Poesia: As LUAS
Andou
fazendo nevoeiro. De noite...
que
lindo! Parece que estiveram passando borracha na paisagem.

Apenas
sobravam os lampiões. Minto! Só os focos dos lampiões
sobravam,
luas soltas no ar. De modo que ontem pela madrugada
eu
ia andando por uma noite cheia de luas. Tu nem imaginas o
que
é uma noite com uma porção de luas... A gente...
--
Já sei! Fizeste um poema...
--
Não. Caí num buraco.
Mario Quintana. Porta Giratória. São Paulo, Globo, 1988.
Fonte: Português – 1º
grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia
Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 69.
Entendendo a poesia:
01 – Como a poesia descreve o
efeito da neblina na paisagem?
A poesia descreve
a neblina como se alguém tivesse "passando borracha na paisagem",
apagando os contornos e deixando apenas os pontos de luz visíveis.
02 – O que o eu lírico compara
aos pontos de luz que sobraram na noite com neblina?
O eu lírico
compara os focos dos lampiões, que eram os únicos pontos de luz visíveis, a
"luas soltas no ar".
03 – Qual foi a sensação do eu
lírico ao andar por essa noite?
O eu lírico se
sentiu como se estivesse caminhando por "uma noite cheia de luas". A
experiência é tão extraordinária que ele diz que a pessoa com quem fala
"nem imagina" o que é isso.
04 – No final do poema, qual é
a suposição da outra pessoa sobre a experiência do eu lírico?
A outra pessoa,
após ouvir a descrição poética da noite, supõe que o eu lírico "fez um poema".
05 – Qual é a resposta final e
surpreendente do eu lírico, que quebra a expectativa do leitor?
A resposta final
do eu lírico é "Não. Caí num buraco." Essa resposta inesperada e
cômica quebra a atmosfera poética criada e traz um contraste com a beleza da
cena descrita.
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