terça-feira, 4 de junho de 2019

POEMA: PRIMEIRO MOTIVO DA ROSA - CECÍLIA MEIRELES - COM GABARITO

Poema: Primeiro Motivo da Rosa
             Cecília Meireles

Vejo-te em seda e nácar,
e tão de orvalho trêmula,
que penso ver, efêmera,
toda a Beleza em lágrimas
por ser bela e ser frágil.

Meus olhos te ofereço:
espelho para a face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.

Então, de seda e nácar,
toda de orvalho trêmula,
serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho... E frágil.

Cecília Meireles. Antologia Poética. Rio de Janeiro:
Editora Nova Fronteira, 2001. Obra poética. cit. p. 232.
Entendendo o poema:
01 – De acordo com o poema, qual o significado das palavras abaixo:
·        Efêmero: de pouca duração, passageiro, transitório.

·        Nácar: substância branca, com reflexos irisados, que se encontra no interior das conchas.

02 – Compare a estrutura formal do poema – métrica, seleção vocabular, construção sintática, sonoridades – à dos poemas modernistas da primeira geração. Em que elas se diferenciam?
      O poema apresenta versos regulares (metrificados) e preocupação vocabular e formal em geral, características ausentes da poesia da geração de 22.

03 – De acordo com a 1ª estrofe do poema de Cecília Meireles, que atributos tema rosa para simbolizar a efemeridade das coisas?
      A beleza e a fragilidade.

04 – Identificado com a condição da rosa, o eu lírico busca um meio para eternizar a flor. Qual é esse meio?
      A poesia.

05 – A identificação com a condição da rosa revela uma profunda inquietude do eu lírico perante a força avassaladora do tempo.
a)   Destaque da última estrofe do poema elementos que comprovem, além da identificação, a transferência dos atributos da rosa para o eu lírico.
Como a rosa, o eu lírico também se sente efêmero e frágil (“efêmero / o rosto meu”. “É frágil”).

b)   Se a rosa pode alcançar a imortalidade, levante hipóteses: Por que meio o eu lírico também pode eternizar-se?
Pelo seu canto poético. Cada vez que lemos um poema, de Cecília Meireles ou de qualquer outro poeta já falecido, é como se seu autor estivesse vivo. 


TEXTO: VIAGEM AO CENTRO DA TERRA - CAP.VI - (FRAGMENTO) JULIO VERNE - COM GABARITO

Texto: Viagem ao centro da Terra 
          

       Capítulo VI – Fragmento
              Júlio Verne                  
                    
     Ao ouvir essas palavras, senti um arrepio percorrer todo o meu corpo, mas me contive. Resolvi até parecer tranquilo. Somente argumentos científicos poderiam deter o professor Lidenbrock. Ora, havia muitos e bons contra a possibilidade de tal viagem. Ir ao centro da Terra! Que loucura! Guardei minha dialética para o momento oportuno e tratei de comer.
        Inútil mencionar as imprecações de meu tio contra a refeição pobre, mas acabou acatando as explicações. A boa Marta foi libertada. Ela correu ao mercado e abasteceu tão bem a casa que uma hora depois, já sem fome, voltei e consegui pensar em todas as implicações da situação.
        Meu tio estava quase alegre durante a refeição; soltava algumas piadinhas de cientista que nunca são demasiadamente perigosas. Após a sobremesa, fez-me um sinal para que o acompanhasse ao gabinete.
        Obedeci. Ele sentou-se numa ponta de sua mesa de trabalho, eu na outra.
        --- Axel – disse-me, numa voz bastante suave –, você é um rapaz muito esperto. Prestou-me um grande favor quando eu, extenuado, ia abandonar as pesquisas. Para onde eu seria levado? Ninguém sabe! Nunca me esquecerei disso, meu filho, e você terá sua parte em nossa glória.
        "Vamos!", pensei, "ele está de bom humor. Está na hora de discutirmos essa glória".
        --- Antes de mais nada – continuou meu tio –, peço-lhe que guarde segredo de nossa descoberta. Não faltam invejosos no mundo da ciência, e muitos deles gostariam de fazer essa viagem, da qual só tomarão conhecimento após nosso retorno.
        --- O senhor acha que o número de audaciosos é tão grande assim? - perguntei.
        --- Claro, quem hesitaria em conquistar tamanha celebridade? Se esse documento fosse divulgado, todo um exército de geólogos correria para seguir os rastros de Arne Saknussemm!
        --- Não estou tão certo disso, meu tio, pois nada comprova a autenticidade do documento.
        --- O quê! E o livro em que o descobrimos?
        --- Bom, concordo que Saknussemm tenha escrito essas linhas, mas será que realmente fez essa viagem? Quem sabe se esse documento não passa de uma mistificação?
        Quase lamentei ter pronunciado a última palavra, um tanto arriscada. O professor franziu suas espessas sobrancelhas e temi ter comprometido o resto da conversa. Mas não. Meu severo interlocutor esboçou uma espécie de sorriso e respondeu:
        --- É o que veremos.
        --- Ah – balbuciei, um tanto melindrado –, permita-me esgotar a série de objeções relativas ao documento.
        --- Fale, meu filho, à vontade. Dou-lhe toda a liberdade de exprimir sua opinião. Você não é mais meu sobrinho, mas meu colega. Fale.
        --- Antes de mais nada, gostaria de saber o que são esses Yocul, Sneffels e Scartaris, dos quais nunca ouvi falar.
        --- Nada mais simples. Por coincidência, recebi há algum tempo um mapa de meu amigo Augustos Peterman de Leipzig, que vem a calhar. Pegue o terceiro atlas na segunda prateleira da biblioteca grande, série Z, prancha 4.
        Levantei-me e, graças às indicações precisas, encontrei rapidamente o atlas. Meu tio abriu-o e disse:
        --- Esse é um dos melhores mapas da Islândia, o de Handerson, e creio que poderá resolver todas as suas dúvidas.
        Debrucei-me sobre o mapa.
        --- Veja essa linha formada de vulcões - disse o professor - e observe que todos têm o nome de Yocul, palavra que significa "geleira" em islandês. Sob a latitude alta da Islândia, a maioria das erupções atravessa camadas de gelo. Daí o nome de Yokul, comum a todos os vulcões da ilha.
        --- Bem – respondi –, e o que é Sneffels?
        Achei que ele não teria resposta a essa pergunta, no que estava enganado. Meu tio continuou:
        --- Acompanhe-me pela costa ocidental da Islândia. Está vendo Reykjavik, a capital? Muito bem, suba pelos inúmeros fiordes dessa região corroída pelo mar e pare um pouco abaixo do sexagésimo quinto grau de latitude. O que você vê ali?
        --- Uma espécie de península parecida com um osso descarnado, arrematado por uma rótula enorme.
        --- É uma comparação bastante correta, meu filho; e o que há nessa rótula?
        --- Um monte que parece ter brotado do mar.
        --- É o Sneffels.
        --- O Sneffels?
        --- O próprio, uma montanha de cinco mil pés de altura, uma das mais notáveis da ilha e, com certeza, a mais célebre do mundo se a sua cratera terminar no centro do globo.
        --- Mas é impossível! – exclamei, erguendo os ombros e revoltado com tal suposição. –
        --- Impossível? – retorquiu o professor Lidenbrock num tom severo. – E por quê?
        --- Porque com certeza essa cratera está obstruída por lavas, rochas incandescentes e então...
        --- E se for uma cratera extinta?
        --- Extinta?
        --- Exatamente. Atualmente só há trezentos vulcões em atividade na superfície do globo, mas há uma quantidade bem maior de vulcões extintos. Ora, inclui-se o Sneffels nessa última categoria, e desde os tempos históricos só entrou em erupção uma única vez, em 1219. A partir de então, foi acalmando-se e não é mais um vulcão em atividade.
        Não me era possível contestar tais afirmações; lancei-me então nas outras dúvidas levantadas pelo documento.
        --- O que significa a palavra Scartaris - perguntei - e o que tem tudo isso a ver com as calendas de julho?
        Meu tio refletiu por alguns instantes. Tive um momento de esperança, mas só um, pois logo ele me respondeu nestes termos:
        --- O que você chama de dúvidas, para mim são soluções, que provam os cuidados engenhosos com os quais Saknussemm quis precisar sua descoberta. O Sneffels é formado por muitas crateras; era, portanto, necessário indicar qual delas leva ao centro do globo. O que fez o sábio islandês? Observou que próximo às calendas de julho, ou seja, nos últimos dias de junho, um dos picos da montanha, o Scartaris, projetava a sua sombra na abertura da cratera em questão e anotou o fato em seu documento. Que indicação poderia ser mais exata? E, assim que chegarmos ao topo do Sneffels, creio que não hesitaremos quanto à direção a seguir.
        Decididamente, meu tio tinha resposta para tudo. Percebi que seria impossível atacá-lo com as palavras do velho pergaminho. Parei, portanto, de atormentá-lo a esse respeito, e como era preciso, antes de mais nada, demovê-lo da ideia da viagem, passei às objeções científicas que achava bem mais graves.
        --- Tudo bem – disse –, a frase de Saknussemm é clara e não deixa qualquer dúvida. Concordo até que o documento pareça autêntico. Esse cientista foi ao fundo do Sneffels, viu a sombra do Scartaris acariciar as bordas da cratera antes das calendas de julho; até ouviu lendas de seu tempo que afirmavam a cratera dar no centro da Terra, mas que ele próprio tenha ido ao centro da Terra e voltado, não acredito, não acredito mesmo!
        --- E por quê? – quis saber meu tio num tom de mofa.
        --- Todas as teorias da ciência demonstram que tal aventura é impraticável!
        --- As teorias provam isso? – respondeu o professor com um ar de benevolência. – Ah, que teorias malvadas! Como essas teorias nos atrapalham!
        Percebi que estava zombando de mim, mas assim mesmo continuei:
        --- Claro! Está provado que o calor aumenta em um grau a cada setenta pés de profundidade da superfície do globo; admitindo-se essa proporcionalidade constante, e sendo o raio terrestre de mil e quinhentas léguas', a temperatura no centro passa de duzentos mil graus. As matérias do interior da Terra estão, portanto, em estado de gás incandescente, pois os metais, o ouro, a platina, as rochas mais duras, não resistem a tamanho calor. Tenho então motivos para questionar a possibilidade de penetrar-se em tal ambiente!
        --- Então o seu problema é o calor, Axel?
        --- Claro, chegando a uma profundidade de apenas dez léguas, já teríamos alcançado o limite da crosta terrestre, e a temperatura já seria superior a mil e trezentos graus.
        --- E você tem medo de entrar em fusão?
        --- Cabe ao senhor resolver esse problema – respondi com humor.
        --- Resolvo da seguinte forma – replicou o professor Lidenbrock, assumindo ares de grande sábio: nem você, nem ninguém tem certeza do que acontece no interior do globo, já que se conhece apenas doze milésimos de seu raio; a ciência é eminentemente perfectível e cada nova teoria destrói uma velha. Não se acreditou até Fourier que a temperatura dos espaços planetários diminuía todo o tempo, e hoje está provado que a temperatura das regiões etéreas não ultrapassa quarenta ou cinquenta graus abaixo de zero? Por que não aconteceria o mesmo com o calor interno? Por que, numa determinada profundidade, não atingiria um limite intransponível em vez de aumentar até o grau de fusão dos minerais mais refratários?
        Como meu tio colocou a questão no campo das hipóteses, não tive o que responder.
        --- Muito bem, digo-lhe que verdadeiros sábios, entre outros, Poisson, provaram que, se existisse um calor de duzentos mil graus no interior do globo, o gás incandescente das matérias fundidas adquiriria tamanha elasticidade que a crosta terrestre não resistiria e estouraria como as paredes de uma caldeira sob a pressão do vapor.
        --- É apenas a opinião de Poisson, meu tio...
        --- Está certo, mas outros geólogos célebres também acreditam que o interior do globo não é formado nem de gases, nem de água, nem das pedras mais pesadas que conhecemos, pois, nesse caso, o peso da Terra seria duas vezes menor.
        --- Ora, com números podemos provar tudo o que quisermos!
        --- E com fatos não? O número dos vulcões não diminuiu consideravelmente desde os primeiros dias do mundo numa proporção constante? E se é que existe esse calor central, será que não tende a diminuir?
        --- Meu tio, se o senhor entrar no campo das suposições, não teremos mais como discutir.
        --- Mas eu digo que gente muito competente é da mesma opinião que eu. Lembra-se de quando o célebre químico inglês Humphry Davy me visitou em 1825?
        --- Não posso lembrar, só nasci dezenove anos depois.
        --- Bem, Humphry Davy veio me visitar quando passou por Hamburgo. Ficamos conversando por um bom tempo e, entre outros problemas, discutimos a hipótese da liquidez do interior da Terra. Ambos concordávamos que essa liquidez não podia existir por uma razão que a ciência nunca conseguiu encontrar.
        --- Qual?
        --- Essa massa líquida estaria sujeita, como o oceano, à atração da Lua, e, consequentemente, duas vezes por dia existiriam marés internas que, ao erguerem a crosta terrestre, provocariam terremotos periódicos!
        --- É, no entanto, certo que a superfície do globo foi submetida à combustão, e é possível supor que a crosta exterior resfriou antes, enquanto o calor se refugiou no centro.
        --- Errado – respondeu meu tio, – a Terra foi aquecida pela combustão de sua superfície e não por qualquer outro meio. Sua superfície era composta de uma grande quantidade de metais, como o potássio e o sódio, que têm a propriedade de incendiar-se apenas ao contato com a terra e a água; esses metais pegaram fogo quando os vapores atmosféricos precipitaram-se como chuva no solo; pouco a pouco, quando as águas penetraram nas fissuras da crosta terrestre, determinaram novos incêndios com explosões e erupções. Daí os inúmeros vulcões dos primeiros dias do mundo.
        --- Que hipótese engenhosa! – Exclamei um pouco contra a minha vontade.
        --- Que Humphry Davy comprovou, aqui mesmo com uma experiência muito simples. Fez uma bola metálica, que representava nosso globo, com os metais que acabei de falar: quando vertíamos um pouco de orvalho em sua superfície, ela se dilatava, oxidava e formava uma pequena montanha, com uma cratera em cima; ocorria uma erupção que transmitia à bola inteira tanto calor que se tornava impossível segurá-la com as mãos.
        Eu estava começando a convencer-me com os argumentos do professor, temperados, aliás, por seu ardor e entusiasmo habituais.
        --- Como você vê, Axel – acrescentou –, o estado do núcleo central inspirou muitas hipóteses aos geólogos; nada menos comprovado que o calor interno; eu acho que não existe, nem poderia; é o que veremos, e, como Arne Saknussemm, saberemos em que nos basear a respeito desse grande problema.
        --- É claro – respondi, sentindo-me atingido pelo entusiasmo - veremos se enxergarmos...
        --- Por que não enxergaríamos? Podemos contar com fenômenos elétricos para iluminar nosso caminho e até com a atmosfera que sua pressão pode tornar luminosa à aproximação do centro.
        --- Claro, Claro! – concordei – Afinal, isso bem pode ser possível.
        --- É mais do que certo! – respondeu triunfalmente meu tio. – Mas silêncio, entendeu? Silêncio sobre tudo isso para que ninguém tenha a ideia de descobrir o centro da Terra antes de nós.
        [...]
      Júlio Verne. Viagem ao centro da Terra. Trad. Cid Knipel Moreira. São Paulo: Ática, 1998.

Entendendo o texto:
01 – Você conseguiu identificar como foi a conversa e como o tio de Axel reagiu?
      Resposta pessoal do aluno.

02 – Você já conhecia essa história? Em caso negativo, como você acha que ela termina?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Axel disse que o tio estava animado durante a refeição, tanto que fazia gracejos de cientista que, para ele, não eram engraçados. Que tipo de comentários você acha que o professor fazia? Comente.
      O professor devia fazer piadas com termos da área. Dessa forma, nem todas as pessoas entendiam e, consequentemente, não achavam graça.

04 – Ao longo do texto, Lidenbrock discutia com o sobrinho de forma a tentar provar que suas teorias tinham fundamento e estavam corretas. Em sua opinião, os argumentos usados pelo professor para convencer Axel são satisfatórios? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – O trecho desse romance é narrado em 1ª pessoa. Que personagem narra essa história e que efeito de sentido a escolha do foco narrativo causa ao texto?
      A história é narrada por Axel, em 1ª pessoa. Isso demonstra que o narrador não apenas apresenta os fatos, mas também os vivencia e, por esse motivo, tudo o que é narrado é a visão que ele tem dos fatos.

06 – No início do texto, Axel se mostra inseguro diante das atitudes do tio após a descoberta do que tinha no manuscrito.
a)   A partir da leitura do texto, é possível saber o que havia no manuscrito? Explique.
Sim, no manuscrito estava escrito como se chegaria ao centro da terra.

b)   O que Axel temia acontecer?
Ele sabia que o tio iria querer embarcar em uma aventura imediatamente após a descoberta do significado do manuscrito.

07 – O sobrinho de Lidenbrock acreditava que a única maneira de fazer o tia desistir da aventura era por meio de argumentos científicos.
a)   Por que Axel acreditava nisso?
Como o tio era cientista, Axel sabia que só conseguiria convencê-lo se tivesse argumentos fundamentados cientificamente.

b)   Que argumentos ele utilizou para convencer o tio?
Primeiro tentou fazer-lhe questionamentos a respeito das informações contidas no pergaminho, imaginando que em algum momento o tio não conseguiria responder e desistiria da viagem. Após fracassado o plano, partiu para objeções científicas que pudessem mostrar ao tio como a aventura era absurda.

08 – O professor queria manter absoluto sigilo sobre a descoberta, pois acreditava que muitas pessoas desejariam realizar tal viagem. O que Lidenbrock almejava conquistar com essa aventura?
      Ele buscava conquistar a fama.

09 – Releia o seguinte trecho do texto: “Pegue o terceiro atlas na segunda prateleira da estante maior, série Z, mapa 4.”. A partir desse trecho, é possível identificar algumas características psicológicas do cientista? Explique.
      Sim, o professor se mostra muito sistemático, pois tem tudo organizado e de forma bem detalhada.

10 – Axel sofre uma mudança de comportamento ao longo do texto, passando de contestador para uma atitude de empolgação. Explique o que o levou a ter essa postura.
      As explicações e o entusiasmo do tio instigaram Axel.

11 – Por que, mesmo havendo muitos obstáculos científicos que impediam essa viagem, Lidenbrock ainda insistia em realiza-la? Explique.
      Por ser um cientista, tinha a necessidade de descobrir e entender as situações novas que surgiam.

12 – Leia o trecho a seguir em que o narrador opõe-se às ideias de seu tio:
        “--- Meu tio, se o senhor entrar no campo das suposições, não teremos mais como discutir.
        --- Mas eu digo que gente muito competente é da mesma opinião que eu.”

        Explique em que consiste o conflito entre Axel e seu tio.
      A partir do trecho, percebe-se que Axel procurava se pautar em pesquisas e dados científicos, enquanto seu tio pautava-se em suposições.

13 – Releia o trecho a seguir: “[...] o importante é que a ciência se aperfeiçoa e toda teoria é sempre destruída por uma nova teoria”. Em sua opinião, o que Lidenbrock quis dizer com essa afirmação?
      Novas descobertas estão sempre surgindo e, consequentemente, as teorias podem ser aperfeiçoadas, complementando as anteriores e, muitas vezes, dando lugar a outras.

14 – No trecho “Sentou-se a uma ponta de sua mesa de trabalho e eu à outra.”, há a omissão de uma expressão. Identifique-a e explique por que isso ocorreu.
      Omissão do verbo sentar e da expressão ponta de sua mesa de trabalho. A omissão ocorreu para evitar uma repetição desnecessária, já que por meio do contexto é possível identificar os termos suprimidos.

15 – Releia o seguinte trecho: “Jamais esquecerei aquilo, meu rapaz, e você terá sua parte na glória que iremos conquistar.” Qual é a classificação morfológica da palavra destacada e que sentido ela expressa no contexto em que foi empregada?
      A palavra é um pronome possessivo. Ela expressa afetividade.

16 – Por que foram usadas as aspas no trecho: “É agora”, pensei. “Ele está de bom humor; chegou a hora de discutir essa glória.”?
      Para indicar um pensamento do personagem, como se ele estivesse conversando consigo mesmo.

17 – Em um momento do texto o professor pede a Axel que diga o que pensa sobre o assunto e diz o seguinte: “--- Fale, meu rapaz, não faça cerimônia.”
a)   O que a expressão em destaque significa?
Significa falar sem receio.

b)   Ela foi utilizada em sentido conotativo ou denotativo? Explique.
Conotativo. Pois o sentido literal de cerimônia é uma solenidade.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

MÚSICA: ROSEBUD (O VERBO E A VERBA) - LENINE - COM QUESTÕES GABARITADAS


Música: Rosebud (O verbo e a verba)
                                                      Lenine
Dolores, dólares...
                   
O verbo saiu com os amigos
Pra bater um papo na esquina.
A verba pagava as despesas,
Porque ela era tudo o que ele tinha.
O verbo não soube explicar depois,
Porque foi que a verba sumiu.
Nos braços de outras palavras
O verbo afagou sua mágoa e dormiu.

O verbo gastou saliva,
De tanto falar pro nada.
A verba era fria e calada,
Mas ele sabia, lhe dava valor.
O verbo tentou se matar em silêncio,
E depois quando a verba chegou,
Era tarde demais
O cadáver jazia,
A verba caiu aos seus pés a chorar
Lágrimas de hipocrisia.

Dolores e dólares...
Que dolor que me da los dólares
Dólares, dólares
Que dolor, que dolor que me da.
                                                Composição: Lenine / Lula Queiroga.
Entendendo a canção:
01 – Cite quatro coisas que o Verbo fez.
      “O verbo saiu...”
      “O verbo não soube explicar...”
      “O verbo afagou sua mágoa...”
      “O verbo gastou saliva...”

02 – Que união pode haver nas palavras Verbo e Verba?
      Um representa a essência na profundidade da palavra e a outra exprime materialidade financeira.

03 – Explique o primeiro verso da música, com as palavras "Dolores" e "Doláres".
      O autor brinca com a sonoridade versus significado das palavras, imprimindo um tipo de poesia moderna. Usando Verbo versus Verba, ele mostra uma união impensável.

04 – Qual foi o assunto abordado na canção?
      Uma crítica a sociedade capitalista, onde a Verba vale mais que o Verbo.

05 – Transcreva o verso em que mostra quando a Verba chegou tarde demais, por quê?
      “O cadáver jazia / A verba caiu aos seus pés a chorar / Lágrimas de hipocrisia.”

06 – Qual a tradução da palavra escrita em inglês: Rosebud?
      Botão de rosa.



FÁBULA: O LEÃO MORIBUNDO - ESOPO - COM GABARITO

Fábula: O Leão Moribundo
           Esopo


Leão morto, lebre insultante... 

        Um Leão havia chegado ao fim de seus dias e adoentado à morte, deitou-se à abertura de sua caverna, ofegante. Os animais, subordinados a ele, vieram em volta, mais e mais próximos, na medida de sua impotência. Quando viram a ponto de morrer, pensaram:
        -- "Agora é hora de pagar por todos antigos rancores.".
        Assim, surgiu o Javali e atacou-o com suas presas; veio o Touro golpeando-o com seus chifres; e ali, numa posição desamparada, o Leão prostrado diante deles, quando surgiu o Asno que sentindo totalmente seguro do perigo, virou o seu rabo ao Leão e escoiceou-o na sua face. O último rosnado do Leão foi:
        -- "Isto é morrer duplamente".

        Moral: "Só os covardes insultam a majestade agonizante."

                                                                    Fábula de ESOPO.
Entendendo a fábula:
01 – Quais são os personagens dessa fábula?
      O leão, o javali, o touro e o asno.

02 – Para que serve uma fábula?
(   ) Divertimento.
(   ) Informação.
(X) Ensinamento.

03 – Numa fábula há sempre uma crítica a determinado tipo de comportamento, que se deveria evitar. Na fábula O Leão Moribundo, a crítica refere-se a que tipo de atitude?
      Que as pessoas deveriam respeitar os doentes, independente se no passado te causaram algum tipo de sofrimento.

04 – Qual o desfecho (situação final) da fábula?
      Por último o Asno escoiceou o leão na face, e o leão rosnou: “Isto é morrer duplamente”.

05 – Qual a moral da fábula?
      “Só os covardes insultam a majestade agonizante”.

06 – Do seu ponto de vista, você seria capaz de lembrar de alguma situação da vida real onde o contexto da fábula se aplicaria?
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Que outro título você daria a fábula?
      Resposta pessoal do aluno.



HISTÓRIA EM QUADRINHOS - ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL - COM GABARITO


HQ - ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL
Adão Iturrusgarai. Folha de São Paulo. 1/6/2004.

Entendendo a tira:

01 – A oração do 1° quadrinho relaciona-se coma 2° por meio da locução conjuntiva à medida que. Qual é o valor semântico dessa locução nesse período?
·        Consequência.
·        Comparação.
·        Proporção.
·        Conformidade.

02 – Classifique a oração À medida que vamos ficando mais velhos.
      Oração subordinada adverbial proporcional.


HISTÓRIA EM QUADRINHOS - APOSTO - COM GABARITO


APOSTO -  HQ MUKETA E BWANA



Folha de São Paulo, 01/04/2003.

Entendendo a tira:

01 – No 1° quadrinho:
a)   Tanto na dala de Muketa quanto na de Bwana, que termo da oração aparece isolado por vírgula?
O vocativo: Muketa, no 1° balão; Bwana, no 2°.

b)   Observe o contexto e responda: Por que foi empregado o ponto e vírgula depois da frase “Vocês são pobres porque são atrasados”?
Para separar a enumeração que a personagem está fazendo sobre as causas da pobreza do interlocutor: ...são atrasados; vocês são pobres porque não praticam a democracia...

c)   O que o emprego das reticências sugere depois da palavra Muketa?
Que a personagem interrompeu seu pensamento ou que talvez fosse continuar enumerando outras causas da pobreza do interlocutor.

02 – No enunciado do 2° quadrinho, há dois termos implícitos. Veja: “(A democracia) é simples: um homem, um voto – e a maioria decide”. Considerando essa informação, justifique o emprego dos sinais de pontuação nesse enunciado.

      O dois pontos foi empregado para introduzir o aposto, esclarecendo o que é democracia; a vírgula, para indicar que, entre os termos um homem e um voto, está implícito um verbo; e o travessão, para destacar o que foi dito anteriormente, ou seja, numa democracia, os votos da maioria vencem.