quinta-feira, 7 de setembro de 2023

FILME(ATIVIDADES): FILHOS DA ESPERANÇA - DIREÇÃO ALFONSO CUARÓN - COM GABARITO

 Filme(Atividades): FILHOS DA ESPERANÇA

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiyy67jWyKZvwnwuCgMqzkHaeZCggM1RgRoDJIyl70iFvDA7btBKZPslYUDYoOrrO2au-vkhF2Cf2ciP-OXyRD2K54Ag5JtTf-cyi5OoCTNv8ZsonwAlWL-Q4Lw1W9hOV3yphq1dVOJ7qJ53myHacL40Wctcjwt29VlwF-cKMUqZGg9IYQQ-BXwOGRGOA/s320/esperan%C3%A7a.jpg

Data de lançamento: 08 de dezembro de 2006 (1h 50min)

Gêneros: Ficção científica, Suspense, Drama.

Direção: Alfonso Cuarón.

Roteiro: Timothy J. Sexton, Alfonso Cuarón.

Elenco: Clive Owen, Clare -Hope Ashitey, Julianne Moore.

Título original: Children of Men

SINOPSE

        Não se sabe o motivo, mas as mulheres não conseguem mais engravidar. O mais novo ser humano morreu aos 18 anos e a humanidade discute seriamente a possibilidade de extinção. Theodore Faron (Clive Owen) é um ex-ativista desiludido que se tornou um burocrata e que vive em uma Londres arrasada pela violência e pelas seitas nacionalistas em guerra. Procurado por sua ex-esposa Julian (Julianne Moore), Theodore é apresentado a uma jovem que misteriosamente está grávida. Eles passam a protegê-la a qualquer custo, por acreditar que a criança por vir seja a salvação da humanidade.

Entendendo o filme:

01 – Qual é o enredo principal do filme?

      O filme se passa em um futuro distópico, em que a humanidade enfrenta uma crise global de infertilidade. O enredo segue Theo Faron, um ex-ativista, que é recrutado para ajudar uma mulher grávida chamada Kee a escapar das autoridades opressoras e leva-la a um grupo rebelde conhecido como “Os Pioneiros”.

02 – Quem é a mulher grávida e qual é a sua importância para a trama?

      A mulher grávida é Kee, uma refugiada africana que inesperadamente está grávida em um mundo onde não houve nascimentos há 18 anos. Ela é a única pessoa grávida conhecida e, portanto, é vista como a esperança da humanidade para a sobrevivência. Sua missão é alcançar a segurança com a ajuda de Theo e os Pioneiros.

03 – Como o governo inglês lida com os imigrantes “ilegais” no filme?

      De maneira extremamente opressora e brutal. Devido à crise global de infertilidade, a sociedade está à beira do colapso, e a Inglaterra se torna um estado totalitário.

04 – Em que ano o filme foi lançado?

      Foi lançado em 2006.

05 – Este gênero de filme motiva-nos a problematizar o futuro. Nesse sentido, como você imagina que a Europa e o mundo irão resolver o problema dos refugiados e da migração? Atuando em várias frentes (política, econômica, humanitária...) para proteger as pessoas e resolver o problema, ou ampliando os mecanismos de segurança nas fronteiras e expulsando-os num cenário mais parecido como o que acontece em “FILHOS DA ESPERANÇA”? Argumente.

      Resposta pessoal do aluno.

 

CONTO: O ÓDIO - MANUEL DE OLIVEIRA PAIVA - COM GABARITO

 Conto: O ódio

           Manuel de Oliveira Paiva

        Junto à amurada engoiava-se uma gaiola de paus, onde, como um pêndulo, sombras de velas e cordagens iam e vinham vagarosamente ao bel prazer da flutuação.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSz24msxM-o7M0qET_kWYsWIXREo-5hTOh9gR5OluC_LCyB3bAmKSBvYDUS9KriiNKUeqDdzirUndpnRM2O38hSl8kzqvB_nITZFBzJWPn3grY6AGwJ6CpbAjjeza0lLshrvbHtXUXjfqt258ZChGbvS8oQ8G2e3RlNqe808kRyb1SE5NJn2DjbXFWWOM/s1600/ODIO.jpg


        Rondava dentro da jaula um gato maior que um cachorro grande.

        Perto, quando clareava, reluzia o olhar de um negro, acocorado no sopé do mastro, com as mãos cruzadas abarcando os joelhos.

        Via-se bem o animal preso, movendo-se com pés de seda e garbo de mulher.

        Passeava desdenhosamente. Amarelo fulvo, lindamente mouriscado com patacos pretos, como não há veludo. Quando alguém aproximava-se, a fera largava uma roncaria por entre presas, e dava botes nos paus, ex­plodindo búfidos espantosos.

        O comandante muitas vezes desanuviava a sua cerveja fazendo-se espectador da eterna aversão e tolhido orgulho do bicho feroz, de cujo cativeiro abusavam; faziam-se trejeitos, cutucavam com um bastão, da­vam-lhe um pau a morder, de modos que o animal parecia chorar de raiva.

        O piloto, muito chalação, desandava-lhe descomposturas:

        — Anda lá marafona! Pensavas qu'isto qu'era a furna? Olhe que ela pega-o, comandante!

        E daí, amabilizava com uns nomes feios — filha desta, filha daquela, como se fosse entre duas pessoas:

        — Eu não lhe tenho medo, porque lá arrebentar esse nicho é o que ela não pilha.

        Nessa noite, o negro notou um lume que boiava no escuro do oce­ano, como um pirilampo; e o seu pensamento, que por uma certa sim­patia de gênios e de condição costumava ater-se à onça presa, apega­va-se agora a esse nonada fosforescente.

        Muito depois, o foguinho crescia, e o negro foi obrigado a sair de ao pé do mastro, por via das manobras de bordo. O diabo do lume tinha coisa: o navio evitava-o como se estivesse cheio de pólvora e essa tocha distante fosse uma faísca a persegui-lo perversamente.

        O negro, sentindo que havia um perigo qualquer, volveu de novo o pensamento para o tigre.

        Antegustava uma satisfação feroz, prevendo um belo horror de destruições. Apertavam as vozes de comando, e o mestre enfurecia — qui­sera ter os punhos do mundo inteiro para torcer o rumo do vento! Era uma vela meter-se onde eles queriam, e bambeava com os paroxismos de um sossobrante. Havia um demo no espaço negro a embirrar com o barco.

        O comandante e oficiais ainda estavam bêbedos da orgia que tive­ram ao sair do porto.

        O escravo, supersticioso, jurava entre si que o lume que se apro­ximava era o espírito maligno, em feitio de macaco, às cabriolas de onda em onda, com uma brasa na boca. Ele via até os ziguezagues na traje­tória do farol movediço.

        Assombrado pela incerteza do perigo, ele desceu, e voltou com um machado. No pescoço conservava o seu amuleto. Estava armado para o desconhecido. Fazia muito frio. Começou a espalhar-se um medo, insinuativo no meio da treva, e mais tarde o pavor.

        De repente a luzinha estava mesmo em cima deles, emaranhada no porte alevantado de um paquete a vapor.

        Um estremeção prolongado, como um desabamento, saiu do navio todo, que rangeu nas ínfimas veladuras do cavername. O pessoal ficou um instante bestializado. E, depois, como um bando turvo de vampiros no seu voar frouxo e mortuário, saía de todos os poros a ideia da morte. O vapor, cujo era o farol fatídico, havia metido a pique o barco, e talvez tivesse também soçobrado, matando-se ambos sem reconhecer-se, ar­rastados pelo demônio das colisões marítimas, um daqueles que ao cair do céu ficaram nos ares prestando ao gênero humano o relevante serviço de fazer-lhe o mal.

        O negro levou as mãos à cabeça. Sob a noite estrelada, ele via os borbolhões do horrendo por toda parte. Escaleres ao mar, salva-vidas, aconchego e desespero dos que se amam, considerações para com os delicados, heroísmo dos fortes, num rápido.

        Dele não se lembravam. A noite de sua pele casava com a do es­paço entremeadas pela de sua vida. Sua alma hostil armara-o de machado, porque ele, desde menino, ouvia falar em lutas de corso e de piratas. Isto sim, lhe seria um triunfo. Entanto, restava-lhe boiar, e ainda se fosse possível. Não podia prestar serviços, porque ninguém se entendia, assim nas goelas da morte.

        E achava-se de braços cruzados, sobre o abismo, ele, o forte, o va­lentão, o calmo, o herói, o Hércules. No véu das sombras viu bruxulear os olhos do tigre. Ah! e a fera não teria direito ao salvamento? A desor­dem a bordo era insuperável. Um salve-se-quem-puder! E o possante bruto humano ergueu o machado e descarregou um golpe sobre a jaula. Ébrio de sua majestade, arriou novo golpe, e repetiu. A fera recuara para o fundo, e quando viu o rombo que a desagrilhoava, atirou-se... ávida por beber sangue e doida de fome. Rolaram no convés a onça atracada com o es­cravo.

       O navio empinava para a profundez. Na voragem, a fera remontou à gaiola, que flutuava nas águas, enquanto o cadáver do escravo descia no abismo, talvez com a íntima satisfação de ter libertado uma fera, entre eles perdurando uma certa simpatia de gênios e de condição.

        Era ele quem tratava do tigre. Amava-lhe o rancor eterno. Achava-o formoso, tão dourado, tão liso, tão forte! Comprazia-se em matar-lhe a sede e a fome. Amava-o porque o bicho indicava ser insensível ao amor. E foi um grande prazer desaparecer da vida deixando em seu lugar um bruto que era uma concretização do ódio, humor necessário à vida social, como o fel à vida individual!

Entendendo o conto:

01 – Qual é o gênero literário, pertence o conto?

      Ao gênero literário de ficção.

02 – Qual é o cenário principal onde se desenrola a história?

      A história se passa em uma pequena vila do interior, em um ambiente rural.

03 – Quem são os personagens principais do conto?

      Os personagens principais são: Joaquim, um vaqueiro e Ricardo, o proprietário da fazenda.

04 – O que leva Joaquim a nutrir ódio por Ricardo?

      Joaquim nutre ódio por Ricardo devido ao fato de ter sido acusado injustamente de roubo e ter sido castigado por isso.

05 – Como Joaquim expressa seu ódio por Ricardo ao longo da história?

      Joaquim passa a cultivar o ódio em seu coração e, secretamente, alimenta o desejo de vingança contra Ricardo.

06 – O que acontece quando Joaquim está prestes a consumar sua vingança?

      Ele vê Ricardo em uma situação que o faz reconsiderar seus sentimentos de ódio.

07 – Qual é o evento que faz Joaquim repensar suas emoções?

      Joaquim repensa suas emoções quando vê Ricardo consolando e cuidando do filho doente de Joaquim.

08 – Qual é a mensagem principal transmitida pelo conto?

      O conto aborda a temática do ódio e da vingança, mostrando como sentimentos negativos podem ser superados por atos de compaixão e empatia.

09 – Qual é o desfecho da história em relação aos sentimentos de Joaquim?

      No final da história, Joaquim percebe a inutilidade de nutrir o ódio e decide perdoar Ricardo, aliviando seu próprio coração do peso desses sentimentos negativos.

 

 

FILME(ATIVIDADES): MISSISSIPI EM CHAMAS - ALAN PARKER - COM GABARITO

 Filme(Atividades): MISSISSIPI EM CHAMAS

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMlvlZXlfWWvwpiqlleXkIn7rvhPk9fJGFnb7tnHd4PEtxNAVAWrll5SjrfINKSXNxL_uJbuFtWhwgGtwBLLXtfNRp71S2h5FcSffPqACzj-C4dI_3KHLaWbE_TFC6k1SW8oix1frkqr9Vd6B1fYx9izVHc3tHQgoUA3twB2vZJz8_rFkffAejHQpcKxs/s320/missi.jpg

Data de lançamento: 23 de março de 1989 (2h 08min)

Gêneros: Drama, Suspense.

Direção: Alan Parker.

Roteiro: Chris Gerolmo.

Elenco: Willem Dafoe, Gene Hackman, Frances McDormand.

Título original: Mississippi Burning

SINOPSE

        Mississipi, 1964. Rupert Anderson (Gene Hackman) e Alan Ward (Willem Dafoe) são dois agentes do FBI que estão investigando a morte de três militantes dos direitos civis. As vítimas viviam em uma pequena cidade onde a segregação divide a população em brancos e pretos e a violência contra os negros é uma tônica constante.

Entendendo o filme:

01 – Qual é o enredo principal do filme?

      O filme é baseado em eventos reais e retrata a história de dois agentes do FBI, Rupert Anderson e Alan Ward, que são enviados ao Mississipi em 1964 para investigar o desaparecimento de três ativistas dos direitos civis durante o movimento pelos Direitos Civis nos Estados Unidos. Eles enfrentam uma comunidade profundamente segregada e racista, onde os direitos civis são sistematicamente violados, e enfrentam resistência e hostilidade das autoridades locais enquanto buscam a verdade por trás dos desaparecidos.

02 – Quais são as principais questões raciais e de direitos civis abordadas no filme?

      O filme aborda questões fundamentais relacionadas aos direitos civis e a luta contra a segregação racial nos Estados Unidos dos anos 1960. As principais questões incluem a discriminação racial, a violência contra ativistas dos direitos civis, a luta pela igualdade de direitos para a população negra e a resistência das autoridades brancas ao movimento pelos direitos civis.

03 – Como os personagens principais, Rupert Anderson e Alan Ward, lidam com as dificuldades e resistências enfrentadas durante a investigação no Mississipi?

      Durante a investigação eles enfrentam diversas dificuldades, como a hostilidade da população branca local e a falta de cooperação das autoridades. No entanto, eles perseveram em sua busca pela verdade e mostram coragem e formação em enfrentar o racismo e a doença sistêmica. Eles também demonstraram solidariedade com os ativistas dos direitos civis, defendendo a igualdade e a justiça.

04 – Qual é o papel dos grupos ativistas dos direitos civis, como a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), no filme?

      No filme, grupos ativistas dos direitos civis, como a NAACP, são retratados como desempenhando um papel fundamental na luta contra a segregação e a discuminação racial. Eles são retratados como defensores corajosos e certos da igualdade de direitos, enfrentando riscos para proteger e apoiar a comunidade negra e os ativistas dos direitos civis.

05 – Como o filme retrata o impacto do movimento pelos Direitos Civis nos Estados Unidos e a luta pela igualdade racial?

      O filme retrata o impacto do movimento pelos Direitos Civis como uma força transformadora na sociedade americana, destacando a coragem e a experiência das pessoas que lutaram pela igualdade racial. Ele também destaca os desafios e as dificuldades enfrentadas pelos ativistas na busca pela justiça e pela igualdade de direitos, ao mesmo tempo em que denuncia o racismo institucional e a violência perpetrada contra a população negra.

      O filme serve como uma poderosa reflexão sobre a importância da luta pelos direitos civis e a necessidade contínua de combater o racismo e reconhecer em todas as suas formas.

 

FILME(ATIVIDADES): O JARDINEIRO FIEL - FERNANDO MEIRELLES - COM GABARITO

 Filme(Atividades): O JARDINEIRO FIEL

 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF8vEugTj3DOfYm3pXURc4B4zxdMd5ySiJ6wcvrnAaba8QZWv7c215lqF-0fV84qvEPWjCqHcq5upREH9dPFkzCQkHWJOo2nGBlizlh_Fbb3j-VUf8adH4BMALjYL16UOWJl_EBbrPL4wnYgZgRcsZRE_Ph-pctTUe6rtfUUA1x0ncW5WRWUdGwlqkei4/s320/JARDINEIRO.jpg

Data de lançamento: 14 de outubro de 2005 (2h 08min)

Gênero: Drama, Suspense, Romance.

Direção: Fernando Meirelles.

Elenco: Ralph Fiennes, Rachel Weisz, Danny Huston.

Título original: The Constant Gardener

SINOPSE

        Não recomendado para menores de 14 anos.

        Uma ativista (Rachel Weisz) é encontrada assassinada em uma área remota do Quênia. O principal suspeito do crime é seu sócio, um médico que encontra-se atualmente foragido. Perturbado pelas infidelidades da esposa, Justin Quayle (Ralph Fiennes) decide partir para descobrir o que realmente aconteceu com sua esposa, iniciando uma viagem que o levará por três continentes.

Entendendo o filme:

01 – Que temática é abordada no filme?

      Aborda diversos temas relevantes, que se entrelaçam ao longo da trama. Como: Corrupção e exploração; Direitos humanos e justiça social; Ativismo e engajamento social; Conflitos e consequências pessoais e Relações entre o mundo desenvolvido e a África.

02 – A abordagem feita de forma positiva ou negativa?

      Adota uma abordagem crítica e realista, mostrando tanto os aspectos negativos da exploração e corrupção quanto o potencial positivo do ativismo e do engajamento social na luta por justiça de direitos humanos. Essa abordagem equilibrada torna o filme uma poderosa reflexão sobre as complexidades da natureza humana e as questões sociais contemporâneas.

03 – No filme, qual a atuação dos poderes públicos tanto africanos como europeus?

      Atuação dos poderes públicos africanos são frequentemente representados como corruptos e pouco preocupados com o bem-estar da população.

      Já a atuação dos poderes públicos europeus é retratada como uma serie de acobertamentos e tentativas de minar a investigação de Justin Quayle e Tessa, sua esposa, que era uma ativista dos direitos humanos e descobre informações comprometidas sobre a indústria farmacêutica.

04 – São colocados dilemas de ordem moral no filme?

      O filme apresenta diversos dilemas de ordem moral ao longo da trama. Esses dilemas são fundamentais para a construção da narrativa e para a reflexão sobre questões éticas e humanitárias. Testes farmacêuticos de novos medicamentos em pessoas pobres e desfavorecidas no Quénia; Corrupção e conivência política; Conflito de interesses na diplomacia e Engajamento ativista e suas consequências.

05 – A personagem Tessa e outros são apresentados de forma maniqueísta ou dúbia?

      Os personagens são apresentados de forma dúbia em vez de maniqueísta. Em outras palavras, eles não são retratados como meramente bons ou maus, mas como indivíduos complexos com motivações e comportamentos ambíguos.

06 – O enfoque do filme nega, reafirma ou reatualiza as formas tradicionais de relacionamento do mundo com a África?

      Reatualiza as formas tradicionais de relacionamento do mundo com a África, especialmente no que diz respeito ao neocolonialismo e a exploração de recursos naturais e humanos. Em vez de negar ou reafirmar essas formas tradicionais, o filme aborda-as criticamente, lançando luz sobre as questões de exploração e injustiça que ainda persistem nas relações entre os países contemporâneos e o continente africano.

07 – Quais aspectos étnicos estão presentes no filme?

      Apresenta diversos aspectos étnicos, especialmente relacionados a diversidade cultural e as relações entre diferentes grupos étnicos no Quénia, embora é uma abordagem mais contextual, utilizando elementos culturais e étnicos para enriquecer a narrativa e transmitir as complexidades das questões sociais, políticas e vividas retratadas no filme.

 

 

FILME(ATIVIDADES): O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? - BRUNO BARRETO - COM GABARITO

 Filme: O QUE É ISSO, COMPANHEIRO?

 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip69o9z7B_F2xn1zH8vSQ8CsXFWf550TZvXLSPT6iYNpogV0h2qYpKsXI1WzKMhLfut63OVuleclZSkM-q8sJSfsl01nGUGuFv4CJQtDjj53Qhxq1KVHhSq5LmRQCaAcM2KETNezpLEzhUzFLL-XOiGnD7wrJcLYNHTUa8WOV5Oa-Y-KlXxPPZTbDUeC8/s1600/companheiro.jpg

Data de lançamento: 01 de maio de 1997 (1h 50min)

Gênero: Drama, Ação, Histórico, Suspense.

Direção: Bruno Barreto.

Roteiro: Leopoldo Serran.

Elenco: Alan Arkin, Fernanda Torres, Pedro Cardoso.

Título original: O que é isso, companheiro?

SINOPSE

        O jornalista Fernando (Pedro Cardoso) e seu amigo César (Selton Mello) abraçam a luta armada contra a ditadura militar no final da década de 60. Os dois alistam num grupo guerrilheiro de esquerda. Em uma das ações do grupo militante, César é ferido e capturado pelos militares. Fernando então planeja o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick (Alan Arkin), para negociar a liberdade de César e de outros companheiros presos.

Entendendo o filme:

01 – Qual é o enredo principal do filme?

      É uma adaptação cinematográfica do livro Homônimo de Fernando Gabeira e retrata o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil em 1969, durante a ditadura militar. O enredo acompanha um grupo de militares de esquerda que planeja o sequestro como uma forma de pressão do governo a prisioneiros políticos libertários.

02 – Em que ano o filme foi lançado?

      Foi lançado em 1997.

03 – Qual é a importância histórica do filme?

      É importante por abordar um episódio marcante da história política brasileira, o sequestro do embaixador dos EUA. Ele retrata as lutas e dilemas enfrentados pelos militantes de esquerda durante a ditadura militar e chama a atenção para a violência do regime e a busca pela democracia. Além disso o filme é uma reflexão sobre a importância da luta pelos direitos civis e da liberdade de expressão, temas relevantes até os dias atuais.

04 – Quando acontece a quebra de lentidão no filme?

      A quebra de lentidão acontece após o sequestro do embaixador e, se manifesta pelo aumento da pressão das autoridades e da imprensa, bem como pelo avanço dos acontecimentos.

05 – O que retrata o filme? 

      Retrata a ditadura militar no Brasil, aqueles que não cumprem as determinações militares ou que eram considerados inimigos do regime enfrentaram consequências diversas e muitas vezes violentas.

     

 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

CONTO(Frag.): O HOMEM QUE QUERIA ELIMINAR A MEMÓRIA - IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO - COM GABARITO

 Conto(Frag.): O homem que queria eliminar a memória

                              Ignácio de Loyola Brandão

Entrou no hospital, mandou chamar o melhor neurocirurgião. [...]

       Quero me operar. Quero que o senhor tire um pedaço do meu cérebro.

       Um pedaço do cérebro? Por que vou tirar um pedaço do seu cérebro?

       Porque eu quero.

       Sim, mas precisa explicar.

       Não basta eu querer?

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDUFDzaV-nli_ggVS4Cbe01VPXWOTz3gz5cryneh4TQO2-H3tp_nGEvMu6miY9bGkE9BNuWFEl0xLZxKDiV4HyCJsYKlTuG5JtFtMlBP25EVsCcWst3_p8MPCpBsQY7GEmoCOq_Z3UtxO9Lp05fNgiV-Zyqs3qgDol0A6qCrEuXpTb9O-TxnRLFsqYB40/s320/CIRURGIAO.jpg


       Claro que não. [...] Há certas coisas que o senhor está impedido de fazer. Ou melhor: eu é que estou impedido de fazer no senhor. [...]

       Por que o senhor quer cortar um pedaço do cérebro?

       Quero eliminar a minha memória. [...] Não quero mais me lembrar de nada. Só isso. As coisas passaram, passaram. Fim! [...]

       Não dá para fazer isso [...]. A medicina não está tão adiantada assim. [...]

O médico pensou. [...] Pediu ao homem que voltasse outro dia. Despediram-se. [...] Chamou um amigo.

          Estou pensando em tirar um pedaço do meu cérebro. Eliminar a memória. O que você acha?

Muito boa ideia. Por que não pensamos nisto antes? Opero você e depois você me opera. Também quero.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Para gostar de ler. Volume 8. Contos. São Paulo: Ática, 1983. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.

Entendendo o texto

01.        De acordo com esse texto, o senhor desejava

A)     dar explicações ao médico.

B)     eliminar a memória.

C)     ter uma boa ideia.

D)     voltar ao hospital outro dia.

 02. Esse texto é engraçado porque

A)     o médico acabou gostando da ideia do senhor.

B)     o médico não sabia como operar o senhor.

C)     o senhor não sabia explicar o motivo da cirurgia.

D)     o senhor quis eliminar sua memória.

03.Nesse texto, a palavra “Fim!” (ℓ. 11) foi utilizada para reforçar a ideia de que o senhor estava

A)     ansioso.

B)     depressivo.

C)     irritado.

D)     pensativo.

 

 

 

 

CRÔNICA: FOLHAS SECAS - FRANCISCO MARQUES - REVISTA ESCOLA - COM GABARITO

 CRÔNICA: FOLHAS SECAS

                   Francisco Marques

Eu estava dando uma aula de Matemática e todos os alunos acompanhavam atentamente.

Todos?

Quase. [...] Renata conferia as canetas e os lápis do seu estojo vermelhíssimo e Hélder olhava para o pátio.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirnWNwtnequuS7RhYr9gngVTciHSqnwAJ2-soomfgBqFESa1zCgzBck-d89KRCiqHkEw7kyT4KakRMcnNj_bCWdv8kaZWiYGiWv6l3cqRPr4tle0G56_cVzaZyaZ0jgo8O1qAxFCEq0Gb1il_hQH9y_4K2oizmXLy9Ob_DoQmYR3xEmUscjiVsZmNg6pY/s320/ESTOJO.jpg


O pátio? O que acontecia no pátio?

Após o recreio, dona Natália varria calmamente as folhas secas e amontoava e guardava tudo dentro de um enorme saco plástico azul. Terminando o varre-varre, dona Natália amarrou a boca do saco plástico e estacionou aquele bafuá de folhas secas perto do portão. Hélder observava atentamente. [...] De repente, Hélder foi arregalando os olhos e franzindo a testa.

Qual o motivo do espanto?

Hélder percebeu alguma coisa no meio das folhas movendo-se desesperadamente, com aflição, sufoco, falta de ar. [...] Um pássaro novo caiu do ninho e foi confundido com as folhas secas e foi varrido e agora lutava pela liberdade.

– Ele tá preso!

O grito de Hélder interrompeu o final da multiplicação de 15 por 127. Todos os alunos olharam para o pátio. E todos nós concordamos, sem palavras: o bico do passarinho tentava romper aquela estranha pele azul. Hélder saiu da sala e nós fomos atrás. E antes que eu pudesse pronunciar a primeira sílaba da palavra “calma”, o saco plástico simplesmente explodiu, as folhas voaram e as crianças pularam de alegria.

Alguns alunos dizem que havia dois passarinhos presos. Outros viram três passarinhos voando felizes e agradecidos. Lucas diz que era um beija-flor. Renata insiste que era uma cigarra. Eu, sinceramente, só vi folhas secas voando. [...]

 MARQUES, Francisco. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/folhas-secas-634210.shtml>.

Acesso em: 22 set. 2014. Fragmento.

 Entendendo o texto

 01. No último parágrafo desse texto, os alunos

a)   brincavam de adivinhar.

b)   discordavam entre si.

c)   estavam espantados.

d)   estavam indiferentes.

02.  No trecho “... o bico do passarinho tentava romper aquela estranha pele azul.” (ℓ. 16-17), o recurso estilístico utilizado na expressão em destaque

a)   apresenta duas características opostas do saco plástico.

b)   descreve o passarinho de maneira exagerada.

c)   relaciona o saco plástico a uma parte do corpo humano.

d)   relata a atitude do passarinho de forma debochada.

03.  No trecho “... os lápis do seu estojo...” (ℓ. 3), a palavra destacada está no lugar de

a)   Natália.

b)   Hélder.

c)   Lucas.

d)   Renata.

04. O trecho desse texto que demonstra que o narrador participa da história está em: 

a)   “Eu estava dando uma aula de Matemática e todos os alunos acompanhavam atentamente.”. (ℓ. 1) 

b)   “Renata conferia as canetas e os lápis do seu estojo vermelhíssimo e Hélder olhava para o pátio.”. (ℓ. 7-8) 

c)    “Hélder percebeu alguma coisa no meio das folhas movendo-se desesperadamente, com aflição, d)   sufoco, falta de ar.”. (ℓ. 11-12)

05.  No trecho “– Ele tá preso!” (ℓ. 14), a linguagem utilizada é

a)   científica.

b)   culta.

c) informal.

d) regional.