, não integram uma cadeia de descarte voltado à
reciclagem. Uma vez nos oceanos, levam mais de 200 anos para se decompor.
Não existem estatísticas sobre o
consumo de canudos plásticos no Brasil, mas os números internacionais assustam.
Estima-se que pelo menos 170 milhões de unidades sejam jogadas fora por dia nos
EUA.
Sua proibição, no entanto, ataca apenas
uma parte diminuta do problema. Estima-se que os canudinhos componham de 4% a
7% do plástico que polui os mares.
Não à toa, iniciativas de maior
amplitude vêm sendo colocadas em prática. Na principal delas, a União Europeia
anunciou que irá banir até 2021 os chamados plásticos de uso único – categoria que
inclui copos, pratos, talheres, cotonetes, tampas e embalagens para entrega de
comida. [...]
DE canudo em canudo.
Folha de S. Paulo, 14 jul. 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/de-canudo-em-canudo.shtml.
Acesso em: 9 set. 2019.
Entendendo o editorial:
01 – Qual é o tema central do editorial "De canudo
em canudo"?
O tema central do
editorial é a poluição dos mares por resíduos plásticos e as iniciativas para
combater essa problemática, com foco específico na proibição de canudos
plásticos descartáveis.
02 –
Quantas toneladas de plástico são descartadas nos oceanos anualmente, segundo o
editorial?
Segundo o
editorial, são descartadas aproximadamente 8 milhões de toneladas de plástico
nos oceanos todos os anos.
03 –
Por que a acumulação de resíduos plásticos nos oceanos é um problema que
atravessa gerações?
A acumulação de
resíduos plásticos é um problema intergeracional porque muitos desses materiais
levam um século ou mais para se decompor, permanecendo no ambiente por longos
períodos.
04 –
Qual cidade brasileira mencionada no editorial aderiu à proibição de canudos
plásticos descartáveis?
A cidade de São
Paulo é mencionada no editorial como tendo aderido à proibição de canudos
plásticos descartáveis.
05 –
Quais estabelecimentos em São Paulo serão afetados pela nova lei que proíbe
canudos plásticos descartáveis?
A nova lei em São
Paulo afetará hotéis, restaurantes, bares, padarias, clubes noturnos e eventos
musicais.
06 –
Por que a proibição de canudos plásticos descartáveis é considerada uma
iniciativa importante, embora não resolva todo o problema da poluição marinha?
A proibição é
importante porque os canudos plásticos são desnecessários na maioria dos casos,
não são recicláveis e levam mais de 200 anos para se decompor nos oceanos. No
entanto, eles representam apenas uma pequena parte do problema, compondo de 4% a
7% do plástico que polui os mares.
07 –
Qual medida de maior amplitude está sendo tomada pela União Europeia para
combater a poluição por plásticos, mencionada no editorial?
A União Europeia
anunciou que irá banir até 2021 os plásticos de uso único, como copos, pratos,
talheres, cotonetes, tampas e embalagens para entrega de comida, numa medida de
maior amplitude para combater a poluição plástica.