domingo, 18 de agosto de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): TELEGRAMA - ZECA BALEIRO - COM QUESTÕES GABARITADAS

ATIVIDADES COM A MÚSICA: TELEGRAMA
                 Zeca Baleiro

Eu tava triste tristinho
Mais sem graça que a top model magrela na passarela
Eu 'tava só sozinho
Mais solitário que um Paulistano
Que um canastrão na hora que cai o pano
'Tava mais bobo que banda de rock
Que um palhaço do circo Vostok

Mas ontem eu recebi um telegrama
Era você de Aracaju ou do Alabama
Dizendo nêgo, sinta-se feliz
Porque no mundo tem alguém que diz
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito, muito te ama
Que tanto te ama!

Por isso hoje eu acordei com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o Português da padaria

Hoje eu acordei com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o Português da padaria

Mama, oh mama, oh mama
Quero ser seu quero ser seu quero ser seu quero ser seu papa

Mama, oh mama, oh mama
Quero ser seu quero ser seu quero ser seu quero ser seu papa

Eu tava triste, tristinho
Mais sem graça que a top-model magrela na passarela
Eu 'tava só, sozinho
Mais solitário que um Paulistano
Que um vilão de filme Mexicano
Tava mais bobo que banda de rock
Que um palhaço do circo Vostok
Mas ontem eu recebi um telegrama
Era você de Aracaju ou do Alabama
Dizendo nego sinta-se feliz
Porque no mundo tem alguém que diz
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito te ama!
Que tanto, tanto te ama!

Por isso hoje eu acordei com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o Português da padaria

Hoje eu acordei com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o português da padaria

Me dê a mão, vamos sair
Pra ver o sol!

Mama, oh mama, oh mama
Quero ser seu quero ser seu quero ser seu quero ser seu papa

Mama, oh mama, oh mama
Quero ser seu quero ser seu quero ser seu quero ser seu papa

Hoje eu acordei com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o Português da padaria

Hoje eu acordei com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o Português da padaria

Mama, oh mama, oh mama
Quero ser seu quero ser seu quero ser seu quero ser seu papa

Mama, oh mama, oh mama
Quero ser seu quero ser seu quero ser seu quero ser seu papa
Mama, oh mama, oh mama
Quero ser seu quero ser seu quero ser seu quero ser seu papa

Mama, oh mama, oh mama
Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol (quero ser seu, quero ser seu)

Entendendo a canção

1)O eu lírico utiliza-se de vários elementos atuais para descrever sua solidão, seu desconforto como que vê e vive. Cite-os.

“(...) eu tava triste tristinho /mais sem graça que a top model magrela /na passarela /eu tava só sozinho/mais solitário que um paulistano /que um canastrão na hora que cai o pano / tava mais bobo que banda de rock /que um palhaço do Circo Vostok.
       
      2) Em “Eu tava triste, tristinho!”. Como podemos classificar essa fala:
          (  x ) linguagem coloquial
          (     ) linguagem formal

       3) A expressão  sem graça  significa:
           
Se refere àquilo que não agrada, não é engraçado e nem chama a atenção. Também corresponde àquilo que não desagrada, não gera desgosto.

     4)   Que imagens o eu lírico usa para falar de seus sentimentos?
“mais sem graça que a top model magrela na passarela”/ “mais solitário que um paulistano”/ “que um canastrão na hora que cai o pano”/ “mais bobo que banda de rock” / “que um palhaço do circo Vostok”.

        5)  A música apresenta várias comparações. O que elas têm em comum?
Todas falam de situações de tristeza ou solidão.

 6)  Por que o eu lírico repete o adjetivo e o usa na forma diminutiva na expressão triste tristinho?
Tanto a repetição como a forma diminutiva intensificam o sentimento de tristeza, presente também nas comparações feitas na canção.

 7)   Reescreva os seguintes versos modificando o grau dos adjetivos destacados para o que está indicado entre parênteses.
 “Estava mais sem graça que a top model na passarela”. (comparativo de igualdade)
“Estava tão sem graça quanto a top model na passarela”.

“Estava mais bobo que um palhaço”. (comparativo de inferioridade)
“Estava menos bobo que um palhaço”.



POEMA: NOTURNO RESUMIDO - MURILO MENDES - COM GABARITO


Poema: Noturno resumido
            
               Murilo Mendes - 1901-1975

A noite suspende na bruta mão
que trabalhou no circo das idades anteriores
as casas que o pessoal dorme comportadinho
atravessado na cama
comprada no turco a prestações.

A lua e os manifestos da arte moderna
brigam no poema em branco.

A vizinha sestrosa da janela em frente
tem na vida um camarada
que se atirou dum quinto andar.
Todos têm a vidinha deles.

As namoradas não namoram mais
porque nós agora somos civilizados,
andamos no automóvel gostoso pensando no cubismo.

A noite é uma soma de sambas
que eu ando ouvindo há muitos anos.

O tinteiro caindo me suja os dedos
e me aborrece tanto:
não posso escrever a obra-prima
que todos esperam do meu talento.
Entendendo o poema:

1)   Leia a última estrofe do poema.

a)   Reescreva a estrofe substituindo um dos dois pontos por uma conjunção que não altera o sentido expresso do poema.
“O tinteiro caindo me suja os dedos
e me aborrece tanto que
não posso escrever a obra-prima
que todos esperam do meu talento.”

b)   Que sentido a conjunção que expressa?
Sentido: consequência.

2)   O eu lírico trata sobre qual  assunto no poema?
Ele fala do “estar” do homem em um mundo caótico, com estruturas e verdades desequilibradas dos segredos cotidianos...

3)   Marque a única alternativa onde os recursos empregados no texto que o caracterizam como poético.
a)   Versos, descrição, linguagem figurada.
b)   Descrição, rimas, diálogos e ação de personagem.
c)   Rimas, estrofes, argumentos.
d)   Ritmo, rima, linguagem figurada.

4)   Que figura de linguagem há nos seguintes versos:
“A lua e os manifestos da arte moderna
brigam no poema em branco.?”
Prosopopeia ou personificação.


NOTÍCIA: FLORAÇÃO DO IPÊ-ROXO MARCA A PAISAGEM DO DF E ANUNCIA A NOVA ESTAÇÃO - FLÁVIA MAIA - COM GABARITO


Texto: Floração do ipê-roxo marca a paisagem do DF e anuncia a nova estação


A chegada de uma nova estação no Cerrado chama mais a atenção pelas cores do que pela mudança brusca de temperatura. Quem nasceu ou vive no Planalto Central sabe que, quando o capim verde se torna dourado e o ipê-roxo se destaca na paisagem, é sinal de que o inverno está próximo. Apesar da coloração puxada para o lilás, as árvores que primeiro floreiam as ruas de Brasília são as de flores roxas. Só depois as outras variedades de ipê — amarelo, branco, preto, verde e rosa — colorem a paisagem da capital.

Como cada cor tem o período específico para florescer, o brasiliense pode contar com as ruas floridas a partir de agora. Os exemplares no fim do Eixão Norte, na Avenida das Nações, na Catedral e em frente ao Ministério da Defesa, na Esplanada dos Ministérios, se exibem ao público. “Brasília é privilegiada em relação aos ipês. Eu fico esperando a hora que vai florescer e não tem um ano que ele não floresça”, diz, encantado, o técnico de laboratório Sérgio Rubens Ribeiro, 59 anos.

Os últimos ipês a começarem a florir são os de coloração branca e rosa-claro. Aparecem entre o fim de setembro e o início de outubro. Por causa do florescimento rápido — em cinco anos, a árvore começa a dar flores — essas árvores são bastante usadas no paisagismo de várias cidades brasileiras. Por isso, a familiaridade e a simpatia dos cidadãos pela espécie que está no seu dia a dia.

No Distrito Federal, existem várias espécies de ipê-roxo. As mais comuns são a Tabebuia heptaphylla e a Tabebuia impetiginosa, ambas típicas do cerrado. Porém, a professora de engenharia florestal da Universidade de Brasília (UnB) Carmen Regina Correia diz que na capital do país existem exemplares de outros biomas, como a Mata Atlântica e a caatinga. “Por isso, você vê flores diferentes, algumas salpicadas na copa da árvore, outras do tipo buquê”, explica.

Típicos da região do Cerrado, os ipês também são encontrados no Pantanal, em áreas de transição para a Amazônia em estados do Nordeste. Para a estudante de química Laiz de Oliveira, 18 anos, a beleza da espécie está justamente em não parecer com as árvores da região. “Eu não acho o Cerrado muito bonito, não, mas o ipê é bonito, porque é diferente. Não é baixinho nem retorcido e dá flores”, conta.


O ipê-roxo atinge o auge da beleza por volta dos 30 anos. Nessa idade, a árvore chega ao pico do crescimento. A média de altura varia de 12 a 15 metros, mas o tronco pode chegar a 20 metros. De acordo com a professora Carmen Regina, quem quiser plantar um exemplar em casa não terá muito trabalho. A semente é pequena e fica envolvida em uma fina película. Quando plantada, é fácil de pegar no solo. “Ela é alada, pronta para voar. Como é leve, chega em lugares distantes. Por isso, vemos tantos ipês espalhados”, revela a professora. Além da estética, a espécie tem valor econômico por causa da madeira e do uso medicinal.

Os ipês têm uma estratégia curiosa para resistir à falta de chuvas. O segredo está na raiz, que é profunda e alcança as reservas de água do subsolo. Para diminuir o gasto de energia e aproveitar melhor o escasso recurso hídrico da época, a árvore perde as folhas durante a estiagem. Nesse mesmo período, surgem as flores, que contribuem para a preservação da espécie, atraindo os polinizadores. As diferentes cores são para atrair insetos e pássaros, que acabarão por distribuir as sementes.

As áreas públicas do Distrito Federal contam com pelo menos dois outros tipos de ipês, além do roxo: os amarelos (Tabebuia serratifolia) e os brancos (Tabebuia roseo-alba). Não se sabe ao certo a quantidade dessas árvores que enfeitam a capital do país. A cidade permanecerá pintada pelos ipês-roxos até o fim de agosto. Depois, chega a floração do amarelo, que vem entre julho e outubro. As flores do ipê-branco desabrocham apenas no fim da seca, entre setembro e outubro.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.142.
Entendendo o texto

1)   Que acontecimento revela a chegada do inverno no Planalto Central?
O destaque do capim verde e a presença do ipê-roxo.

2)   No título da notícia, há um adjetivo que indica a atualidade do assunto tratado no texto. Que adjetivo é esse?
Nova.

3)   A qual substantivo esse adjetivo faz referência?
Estação.

4)   Reescreva o título, substituindo o termo indicado na questão 3 pela expressão período do ano. Faça as adaptações necessárias.
Floração do ipê-roxo marca a paisagem do DF e anuncia novo período do ano.

5)   Além do termo trocado, que outra palavra no título foi alterada?
O adjetivo nova, que passou a ser novo.

6)   Após a alteração, o título ficou adequado ao contexto comunicativo?
Apesar de o novo título apresentar uma informação correta, ele não ficou tão preciso quanto ao título original. O título alterado é geral, pois indica que se trata apenas de um novo período, enquanto o título original específica o período, uma nova estação.

7)   Quais adjetivos apresentados no texto caracterizam a semente de ipê?
Os adjetivos pequena, alada e leve.




quinta-feira, 15 de agosto de 2019

POEMA: IMAGEM - ARNALDO ANTUNES - COM GABARITO


POEMA: IMAGEM
                Arnaldo Antunes

palavra                
paisagem             contempla
cinema                 assiste
cena                    
cor                        enxerga
corpo                    observa
luz                        vislumbra
vulto                      avista
alvo                       mira
céu                        admira
célula                     examina
detalhe                   nota
imagem                  fita
olho                        olha

Arnaldo Antunes e Péricles Cavalcanti. Imagem. Intérprete: Arnaldo Antunes. Em: Nome. BMG, 1993
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.98.
Entendendo o poema

1)   O que indicam as palavras da coluna da direita do poema?
Indicam ações.

2)   Quanto ao significado, o que há em comum entre todas as palavras dessa coluna?
Que todas as palavras indicam ações relacionadas ao ato de ver.

3)   O que indicam as palavras da coluna da esquerda do poema?
Indicam nomes de coisas.

4)   Que relações de sentido há entre as palavras das duas colunas?
Pode-se perceber que as palavras das duas colunas relacionam o ato de ver e o que se vê.

5)   Como podem ser classificadas as palavras da primeira coluna?
Todas as palavras da primeira coluna são substantivos.


POEMA: HORA DO BANHO - CLÁUDIO THEBAS - COM GABARITO


POEMA: Hora do Banho
               
              Cláudio Thebas

Entrar no banho, puxa vida,
é acabar com a brincadeira.

- Já pro banho, não enrola,
olha só quanta sujeira!!

Todo dia isso acontece
Minha mãe é mesmo fogo:
sempre fica me chamando
na melhor parte do jogo.



Eu subo pro banheiro
de bico, e emburrado.
"Todo mundo está brincando
e eu sozinho aqui, pelado!"

Aí... eu entro no box,
e o burro fica de fora.
A água começa a cair
e me esqueço logo da hora.

Ajeito pra trás o cabelo
que o creme rinse alisou.

"Luzes, câmera, ação!
Vai começar o meu show!"

Seguro o chuveirinho
e canto um rock maneiro.
Só engasgo, de vez em quando,
com a água do chuveiro.

A plateia, entusiasmada,
aplaude e pede mais um.
Durante o bis vou lavando
a barriga, o pintinho, o bumbum.

A minha touca de plástico
me serve que nem uma luva.
Com ela, sei que sou um índio,
e invento uma dança da chuva.

Cláudio Thebas. Amigos do Peito. Belo Horizonte: Formato, 1996 p. 26-7
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.212.
Entendendo o poema
1)   O poema fala do conflito entre a mãe e o filho em relação à hora do banho. Explique esse conflito.
Diariamente, há dificuldade para o menino entrar no banho, pois não quer interromper a brincadeira; assim, a mãe tem de ficar chamando o filho insistentemente para que ele vá tomar banho.

2)   Que figura o eu lírico desse poema representa?
A figura de uma criança.

3)   Quando o eu lírico diz “Todo dia isso acontece”, a qual fato o termo isso faz referência?
Ao fato de que todo dia sua mãe o interrompe na melhor parte do jogo para que ele vá tomar banho.

4)   Qual a importância do uso desse termo para a manutenção do ritmo e da musicalidade do poema?
Ao utilizar o termo isso, evita-se a repetição de toda frase, contribuindo assim para a sonoridade do poema.


POEMA: CORRENTE DE FORMIGUINHAS - HENRIQUETA LISBOA - COM GABARITO

POEMA: Corrente de formiguinhas

Caminho de formiguinhas
fiozinho de caminho.
Caminho de lá vai um,
atrás de uma lá vai outra.
Uma, duas argolinhas
corrente de formiguinhas.

Corrente de formiguinhas,
centenas de pontos pretos,
cabecinhas de alfinete
rezando contas de terço

Nas costas das formiguinhas
de cintura fininhas.
Pesam grandes folhas mortas
que oscilam a cada passo.
Nas costas das formiguinhas
que lá vão subindo o morro
igual ao morro da igreja,
folhas mortas são andores
nesta procissão dos Passos.
Henriqueta Lisboa. O menino poeta: obra completa. São Paulo: Peirópolis, 2008. p. 20.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.132.
  Glossário
Andor: objeto utilizado para carregar imagens nas procissões.
Procissão dos Passos: manifestação, cortejo religioso realizado anualmente na cidade de Recife.

Entendendo o poema
1) Qual oposição é revelada pelos adjetivos utilizados para caracterizar o corpo das formigas e as folhas?
Corpo das formigas: "fininho" folhas: "grandes".

 2) A oposição apresentada pelo uso dos adjetivos sugere um modo de ser das formigas. Que modo de ser é esse? Justifique sua resposta.
 As formigas são fortes e destemidas. Pois diante de um corpo "fininho" e pequeno, elas não desistem de carregar a folha que é muito maior do que elas.

3) O adjetivo fininhas, utilizado para caracterizar a cintura das formigas, está no diminutivo. Que sentido esse uso acrescenta no poema?
Além de indicar a fragilidade da formiga, esse uso revela afetividade do eu lírico em relação às formigas.

4) Qual oposição é revelada pelos adjetivos utilizados para caracterizar o corpo das formigas e as folhas?
A formiga é pequena, frágil, enquanto as folhas são grandes e pesadas para as formigas.

5) A oposição apresentada pelo uso dos adjetivos sugere um modo de ser das formigas. Que modo de ser é esse? Justifique sua resposta.
O uso dos adjetivos sugere que as formigas trabalham de forma intensa, pois, mesmo pequenas e aparentemente frágeis, carregam grandes folhas.


segunda-feira, 12 de agosto de 2019

POEMA: ELA E EU - MÁRIO QUINTANA - COM GABARITO

POEMA: ELA E EU
                     Mário Quintana

A minha loucura está escondida de medo embaixo da minha cama
Ou dançando em cima do meu telhado
E eu estou sentado serenamente na minha poltrona
Escrevendo este poema sobre ela.

Mário Quintana. A cor do invisível. 2. ed. São Paulo: Globo, 2006. p. 53.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.218.
Entendendo o poema
1)   Quais são as palavras, no poema, que se referem à primeira pessoa do discurso?
Minha, meu, eu.

2)   No verso “Escrevendo este poema sobre ela”, a quem a palavra ela se refere?
À loucura. Ela é um pronome pessoal da terceira pessoa do caso reto.

3)   Há um contraste entre a atitude do eu lírico e a atitude de quem ele chama de ela. Como esse contraste está representado no poema?
O contraste está representado pela serenidade do eu lírico (sentado na poltrona) e pela agitação da loucura (dançando em cima do telhado).



ANEDOTA: DEGUSTAÇÃO DE VINHO EM MINAS - AUTOR DESCONHECIDO


DEGUSTAÇÃO DE VINHO EM MINAS



- Hummm…

- Eca!

- Eca?! Quem falou Eca?

- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?

- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, e enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas…

- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!

- Sou um enólogo laureado. E o senhor?

- Cebesta, eu não! Mas que isso aqui tá me cheirando iguar à minha egüa lá isso tá!

- Valei-me São Mouton Rothschild!

- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão. Tá gripado, é?

- Não, meu amigo, são técnicas de degustação. Eu posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, deitar o vinho e, então…

- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!

- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no…

- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim
!

- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, vamos apreciar uns franceses jovens…

- Hã-hã… Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta…

- O senhor poderia começar com um Beaujolais!

- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é ómi, safardana!

- Então, que tal um encorpado?

- Ocê tá brincano com fogo…

- Ou, então, um suave fresco!

- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá com vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!

- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!

- Num vô não, fio de um cão! Num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta.

- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?

- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?

- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?

- Eu vô acertá um tapão nas suas venta, engulidô de rôia!

- Mole e redondo, com bouquet forte?

- Agora, ocê pulô o corguim! É um, é dois,é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que te arrebento, sua bicha fedorenta !


MENSAGEM ESPÍRITA: NÃO TE ENTREGUES A DOR - CHICO XAVIER - EMMANUEL - PARA REFLEXÃO

MENSAGEM ESPÍRITA: NÃO TE ENTREGUES A DOR - CHICO XAVIER - EMMANUEL


Não te esqueças do ensinamento do Mestre: — “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”.

Se a dor te visita o coração, improvisando tempestades de lágrimas em teu campo interior, não te confies ao incêndio do desespero, nem ao gelo da lamentação.
Recorda o tesouro do tempo, retira-te da amargura que te ocupa, indebitamente, e trabalha servindo. O trabalho é um refúgio contra as aflições que dominam a alma. O serviço aos semelhantes gera valoroso otimismo.

Se a incompreensão te impôs férrea grade ao espírito, através da qual ninguém, por agora, te identifica o ideal ou os propósitos elevados não te demores acariciando o fel da revolta.
Lembra o favor sublime do tempo, trabalha e serve. O trabalho acrescenta as energias. O serviço a todos revela divina sementeira.

Se a calúnia chegou ao teu círculo, estendendo sombras tenebrosas, não te afundes no lago fervente do prato, nem te embrenhes na selva do sofrimento inútil.
Reflete na bênção das horas, trabalha e serve. O trabalho reconforta. O serviço aos outros anula os detritos do mal.

Se erraste, instalando escuro remorso no centro do próprio ser, não te cristalizes na inércia e nem te enlouqueças, soluçando e gemendo em vão.
Medita na glória dos minutos, trabalha e serve. O trabalho reajusta as forças do espírito. O serviço ao próximo reconquista o respeito e a serenidade perante a vida.

Se a enfermidade e a morte varrem-te a casa, não te relegues ao acabrunhamento, qual se foras um punhado de lixo.
Pensa na dádiva dos dias, trabalha e serve. O trabalho é uma esponja bendita sobre as mágoas do mundo. O serviço no bem de todos é um milagre renovador.

Na luta e na tranquilidade, no sofrimento e na alegria, na tristeza ou na esperança, segue agindo e auxiliando.
Trabalhar é produzir transformação, oportunidade e movimento. Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.

Chico Xavier – Emmanuel


NOTÍCIA: ANIMAIS ÓRFÃOS ADOTAM BRINQUEDOS PARA SIMULAR ACONCHEGO DE MÃE - PRISCILA SERDEIRA - COM GABARITO


TEXTO: Animais órfãos adotam brinquedos para simular aconchego de mãe


Animais órfãos que são resgatados da natureza estão recebendo tratamento diferenciado para serem reintroduzidos com mais segurança à floresta. Um grupo de biólogos do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) descobriu que os filhotes conseguem encontrar, em animais de pelúcia, o mesmo aconchego dos “braços da mãe”.
Diferente dos animais que são resgatados já na fase adulta e que geralmente têm mais dificuldade para retornarem ao seu habitat, a estratégia de uso das pelúcias visa oferecer um futuro normal para a vida silvestre dos animais filhotes.
A analista e bióloga ambiental do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, Natália Lima, explica como ocorre essa adaptação. “O filhote precisa do colo da mãe até conseguir andar com as próprias pernas. A gente costuma vê-los sempre agarrados ao colo das mamães. Então, quando eles são separados delas, filhotes ainda, eles sofrem muito. A pelúcia simula uma situação maternal e esses pequenos órfãos se agarram a ela de uma maneira única”, disse.
“Assim como acontece na natureza, na situação em que os filhos desgrudam das mães quando se sentem mais confiantes para andar sozinhos, nós estamos tentando reproduzir a mesma situação aqui. Claro, os ursinhos de pelúcia não substituem a mãe do animal, mas simulam, como se fossem uma mãe postiça” acrescentou Lima.
A estratégia com animais de pelúcia já vinha sendo testada em outros estados, como em centros de triagem de silvestres nos zoológicos do Rio de Janeiro e São Paulo. Foi através desse estudo que um grupo do Cetas do Ibama resolveu aplicar a ideia aqui, no Amazonas.
Atualmente o Ibama cuida de seis filhotes, desses, cinco usam os animais de pelúcia constantemente, que são: uma preguiça real, um mico-de-cheiro, um macaco parauacu, um macaco prego e um gato mouriço, todos com idades de três a seis meses de vida.
Segundo informações do Ibama, O processo de reabilitação desses filhotes leva em média sete a oito meses. Em caso de onças ou gatos silvestres, o prazo pode levar de oito a nove meses, dependendo da imunidade do animal.
Outros animais
Diariamente o Ibama recebe animais silvestres de todas as idades e todas as espécies. Só no ano passado, foram contabilizados 524 animais entregues no instituto. A analista conta que, quando o processo de reabilitação acusa que o animal não tem condições de voltar para a floresta, eles são destinados para zoológicos.
“Geralmente quando o animal chega aqui já na fase adulta, é muito raro que ele consiga se readaptar à vida silvestre, na floresta. Nesses casos, eles são enviados para zoológicos que tenham estrutura para recebê-los com o maior conforto, mantendo o contato com o ser humano”, disse.
Lima ressalta ainda que boa parte desses animais só conseguem sobreviver com a presença de seres humanos. “Às vezes são animais que foram criados por alguma pessoa e, não podendo mais criar, a pessoa devolveu. Nesse caso não é mais possível introduzi-los em floresta”, salientou.
Doe ‘um animal a outro animal’
A campanha para doação de animais de pelúcia aos filhotes órfãos levados para Ibama começou ainda no ano passado, mas de forma tímida, apenas entre os funcionários do instituto. A arrecadação foi boa, a estratégia deu certo, então o grupo do Cetas resolveu ampliar a ação e começar a divulgação nas mídias e redes sociais.
No último dia 20 de janeiro, a campanha tomou força. Há pouco mais de duas semanas de divulgação, o órgão já recebeu mais de 30 pelúcias, além de lençóis, toalhas e outros objetos.
“A campanha superou todas as nossas expectativas, ouço bons comentários pela atitude. Tem gente trazendo até o que a gente nem precisa e, neste caso, a gente devolve, mas é bom saber que as pessoas estão sendo solidárias. Esses animaizinhos são como crianças abandonadas e muitos conseguem enxergar isso, fico feliz”, afirmou a analista ambiental do Ibama, Natália Lima.
A campanha continua por tempo indeterminado e quem quiser doar, basta dirigir-se a sede do Ibama, na rua Ministro João Galvez de Souza, Km 1 BR-319, Distrito Industrial.

Priscila Serdeira. Disponível em:http://acritica.uol.com.br/amazonia/manaus-amazonas-amazonia_0_1076892322.html.Acesso em: 27 abr.2015.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.122/123/124.

PARA ENTENDER O TEXTO

1)   Qual é o principal fato que a notícia relata?
A notícia relata o fato de animais órfãos estarem recebendo um tratamento diferenciado para serem reintroduzidos com mais segurança na floresta.

2)   As hipóteses levantadas antes da leitura do texto se confirmaram?
Resposta pessoal.
3)   Para explicar a estratégia utilizada pelo IBAMA, a bióloga Natália Lima comenta sobre uma situação vivida pelos filhotes na natureza. Qual é essa situação? E como é reproduzida pelo Cetas?
Na natureza, os filhotes precisam ser transportados no colo da mãe até andarem sozinhos. No Cetas, para reproduzir essa situação de segurança e aconchego oferecido pela mãe, os biólogos dão aos filhotes órfãos bichos de pelúcia.

4)   Na notícia, há falas da bióloga Natália Lima, do Ibama.
a)   Reproduza duas dessas falas.
“O filhote precisa do colo da mãe [...] se agarram a ela de maneira única”; “Assim como acontece na natureza [...] uma mãe postiça”.

b)   Por que há a inserção dessas falas na notícia?
As falas da bióloga dão credibilidade à notícia e oferecem  explicações que ampliam o fato relatado.

domingo, 11 de agosto de 2019

POEMA: NESTA PEDRA - PAULO LEMINISKI - COM GABARITO


POEMA: NESTA PEDRA
              
   Paulo Leminiski

Aqui
nesta pedra
alguém sentou
olhando o mar

O mar
não parou
pra ser olhado

foi mar
pra tudo quanto é lado
[...]

Paulo Leminski. Em Fred Góes e Álvaro Marins (Org.). Melhores poemas de Paulo Leminiski . São Paulo: Global,2001. p.44.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.214.
Entendendo o poema
1)   O eu lírico fala de alguém que se sentou para olhar o mar em uma pedra. É uma pedra qualquer? Explique.
Entende-se que o eu lírico fala de uma pedra específica, que está perto dele no espaço.

2)   Se trocarmos a expressão “nesta pedra” por “nas pedras”, o sentido continua o mesmo? Justifique sua resposta.
Embora a palavra aqui continue dando a indicação de que as pedras encontram-se próximas ao eu lírico, a expressão “nas pedra” torna-as indeterminadas, não sendo possível saber em que pedras, especificamente, o alguém a quem o poema se refere sentou-se.

3)   O eu lírico mostra uma oposição entre movimento e ausência de movimento. Como isso é representado no poema?
A pedra e a pessoa que parou para ver o mar representam a ausência do movimento. O mar representa o movimento: ele quebrou na pedra e se espalhou para todos os lados.