Fábula: O Burro e o Grilo
Esopo
-- Que canto maravilhoso! Cante outra
vez para mim! Eu tudo, tudo faria pra poder cantar assim. “Ele canta muito bem,
eu só consigo zurrar. Se eu comesse o que ele come, talvez pudesse cantar”. -- Escute
aqui, amiguinho, você, quando está com fome, também gosta de capim? Diga-me: o
que você come?
-- Ora – ora, eu como pouco; isso nem
me dá trabalho. Minha comida aqui está: eu me alimento de orvalho.
-- Só de orvalho... Ó, muito bem! Pois
vou comê-lo também.
E desse dia em diante o coitado do
burrinho, de tanto beber orvalho, ficou magrinho, magrinho! E depois tentou
cantar, mas só conseguiu zurrar. E o grilo que, nesse instante, do seu galho,
tudo ouvia, perguntou:
-- Que foi que houve? Por que essa
gritaria?
-- Ai, amigo, estou tão fraco, estou
magro como o quê de tanto comer orvalho pra cantar como você.
-- Ora essa, que tolice! Não queira igualar-se
a mim! Os burros devem zurrar e devem comer capim. Pois que lhe sirva a lição e
que aprenda de uma vez: Cada qual com seu destino, cada qual como Deus fez.
Moral:
Devemos ser o que somos, não imitar o outro.
ESOPO
Entendendo a fábula:
01 – Por que o burro parou
no meio do caminho de repente?
Para ouvir um
grilo cantar.
02 – O burro queria muito
cantar em vez de zurrar. O que ele imaginou que o grilo usava pra cantar tão
bem assim?
Ele achou que era a comida que o grilo
comia.
03 – Qual era o alimento do
grilo?
Ele se alimentava
de orvalho.
04 – Como o burro ficou após
algum tempo se alimentando só de orvalho?
Ficou muito
magrinho.
05 – Ele conseguiu cantar
igual ao grilo? Comente.
Não. O máximo que conseguiu foi continuar
a zurrar.
06 – O que o grilo falou
para o burro? Justifique com trecho do texto.
“-- Ora essa, que tolice! Não queira igualar-se a mim! Os
burros devem zurrar e devem comer capim.”
07 – O que você entendeu
desta frase: “Cada qual com seu destino, cada qual como Deus fez.”
Resposta pessoal do aluno.
08 – Você concorda com a moral
da fábula? Qual você acha que deveria ser? Justifique.
Resposta pessoal
do aluno.