quinta-feira, 14 de abril de 2022

HISTÓRIA: O POVO QUE INVENTOU O A B C - MONTEIRO LOBATO - COM GABARITO

 História: O povo que inventou o A B C

            Monteiro Lobato

  De Salomão, Dona Benta pulou para a Fenícia.

        -- No tempo em que ninguém sabia escrever – disse Dona Benta – porque o alfabeto ainda não fora inventado, vivia numa aldeia um carpinteiro de nome Cadmo. Era fenício, isto é, natural da Fenícia, uma nação de comerciantes muito espertos, estabelecida nas costas do Mediterrâneo. Cadmo estava um dia trabalhando no seu banco de carpinteiro, a certa distância de casa. Súbito notou a falta duma ferramenta qualquer, que esquecera de trazer. Fez então uns rabiscos num cavaco de madeira e disse a um escravo: “Fulano, leve isto à minha esposa e traga o que ela der.” O escravo levou o cavaco. A mulher de Cadmo leu o sinal escrito, tomou a ferramenta pedida e disse: “Aqui está o que ele pede”. O escravo abriu a boca, e ainda mais quando ao entregar a ferramenta ouviu o patrão dizer que era aquilo mesmo. Seu assombro diante do cavaco mágico foi tamanho que pediu licença a Cadmo para o trazer pendurado ao peito, como bentinho.

        -- Coitado! – exclamou a menina.

        -- O que há de verdade nisto, não sei. Mas o fato é que o alfabeto nos veio da Fenícia, inventado por esse Cadmo ou por quem quer que seja. Em grego as duas primeiras letras chamavam-se Alfa e Beta – daí o nome de alfabeto que ficou para o conjunto de todos os sinais ou letras. Já pensaram vocês, por um minuto, na invenção maravilhosa que foi o alfabeto?

        -- Ainda não – disse Pedrinho. – Vamos começar a pensar nisso de hoje em diante, porque só agora vovó nos abriu os olhos.

        -- Pois pensem. Se não fossem os fenícios, ou melhor, se o alfabeto não tivesse sido inventado, estaríamos hoje num grande atraso, talvez ainda usando os hieróglifos ou os caracteres cuneiformes dos babilônios. Vejam que desgraça.

        -- Estou compreendendo, vovó. Estou compreendendo muito bem a importância da invenção do alfabeto – disse Pedrinho. – Mas as letras, ou sinais adotados pelos fenícios, eram as mesmas que usamos hoje?

        -- Algumas letras não sofreram mudança, como o A, o E, o O e o Z. Mesmo assim o A era deitado e o E tinha a abertura voltada para a esquerda. As outras letras mudaram. Mas isto da forma dos sinais não tem a mínima importância. O que importa é haver um sinal para cada som, de modo que possamos escrever milhares de palavras com alguns sinais apenas.

        -- Como na música, vovó! – sugeriu Narizinho.

        -- Exatamente. Na música temos set notas, ou sete sinais. Com esse bocadinho de elementos, os músicos compõem maravilhosas músicas, desde o “Vem cá, Bitu” até as célebres sonatas de Beethoven. As sete notas são o alfabeto da música.

        -- Quem eram esses tais fenícios, vovó? Da mesma raça dos gregos?

        -- Eram um ramo da raça semita, localizado perto dos judeus, ao norte. Tiveram um grande rei de nome Hirã que viveu no tempo de Salomão, do qual foi amigo. Hirã chegou a mandar para Jerusalém muitos dos melhores operários da Fenícia a fim de trabalharem na construção do grande templo, apesar de não crer no deus de Salomão.

História do mundo para crianças. São Paulo, Brasiliense, p. 28-9.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 2ª ed. 1999, p. 61-3.

Entendendo a história:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Salomão: filho do rei Davi e também rei de Israel, citado na Bíblia, tornou-se um exemplo de sabedoria.

·        Mediterrâneo: mar que banha o sul da Europa e o norte da África.

·        Súbito: repentino, inesperado.

·        Babilônio: povo antigo da Babilônia.

·    Cuneiforme: em forma de cunha; escrita dos assírios, caracterizada por elementos em forma de cunha.

·        Beethoven: Ludwig Van Beethoven (1770-1827), músico e compositor alemão.

·        Hieróglifo: designação de cada um dos caracteres de uma escrita dos antigos egípcios, ainda conservada em inscrições.

·        Sonata: no conceito clássico, forma musical que consiste em três tempos, distintos no andamento e condicionados entre si pela tonalidade.

02 – Em que sentido as palavras destacadas nas frases estão sendo empregadas?

a)   Isto para mim é grego. Não entendo nada.

Língua grega.

b)   Meu vizinho é grego. Nasceu na ilha de Lesbos.

Nascido na Grécia.

c)   Estou sem dinheiro, preciso ir ao banco.

Lugar onde se guarda dinheiro.

d)   O diretor da escola disse que é nos bancos escolares que se constrói o futuro do Brasil.

Lugar onde se senta.

e)   Meu pai trabalha no ramo de calçados.

Área de atividade humana.

f)    Veja que belo ramo carregado de frutas.

Parte de uma árvore.

g)   Sou um Rivas do ramo de Granada.

Parte de uma família.

03 – Em geral, ao fazer uma leitura, não vamos ao dicionário à procura de cada palavra que desconhecemos. Primeiramente tentamos entender seu significado pelo contexto em que ela se encontra. Vejamos como está a sua habilidade de leitor para fazer esse reconhecimento. Procure descobrir os significados das palavras retiradas do texto que você leu, discuta-os com os colegas e depois confirme-os no dicionário.

a)   Fez então uns rabiscos num cavaco de madeira.

No dicionário o aluno vai encontrar dois significados diferentes: lasca de madeira e bate-papo, conversa. A resposta é lasca de madeira.

b)   Seu assombro diante do cavaco mágico foi tamanho...

Espanto, admiração.

04 – Encontre no texto palavras cognatas, ou seja, que pertencem à mesma família destas. Dizemos que isso ocorre quando, como os humanos, elas derivam de um mesmo tronco (exemplo: pedra, pedreira, pedreiro, pedrada).

·        Escrita: escrever.

·        Ferro: ferramenta.

·        Analfabeto: alfabeto.

·        Escravidão: escravo.

·        Comércio: comerciantes.

·        Abertura: abriu.

05 – Apesar da narrativa, o texto desta unidade tem também o propósito de transmitir informações ao público leitor. Que informação ele nos transmite por meio da conversa de Dona Benta com seus netos?

      A informação refere-se à invenção do alfabeto.

06 – De que nacionalidade era Cadmo, o homem que surpreendeu o escravo com seus “rabiscos mágicos”?

      Ele era fenício, isto é, natural da Fenícia.

07 – Que características tinha esse povo ao qual Cadmo pertencia?

      Os fenícios eram um povo de comerciantes estabelecidos nas costas do Mediterrâneo.

08 – A que se deve o nome “alfabeto”?

      O nome alfabeto se deve ao fato de as primeiras letras do alfabeto grego serem Alfa e Beta.

09 – Qual é a grande vantagem do alfabeto em relação a outros tipos de registros anteriormente inventados?

      A grande vantagem é a economia de caracteres, pois com a combinação de algumas letras podemos formar todos os sons que precisamos reproduzir e em diversas línguas. Essas letras não reproduzem exatamente o som que falamos, mas chegam bem perto.

10 – Dona Benta compara o alfabeto com outro tipo de registro. Que comparação é essa?

      O alfabeto é comparado à escrita musical, cuja combinação de sete notas permite escrever todas as músicas.

 

 

REPORTAGEM: PAIS SEM TRABALHO, FAMÍLIA SEM DINHEIRO - FABRIZIO RIGOUT - COM GABARITO

 Reportagem: Pais sem trabalho, família sem dinheiro


FABRIZIO RIGOUT – da Redação

        Anne Camila Araújo fez 8 anos no dia 14 e pela primeira vez não ganhou presente.

        A irmã dela, Olga, vive chorando porque quer material escolar mais bonito. A mãe já disse que o dinheiro não dá.

        Antigamente, as meninas ganhavam quase tudo o que pediam. Agora não. Seus pais perderam o emprego.

        A fábrica onde os pais, Gilvan e Lúcia Araújo, trabalhavam, no Estado de Alagoas, foi vendida. O novo dono mandou muita gente embora, porque precisava diminuir os custos.

        Os custos são o dinheiro que a empresa gasta com salários e materiais. Se ela gasta muito, tem de aumentar o preço dos produtos que vende, para não ter prejuízo.

        Mas, se os produtos forem caros, ninguém vai querer comprar. Então a empresa reduz os custos para poder vender mais barato. Uma forma de fazer isso é diminuir o número de empregados.

        Existem outras causas de desemprego, como fábricas que fecham e profissões que desaparecem.

        No Brasil, para cada 100 adultos que trabalham, há outros 5 adultos procurando emprego.

Folha de S. Paulo, 21 mar. 1997. Folhinha.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 2ª ed. 1999, p. 52-3.

Entendendo a reportagem:

01 – Por que o assunto desemprego mereceu uma reportagem no jornal?

      Porque esse problema está afetando muitas famílias no momento em nosso país.

02 – De acordo com o texto do jornal, o que mudou na vida das crianças depois do desemprego dos pais?

      Uma das meninas, Anne Camila, ficou sem presente e sua irmã queria o material escolar mais bonito, mas a mãe disse que o dinheiro não dava.

03 – Observando o quadro da matéria, quais as causas apontadas para o desemprego atual?

      O objetivo da pergunta é ensinar o aluno a ler quadros. Fechamento da empresa; dificuldade de a empresa vender seus produtos; necessidade de a empresa baratear os produtos que fabrica; substituição da tarefa que a pessoa realizava por máquinas.

04 – Onde fica a fábrica em que os pais de Anne Camila Araújo trabalhavam?

      No Estado de Alagoas.

05 – Por que eles foram despedidos?

      Porque a fábrica foi vendida e o novo dono mandou muita gente embora para diminuir os custos.

06 – Como está a situação de emprego no Brasil no momento?

      Para cada 100 adultos que trabalham, há outros 5 procurando emprego.

 

 

 

ANÚNCIO: A VIDA É UMA CAIXINHA DE SURPRESAS - REVISTA FAMÍLIA CRISTÃ - FRASES - COM GABARITO

 Anúncio: A vida é uma caixinha de surpresas

             

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  Faça com que a miséria deixe de ser uma delas

  Tomara que você ainda consiga se surpreender com a miséria. Tomara mesmo. Porque milhares de crianças e jovens contam com apenas um gesto seu para continuarem lutando contra o abandono, a fome e a marginalidade.

        Você pode ajudar e ter a certeza de que a sua doação chegará às mãos de quem realmente necessita. Participe do movimento União pela vida – um movimento criado pelos salesianos, que mantêm o maior número de obras assistenciais do Brasil.

        Você estará colaborando para garantir assistência médica, dentária e social, escola, alimentação e formação profissional a jovens de todo o país.

        [...]

        Você realmente pode ajudar e ser uma boa surpresa na vida de milhares de crianças e jovens. Participe! Contribua!

Revista Família Cristã.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 2ª ed. 1999, p. 19.

Entendendo o anúncio:

01 – Procure exemplos de frases imperativas e declarativas.

      Imperativas: Faça com que a miséria deixe de ser uma delas. / Participe! / Contribua!

      Declarativas: A vida é uma caixinha de surpresas. Você estará colaborando para garantir assistência médica, dentária e social, escola, alimentação e formação profissional a jovens de todo o país.

02 – Procure um exemplo de frase optativa.

      Tomara que você ainda consiga se surpreender com a miséria.

03 – Justifique as resposta dadas.

      Nas frases imperativas, expressa-se uma ordem ou conselho; nas declarativas, está-se afirmando algo. Nas frases optativas, expressa-se um desejo.

04 – Procure uma frase que poderia terminar com ponto de exclamação se quiséssemos torna-la mais enfática.

      Tomara mesmo!

TIRA: CALVIN TÔ COM FOME - O ESTADO DE S. PAULO - FRASE, PONTUAÇÃO - COM GABARITO

 Tira: Calvin tô com fome – frase, pontuação

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O Estado de S. Paulo.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 2ª ed. 1999, p. 19.

Entendendo a tira:

01 – De acordo com a tira, coloque o tipo frase em cada uma, do 1° quadrinho:

a)   Tô com fome. = Declarativa.

b)   Posso fazer um lanche? = Interrogativa.

02 – No 2° quadrinho:

     Ora, é claro. = Declarativa ou exclamativa.

03 – No 3° quadrinho:

     Tire uma maçã ou uma laranja da geladeira! = Imperativa.

04 – No 4° quadrinho:

     Cada vez mais me convenço de que eu e ela não falamos a mesma língua. = Declarativa.

REPORTAGEM: POLUIÇÃO MATA PEIXES NO HORTO FLORESTAL - FOLHA DE S.PAULO - COM GABARITO

 Reportagem: Poluição mata peixes no Horto Florestal


DA REPORTAGEM LOCAL

        A poluição está matando peixes e aves que vivem nas águas dos lagos do Parque Estadual Alberto Lofgrin, conhecido como Horto Florestal, na zona norte.

        Segundo Ana Lúcia Cervantes, chefe do parque, a poluição é provocada pelo esgoto proveniente da favela Itabira, no bairro Pedra Branca, ao lado do Horto.

        “A favela não possui saneamento básico e o esgoto é jogado na rede de águas pluviais que alimenta os lagos”, disse Ana. A favela tem cerca de cem moradores.

        Em períodos de estiagem (falta de chuva), o problema se agrava, pois o esgoto chega concentrado ao lago e diminui a oxigenação nas águas.

        Duas semanas atrás, foram retirados cerca de 80 quilos de peixes mortos do lago, segundo Hugo da Fonseca Pereira, 35, assistente técnico do Horto Florestal.

        “Com a seca registrada no mês de março, morreram 16 patos”, afirma Pereira.

        Quando há mortandade, os técnicos retiram, em caráter emergencial, as aves e peixes que sobrevivem e os colocam em outro lago mais limpo do parque.

        Cervantes afirma que o problema se agravou de três anos para cá, com o crescimento da favela.

        Uma das providências para acabar com a poluição nas águas do Horto seria separar o esgoto da favela da rede de águas pluviais que alimenta o parque.

        “Desde 92 estamos enviando ofícios à Administração Regional e à Sabesp, mas não obtivemos resposta", diz a chefe do parque. [...].

Folha de São Paulo, 12 jul. 1995.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 2ª ed. 1999, p. 13-4.

Entendendo a reportagem:

01 – Em qual meio de comunicação, que foi publicado a reportagem?

      Foi publicado na Folha de S. Paulo.

02 – De que se trata a reportagem?

      Fala da morte dos peixes e aves, por causa da poluição.

03 – Em qual local isso está acontecendo?

      No Parque Estadual Alberto Lofgrin, conhecido como Horto Florestal.

04 – A poluição que causa todo esse problema, de onde vem?

      É proveniente do esgoto da favela Itabira, no bairro Pedra Branca, porque é lançada na rede de água pluviais.

05 – Qual seria a providencia para acabar com a poluição?

      Seria separar o esgoto da favela da rede de águas pluviais.



RECEITA MINEIRA: MÔI DE REPÔI NU ÁI I ÓI - VARIEDADE LINGUÍSTICA - COM GABARITO

 Receita mineira: Môi de repôi nu ái i ói

Ingridienti

5 denti di ái.

3 cuié di ói.

1 cabêsss di repôi.

1 cuié di mastumati

Sá agosto.

Modi fazê

        Casca o ái, pica o ái i soca o ái cum sá. Quenta o ói na caçarola i foga o ái socado no ói quentim. Pica o repôi beeemmm finim. Foga o repôi no ói quentim junto cum o ái fogado. Põim a mastumati i méxi cum a cuié pra fazê o môi. Sirva cum rôis i meléti. Isso é bom dimais da conta sô.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 44-6.

Entendendo a receita mineira:

01 – Existem muitas brincadeiras a respeito do modo como falam certos grupos de pessoas de vários estados brasileiros. A receita lida é um exemplo, pois imita com certo exagero a fala de mineiros de certas regiões e, deixa de seguir as regras da língua escrita. Reescreva a receita de acordo com as normas dessa variedade linguística.

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Na receita foram usados os verbos picar, socar, pôr. Que outros verbos ou expressões poderíamos usar no lugar desses, sem modificar o sentido das frases?

      Pode ser: cortar, amassar, colocar.

03 – No trecho “Casca o ái, pica o ái i soca o ái cum sá. Quenta o ói na caçarola i foga o ái socado no ói quentim.”, há repetição de duas palavras.

a)   Identifique-as.

Alho e óleo.

b)   A repetição de palavras é muito comum na língua falada. Como você reescreveria o trecho a fim de evitar ou amenizar as repetições?

Descasque e pique o alho e soque-o com sal. Esquente o óleo na caçarola e refogue o alho.

04 – Na receita lida, o locutor emite sua opinião a respeito do prato, embora esse procedimento não seja comum nas receitas. Identifique o trecho em que isso ocorre.

      Isso é bom dimais da conta sô.

05 – No trecho “beeemmm finim”, observe a forma como a palavra bem foi escrita.

a)   O que essa grafia sugere quanto ao modo de pronunciar a palavra?

Sugere que a vogal da sílaba foi pronunciada de modo prolongado.

b)   Que sentido esse modo de pronunciar a palavra cria no contexto?

Esse modo de pronunciar a palavra dá a entender que o repolho deve ser cortado muito fino.

06 – Embora a receita seja uma brincadeira, você acha que esses ingredientes e as indicações do modo de fazer podem resultar num prato saboroso?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, a receita em si, pode resultar num prato saboroso.

07 – A língua empregada na receita lida é diferente daquela utilizada pelos jornais, revistas e livros. Apesar disso, é possível compreender a receita?

      Sim, é possível compreendê-la perfeitamente.

08 – Se sua família veio de uma região do país diferente daquela em que você mora, comente com os colegas: Que diferenças é possível observar entre o português falado naquela região e o falado na cidade em que você vive hoje? Cite alguns casos.

      Resposta pessoal do aluno.

 

TIRA: ESPORTES RADICAIS - ADÃO ITURRUSGARAI - FOLHA DE S.PAULO - COM GABARITO

 Tira: Esportes radicais

      


Rapel                            





                 Rafting                      

             Kiteskate

Adão Iturrusgarai. Folha de S. Paulo, 1°/ 2/2003.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 61-2.

Entendendo a tira:

01 – A tira faz referência a três modalidades esportivas. Quais delas existem de fato e qual delas foi inventada pelo autor da tira?

      Existem: Rapel, Rafting e Skate. A inventada é Kiteskate.

02 – O que você entende por esportes radicais?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Práticas esportivas que envolvem perigo para o esportista e que, por isso, são mais excitantes, “mexem com a adrenalina”.

03 – Dê outros exemplos de esportes radicais diferentes dos citados na tira.

      Paraquedismo, surfe, mountain bike (andar de bicicleta em trilhas no meio do mato), windsurfe, motocross, trekking (caminhar por trilhas difíceis), escalada (subir paredões de pedra com ajuda de uma corda), tirolesa (atravessar um rio pendurado numa corda), buggie-jump, etc.

04 – De que língua se origina a maioria dos nomes desses esportes?

      Do inglês.

05 – Cite outros nomes de esportes que se originam dessa língua e fazem parte do léxico da língua portuguesa.

      Futebol (football), basquetebol (basketball), voleibol (voley-ball), handebol (handball), tênis (tennis), pingue-pongue (ping-pong).

06 – A tira cria humor fazendo referência a práticas esportivas radicais. Explique por que o esporte inventado pelo cartunista pode ser considerado mais radical ainda.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Se o Skate pode ser considerado uma modalidade esportiva pouco radical em comparação com rapel e rafting, o mesmo não se pode dizer de um skate “que voa”.

TIRA: CACHORRO FOLGADO - COM GABARITO

 Tira: Cachorro folgado


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Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 41-2.

Entendendo a tira:

01 – Você gostou, ou seja, achou apropriado o nome da tira? Caso negativo, qual outro nome daria?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Observe o comportamento do cachorro na tira.

a)   Você considera o comportamento do cachorro normal ou absurdo?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O comportamento do cachorro não é normal.

b)   Você diria que a tira é coerente? Porquê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, a tira é coerente, porque não há contradição, uma vez que o cachorro foi aos poucos conquistando sua posição.

03 – Observe que, além de conexão entre as ideias, há na tira conexão também entre as palavras. Observe o 2° quadrinho.

a)   A palavra depois foi empregada nesse quadrinho porque anteriormente uma expressão já tinha sido utilizada para indicar o tempo. Qual é essa expressão?

No começo.

b)   A palavra ele refere-se a um substantivo já empregado anteriormente. Qual é ele?

Cachorro.

04 – A construção deixei ele, empregada no 2° quadrinho, e outras como vi ela, peguei ele, etc. fogem à variedade padrão, apesar de serem muito utilizadas na linguagem oral e em determinados tipos de textos impresso em que predomina a linguagem informal. Caso o autor da tira quisesse escrever de acordo com a variedade padrão formal, como ficaria a fala do 2° quadrinho?

      Eu o deixei dormir ou eu deixei-o dormir.

05 – A fala do 4° quadrinho não está solta em relação às anteriores. Porém, caso o autor quisesse liga-la às demais por meio de uma palavra, que palavras poderiam iniciar o balão?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: agora, atualmente, hoje, portanto, assim, desse modo.

TEXTO: PLANTAS CARNÍVORAS - REVISTA RECREIO - COESÃO TEXTUAL - COM GABARITO

 Texto: Plantas carnívoras

       NHAAAC!!!

   As plantas carnívoras têm este nome porque capturam e digerem seres vivos. Mas você não precisa ter medo. Elas são tão pequenas e delicadas que não oferecem perigo para nós.

        Existem cerca de 550 espécies dessas plantas no mundo. Os cientistas acham que as primeiras surgiram na Terra há uns 65 milhões de anos, na época dos dinossauros! A maioria se alimenta apenas de animais minúsculos, mas algumas podem capturar pequenos pássaros e roedores.

        ARMADILHA

As plantas carnívoras atraem bichinhos com suas cores e perfume, mas cada espécie tem um jeito de prendê-los. Algumas se fecham, aprisionando o inseto quando ele se aproxima. Outras capturam a presa com seus pelos pegajosos. E há ainda as que têm folhas colantes. É só um bicho pousar nelas e não consegue mais sair! [...]

Recreio, n° 2.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 40.

Entendendo o texto:

01 – O texto lido apresenta coerência, isto é, conexão de ideias? Por quê?

      Sim, pois as ideias têm lógica entre si, de modo que uma vai ampliando ou complementando a outra.

02 – A coerência textual está diretamente ligada à coesão textual, isto é, à conexão entre palavras e partes do texto. Observe o 1° parágrafo do texto.

a)   A que palavra ou expressão empregada anteriormente se referem a expressão este nome e a palavra elas?

Referem-se à expressão plantas carnívoras.

b)   A palavra mas liga duas ideias do texto: o fato de as plantas digerirem seres vivos e a possibilidade de o leitor ter medo das plantas. Que sentido a palavra mas expressa nesse contexto? Marque a melhor opção:

Adição      Oposição      Causa      Consequência.

03 – No 2° parágrafo do texto, as expressões dessas plantas, as primeiras, a maioria e a palavra algumas retomam uma mesma expressão do 1° parágrafo. Qual é ela?

      Espécies dessa plantas.

04 – Observe o 3° parágrafo. A que palavra ou expressão se refere:

a)   A palavra suas?

Plantas carnívoras.

b)   A palavra los, em “perde-los”?

Bichinhos.

c)   As palavras algumas e outras?

Plantas carnívoras.

 

REPORTAGEM: A PRIMEIRA REBELIÃO - JORNAL DO BRASIL - COM GABARITO

 Reportagem: A primeira rebelião

      A palavra robô foi criada pelo dramaturgo e romancista tcheco Karel Capek, nascido em 1890 e morto em 1938. É um neologismo do tcheco robota, que significa trabalho. Foi introduzida na peça teatral R. U. R. (Rossum’s Universal Robots), representada pela primeira vez no Teatro Nacional, de Praga, em 1921. É uma peça de ficção científica e faz parte de um ciclo que inclui as novelas A Guerra das Salamandras e Fábrica do Absoluto, onde Capek (pronuncia-se Tchapek) satiriza a automatização do trabalho, o nazismo e as utopias inacessíveis.

      R. U. R. se passa nos tempos futuros, numa ilha de propriedade de um certo Rossum (tirado do tcheco rozum, que significa razão). R. U. R. É uma fábrica de operários-artificiais, os robôs. Em 1932 Rossum descobriu o segredo da matéria viva e tentou fabricar homens; um sobrinho aperfeiçoou a ideia, simplificando a anatomia humana e permitindo a fabricação em série.

        Dez anos mais tarde eclode uma revolução dos robôs, convencidos de que sua fabricação impede os nascimentos naturais. A ação da peça se concentra na tentativa de descobrir os planos originais de Rossum. Os planos, no entanto, são queimados – o que impede a fabricação de robôs dóceis para combater os robôs rebeldes.

        Um médico, Gall, dotou algumas centenas de robôs da faculdade de excitação nervosa. Os robôs rebeldes massacram todos os seres humanos (à exceção de Alquist, o único que trabalha com suas próprias mãos). O comitê governante dos robôs pede a Alquist para fabricar homens artificiais, coisa que ele não consegue. No último ato, a humanidade será salva por dois jovens robôs, Primus e Helena, que, na verdade, são humanos, porque se amam. E a história da humanidade começa novamente.

Jornal do Brasil, 9 dez. 1981.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 6ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1ª edição – 1998, p. 235.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Satiriza: ridiculariza.

·      Nazismo: sistema político totalitário implantado na Alemanha de 1933 até o final da Segunda Guerra Mundial.

·        Utopia: ideal impossível de se realizar.

·        Inacessível: que não se pode alcançar.

·        Eclode: surge, vem à luz.

02 – Conforme o texto, explique o título do texto (peça).

      Refere-se a uma fábrica de operários-artificiais, os robôs.

03 – Quem era Rossum e qual sua descoberta?

      Rossum era o proprietário de uma ilha. Ele descobriu o segredo da matéria viva e tentou fabricar homens.

04 – A ação da peça se passa entre 1932-42. Por que, mesmo assim, é considerada uma obra de ficção científica?

      Porque, como foi escrita em 1921, também fazia projeções para o futuro, falando de automatização do trabalho, algo muito distante do desenvolvimento tecnológico de então.

05 – O que há em comum no enredo dessa peça?

      Ela fala de seres artificiais que se comportam como serres humanos. Ele fala em acontecimento futuro. É uma obra de ficção científica.

06 – Como você vê as tentativas de o homem criar máquinas que, à sua imagem e semelhança, realizam atividades que, até há pouco, eram exclusivas dos humanos? Justifique sua opinião.

      Resposta pessoal do aluno.