domingo, 2 de dezembro de 2018

DITADO DE FRASES - SÉRIES INICIAIS

Lista de frases para ditado


01 – Não moro no morro.
02 – Com um murro, o menino caiu do muro.
03 – O carro custou muito caro.
04 – Não forrou a cama? Não vai para fora.
05 – O correio está fechado para reforma.
06 – O arroz da tia Rute é muito ruim.
07 – Perdi minha borracha na rua.
08 – Estou aborrecido porque não ganhei uma guitarra de presente.
09 – Apostei uma corrida com o Renato e ele me empurrou.
10 – Esqueci o pão no forno e ele virou torrada.
11 – Quebrei o serrote do meu pai.
12 – A barraca da minha mãe é marrom.
13 – O ferro nas Casas Bahia está em promoção.
14 – A torre da Igreja é muito alta.
15 – O barril está cheio de gasolina.
16 – A menina foi assaltada e pediu socorro.
17 – Cinderela foi ao baile em uma carruagem.
18 – Romário ficou com dor de barriga.
19 – A gangorra está quebrada.
20 – O macarrão está arruinado.
         
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01 – Cecília foi cedo ao sítio.
02 – Fábio toma gemada.
03 – Maria correu e pegou a garrafa.
04 – Ela atirou o sapato na barata.
05 – O passarinho furou o pêssego.
06 – A casa é amarela.
07 – A moça amarrou uma fita na cabeça.
08 – O chapéu é do seu Chico.
09 – A galinha viu uma minhoca.
10 – O coelho comeu repolho e cenoura.
11 – O velhinho colocou a telha no telhado.
12 – No aquário há quatro peixinhos.
13 – O queijo é feito de leite.
14 – O asno está no pasto.
15 – Joana vai de vestido novo na escola.
16 – O sorveteiro está no parque.
17 – Joaquim subiu no muro.
18 – O alfinete machucou a criança.
19 – Os meninos saltam contentes.
20 – A bola é azul da cor do céu.

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01 – O homem saiu do hospital hoje.
02 – O avião caiu no chão.
03 – Um prato de trigo para um tigre.
04 – Trago a bola e a rede para o jogo.
05 – Dois colegas conversam na escola.
06 – Os guardas prendem os carros velhos.
07 – Fazemos as refeições em casa.
08 –Na minha juventude viajei bastante.
09 – A luz está acesa.
10 – A ligação da energia está concluída.
11 – Não largue a minha mão na feira.
12 – A tranquilidade era aparente.
13 – Todos dividem com todos o pão e a vida.
14 – Mônica estuda em escola pública.
15 – A comida é pouca e pouco nutritiva.
16 – Eu não aguento mais esse barulho.
17 – A vida moderna exige muita coisa de nós.
18 – Os comerciantes só pensam em vender.
19 – O futebol de campinho acontece em terreno baldio.
20 – Eu sai cedo do trabalho.

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01 – No Brasil se cultiva muita mandioca.
02 – O maior rio brasileiro é o Amazonas.
03 – Os pilotos gostam de competição.
04 – Aqui só uso papel reciclado.
05 – O pão é feito de farinha de trigo.
06 – O Brasil é o quinto país do mundo em extensão.
07 – Deus escreve certo por linhas tortas.
08 – Os pedreiros levantaram o muro.
09 – O governador inaugurou a escola.
10 – A moeda caiu no chão e foi rolando.
11 – O Uruguai é um país moderno.
12 – O passarinho tem um lindo canto.
13 – Valorizemos nossas belezas naturais.
14 – A guerra é desumana e cruel.
15 – Os ônibus continuam parados.
16 – A roupa já está enxuta.
17 – O tempo continua frio e chuvoso.
18 – O salto do tigre impressionou o público.
19 – As crianças brincam na pracinha.
20 – Os leões são animais carnívoros.

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01 – O girino é o peixinho dos sapo.
02 – Muita gente bate o carro quando está dirigindo bêbado.
03 – O camelô era um mau elemento.
04 – Quero receber as mercadorias em casa.
05 – O rapaz feriu-se na entrega da mercadoria.
06 – Colhemos frutas deliciosas no pomar.
07 – Mãos calosas semearão e colherão os frutos.
08 – O menino tina que descrever um dia na praia.
09 – A escada possui dezesseis degraus.
10 – Nenhum aluno conseguiu nota dez.
11 – Nossa classe fica no primeiro andar.
12 – O acidente aconteceu ontem.
13 – Essa moça não sabia que era inesquecível.
14 – O bom ciclista obedece a sinalização.
15 – O menino Cazuza ficou encantado quando entrou na escola.
16 – Não devemos incomodar os vizinhos.
17 – Cresci entre os campos belo de Mato Grosso.
18 – A língua falada é a identidade social.
19 – O adversário foi derrotado por nós.
20 – Preciso guardar minhas lembranças em uma gaveta.

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01 – O mecânico consertou o carro.
02 – Eu quero meus brinquedos de criança.
03 – Os policiais prendem os bandidos.
04 – A água do lago estava tão limpa que refletia a imagem do lobo.
05 – A lagartixa quis ser dinossauro.
06 – Angola é um país africano que foi colônia de Portugal.
07 – O analfabetismo no Brasil no ano de 2000 é de 13,6%.
08 – Maus motoristas atropelam pessoas nas ruas.
09 – O sol aponta atrás dos eucaliptos.
10 – Todos devem respeitar a natureza.
11 – Os contos populares tem sido recontados ao longo de nossa história.
12 – Alguém chama o bombeiro para apagar a chama.
13 – O filme A menina e o porquinho é uma comédia.
14 – O Cristo Redentor é eleito uma das sete maravilhas do mundo.
15 – Os anúncios publicitários podem ser vistos na televisão.
16 – Trabalho num asilo como voluntária.
17 – Durante séculos, os jornais foram escritos à mão.
18 – O homem precisa ter compromisso com o meio ambiente.
19 – Casas, prédios e arranha-céus, são construções de alvenaria.
20 – As crianças e os idosos tem leis que os protegem.
     
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01 – Na Europa, algumas famílias moram em castelos.
02 – O passarinho chamado João-de-Barro, constrói sua casinha encantadora.
03 – Uma casa são paredes, telhado, portas, janelas, fumaça de fogo aceso, cheirinho bom nas panelas.
04 – Com o desmatamento, os animais e a floresta estão indo embora.
05 – No hospital os médicos fazem uma cirurgia.
06 – Com o trabalho infantil, a infância desaparece.
07 – Os urubus podem desaparecer porque os venenos usados na agricultura são mortais para eles.
08 – Os pombos são considerados os atletas do céu.
09 – João e Maria é um conto de fadas.
10 – O sorvete foi criado na China há três mil anos.
11 – O chiclete moderno foi inventado em 1870.
12 – Os olhos do pássaro estavam cheios do seu próprio reflexo.
13 – Mas dentro dos espelhos todos querem ficar.
14 – Ela conversou com a plateia, que ficou de boca aberta.
15 – Ele remonta ao milenar teatro de sombras chinesas.
16 – Sou sério porque não sou mais criança.
17 – Mamãe, chamei o eletricista.
18 – Todas as providências foram tomadas por seu filho.
19 – Vovó, porque é que o cachorro tem quatro pernas?
20 – E se eu escrevo um romance?

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01 – Toda manhã Marcelo trata do canarinho belga.
02 – Milena não descarta a hipótese.
03 – Viajam juntas todo fim de semana.
04 – Caminhava por uma estrada escorregadia.
05 – Todos vieram apesar deste temporal.
06 – Estou aqui há muito tempo.
07 – Tinha uma mulher dormindo lá dentro.
08 – A maioria dos entrevistados tinha seis anos de idade.
09 – Até Pedro veio fantasiado.
10 – Vocês é que deviam organizar o espetáculo.
11 – Apenas três compareceram à reunião.

TEXTO: JUVENTUDE: A UTOPIA DA ONIPOTÊNCIA - FLÁVIO GIKOVATE - COM QUESTÕES GABARITADAS


Texto: Juventude: A utopia da onipotência
    
   Flávio Gikovate

        – Para derrotar o medo, alguns jovens acreditam ser imunes a qualquer perigo. Vestem a couraça da onipotência e põem em risco seu futuro e sua vida. Até que um dia descobrem porque não são “imortais”.
        A adolescência é uma fase extremamente difícil da vida. Talvez a mais difícil. Temos que nos comportar como adultos sem dispor de cacife para isso. Temos que ser fortes e independentes quando ainda nos sentimos inseguros e sem autonomia de voo. Temos que mostrar autoconfiança sexual, mesmo sendo totalmente inexperientes. Temos que formar um juízo a nosso respeito – se possível positivo –, mas nos falta a vivência para aprofundar o autoconhecimento. Enfim, temos que ser ousados e corajosos, embora a cada passo surja o medo para nos inibir.
        O que fazer? Frente a tantas incertezas, acabamos seguindo os modelos sugeridos pela própria cultura. Passamos a imitar nossos heróis, “travestindo-nos” de super-homens e de mulheres maravilha. Assim, encobrimos nossas dúvidas e inseguranças. Elas que sejam reprimidas e enviadas para o porão do inconsciente. Nós seremos os fortes e destemidos, para nós nada de errado ou ruim irá acontecer. Construímos uma imagem de perfeição, de criaturas especiais, particularmente abençoadas pelos deuses. Resultado: nos sentimos onipotentes e, a partir daí, não há coisa no mundo que possa nos aterrorizar, uma vez que estamos revestidos de proteções extraordinárias.
        Este “estado de graça” irá perdurar por um tempo variável. É um período bastante complicado para as pessoas que convivem com o jovem, pois ele sabe tudo, faz tudo melhor, acha todo o mundo “alienado” e “burro”. Só ele é competente e sábio. No entanto, para o próprio jovem, a frase parece muito positiva. Ele, finalmente, se sente bem, forte, seguro e não tem medo de experimentar situações novas. Pode montar o cavalo mais selvagem com a certeza absoluta de que não cairá em hipótese alguma. Mais tarde, quando não for mais tão ousado e confiante, se lembrará dessa época da vida como a mais feliz. Afinal de contas, a sensação de euforia é sempre inesquecível.
        Na verdade, ninguém teria nada contra a onipotência, se ela correspondesse à realidade. Porém, não é isso que os fatos nos ensinam. Sabemos que, entre os jovens, são exatamente os mais confiantes aqueles que se envolvem em todo tipo de acidentes graves, quando não fatais. São estes jovens que dirigem seus carros na estrada, durante a madrugada, com o “pé na tábua”. Não sentem medo porque “é óbvio que os pneus não irão estourar” e “é lógico que não irão adormecer ao volante”. São estes jovens que saem de uma festa e, alcoolizados, vão a toda a velocidade para a praia. Sua “imortalidade” só é desmentida por um acidente fatal. Aliás, para ser sincero, parece incrível que não ocorra um maior número de acidentes.
        Alguns jovens, onipotentes e filhos diletos dos deuses, andam de motocicleta sem capacete. Desafiam a chuva e o asfalto molhado, depois de usar tóxicos ou ingerir álcool. Fazem curvas superperigosas. Não se intimidam porque “para eles nada de mal irá acontecer”. E morrem ou ficam paralíticos, interrompendo vidas que poderiam ser ricas e fascinantes. Estes mesmos jovens utilizam drogas em doses elevadas, porque se julgam imunes aos riscos da overdose e suas graves consequências. Chegam a compartilhar seringas, ao injetar tóxicos na veia, pois “é claro que não terão AIDS”. E, pela mesma razão, continuam a ter relações sexuais com parceiros desconhecidos, sem sequer tomar o cuidado de usar camisinha.
        Aqueles que não morrem ou não ficam gravemente doentes, um dia acordam desse sonho em que flutuavam em “estado de graça”. Acordam porque lhes aconteceu algo: aquele acidente considerado impossível. Caíram do cavalo. Eles também são mortais! Então, tomam consciência de toda a insegurança e de toda a fragilidade que os levaram a construir a falsa armadura da onipotência. Ao se tornarem criaturas normais, sentem-se fracos. Antes era muito melhor. Sim, mas era tudo mentira. Agora, o mundo perdeu as cores vibrantes da fantasia. Vestiu os meios-tons da realidade. Eles não conseguiram domar o cavalo selvagem e foram derrubados no chão. Terão de aprender a cair e se levantar. Terão de aprender a respeitar mais os cavalos! Terão de saber que todas as doenças, todos os acidentes, todas as faltas de sorte poderão persegui-los. E – o que é mais importante – terão de enfrentar com serenidade a plena consciência de que são vulneráveis. Este é um dos ingredientes da maturidade: ter serenidade na viagem da vida, mesmo sabendo que tudo pode nos acontecer.

                                                                             Flávio Gikovate
Entendendo o texto:

01 – O autor expõe as incertezas da adolescência e os métodos usados para enfrentar essa fase e atingir um “estado de graça”. No que constitui esse estado?

      Em um sentimento de onipotência, pois os adolescentes se acham revestidos de proteções extraordinárias.

02 – A onipotência da adolescência é real? Explique.

      Não é real, pois com o passar do tempo eles tomam consciência de sua fragilidade.

03 – O que o autor quer dizer sobre a adolescência com a frase: “Eles não conseguiram domar o cavalo selvagem e foram derrubados no chão”?

      Eles não conseguiram dominar a euforia e perceberam não ser onipotentes e sim vulneráveis aos acontecimentos.

04 – Qual é um dos ingredientes da maturidade? Você concorda com o autor? Por quê?

      Levar a vida com serenidade. Resposta pessoal do aluno.

05 – Flávio Gikovate, médico psiquiatra, discute nesse texto um problema relacionado ao jovem adolescente. No 1° parágrafo, várias vezes é empregada a 1ª pessoa do plural, como em "Temos que nos comportar como adultos [...]". A quem o autor se refere, ao empregar a 1ª pessoa?

      O autor se refere aos adolescentes.

06 – Com o emprego repetido do verbo ter, o 1° parágrafo passa a impressão de que cada um de nós tem de apresentar uma série de comportamentos exigidos pela sociedade. Observe alguns deles, enumerados pelo autor:

• Comportar-se como adulto.

• Mostrar autoconfiança sexual.

• Ter ousadia e coragem.

• Ser forte e independente.

• Formar um juízo de si mesmo.

Por que esses comportamentos são exigidos socialmente?

      Esses comportamentos são exigidos socialmente porque todos já esperam que não nos comportamos mais como crianças, mas como os adultos.

07 – Releia este trecho:

        "Frente a tantas incertezas, acabamos seguindo os modelos sugeridos pela própria cultura. Passamos a imitar nossos heróis, 'travestindo-nos' de super-homens e de mulheres maravilha."

Com base no 2° e no 3° parágrafos, responda:

a)     Que relação o autor estabelece entre o sentimento de onipotência do jovem e os modelos culturais?

Se sentem bem, forte, seguro e não tem medo de experimentar situações novas.

b)     Como é, para os familiares, conviver com um jovem que vive em "estado de graça"? Por quê?

Complicado, pois os jovens acham que sabem tudo, fazem tudo melhor e acham todo mundo burro.

08 – No 4° parágrafo, o autor afirma que "ninguém teria nada contra a onipotência, se ela correspondesse à realidade". Com esse comentário, Gikovate quer dizer que a sensação de onipotência é positiva ou negativa? Explique por quê.

      A sensação de onipotência é negativa, pois os jovens mais confiantes são aqueles que se envolvem em graves acidentes ou fantasias.

09 – No 5° parágrafo, no trecho "Alguns jovens, onipotentes e filhos diletos dos deuses [...]", o autor faz uso da ironia — uma figura de linguagem que leva à inversão do sentido comum das palavras — ao empregar a expressão filhos diletos dos deuses. Que efeito de sentido essa ironia causa no texto?

      O sentido causado por essa ironia é de que eles são imortais, por isso filhos prediletos dos deuses.

10 – Observe e compare estes dois trechos:

        "Pode montar o cavalo mais selvagem com a certeza absoluta de que não cairá em hipótese alguma." (3° parágrafo)

        "Caíram do cavalo. Eles também são mortais! [...] Eles não conseguiram domar o cavalo selvagem e foram derrubados no chão. Terão que aprender a cair e se levantar. Terão que aprender a respeitar mais os cavalos!" (Último parágrafo)

Em ambos os trechos, o autor usa a mesma imagem: a do cavalo e do cavaleiro.

a)   Em qual deles a imagem tem sentido denotativo e em qual tem sentido conotativo?

No último parágrafo ele é vulnerável (denotativo) e no 3° parágrafo ele é o melhor e domina tudo (conotativo).

b)   No trecho conotativo, além do sentido comum, que outros sentidos ganham:

• O cavalo selvagem?

Refere-se ao seus limites.

• A queda do cavalo?

Mostra que ele não respeitou seus limites e aconteceu o que ele achou que nunca aconteceria com ele.

• O respeito ao cavalo?

Fala que ele deve respeitar seus limites.

11 – No último parágrafo, o autor compara a vida a uma viagem, na qual um dia todos nós acordamos de em sonho e saímos do "estado de graça" em que nós achávamos.

a)    É fácil para o viajante abandonar o "estado de graça"? Por quê?

Não é fácil, porque quer dizer que eles perderam algo... a imunidade.

b)    De acordo com o texto, qual é o requisito fundamental para fazer a "viagem da vida" de modo tranquilo?

A serenidade.

12 – O texto foi publicado em Claudia, uma revista dirigida principalmente ao público formado por mulheres adultas.

Considerando o público a que se destina a revista, indique qual dos itens a seguir expressa a finalidade principal do texto:

a)   Orientar os pais sobre como envelhecer e como lidar com os filhos que chegam à maturidade.

b)   Explicar psicologicamente o que ocorre com o jovem adolescente na transição para a maturidade e orientar os pais sobre como lidar com os filhos nessa fase.

c)   Informar cientificamente o que ocorre com os jovens durante a transição para a maturidade e orientá-los sobre como aproveitar melhor os aspectos positivos dessa fase. 

d)   Instruir pais e filhos sobre como devem agir durante esse período em que os jovens se sentem onipotentes.

 


TEXTO: MUITO PRAZER - VALÉRIA PIASSA POLIZZI - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: Muito prazer
         Valéria Piassa Polizzi


      Já devia ter começado a escrever há algum tempo mas, como escrever sobre a vida da gente não é nada fácil, vivo adiando. Ainda hoje me ligaram a Priscila e o Cristiano, e os dois me cobraram:
      -- Já começou a escrever o livro?
   Não. E já teria desistido se na semana passada não tivesse ido na Sylvia e, por coincidência ou sei lá o quê, ela tivesse dado a mesma ideia: escrever. Eu disse que já havia pensado naquilo, só que achava muita responsabilidade.
        -- Não escrever também é – ela respondeu. E isto não saiu da minha cabeça a semana inteira.
        Para começar, deixe me apresentar. Meu nome é Valéria, tenho 23 anos, altura média, magra, morena, cabelos pretos e lisos. Neta de italianos, filha de pais separados, pertencente à classe média alta. Como você pode ver, uma pessoa comum, ou pelo menos é assim que eu gostaria de ser vista. E tenho certeza de que assim todos me veriam, não fosse um pequeno detalhe: sou HIV positivo. Sabe o que isso significa? É isso aí, tenho o vírus da Aids. Assustou? Não me diga que teve vontade de largar este livro e ir correndo desinfetar as mãos, com medo de ser contaminado. Tudo bem, não precisa entrar em pânico, não é assim que se pega. Pode até ler de novo: A-I-D-S, Aids! Viu? Não aconteceu nada. Ainda que eu estivesse aí do seu lado, você pegasse na minha mão, me desse um beijo e um abraço e me dissesse “muito prazer”, eu responderia “o prazer foi todo meu”, e isso não lhe causaria dano algum.
      Podemos continuar? Então, continuemos. Você deve estar se perguntando agora como foi que isto aconteceu e aposto que deve estar pensando que eu sou promíscua, uso drogas e, se fosse homem, era gay. Lamento informar que não é nada disso e, mesmo que fosse, não viria ao caso. Mas acontece que eu era virgem, nunca tinha usado drogas e obviamente não sou gay. O que aconteceu então? É simples, transei sem camisinha.
                   POLIZZI, Valéria Piassa. Depois daquela viagem: diário de bordo de uma jovem que aprendeu a viver com Aids. 18. ed. Sâo Paulo: Ática, 2001. p. 7-8.
 Entendendo o texto:
01 – Antes da leitura, você levantou hipóteses sobre o possível conteúdo do texto. As suposições de você se confirmaram após a leitura? Explique. 
      Resposta pessoal do aluno.

02 – Quem conta essa história? Como você sabe?
      A autora do texto está contando sua própria história; ela usa sempre a 1ª pessoa; já devia ter começado a escrever, vivo adiando, ainda hoje me ligaram, me cobraram, etc.

03 – Qual é o assunto do texto?
      Ela começa expressando a hesitação em escrever sua história, apresenta-se e diz o motivo que a levou a tomar a decisão de escrever o livro: ser HIV positivo.

04 – Releia este trecho:
        “Você deve estar se perguntando agora como foi que isto aconteceu e aposto que deve estar pensando que eu sou promíscua, uso drogas e, se fosse homem, era gay.”
a)   Em sua opinião, por que a autora já pressupõe o que o leitor deve estar pensando?
Devido ao preconceito existente na década de 1990, e ainda hoje, de que somente pessoas promíscuas (prostitutas, travestis, etc.) drogadas e homossexuais se contaminavam com o vírus da Aids.

b)   Você já conviveu ou conhece alguém que tenha convivido com um soropositivo para o vírus HIV? Fale com os colegas sobre esta experiência.
Resposta pessoal do aluno.

c)   Você sabe quais são as formas de contaminar-se com o vírus da Aids?
Resposta pessoal do aluno.

d)   O que leva uma pessoa a omitir que é portadora de determinas doenças?
Sugestões: não saber que é portador, ficar revoltado e querer passar para frente, vergonha de assumir a doença, etc.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

FILME(ATIVIDADES): O MENINO DO PIJAMA LISTRADO - MARK HERMAN - COM SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS

Filme(ATIIVDADES): O MENINO DO PIJAMA LISTRADO


Data de lançamento 12 de dezembro de 2008 (1h 30min)
Criador(es): Mark Herman
Gênero Drama
Nacionalidades EUAReino Unido

SINOPSE E DETALHES
        Alemanha, Segunda Guerra Mundial. O menino Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista (David Tewlis) que assume um cargo importante em um campo de concentração. Sem saber realmente o que seu pai faz, ele deixa Berlim e se muda com ele e a mãe (Vera Farmiga) para uma área isolada, onde não há muito o que fazer para uma criança com a idade dele. Os problemas começam quando ele decide explorar o local e acaba conhecendo Shmuel (Jack Scanlon), um garoto de idade parecida, que vive usando um pijama listrado e está sempre do outro lado de uma cerca eletrificada. A amizade cresce entre os dois e Bruno passa, cada vez mais, a visitá-lo, tornando essa relação mais perigosa do que eles imaginam.

Entendendo o filme:
01 – No começo do livro, o personagem principal teve que se mudar do lugar que morava para um lugar meio estranho para ele. De que lugar pra qual lugar ele se mudou?
      Eles mudam de Berlim para Haja-Vista.

02 – Por que o personagem teve que raspar o cabelo?
      Depois de ter se mudado, ele e sua irmã pegaram piolho.

03 – Durante a permanência do personagem em sua nova casa, ele fez uma grande amizade. Qual o nome de seu grande amigo?
      Chamava-se Shmuel.

04 – Qual o nome do personagem principal do livro?
      Era Bruno.

05 – O que Bruno gostava realmente de fazer na antiga casa, e depois lembrou, que já fazia muito tempo que não realizava?
      Ele gostava de explorar.

06 – Complete a frase: "O ponto que virou uma mancha que virou um vulto que virou uma pessoa que virou um menino."

07 – Qual o nome da irmã de Bruno?
      Ela chamava-se Gretel.

08 – Qual era o povo que ficava do outro lado da cerca?
      Eram os Judeus.

09 – Quando Bruno se machucou no balanço, um empregado da casa que o acudiu. Ele revelou a Bruno que tinha tido outra profissão. Qual era?
      Ele era médico.

10 – Qual era a roupa que o povo judeu usava?
a)   Conjunto jeans.
b)   Roupa amarela.
c)   Pijama listrado.
d)   Roupa listrada de roxo.
e)   Vestidos de malha.


POEMA PARA SÉRIES INICIAIS: CORDA - CARLOS URBIM E LAURA CASTILHOS - COM GABARITO


Poema: Corda


Virada pro alto,
Se torna um arco.
Quando está por baixo,
Tem forma de barco.
Esticada em tira,
É cobra caipira.
Sinuosa fita,
Minhoca aflita.
É preciso saltar:
O corpo aguenta,
De uma cinquenta.
E que tal tentar,
De um até cem?
Passar de um cento,
Exige talento...
Carlos Urbim e Laura Castilhos. Saco de brinquedos. Porto Alegre: Projeto, 2010.
Entendendo o poema:
01 – De acordo com o texto. Qual é a brincadeira que utiliza a corda?
      É a brincadeira de pular corda.

02 – Você gosta de pular corda?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – O que uma criança aprende com essa brincadeira?
      Aprende o equilíbrio, coordenação motora e sociabilização. Pode-se trabalhar com direita e esquerda.

04 – Quando a corda está por baixo, o que parece?
      Parece com a forma de barco.

05 – Com o que a corda parece, quando está esticada?
      Com uma cobra caipira.




CONTO: ENCONTRO DE EXTREMOS - MARCELO R.L.OLIVEIRA - COM GABARITO

Conto: ENCONTRO DE EXTREMOS


       Foi uma viagem e tanto. Mercúrio percorreu rapidamente os quase cinco bilhões de quilômetros que o separam de Plutão. Isso sem olhar para trás, a uma velocidade de cento e oitenta mil quilômetros por hora (eu disse “cento e oitenta mil quilômetros por hora!”), e sem parar, nem para um xixizinho. Foram mais de mil dias de viagem incrível através do Sistema Solar. Ele levava na mala o que ainda era um mistério para os planetas – documentos secretíssimos falando de coisas estranhas e perigosas que estavam acontecendo no planeta Terra.
        Assim que entrou na órbita de Plutão, Mercúrio olhou para trás. Lá longe está o Sol. Já não lhe parecida aquele gigante em chamas que o impressionava. Mesmo assim, era a estrela mais brilhante que ele podia ver daquele ponto do Universo.
        Você já deve ter percebido que esta é uma história de planetas. Para eles, as coisas se passam de maneira um pouco diferente do que para nós. Por exemplo: quando eu disse que a viagem de Mercúrio até Plutão foi rápida, quis dizer que foi rápida para um planeta. Mais de mil dias é um tempo grande para a gente, mas é pequeno para os planetas, pois eles podem viver bilhões de anos.
        Outra coisa diferente nesta história é que o que é mistério para os personagens (os planetas) pode não ser mistério para nós. É possível que você saiba quais as coisas estranhas e perigosas que se passam na Terra. Entretanto, pode ser que não se lembre. Nesse caso, este livro há de refrescar sua memória.
        Mas voltemos a Mercúrio. Como você deve ter aprendido, trata-se do planeta mais próximo do Sol. Por isso, os gases flamejantes quase encostam nele. Lá, a temperatura é tão alta durante o dia que, se houvesse chumbo em sua superfície, derreteria, formando rios e mares metálicos. Mas, para ser sincero, até que Mercúrio gosta desse calorzinho. Ainda mais que, à noite, a temperatura cai para – 170º C e ele se congela.
        Nosso herói estava muito longe de casa. Fazia frio e a temperatura, próxima de zero absoluto (que é frio mais de todos os frios), era insuportável. Para Mercúrio, significava resfriado na certa. Acontece que o seu cargo de mensageiro dos planetas o obriga a cumprir as mais perigosas missões, e não seria um simples resfriado que o impediria de cumprir mais essa.
        Além do mais, resfriado não é novidade. Por causa de seus dias muito compridos e da atmosfera muito rarefeita, que não espalha bem o calor, os dias de Mercúrio são quentíssimos, e as noites, friíssimas. Por isso, mesmo quando descansa em sua órbita, ele vive às voltas com febre, calafrios, nariz escorrendo etc. Coisas que quem já teve gripe sabe como são: a gente quer brincar, nadar ou tomar um sorvete e não pode. No caso de Mercúrio é ainda pior, porque ele tem alergia a poeira cósmica, o que sempre vira bronquite. Aí, só com inalação de vento solar.
        -- Ô de casa! A-a-atchim! – Pronto, estava resfriado. ― Ô de casa! ― repetiu.
        Nada.
        “Por onde anda Plutão?”, perguntou-se.
        Já que Plutão não estava, até pensou em dar uma olhada além das fronteiras do Sistema Solar. A curiosidade era grande. Mas não se atreveu porque lembrou do que tinha acontecido a Netuno. Se um planeta poderoso como Netuno fora tão terrivelmente afetado, o que aconteceria a ele, o pobre mensageiro dos planetas?
        De repente, tudo escureceu. Alguém ou alguma coisa passou em frente ao Sol provocando um eclipse total. Mercúrio entrou em pânico. Tinha que fugir rapidamente. Mas para onde? Não via nada. Súbito, um bafo gelado em seus ouvidos arrepiou-lhe todos os meridianos.
        -- Ei, rapaz... Aonde vai com tanta pressa... Cuidado... Vê se olha por onde anda...
        Mercúrio se virou e notou um fraco mas ameaçador brilho esbranquiçado se aproximando. Era Plutão que sorria horrivelmente, mostrando dentes pontiagudos de metano congelado. O mensageiro tremeu nas bases.  (...)
Marcelo R. L. Oliveira, Reunião dos Planetas.
Editora Companhia das Letrinhas, 2006.
Entendendo o conto:
01 – Qual a temática do texto?
      O texto fala dos planetas e seus movimentos.

02 – Quem é o autor do texto? De onde foi tirado o texto?
      Marcelo R. L. Oliveira. Foi tirado “Reunião dos Planetas”.

03 – Como é o narrador dessa história?
(  ) O narrador observa o que acontece com o planeta Mercúrio sem participar da história.
(X) O narrador é um dos personagens da história.

04 – Portanto, qual o tipo de narrador dessa história?
      É narrador-personagem.

05 – “Você já deve ter percebido que esta é uma história de planetas. Para eles, as coisas se passam de maneira um pouco diferente do que para nós.” A quem o narrador se dirige neste trecho?
      Dirige-se ao leitor.

06 – “Foi uma viagem e tanto. Mercúrio percorreu rapidamente os quase cinco bilhões de quilômetros que o separam de Plutão. Isso sem olhar para trás, a uma velocidade de cento e oitenta mil quilômetros por hora.” O motivo da viagem foi:
(X) levar documentos secretos relatando coisas estranhas sobre a Terra.
(   ) encontrar Plutão, planeta distante do Sol e trocar informações sobre as temperaturas que vivenciavam..
(   ) fugir dos raios flamejantes do Sol, estava buscando temperaturas mais calmas para viver.
(   ) dar uma olhada

07 – Na sua opinião, quais seriam as coisas estranhas e misteriosas que se passam na Terra? Argumente.
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Qual a possível consequência de passar por temperaturas frias, segundo o texto?
      De ficar doente. Pegar um resfriado.

09 – Quem fez a pergunta: “Por onde anda Plutão?”
      Foi o Mercúrio.

10 – De repente escureceu tudo, o Mercúrio entrou em pânico, e pensava, pra onde iria se esconder. Por que isso aconteceu?
     Porque Plutão estava chegando e ficou na frente do sol.

11 – Quantos parágrafos tem o texto?
      Possui 14 parágrafos.

12 – Quando o Mercúrio fica resfriado (bronquite), qual o tratamento que ele faz?
      O tratamento é com inalação de vento solar.






CRÔNICA: ESTRANHAS GENTILEZAS - IVAN ÂNGELO - COM GABARITO


Crônica: Estranhas gentilezas

   Caminhões baixam os faróis, mulheres sorriem. Muito suspeito
                                                                       Ivan Ângelo

        Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes cidades não têm o hábito da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de espera, nos embates familiares, e depois economizam com a gente.
        Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-me com inquietante delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de asas de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo estranho tomou corpo mesmo foi na semana passada. Um vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali.
        Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até pessoas distantes. E as próximas?
        Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o telefonema fico aguardando o assunto que estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem transitáveis nas ruas dos Jardins. Num restaurante caro da Rua Amauri, o maître, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca na Avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal chegou. Os vizinhos de cima silenciam após as 10 da noite.
        Caminhões baixam a luz dos faróis quando cruzam comigo na Via Anhanguera. Motoristas, mesmo mulheres, cedem-me a preferência nas esquinas. Vendedores de bugigangas nos faróis de trânsito passam direto pelo meu carro, sem me olhar. Até crianças me cumprimentam cúmplices: oi, tio.
        Que está acontecendo? Quem e por que está querendo me convencer de que as pessoas são um doce? Penso: não são gentilezas, são homenagens aos meus cabelos brancos, por eu ter aguentado tanto, como se fosse um atleta de maratona, daqueles retardatários que são mais aplaudidos na chegada que os vencedores.
        A última manobra: botaram um pintassilgo a cantar para mim na árvore em frente à janela do meu apartamento de 2º andar.
        Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é esse? Que vão pedir em troca de tanta gentileza?
        Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.
        Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas porque alguém segura o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de entrar pela porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam cheques de outra pessoa para pagar contas, saio xingando do banco, atravesso a avenida arriscando a vida entre bólidos, um caminhão respinga-me a água suja de uma poça, entro no apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a sonhar.

                                                  Veja São Paulo, 2 de junho de 1999.
Entendendo a crônica:
01 – No 1º parágrafo do texto, após expressar sua estranheza diante de acontecimentos, o narrador expressa uma certeza, parte de uma premissa, para pensar sobre os acontecimentos. Transcreva o trecho que contém essa premissa.
      Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de espera, nos embates familiares, e depois economizam com a gente.

02 – Que expressões são usadas no texto para construir a ideia de que a gentileza e a delicadeza não eram normais, comuns?
      Tratam-me com inquietante delicadeza.

03 – Segundo o texto, indique uma das causas da falta de gentileza das pessoas das grandes cidades.
      Falta de tempo.

04 – No 2º parágrafo, o narrador faz uso de uma metáfora, uma expressão usada por semelhança com “quase nada, algo difícil de se notar, quase imperceptível”. Transcreva essa expressão.
      “Ventinho de asas de borboleta.”

05 – Como ficou a relação do narrador com o vizinho? (2º parágrafo).
      Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali.

06 – O que significa dizer que um assunto estaria “embrulhado nos enfeites da conversa”? (4º parágrafo)
      A pessoa fica aguardando pelo assunto que iria ouvir, do que se trataria.

07 – Cite duas gentilezas contadas pelo narrador.
·        Um homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me cede o último lugar no elevador.
·        Os vizinhos de cima silenciam após as 10 da noite.

08 – Por que o narrador se sentia “meio apreensivo, meio feliz”? (9º parágrafo)
      Porque ele não sabia o que estava acontecendo por trás de tanta gentileza.

09 – O que se esclarece no desfecho da crônica? (Último parágrafo).
      Que ao sair do apartamento, as coisas voltam a ser como sempre. Tudo o que pensou não passou de um sonho.