Notícia: Mãe de criança cadeirante
cria playground inclusivo no interior de São Paulo
Projeto
tem brinquedos com cinto de segurança e gangorras com travas
11/05/18 às 17h00 – FERNANDA
TESTA – RIBEIRÃO PRETO
A cena de Maria Eduarda, 10, brincando
com o irmão João Lucas, 6, no gira-gira do parquinho em uma praça de Ribeirão
Preto, no interior de São Paulo, parece comum não fosse o detalhe do brinquedo:
ele tem espaço para uma cadeira de rodas, o que permite a Duda, que não anda
nem fala, fazer parte da brincadeira.
Graças à mãe dela, Selma Meneses
Nalini, 34, a menina e outras crianças com deficiência têm a oportunidade de
brincar em playgrounds 100% acessíveis. Desde 2016, Selma conduz o projeto Duda
Nalini, que implanta parquinhos inclusivos em diferentes regiões do município.
Três espaços (nas zonas sul, norte e
leste) já foram contemplados com os playgrounds, e um quarto local deve ser
inaugurado até o fim deste ano.
Além do gira-gira com acesso para
cadeira de rodas, os playgrounds têm brinquedos como balanços com cinto de
segurança específico, gangorras com travas e assentos maiores, com cinto
ajustável. Os equipamentos também têm painéis de comunicação alternativa – para
pessoas sem fala ou sem escrita funcional.
Desde que soube da má-formação
congênita da filha, no início da gravidez, Selma procura meios de garantir
qualidade de vida para a menina.
Portadora de agenesia cerebelar
(ausência de cerebelo), Duda nasceu sem expectativa de sobrevida. No decorrer
dos anos, no entanto, passou por inúmeras internações e cirurgias e segue
estável, prestes a completar 11 anos.
Nas idas e vindas de hospitais, Selma
conheceu famílias semelhantes à dela. Começou a organizar, em casa, eventos
como piqueniques e festinhas temáticas para promover o encontro entre mães e
crianças.
“As mães trocavam experiências. Era um
ambiente de apoio e, ao mesmo tempo, lazer”, diz. Com o passar do tempo, o
grupo de mães cresceu e o espaço ficou pequeno. Também Selma viu que o caçula
queria um meio de brincar mais com a irmã.
Ela passou a pesquisar a acessibilidade
em outros países. “Vi que existiam fábricas de brinquedos inclusivos, e pensei
que com esses brinquedos eu poderia fazer algo permanente para as crianças. Foi
aí que veio a ideia de instalá-los em áreas públicas”.
Em 2016, protocolou um projeto na
prefeitura. Após tramitar por seis pastas diferentes, foi finalmente aprovado
no início do ano seguinte.
Com ajuda da iniciativa privada, Selma
consegue a doação, implantação e manutenção dos brinquedos em áreas públicas.
Cabe à prefeitura apenas autorizar o uso dessas áreas para que os playgrounds
sejam construídos.
O primeiro espaço foi inaugurado em
junho do ano passado, na zona sul; o segundo, em outubro em uma praça na zona
leste. Em abril deste ano, um parque na zona norte foi contemplado. Outro
espaço, na zona sul, deve ganhar o parque inclusivo ainda este ano.
Característica comum a todos os locais,
os brinquedos permitem que crianças com e sem deficiência brinquem juntas. “Não
queria algo somente para pessoas com deficiência. Quero acabar com essa cultura
da exclusão e do isolamento. Colocando todos juntos, acredito que podemos
diminuir o preconceito”.
Disponível em:
www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/05/mae-de-crianca-cadeirante-cria-playground-inclusivo-no-interior-de-são-paulo.shtml.
Acesso em: 6 jun. 2018.FOLHAPRESS.
Fonte: Língua
Portuguesa – Português – Apoema – Editora do Brasil – São Paulo, 2018. 1ª
edição – 6° ano. p. 41-3.
Entendendo a notícia:
01 – De acordo com o texto,
qual o significado das palavras abaixo:
·
Acessibilidade: possibilidade de acesso, de entrada e saída de lugares.
·
Cadeirante: pessoa que se locomove em cadeira de rodas.
·
Cerebelo: parte do cérebro responsável pela coordenação dos movimentos.
·
Congênito: que se manifesta desde o nascimento.
·
Inclusivo: que possibilita a inclusão, o acolhimento, a integração.
·
Playground: palavra da língua inglesa que significa “área com brinquedos
usada para recreação de crianças”.
02 – Observe o título da
notícia e responda às questões. Se necessário, consulte o glossário.
a)
Quem é a pessoa de quem se fala?
A mãe de uma criança cadeirante.
b)
O que ela fez?
Criou playgrounds inclusivos no interior de São Paulo.
c)
Por que a ação noticiada é importante?
Porque as crianças cadeirantes muitas vezes não podem brincar em
playgrounds, já que os brinquedos não são próprios para elas. A notícia divulga
uma iniciativa importante para a comunidade.
03 – O subtítulo acrescenta
quais informações? Por que elas são importantes?
O subtítulo explica que os brinquedos têm
cinto de segurança e travas nas gangorras. Isso é importante porque mostra como
são os brinquedos do playground inclusivo.
04 – No primeiro parágrafo
da notícia:
a)
Quem são as pessoas citadas? Onde elas estão?
O que estão fazendo?
Maria Eduarda e seu irmão João Lucas. No parquinho de uma praça em
Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Brincando no gira-gira do parquinho.
b)
Que dados numéricos a respeito delas são
citados?
A idade. A menina tem 10 anos e o menino, 6 anos.
05 – Indique a alternativa
correta. A cena descrita no primeiro parágrafo:
a)
Contém todos os detalhes da notícia.
b)
Apresenta as pessoas envolvidas, mas não diz
o que faziam.
c)
Mostra o lugar onde tudo ocorreu, sem nada
informar sobre a ação desenvolvida.
d)
Resume os elementos fundamentais a
serem desenvolvidos no restante do relato feito pela notícia.
06 – No segundo parágrafo, a
notícia tem continuidade.
a)
Que outra pessoa é citada? Que dado se
informa sobre ela?
A mãe da menina, Selma Meneses Nalini, informa-se que ela tem 34
anos.
b)
Com base no glossário, explique o que
caracteriza um playground 100% acessível.
Um playground 100% acessível é aquele que possibilita o acesso também
de pessoas com dificuldade de locomoção.
c)
O nome do projeto faz referência a que pessoa
citada na notícia?
O projeto tem o nome de Duda Nalini, a menina com dificuldade de
locomoção.
07 – Releia o trecho a
seguir.
“Desde
que soube da má-formação congênita da filha, no início da gravidez, Selma
procura meios de garantir qualidade de vida para a menina.
Portadora de agenesia cerebelar
(ausência de cerebelo), Duda nasceu sem expectativa de sobrevida. No decorrer
dos anos, no entanto, passou por inúmeras internações e cirurgias e segue
estável, prestes a completar 11 anos.
Nas idas e vindas de hospitais, Selma
conheceu famílias semelhantes à dela. Começou a organizar, em casa, eventos
como piqueniques e festinhas temáticas para promover o encontro entre mães e
crianças.”
a)
No trecho transcrito, que tempo verbal
predomina: presente, passado ou futuro?
Passado.
b)
O que esse tempo verbal indica a respeito das
ações relatadas?
Indica que elas já aconteceram.
c)
Coloque em ordem a sequência de acontecimentos
de acordo com a notícia.
1 – No início da gravidez,
Selma soube da má-formação congênita da filha.
2 – Selma conheceu famílias
semelhantes à dela.
3 – Duda passou por
internações e cirurgias.
4 – Selma organizou eventos
em casa para promover encontros entre mães e crianças.
5 – Duda nasceu sem
expectativa de sobrevida.
A sequência é: 1
– 4 – 3 – 5 – 2.
d)
Lembre-se do que aprendeu na Unidade 1 a
respeito das sequências descritivas e narrativas e identifique o tipo de
sequência predominante no trecho destacado. Justifique sua resposta.
Sequências narrativas, porque o trecho destacado relata uma sucessão
de acontecimentos.
08 – Observe o trecho a
seguir.
“As mães trocavam experiências. Era um
ambiente de apoio e, ao mesmo tempo, lazer”, diz.
a)
Quem fala nesse trecho?
Selma, a mãe de Duda.
b)
Você considera que é importante ouvir as
pessoas envolvidas na notícia? Por quê?
Resposta pessoal do aluno.
09 – Relembre as
características que você já observou na notícia.
·
Relato bem apresentado do fato noticiado.
·
Localização do acontecimento no tempo e no
espaço.
·
Citação de nomes e dados das pessoas
envolvidas.
·
Fala direta das pessoas envolvidas.
Esses
procedimentos indicam que a notícia oferece informações:
a) Comprováveis, que levam o leitor a confiar na notícia.
b) Duvidosas,
pois não podem ser conferidas e deixam o leitor em dúvida sobre o fato.
c) Desnecessárias,
uma vez que o leitor não precisa saber de nada disso para compreender o fato
noticiado.
d) Verdadeiras,
mas pouco importantes, porque não garantem a confiança do leitor na notícia.