domingo, 7 de abril de 2024

POEMA: CORREIO ELEGANTE - HENRIQUE FÉLIX - COM GABARITO

 Poema: Correio elegante

              Henrique Félix

No correio elegante,

toda carta é bem vestida

de envelope extravagante,

dobradinho na medida.

 Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8njY59vhdAS9eRTeWnus2Gk8j4C8lGu-jmIInPTXfS0tR3Rh0q8RTUgF3UKuIhwmwUWIM4GUnbDAqZTY62O6EmzoxDnKyc4mYxmJJuA546tnIShRjZeqydA404xMR1_bcXIsOncm5bs67bRHCQRyU79vz3e7Oki8rhbwHc9UW7maY58iYfqpfk2HJFTM/s1600/CORREIO.jpg


O papel é perfumado.

A mensagem, colorida.

O carteiro é saltitante

porque está feliz da vida.

leva as cartas num instante,

leve, solto e despenteado.

Nada é longe o bastante.

Ninguém fica sem recado.

Pois o correio é elegante,

e o carteiro... apaixonado.

Henrique Félix. Quermesse maluca. Belo Horizonte: Formato, 2001. p. 13.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 6ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 2ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2002. p. 225.

Entendendo o poema:

01 – O que caracteriza uma carta no "correio elegante" de Henrique Félix?

      Uma carta no correio elegante é bem vestida, em um envelope extravagante, com papel perfumado e mensagem colorida.

02 – Qual é a atitude do carteiro no poema "Correio elegante"?

      O carteiro está saltitante e feliz da vida.

03 – Como o carteiro se comporta ao entregar as cartas no poema?

      O carteiro entrega as cartas de forma leve, solta e despenteada.

04 – Como o poema descreve a eficiência do "correio elegante"?

      No poema, o correio elegante é descrito como eficiente, pois nada é longe o bastante e ninguém fica sem recado.

05 – O que torna o "correio elegante" diferente do serviço postal tradicional?

      O correio elegante se diferencia pelo envelope extravagante, papel perfumado e mensagem colorida, criando uma experiência mais especial.

06 – O que simboliza o comportamento do carteiro apaixonado no poema?

      O comportamento apaixonado do carteiro simboliza o entusiasmo e a dedicação em transmitir mensagens especiais e afetuosas.

07 – Quais são os elementos que contribuem para a atmosfera encantadora do "correio elegante" descrita por Henrique Félix?

      Os elementos como envelope extravagante, papel perfumado, mensagem colorida e a atitude apaixonada do carteiro contribuem para a atmosfera encantadora do correio elegante no poema.

 

POEMA: GUARDAR - ANTÔNIO CÍCERO - COM GABARITO

 Poema: GUARDAR

             Antônio Cicero

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

Em cofre não se guarda coisa alguma.

Em cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por

admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília

por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,

isto é, estar por ela ou ser por ela.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZeXt8-MKofBouml5HqqUqj-rtHVTTQMz4V-yaueCbk6WDqnUDVIDW3VNEH8vJCuWXz4DP3hehCblzAWGyUuPhx5BFK9dBmaaAYScfG-4dD4e8UPbgl7G7oH6REqkttTQrqkzP6seiT9IqeWdEk3OJN3T0hjCnrmthXwVoxIzS5FCrB73REtvcdCGItIo/s1600/POEMA.png


Por isso, melhor se guarda o voo de um pássaro

do que de um pássaro sem voos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,

por isso se declara e declama um poema:

Para guardá-lo:

Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:

Guarde o que quer que guarda um poema:

Por isso o lance do poema:

Por guardar-se o que se quer guardar.

CICERO, Antônio. In: MORICONI, Ítalo (Org). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 337.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 18.

Entendendo o poema:

01 – O que significa "guardar uma coisa" de acordo com o poema "Guardar" de Antônio Cícero?

      Segundo o poema, guardar uma coisa não se resume a escondê-la ou trancá-la, mas sim a observá-la com admiração e iluminá-la com nossa atenção.

02 – Qual é a diferença entre guardar algo em um cofre e guardar conforme descrito no poema?

      Enquanto guardar algo em um cofre implica em perdê-lo de vista, guardar conforme descrito no poema envolve observação, vigilância e admiração constante.

03 – Por que é mais significativo guardar o voo de um pássaro do que um pássaro sem voos, de acordo com o poema?

      Guardar o voo de um pássaro representa apreciar sua liberdade e beleza em movimento, em contraste com um pássaro incapaz de voar, que não oferece a mesma inspiração.

04 – Qual é a relação entre escrever, declarar ou declamar um poema e o ato de guardar algo?

      Escrever, declarar ou declamar um poema é uma forma de guardar a sua essência e significado, permitindo que o poema também guarde aquilo que ele expressa.

05 – O que significa "fazer vigília por algo" de acordo com o poema?

      Fazer vigília por algo implica em estar acordado e atento por aquilo que se guarda, demonstrando um cuidado e uma dedicação constante.

06 – Como um poema pode "guardar o que guarda", como mencionado no poema?

      Um poema pode "guardar o que guarda" ao preservar e transmitir as emoções, ideias e beleza contidas nele, permitindo que esses elementos sejam apreciados e preservados ao longo do tempo.

07 – Qual é a principal mensagem do poema "Guardar" de Antônio Cícero em relação ao ato de guardar algo?

      A mensagem principal é que guardar algo vai além de simplesmente mantê-lo fisicamente; envolve uma contemplação ativa e um vínculo emocional que permite que aquilo que é guardado permaneça vivo e significativo.

 

 

TEXTO: ODISSEIA (FRAGMENTO) - HOMERO - TRAD. CARLOS ALBERTO NUNES - COM GABARITO

 Texto: Odisseia (Fragmento)

           Homero – trad. Carlos Alberto Nunes

        [...]

        À ilha, entrementes, a nau bem construída chegara depressa, onde as Sereias demoram, que um vento propício a impelia.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuY6JEowHnGyHAXcfTrFIkF0CB_-PEpz8UpdNrQqCuDELwUUPuw2nafe704HkRPvmYx9cEtqAGTGdpWQEyZ30VO4EDurbk56AvAgFlmf7hJrYJCxdPyc65Dd8cQ70tb1CFCv9MFioUppYFoskUfC4eBVC2TAzPI8S6JVMIIyvZFMgaurasGxYXIrZXLEU/s320/a-odisseia-edicao-ilustrada.jpg


        [...]

        Uma rodela de cera cortei com meu bronze afiado, em pedacinhos, e pus-me a amassá-los nos dedos possantes.

        [...]

        Sem exceção, depois disso, tapei os ouvidos dos sócios; as mãos e os pés, por sua vez, me amarraram na célere nave, em torno ao mastro, de pé, com possantes calabres seguro. Sentam-se logo, batendo com o remo nas ondas grisalhas. Mas, ao chegar à distância somente de grito da praia, com toda a força a remar, não passou nosso barco ligeiro despercebido às Sereias, de perto, que entoam sonoras: “Vem para perto, famoso Odisseu, dos Aquivos orgulho, traz para cá teu navio, que possas o canto escutar-nos”.

        [...]

        Dessa maneira cantavam, belíssima. Mui desejoso de as escutar, fiz sinal com os olhos aos sócios que as cordas me relaxassem; mas eles remaram bem mais ardorosos. Alçam-se, então, Perimedes e Euríloco e deitam-me logo novos calabres, e os laços e as voltas mais firmes apertam.

        Mas, quando essa ilha, na viagem, deixamos ficar bem distante, sem mais ouvirmos a voz das Sereias e o canto mavioso, meus companheiros queridos tiraram depressa do ouvido a cera ali por mim posta e dos laços, por fim, me livraram.

        [...]

HOMERO. Odisseia. Trad. Carlos Alberto Nunes. São Paulo: Hedra, 2011. p. 207-208 (fragmento).

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 27-28.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo?

·        Entrementes: enquanto isso.

·        Nau: embarcação.

·        Impelia: empurrava.

·        Célere nave: rápida nau.

·        Calabres: cordas grossas.

·        Odisseu: do grego, Ulisses.

·        Aquivos: gregos da Tessália ou do Peloponeso.

·        Alçam-se: levantam-se.

·        Mavioso: melodioso.

02 – Além da voz de Ulisses, que outras vozes estão presentes no texto?

      As outras vozes presentes no texto são as vozes das Sereias que cantam para atrair os navegantes.

03 – Quem são as Sereias no fragmento da Odisseia e qual é o perigo que representam para Odisseu e seus companheiros?

      As Sereias são criaturas míticas que habitam uma ilha próxima. Elas seduzem os marinheiros com seu canto encantador, levando-os à perdição e à morte. Odisseu e seus companheiros correm o risco de sucumbir ao feitiço das Sereias e serem levados à sua ilha, onde encontrariam um fim trágico.

04 – Um autor pode alterar a ordem mais comum de uma frase, como se vê a seguir.

        “À ilha, entrementes, a nau bem construída chegara depressa, onde as Sereias demoram, que um vento propício a impelia.”

a)   Reescreva o trecho no caderno, iniciando por: “Entrementes, a nau bem construída...”.

“Entrementes, a nau bem construída onde as Sereias demoram, que um vento propício a impelia, chegara depressa”.

b)   Arrisque uma hipótese: Por que o autor optou pela ordem “indireta”?

O autor pode ter criado uma ordem indireta a fim de criar um suspense, tensão, expectativa do leitor e para enfatizar o momento da chegada da nau bem construída à ilha onde as Sereias demoram.

05 – Ulisses elabora uma estratégia para poder ouvir o canto das sereias de forma segura.

a)   Descreva o que ele faz para conseguir seu objetivo.

Ulisses corta uma rodela de cera com um objeto afiado e a amassa em pedaços, e então molda nos dedos, criando tampões para seus ouvidos. Ulisses também ordena que seus companheiros o amarrem ao mastro do navio para que ele não possa se libertar e se dirigir em direção às Sereias.

b)   O que essa estratégia revela sobre a personalidade de Ulisses?

Essa estratégia revela que Ulisses é um homem esperto, inteligente e prudente.

06 – O que Odisseu faz quando deseja ouvir o canto das Sereias apesar do perigo?

      Odisseu faz sinais aos seus companheiros para que o libertem brevemente das amarras, demonstrando seu desejo de ouvir o canto das Sereias. No entanto, seus homens, seguindo suas ordens, reforçam as amarras para garantir sua segurança.

07 – Como os companheiros de Odisseu reagem após passarem a ilha das Sereias?

      Após deixarem para trás a ilha das Sereias e não ouvirem mais seu canto sedutor, os companheiros de Odisseu removem rapidamente a cera dos ouvidos do herói e o libertam das amarras, permitindo-lhe voltar ao controle total de seus sentidos.

08 – Qual é a importância simbólica da experiência com as Sereias na jornada de Odisseu?

      A experiência com as Sereias representa um momento de tentação e resistência para Odisseu. Ele enfrenta um perigo que pode levá-lo à ruína, mas suas habilidades estratégicas e a lealdade de seus companheiros o ajudam a superar esse desafio. Este episódio ressalta a astúcia e a determinação de Odisseu na busca de seu retorno para casa, além de ilustrar as consequências da desobediência às ordens dadas.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): PORTO ALEGRE (NOS BRAÇOS DE CALIPSO) - COM GABARITO

 Música(Atividades): Porto Alegre (Nos Braços de Calipso)

           Adriana Calcanhotto

Amarrado num mastro
Tapando as orelhas
Eu resisti
Ao encanto das sereias
Eu não ouvi
O canto das sereias
Eu resisti

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKHNRz2wOhgQ1GK1dx41xrf1GZpa01gdA-xmS5xj3x4YSvoVW68EK9_5_qWiIboxBK5-ZGgitK72zNTJvhNlnQj0hD4Wvz5v3k06yaHWwYQX5GpgLjvXY1F2yyrZWJDlYh8FRTHAVZgIE1kmuTLg3MncmrxM9kiiS4m5RWVJrC49QPk6vNbpQ6qy43wEQ/s320/ADRIANA.jpg


Mas chegando à praia
Não fiz nada disso
Então caí
Nos braços de Calipso
Eu sucumbi
Ao encanto de Calipso
Não resisti

Depois disso eu não tive
Nenhum outro vício
Senão dançar
Ao ritmo de Calipso
Pois eu caí
Nas graças de Calipso
Não resisti
Ao encanto de Calipso
Só sei dançar
Ao ritmo de Calipso
Calipso

Amarrado num mastro
Tapando as orelhas
Eu resisti
Ao encanto das sereias
Eu não ouvi
O canto das sereias
Eu resisti

Mas chegando à praia
Não fiz nada disso
Então caí
Nos braços de Calipso
Eu sucumbi
Ao encanto de Calipso
Não resisti

Desde então eu não tive
Nenhum outro vício
Senão dançar
Ao ritmo de Calipso
Pois eu caí
Nas graças de Calipso
Não resisti
Ao encanto de Calipso
Só sei dançar
Ao ritmo de Calipso.

Composição: Péricles Cavalcanti. Intérprete: Adriana Calcanhotto. CD Maré. Rio de Janeiro: Sony Music, 2008. Faixa 4.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 32.

Entendendo a música:

01 – Qual é o tema principal da música "Porto Alegre (Nos Braços de Calipso)" de Adriana Calcanhotto?

      O tema principal é a sedução e entrega à música e dança do Calipso, simbolizando um vício ou encanto irresistível.

02 – Quem é Calipso na música e qual é o papel desse personagem na história narrada pela letra?

      Calipso é um símbolo de sedução e encanto irresistível que leva o narrador a sucumbir à dança e ao ritmo.

03 – Qual é o evento que leva o narrador a sucumbir ao encanto de Calipso?

      Chegando à praia, o narrador cai nos braços de Calipso após resistir ao canto das sereias.

04 – Como o narrador descreve sua experiência após cair nos braços de Calipso?

      O narrador descreve que desde então não teve outro vício além de dançar ao ritmo do Calipso.

05 – Qual é a referência às sereias na música e qual é o papel delas na história?

      As sereias representam uma tentação inicial da qual o narrador resiste, mas posteriormente sucumbe ao encanto de Calipso.

06 – Que figura mitológica é comparada ao narrador na música, e por que essa comparação é feita?

      O narrador é comparado a Ulisses amarrado ao mastro para resistir ao canto das sereias, porém acaba sendo seduzido por Calipso.

07 – Como o ritmo e estilo musical do Calipso são importantes na narrativa da música?

      O ritmo e estilo do Calipso representam o vício e a rendição do narrador, que só sabe dançar ao som dessa música após ser seduzido por Calipso.

 

 

POEMA: ELOGIO DA MEMÓRIA - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

 Poema: Elogio da memória

              José Paulo Paes 

O funil da ampulheta

apressa, retardando-a

a queda

da areia.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGYGQqlxNLPn5WKsc5ULfpfgGfwXlEGEVu2hxXkOquqfsICneu32CrMvYIRVbsoFSSglV84g-Ubstlp9xDZem5f8LJwL9APWGufznCV97jg5cQm4t9bD8VgNy8B9nYwPJDjFgIF3JdjQIg8t6pPGSc0DcHDqr5Zbz9UNIcc19gkljZQNb3TECY0pGy9l4/s320/AMPULHETA.jpg


Nisso imita o jogo

manhoso

de certos momentos

que se vão embora

quando mais queríamos

que ficassem.

PAES, José Paulo. Socráticas: poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 49.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 17.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a imagem utilizada pelo poeta para descrever o tempo no poema "Elogio da memória" de José Paulo Paes?

      O poeta utiliza a imagem do funil da ampulheta para descrever o tempo.

02 – Qual é a função do funil da ampulheta de acordo com o poeta?

      O funil da ampulheta apressa a queda da areia, mas ao mesmo tempo a retarda.

03 – Como o poeta compara o funil da ampulheta aos momentos da vida?

      O poeta compara o funil da ampulheta ao "jogo manhoso de certos momentos que se vão embora quando mais queríamos que ficassem".

04 – Qual é o sentimento expresso pelo poeta em relação aos momentos que se vão embora?

      O poeta expressa o desejo de que certos momentos permaneçam mais tempo ao invés de passarem rapidamente.

05 – O que a imagem do funil da ampulheta representa em termos de passagem do tempo?

      A imagem do funil da ampulheta representa a dualidade do tempo, que parece acelerar e ao mesmo tempo retardar o fluir dos momentos.

06 – Qual é a importância da memória neste poema?

      A memória é essencial no poema pois permite reter e valorizar os momentos que o tempo ameaça levar embora rapidamente.

07 – Como o poeta sugere lidar com a fugacidade dos momentos preciosos na vida?

      O poeta sugere que a memória desempenha um papel crucial ao reter e valorizar esses momentos, permitindo-nos apreciá-los mesmo após terem passado.

 

 

POEMA: O BIFE - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

 Poema: O bife 

              José Paulo Paes 

Onde é 

que está 

meu bife? 

Fugiu do açougue 

sumiu da cozinha 

no prato não acho 

quem sabe me diga: 

será que meu bife 

está noutra barriga? 

 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHRs79EUXJSh_6m3Iei_YJss4wBllx2gwDmUylcFVDosHF5tthhh4QdMvaxjPycE1RhGTfiDvUvF_qex_HuFQakD0RKD4AHZT8GYgibIp5XN3yyJ5EwTLpbmMmB1xooXROddhLqhJxqdY6-KDx43jJ9s4y0FK8dL6LupFE8wYl0kepY-inoMumuj5R35g/s320/BIFE.jpg

Meu bife 

era 

a cavalo: 

um ovo estalado 

com batata frita. 

Porém me lembrei: 

sendo bife a cavalo 

fugiu no galope 

não vou mais achá-lo. 

José Paulo Paes. Lé com cré. São Paulo: Ática, 1993.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 6ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 2ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2002. p. 224.

Entendendo o poema:

01 – O que o autor está procurando no poema "O Bife" de José Paulo Paes?

      O autor está procurando por seu bife desaparecido.

02 – O que significa "bife a cavalo" no poema?

      "Bife a cavalo" significa um bife acompanhado de ovo estalado e batata frita.

03 – Por que o autor não consegue encontrar seu bife no prato?

      Porque o bife desapareceu da cozinha e do prato.

04 – O que o autor sugere ao questionar se seu bife está "noutra barriga"?

      O autor sugere a possibilidade de que outra pessoa possa ter comido seu bife.

05 – Qual é a sensação do autor ao perceber que seu bife "fugiu no galope"?

      O autor sente que perdeu seu bife de forma rápida e inesperada.

06 – Como o autor descreve o bife que ele perdeu?

      O autor descreve o bife como sendo servido a cavalo, ou seja, com ovo estalado e batata frita.

07 – Qual é o tom predominante do poema "O Bife" de José Paulo Paes?

      O tom predominante é humorístico e irônico, caracterizado pela frustração cômica do autor ao perder seu bife.

 

 

MINICONTO: NO METRÔ VAZIO - HELOISA SEIXAS - COM GABARITO

 Miniconto: No metrô vazio

                 Heloisa Seixas

        Entrou no metro e sentou-se junto a janela. Detestava metro. O silêncio constrangido, as pessoas frente a frente, sem saber o que fazer com as mãos. Era como nos elevadores, só que pior – pois demorava mais tempo. Por isso ia na janela. Fixou os olhos na escuridão lá fora. Estava inquieta. Talvez por causa do metrô vazio. Ou talvez por culpa da jovem de preto que se sentara ali adiante, num banco de frente para o seu. Podia sentir o olhar dela. Resistiu por um tempo, mas acabou encarando-a. E sentiu que o horror a percorria: no fundo amarelo, as pupilas da moca eram um traço. Tinha olhos de gato.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcGgQrEGu0HCEugilyHvWLtuRskgLOHG90lZwdseT6M-KFZKF3hUNNDRhC_2ZXY2sdpzpdShq7aihXvHXf7R2YcU72RuKDhaPbGo2Z95fIM7kG4IENEAYM7BlJwK0efkvYQj4pjeWwELvobGDqZYF3aTEknv8nv75ueaN0AMSSL1slMnU_CfRYE14FGNo/s320/METRO.jpg


SEIXAS, Heloisa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta Negra Bazar, 2010. p. 72.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 30.

Entendendo o miniconto:

01 – Quem é a protagonista da história e por que ela detesta andar de metrô?

      A protagonista é uma mulher que detesta andar de metrô devido ao ambiente silencioso e desconfortável, onde as pessoas ficam frente a frente sem saber o que fazer com as mãos.

02 – Em que espaço acontece a história?

      A história acontece dentro de um carro do metrô.

03 – O que chama a atenção da protagonista dentro do metrô vazio?

      A protagonista se sente inquieta e é chamada pela presença de uma jovem de preto sentada à sua frente, cujos olhos parecem perturbadores por serem semelhantes aos de um gato.

04 – Considerando que personagem é um ser fictício, criado por um autor a partir de uma caracterização física e psicológica, reflita:

a)   Como você caracterizaria as personagens do miniconto lido?

As personagens são caracterizadas como essências opostas, enquanto uma é mais envergonhada e não gosta do metrô, a outra encara ela sem vergonha alguma e tem olhos de gato.

b)   Elas têm o mesmo peso na história? Por que?

Elas não tem o mesmo peso, apesar de a mulher de gato também ter uma importância, ela não é tanta quanto a da narradora da história.

05 – Como a protagonista se sente ao encarar a jovem de preto?

      A protagonista sente horror ao encarar a jovem de preto, especialmente ao perceber que os olhos dela são semelhantes aos de um gato, com as pupilas em formato estranho.

06 – Qual é a sensação da protagonista ao fixar os olhos na escuridão fora da janela do metrô?

      Ao fixar os olhos na escuridão fora da janela do metrô, a protagonista sente-se inquieta e desconfortável, provavelmente devido ao ambiente vazio e ao encontro com a jovem de preto.

07 – Qual é o contraste entre a quietude do metrô vazio e a inquietação interna da protagonista?

      O contraste está na tranquilidade aparente do metrô vazio versus a agitação interna da protagonista, que se sente desconfortável e perturbada pelo ambiente e pela presença da jovem de preto.

 







CONTO: NEGÓCIO DA ROÇA - RUBEM BRAGA - COM GABARITO

 Conto: NEGÓCIO DA ROÇA

           Rubem Braga

        -- Comprei um cavalo por 700 cruzeiros e vendi por 900. Não ganhei nem perdi.

        -- Mas como? Se você comprou por 700 e vendeu por 900, como é que você não ganhou nem perdeu?

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgckxteLPRlopnCVEg5Z3TZwb-CzMdxhsTnKKUgLL3D_CAdqPKKxVvjmQMjOPr_2PD0_R11ftDw8nF2BZphNPY_E7N32EYnjmDouFB_kg1AIA0fo19PdqFM2WxRE-XK4KPH3WoegX4wokBKKHFdhp6uuEFUeDrl-1AcMyQwYTtztRcjSkEzWuqTVGrse9o/s320/CAVALO.jpg


        -- Não ganhei nem perdi.

        -- Você não disse que comprou por 700?

        -- Comprei.

        -- E não vendeu por 900?

        -- Vendi.

        -- Então você ganhou 200.

        -- Não ganhei nem perdi.

        -- Mas como?

        -- Comprei o cavalo por 700 contos e não paguei. Vendi por 900 e não me pagaram. Não ganhei nem perdi.

Rubem Braga. Recado de primavera. 3. Ed. Rio de Janeiro: Record, 1985. p. 46.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 6ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 2ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2002. p. 233.

Entendendo o conto:

01 – Qual o significado da palavra cruzeiro no conto?

      É a antiga moeda brasileira, anterior ao real.

02 – Qual é o tema principal do conto "Negócio da Roça" de Rubem Braga?

      O conto trata de uma situação humorística que envolve uma negociação aparentemente simples, mas confusa, relacionada à compra e venda de um cavalo.

03 – Quem são os personagens principais nesse diálogo sobre o negócio do cavalo?

      Os personagens principais são dois interlocutores cujos nomes não são especificados no texto.

04 – Como o vendedor explica que não ganhou nem perdeu dinheiro na transação do cavalo?

      O vendedor explica que embora tenha comprado o cavalo por 700 cruzeiros e vendido por 900, ele não recebeu o dinheiro da venda nem pagou pelo cavalo, portanto, não houve lucro ou prejuízo real.

05 – Qual é a ironia presente na conversa entre os personagens sobre o negócio do cavalo?

      A ironia reside na maneira como o vendedor manipula a informação, sugerindo uma transação financeira lucrativa quando na verdade ele não efetuou nenhum pagamento ou recebimento.

06 – Como o conto ilustra a astúcia ou malandragem do personagem vendedor?

      O vendedor demonstra sua astúcia ao distorcer a realidade da transação para dar a impressão de lucro, quando na verdade não houve troca real de dinheiro.

07 – Qual é a mensagem subjacente transmitida por meio deste diálogo no conto?

      O conto brinca com a ideia de como as pessoas podem manipular informações para criar ilusões de sucesso ou lucro, embora a realidade financeira seja outra.

08 – Como a linguagem e o estilo de Rubem Braga contribuem para o humor presente nesta história?

      O estilo simples e coloquial de Rubem Braga, combinado com o diálogo intrigante e absurdo dos personagens, cria um tom humorístico e irônico, revelando a natureza cômica da situação de negociação do cavalo.