segunda-feira, 7 de outubro de 2024

POEMA: O LUTO NO SERTÃO: JOÃO CABRAL DE MELLO NETO - COM GABARITO

 Poema: O luto no Sertão

             João Cabral de Mello Neto

Pelo Sertão não se tem como
não se viver sempre enlutado;
lá o luto não é de vestir,
é de nascer, com luto nato.

 



Sobe de dentro, tinge a pele
de um fosco fulo: é quase raça;
luto levado toda a vida
e que a vida empoeira e desgasta.

E mesmo o urubu que ali exerce,
negro tão puro noutras praças,
quando no Sertão usa a batina
negra-fouveiro, pardavasca.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeAQ2nYFM7qyNlis2LHKipMan7zWmoi9w0WtYVft2FXBaK6Z6q5Eg3QuG_3VyMOBk-GQRV6ohUk57yfsJlRfxDZymnv997GWu5_mLWNUoRr3r436JHj7utN-L8iQV3XiwCDAmCvoV-Xt09OZe1TXzthzGJuvr047QfsrhDzwJjskAr_aL-Ov50eSeazRk/s320/SERTAO.jpg

Fonte: livro Língua e Literatura – Faraco & Moura – vol. 3 – 2º grau – Edição reformulada 9ª edição – Editora Ática – São Paulo – SP. p. 281.

Entendendo o poema:

01 – Qual a principal característica do luto no Sertão, segundo o poema?

      O luto no Sertão é apresentado como algo intrínseco à vida sertaneja, uma condição quase natural. Não se trata de um luto ocasional ou passageiro, mas sim de um estado permanente, "nato", que acompanha o sertanejo desde o nascimento.

02 – Como o luto se manifesta no corpo e na alma do sertanejo?

      O luto se manifesta de forma profunda e marcante no sertanejo. Ele "sobe de dentro", atingindo a alma e se exteriorizando através da pele, que adquire um tom "fosco fulo". Essa marca do luto é comparada a uma "raça", algo tão inerente ao sertanejo quanto sua própria identidade.

03 – Qual a relação entre o luto e a paisagem sertaneja?

      A paisagem sertaneja, com suas características áridas e inóspitas, serve como um pano de fundo para o luto. A natureza agreste e a constante luta pela sobrevivência intensificam a sensação de perda e sofrimento. O urubu, símbolo da morte, adquire um papel ainda mais sombrio no Sertão, reforçando a atmosfera de luto.

04 – Qual o significado da comparação entre o luto e uma "raça"?

      Ao comparar o luto a uma "raça", o poeta sugere que ele se tornou parte da identidade do sertanejo, algo tão fundamental quanto sua origem étnica. O luto é transmitido de geração em geração, moldando a visão de mundo e a forma de viver dos habitantes do Sertão.

05 – Qual a função do urubu na construção da imagem do luto no poema?

      O urubu, tradicionalmente associado à morte, desempenha um papel central na construção da imagem do luto no poema. A ave negra, que em outras regiões é vista como um símbolo da morte, adquire no Sertão uma conotação ainda mais sombria, reforçando a ideia de um luto constante e onipresente. A expressão "negra-fouveiro, pardavasca" intensifica a imagem do urubu como um ser sinistro e funéreo.

POEMA: O GUARDADOR DE REBANHOS - FRAGMENTO II E IX - ALBERTO CAEIRO - COM GABARITO

 Poema: O guardador de rebanhos – Fragmento II e IX

             Alberto Caeiro

II – O Meu Olhar

O meu olhar é nítido como um girassol.

Tenho o costume de andar pelas estradas

Olhando para a direita e para a esquerda,

E de vez em quando olhando para trás...

E o que vejo a cada momento

É aquilo que nunca antes eu tinha visto,

E eu sei dar por isso muito bem...

Sei ter o pasmo essencial

Que tem uma criança se, ao nascer,

Reparasse que nascera deveras...

Sinto-me nascido a cada momento

Para a eterna novidade do Mundo...

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6567uAhJ30lNQWwqxMKzcxayIvThpJ8wSD8XhKpxE61m_kFwJtHvJ-_vtTyUz5BkH7VCwxrYnAaUywxM7L21ztdMVzd8Y17MGePTQT-8txqNNAbFbCYRk1ipLW3gtSvDLDCw8S9CH2Q4S90_FLobRKpmIXbKcTJJoSzfILO-GQrkuKNRbraf_Z8yrQW0/s1600/Olhar-Girassol.jpg

Creio no mundo como num malmequer,

Porque o vejo. Mas não penso nele

Porque pensar é não compreender ...

 

O Mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

 

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...

 

Amar é a eterna inocência,

E a única inocência não pensar...

 

IX – Sou um guardador de rebanhos

Sou um guardador de rebanhos.

O rebanho é os meus pensamentos

E os meus pensamentos são todos sensações.

Penso com os olhos e com os ouvidos

E com as mãos e os pés

E com o nariz e a boca.

 

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la

E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

 

Por isso quando num dia de calor

Me sinto triste de gozá-lo tanto.

E me deito ao comprido na erva,

E fecho os olhos quentes,

 

Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,

Sei a verdade e sou feliz.

Fonte: livro Língua e Literatura – Faraco & Moura – vol. 3 – 2º grau – Edição reformulada 9ª edição – Editora Ática – São Paulo – SP. p. 327.

Entendendo o poema:

01 – Qual a principal característica do olhar do eu lírico?

      O olhar do eu lírico é nítido, inocente e presente no momento. Ele se compara a um girassol, sempre voltado para a luz, e tem a capacidade de ver o mundo com a mesma maravilha de uma criança.

02 – Qual a relação entre o olhar e o pensar para o eu lírico?

      Para o eu lírico, pensar é uma atividade que distancia o indivíduo da experiência direta do mundo. Ele prefere olhar e sentir, pois acredita que o pensamento pode nublar a percepção da realidade.

03 – Qual a importância da natureza para o eu lírico?

      A natureza é a fonte de toda a sua sabedoria e alegria. Ele se conecta com ela através dos sentidos, encontrando na simplicidade das coisas a maior complexidade.

04 – O que significa "amar é a eterna inocência" para o eu lírico?

      Amar, para o eu lírico, é uma experiência pura e livre de julgamentos. É aceitar o mundo como ele é, sem questionamentos, com a mesma inocência de uma criança.

05 – Qual a metáfora central deste fragmento?

      A metáfora central é a comparação entre os pensamentos do eu lírico e um rebanho. Seus pensamentos são como ovelhas que ele guia, e cada sensação é uma ovelha individual.

06 – Como o eu lírico pensa?

      O eu lírico pensa com todos os seus sentidos. Para ele, pensar é uma experiência sensorial e não uma atividade puramente intelectual.

07 – Qual a relação entre o corpo e a mente no pensamento do eu lírico?

      Corpo e mente são inseparáveis para o eu lírico. Ele pensa com o corpo inteiro, e suas sensações são a base de seu conhecimento.

08 – Qual o estado de felicidade alcançado pelo eu lírico?

      A felicidade do eu lírico surge da conexão profunda com a realidade. Ao se deitar na grama e sentir seu corpo, ele experimenta uma sensação de plenitude e verdade.

09 – Qual a crítica implícita à forma tradicional de pensar?

      O eu lírico critica o pensamento racional e abstrato, que o afasta da experiência concreta do mundo. Ele defende uma forma de conhecimento mais intuitiva e sensorial.

10 – Qual a principal característica do eu lírico presente em ambos os fragmentos?

      A principal característica é a sua capacidade de maravilhamento diante do mundo. Ele vê a vida com olhos de criança, apreciando a simplicidade e a beleza das coisas.

 

POEMA: MÃOS DADAS - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: Mãos dadas

             Carlos Drummond de Andrade

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2lx_XVTem35xi1CnSpgg3lN4uFcALb3C8S6zkcpO0GSrI64U63wSjrQKhRd6xkfeerpHigw7KKyFTPdRCLQ0OLseyYHUD6ATuQ6HglB8TVKxvt4PiXInHvkbCgTnDavV9tXTFVVdbZIPRn1xLIkiXoqWCmkIwlyXhWsdAgkGy9j0UUqr4ZI5vXxS1rjo/s320/MAOS.jpg


Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

Carlos Drummond de Andrade.

Fonte: livro Língua e Literatura – Faraco & Moura – vol. 3 – 2º grau – Edição reformulada 9ª edição – Editora Ática – São Paulo – SP. p. 184.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Taciturno: calado; triste.

·        Serafim: anjo da primeira hierarquia.

02 – Qual a principal mensagem transmitida pelo poema "Mãos dadas"?

      A principal mensagem do poema é um chamado à união e à solidariedade entre os homens no presente. Drummond convida o leitor a abandonar as idealizações do passado ou do futuro e a se engajar com a realidade do momento, construindo um futuro coletivo.

03 – O que significa a expressão "preso à vida" no contexto do poema?

      A expressão "preso à vida" indica um compromisso com a realidade presente, com as experiências e as pessoas que compartilham esse momento. O poeta não se refugia em idealizações ou escapismos, mas abraça a vida em sua complexidade.

04 – Qual a importância do "tempo presente" no poema?

      O "tempo presente" é o foco central do poema. Drummond enfatiza a importância de viver o momento presente, de se conectar com as pessoas ao redor e de construir um futuro a partir da realidade atual. O passado e o futuro são mencionados, mas como pontos de referência para a ação no presente.

05 – Qual a relação entre o individual e o coletivo no poema?

      O poema busca superar a individualidade e valorizar a coletividade. A imagem das "mãos dadas" simboliza a união e a solidariedade entre as pessoas. O poeta convida o leitor a se conectar com os outros e a construir um futuro juntos.

06 – Como o poema se relaciona com o contexto histórico em que foi escrito?

      "Mãos dadas" foi escrito em um contexto marcado por grandes transformações sociais e políticas, como a Segunda Guerra Mundial. O poema pode ser interpretado como uma resposta a esse contexto, um chamado à esperança e à união em um momento de incertezas e desafios. A busca por um futuro melhor, construído de forma coletiva, é um tema central tanto no poema quanto no contexto histórico.

POEMA: VALSA - CECÍLIA MEIRELES - COM GABARITO

 Poema: Valsa

             Cecília Meireles

Fez tanto luar que eu pensei em teus olhos antigos
e nas tuas antigas palavras.
O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos
que tornei a viver contigo enquanto o vento passava.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLJngzIyPbxDHd9sg9nvkpSAMmlTs5OcLprWwD3pZj7-raY2ZDK5JgWiNPPeDceBgnqIIBipDL8RcipmEsBaU_2q07ssNZPQebWUwJN1TMD-ljfMpU0INR-mvL2WFEWTeawVe4YZbok87l0qU98Nv-3iGiCeobxAfZxMiMIlygvyH5lZGIJMwSoI7Ib5Q/s320/LUAR%20COM%20VENTO.jpg


Houve uma noite que cintilou sobre o teu rosto
e modelou tua voz entre as algas.
Eu moro, desde então, nas pedras frias que o céu protege
e estudo apenas o ar e as águas.

Coitado de quem pôs sua esperança
nas praias fora do mundo...
-- Os ares fogem, viram-se as água,
mesmo as pedras, com o tempo, mudam.

Cecília Meireles. Valsa. In: Obra poética. Rio de Janeiro, Aguilar, 1958. p. 52.

Fonte: livro Língua e Literatura – Faraco & Moura – vol. 3 – 2º grau – Edição reformulada 9ª edição – Editora Ática – São Paulo – SP. p. 217.

Entendendo o poema:

01 – Qual a principal sensação evocada pelo poema?

      A principal sensação evocada é a nostalgia. A poeta relembra momentos passados com um amado, evocando imagens da natureza e da memória para reconstruir esse passado.

02 – Que elementos da natureza são utilizados para representar a memória e o tempo?

      A lua, o vento, as águas e as pedras são os principais elementos naturais utilizados para simbolizar a memória e o tempo. A lua ilumina as lembranças, o vento traz de volta lugares e momentos, as águas representam a fluidez do tempo e as pedras simbolizam a permanência e a transformação.

03 – Qual o significado da expressão "pedras frias que o céu protege"?

      As "pedras frias que o céu protege" podem ser interpretadas como um refúgio solitário, um lugar onde a poeta se isola para refletir sobre o passado e o presente. As pedras representam a solidão e a imutabilidade, enquanto o céu simboliza a proteção e a transcendência.

04 – Qual a mensagem principal do poema?

      A mensagem principal do poema é a efemeridade das coisas e a importância de valorizar os momentos presentes. A poeta nos alerta que as memórias, por mais intensas que sejam, podem se transformar com o tempo, e que a felicidade não está em buscar por lugares distantes, mas sim em apreciar a beleza do presente.

05 – Qual o papel da natureza na construção do poema?

      A natureza desempenha um papel fundamental na construção do poema, servindo como um cenário para as lembranças da poeta e como uma metáfora para os sentimentos e as emoções humanas. Os elementos naturais são utilizados para criar uma atmosfera poética e para transmitir a ideia de que a natureza e o ser humano estão interligados.

 

 

ENTREVISTA: QUEM QUER SER UM ASTRONAUTA? 9FRAGMENTO) - COM GABARITO

 Entrevista: Quem quer ser um astronauta? – Fragmento

        “A Terra é azul”. Essa frase foi dita por Yuri Gagarin, o cosmonauta soviético, no primeiro voo espacial tripulado por um ser humano, realizado em 1961.

  Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqDUxVQPwkI3XQZOqAV7FKcjI67Rfy0fXJxZ4E4pMz5swYOpibmrS3RmbrC7J0J0PGOUCUdG9yiTRW7l32YkMAFbMhHuwDcebb7lGYpLHJ9Nxd1_mIOpsb9Q0QEPiHarKwjdBpTv3igjy25RqCL1zac1vGitqcjpUnnFkCjADhMOojwAAJWighJLqkKLw/s320/YURI.jpg

        Em 1969, seria a vez de o astronauta norte-americano Neil Armstrong pisar em solo lunar, na missão espacial Apollo 11.

        O que parecia pura ficção científica começava a se tornar realidade. As fronteiras do espaço estavam sendo rompidas pela ciência e pela tecnologia, abrindo também as barreiras da imaginação. Afinal, um dos maiores sonhos da humanidade é conhecer o espaço. Não é à toa que o desejo de ser astronauta almejadas por jovens e crianças em todo mundo.

        A brasileira Ana Paula Castro é um desses casos de desejo em se tornar uma profissional do espaço. Para tanto, formou-se em engenharia aeroespacial pela Universidade de Brasília (UnB). Após um percurso de determinação, que incluiu especialização no exterior, Ana Paula foi selecionada para fazer parte de uma missão espacial simulada pela Agência Espacial Europeia (ESA).

        Em entrevista ao jornal Joca, em janeiro de 2020, a jovem explicou o que vem a ser uma missão espacial simulada: “são testes feitos em um lugar parecido com os ambientes extremos – locais onde seria muito difícil sobreviver em razão das condições, como temperatura, acessibilidade a diferentes fontes de energia ou alta pressão – que a gente pode achar no espaço.”

        Essas missões são importantes para o treinamento no espaço e para possibilitar “a experiência de viver em um ambiente extremo, com comunicação limitada e a experiência em si de ser astronauta”, explica a entrevistada.

        Ao ser questionada sobre a possibilidade de ser a primeira astronauta brasileira, Ana Paula afirma ser “grata em trazer essa representatividade para o Brasil”.

        Talvez, vir a ser astronauta não seja uma missão tão simples, mas, com certeza, é fascinante. Nesse caso, o melhor é buscar dicas com quem já tem trilhado esse caminho profissional.

        Ao final da entrevista, a jovem brasileira dá uma dica preciosa:

        “Que conselho você daria para crianças que querem ser astronautas?”, perguntou o entrevistador do jornal Joca.

        “Minha dica é: sejam curiosos e curiosas. O que move a ciência hoje é a curiosidade, então, tente entender como as coisas funcionam, o que são os elementos que vemos no céu, como funcionam os fenômenos naturais etc.”, respondeu Ana Paula.

        Se você quiser conhecer mais sobre o assunto, a íntegra da entrevista encontra-se disponível em: https://www.jornaljoca.com.br/conheca-a-jovem-que-pode-ser-a-primeira-astronauta-brasileira/. Acesso em: 18 abr. 2021.

Texto escrito pelas autoras deste material.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 06-07.

Entendendo a entrevista:

01 – Qual foi o marco inicial da exploração espacial tripulada e quem foi o pioneiro?

      O marco inicial da exploração espacial tripulada foi o voo espacial de Yuri Gagarin em 1961, quando ele se tornou o primeiro ser humano a viajar ao espaço.

02 – Qual a importância das missões espaciais simuladas para o treinamento de astronautas?

      As missões espaciais simuladas são cruciais para preparar os astronautas para as condições extremas do espaço. Elas permitem que os astronautas vivenciem situações desafiadoras, como comunicação limitada e ambientes hostis, antes de uma missão real.

03 – Quais as qualificações necessárias para se tornar um astronauta?

      Embora não haja um perfil único para um astronauta, a formação em engenharia aeroespacial, como a de Ana Paula Castro, é um caminho comum. Além disso, são valorizadas habilidades como adaptabilidade, resistência física e mental, e paixão pela exploração espacial.

04 – Qual o papel da curiosidade na carreira de um astronauta?

      A curiosidade é fundamental para um astronauta. A busca por respostas e o desejo de entender como as coisas funcionam são os motores da pesquisa científica e da exploração espacial.

05 – Qual a importância da representatividade de uma astronauta brasileira?

      A presença de uma astronauta brasileira seria inspiradora para as futuras gerações, especialmente para as meninas e jovens que sonham com carreiras nas áreas de ciência e tecnologia. Além disso, contribuiria para fortalecer a pesquisa espacial no Brasil.

06 – Quais os desafios de se tornar um astronauta?

      Os desafios são muitos, incluindo a necessidade de uma formação rigorosa, a competição por vagas em programas espaciais, e a exigência de grande dedicação e preparo físico e mental.

07 – Qual a mensagem principal que Ana Paula Castro transmite para as crianças que sonham em ser astronautas?

      A mensagem principal é que a curiosidade é o principal combustível para alcançar os sonhos. Ao incentivar as crianças a questionarem e a buscarem conhecimento, Ana Paula demonstra a importância da educação e da paixão pela ciência para quem deseja seguir uma carreira na área espacial.

 

NOTÍCIA: O QUE É SER ADULTO? - COM GABARITO

 Notícia: O que é ser adulto?

        “Ser adulto, para mim, é ter mais experiência, mais consciência, mais independência e enfrentar mais a vida.” Pedro P. 13 anos.

        “Ser adulta para mim é ser mais experiente e com mais responsabilidades." Ana Sophia S. 8 anos.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUpZHFZzhzpABfUM924Sj2GsBiCB2zlmYxAYk0EQMKKxMk2TQo6TTSUfW-cS0NtYJAI1_3qiOb125-gVDUvlFlomxIsmJLqe2Btc0S7tedQIiQb0zmTX-hpwfmalXY7BG_UHk_lb7AyxneBdaAtDvKhuWZFFGryv48CTvObbFKokskFF4umJV3q6vGL3g/s320/CoisasDeAdultos_noticia%20(1).jpg


        “Para mim, ser adulto é realizar ações que ajudem ou adaptem as pessoas para o mundo em qualquer profissão, porque assumir as responsabilidades é o que nos torna adultos, além de respeitar cada ser humano e preservar nosso ambiente. Ser adulto é criar um futuro melhor para as futuras gerações.” Matheus O. 13 anos.

        “Ser responsável em relação ao meio ambiente, cuidando por mim e pelos outros também. Quero que minhas ações tragam amor e felicidade às pessoas.” Ana Sophia S. 8 anos.

        Quando eu for adulto, quero...

        “Pretendo ser um adulto feliz e ter uma família, além de poder levar a cultura até várias pessoas e ser presidente do Brasil. Quando eu envelhecer, quero ter filhos que estejam bem, com muita saúde, alegrias e dinheiro, porque isso também é bom.” Pedro P. 13 anos.

Sabia o que é ser adulto para alguns leitores do Joca. Joca. 15 jan. 2020. Disponível em: https://www.jornaljoca.com.br/sabia-o-que-e-ser-adulto-para-alguns-leitores-do-joca/. Acesso em: 19 abr. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 03.

Entendendo a notícia:

01 – Qual a principal característica da adultez, segundo as crianças entrevistadas?

      As crianças associam a adultez, principalmente, à responsabilidade. Essa responsabilidade se manifesta de diversas formas, como cuidar do meio ambiente, ajudar outras pessoas, ter uma família e até mesmo liderar um país. Além disso, a experiência e a independência também são características frequentemente mencionadas.

02 – Qual a relação entre a idade e a percepção de ser adulto?

      A idade não parece ser o fator determinante para a percepção de ser adulto. Mesmo crianças com apenas 8 anos já demonstram uma compreensão bastante madura do conceito, associando-o a responsabilidades e cuidados com o próximo. Isso indica que a percepção de ser adulto está mais ligada a atitudes e valores do que à idade cronológica.

03 – Quais são os sonhos e aspirações das crianças para o futuro?

      Os sonhos das crianças são diversos e abrangentes. Eles vão desde desejos mais pessoais, como ter uma família feliz e bem-sucedida, até aspirações mais amplas, como liderar um país e promover a cultura. Essa diversidade de sonhos reflete a riqueza da imaginação infantil e a esperança em um futuro melhor.

04 – Qual o papel do meio ambiente e das relações humanas na visão das crianças sobre a adultez?

      O meio ambiente e as relações humanas são elementos importantes na visão das crianças sobre a adultez. Elas compreendem a importância de cuidar do planeta e de construir relacionamentos baseados no amor e no respeito. Essa consciência ambiental e social demonstra uma maturidade e uma preocupação com o futuro que são inspiradoras.

05 – Como as crianças conciliam seus sonhos pessoais com a responsabilidade social?

      As crianças parecem ter uma visão integrada de seus sonhos pessoais e da responsabilidade social. Elas entendem que o sucesso pessoal está ligado ao bem-estar da comunidade e do planeta. Essa capacidade de conciliar o individual com o coletivo é um sinal de grande potencial para o futuro.

REPORTAGEM: PUBLICIDADE INFANTIL:ENTENDA O DEBATE E SAIBA COMO A QUESTÃO É REGULAMENTADA (FRAGMENTO) - A. FRANZIN E L. MELITO

 Reportagem: Publicidade infantil: entenda o debate e saiba como a questão é regulamentada – Fragmento

Adriana Franzin e Leandro Melito – Repórteres da Agência Brasil

Publicada em 05/07/2017 – 16:12

        Joaquim tomava sempre o mesmo iogurte pela manhã. Um dia, viu na televisão um produto com a imagem de um personagem que ele gostava muito. Queria aquele. Quando viu a embalagem do lanche habitual servido pela mãe, desatou num choro. A sequência de meia hora de birra da criança de 3 anos fez a mãe entender o peso da interferência da TV na vida familiar.

        “A televisão influência de forma quase definitiva na escolha da criança por mexer com uma camada mais profunda dos seus desejos e ter um impacto 'real' na vida dos pequenos”, constata a professora de inglês Isabella Batista, de 26 anos, mãe de Joaquim.

        O caso não é exceção. Oitenta por cento das decisões de compra das famílias são influenciadas por crianças, segundo um estudo da TNS/InterScience [...]. Em geral, os pequenos pedem produtos alimentícios (92%), seguidos por brinquedos (86%) e roupas (57%). Biscoitos, bolachas, refrigerantes, salgadinhos de pacote, achocolatados, balas e chocolates são os mais requisitados. Uma escolha que é induzida principalmente pela televisão (73%), aponta o estudo.

        A obesidade infantil relacionada à propaganda atinge crianças do mundo inteiro e já levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a apontar a necessidade da regulação da publicidade de alimentos.

        [...]

        Também compõem a lista de problemas causados pelo excesso de publicidade destinada a crianças: o estresse familiar – quando há um desconforto no interior dos lares gerado pelos pedidos sucessivos das crianças e da incapacidade dos pais de atender –, e o endividamento das famílias. "Um total de 64% das mães afirmaram já terem se endividado para agradar os filhos", diz Renato Godoy, do programa Criança e consumo do Instituto Alana. “A criança torna-se uma promotora de vendas de produtos e aos pais resta o único papel de dizer não e de restringir o acesso a esses bens em competição bastante desigual contra o mercado”, argumenta Godoy.

        [...].

FRANZIN, A. MELITO, L. Publicidade infantil: entenda o debate e saiba como a questão é regulamentada. Agência Brasil. 5 jul. 2017. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/publicidade-infantil-entenda-o-dabate-e-saiba-como-questao-e-regulamentada. Acesso em: 28 abr. 2021.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 32.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual o principal impacto da publicidade infantil sobre as crianças, segundo a reportagem?

      A principal influência da publicidade infantil é a formação de desejos e a influência direta nas decisões de compra das famílias. As crianças, especialmente as menores, são altamente influenciáveis pela publicidade, o que pode levar a pedidos insistentes e a um aumento do consumo de produtos, muitas vezes não saudáveis.

02 – Quais os produtos mais solicitados pelas crianças, de acordo com o estudo citado na reportagem?

        Os produtos mais solicitados pelas crianças, segundo o estudo, são alimentos processados como biscoitos, bolachas, refrigerantes, salgadinhos, achocolatados, balas e chocolates. Além disso, brinquedos e roupas também são bastante desejados.

03 – Qual o papel da televisão na influência das crianças sobre as decisões de compra?

      A televisão desempenha um papel crucial na influência das crianças, sendo o principal meio pelo qual a publicidade infantil chega aos pequenos. A associação de personagens e marcas favoritas com produtos específicos gera um forte desejo de consumo nas crianças.

04 – Quais os problemas causados pelo excesso de publicidade infantil, além da influência nas decisões de compra?

      Além da influência nas decisões de compra, o excesso de publicidade infantil pode causar outros problemas como:

      Obesidade infantil: A publicidade de alimentos processados e pouco saudáveis contribui para o aumento da obesidade infantil.

      Estresse familiar: Os pedidos constantes das crianças e a dificuldade dos pais em negar esses pedidos podem gerar conflitos e estresse familiar.

      Endividamento: Muitas famílias se endividam para atender aos pedidos dos filhos, gerando um impacto financeiro negativo.

05 – Qual a posição da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação à publicidade infantil?

      A OMS reconhece os problemas causados pela publicidade infantil e defende a necessidade de regulamentação, especialmente no que diz respeito à publicidade de alimentos.

06 – Qual o papel dos pais diante da influência da publicidade infantil?

      Os pais têm um papel fundamental na proteção das crianças contra a influência da publicidade. É importante que eles estabeleçam limites, promovam o consumo consciente e ofereçam alternativas mais saudáveis aos produtos anunciados.

07 – Por que a regulamentação da publicidade infantil é importante?

      A regulamentação da publicidade infantil é essencial para proteger as crianças de práticas comerciais abusivas e para promover a saúde e o bem-estar das famílias. A regulamentação pode limitar a quantidade e o tipo de publicidade direcionada às crianças, além de estabelecer padrões mais rígidos para a publicidade de alimentos.

 

 

POEMA: AMOR - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: Amor

              Carlos Drummond de Andrade

O ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo

acha a razão de ser, já dividido.

São dois em um: amor, sublime selo

que à vida imprime cor, graça e sentido.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcYBm1Xv3mqnVaxTwRYy1v8f7qdcdhaN1HmEELKN1a0obj04gDeZ-CmvO6y1OM0YbWY1gqI8NXqsU3b8M7Fvd71Mogb-ba4HNILhpqJVMx1p_bBNrUSaxUcQnwoSqPcuBLhaWOAiuTTVQQGgSIOy9TTZLIHV8zny8L7LXkApBhf3vw_0AmxZm527-7FP4/s320/AMOR.jpg


 

“Amor” — eu disse — e floriu uma rosa

embalsamando a tarde melodiosa

no canto mais oculto do jardim,

mas seu perfume não chegou a mim.

Carlos Drummond de Andrade.

Fonte: livro Língua e Literatura – Faraco & Moura – vol. 3 – 2º grau – Edição reformulada 9ª edição – Editora Ática – São Paulo – SP. p. 186.

Entendendo o poema:

01 – Qual a principal temática abordada no poema "Amor"?

      O poema aborda a temática do amor de forma profunda e complexa, explorando a busca pela completude em outro ser, a união e a divisão que o amor pode gerar, e a fragilidade e a efemeridade desse sentimento.

02 – Como Drummond descreve o encontro entre dois seres que se amam?

      O poeta descreve o encontro amoroso como um momento de descoberta e completude. Ao se encontrar com o outro, o ser encontra sua razão de ser, uma união que transcende a individualidade. No entanto, essa união também é marcada pela divisão, pois os amantes, ao se unirem, perdem parte de sua individualidade.

03 – Qual o significado da imagem da rosa no poema?

      A rosa simboliza a beleza, a fragilidade e a efemeridade do amor. Ela floresce em resposta à palavra "amor", mas seu perfume não chega ao eu lírico, sugerindo que o amor pode ser distante e inalcançável, mesmo quando está presente.

04 – Qual a relação entre o título do poema e seu conteúdo?

      O título "Amor" é central para a compreensão do poema. A palavra "amor" é repetida e explorada em diferentes nuances, desde a união e a completude até a fragilidade e a distância. O título resume a temática central do poema e convida o leitor a refletir sobre a natureza do amor.

05 – Quais as principais emoções transmitidas pelo poema?

      O poema transmite uma gama de emoções complexas, como a alegria e a esperança encontradas no amor, a tristeza e a frustração diante da impossibilidade de alcançar a plenitude amorosa, e a melancolia pela passagem do tempo e a fragilidade das coisas belas.

 

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

POEMA: VEM SENTAR-TE COMIGO, LÍDIA, À BEIRA DO RIO - RICARDO REIS - COM GABARITO

 Poema: Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio

              Ricardo Reis

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
                (Enlacemos as mãos).

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPqb1svjJvJvbyUwat04U6gPQkj3HOBvxXXal-q0pkEuqIrbT2rmgg8i6fQcDCvxuSbPZMS45GG5o04jI6jwXdBkErEqQMRgLN4MF7y9ODH6FlyreiZJDo593XZbEH5cK_G62TpHkrUKPXL2M6xsEprwiqfCvBXYi-9csI0i48VLZo6aH_kN9nV1z8BQI/s1600/CASAL.png


Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
                Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
                E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
                E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e caricias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
                Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
                Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
                Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
                Pagã triste e com flores no regaço.

Fernando Pessoa, Poemas Completos de Ricardo Reis.

Fonte: livro Língua e Literatura – Faraco & Moura – vol. 3 – 2º grau – Edição reformulada 9ª edição – Editora Ática – São Paulo – SP. p. 328.

Entendendo o poema:

01 – Qual a principal temática abordada no poema?

      A principal temática do poema é a passagem do tempo, a finitude da vida e a importância de viver o presente de forma serena e contemplativa. O poeta convida a amada a refletir sobre a efemeridade da existência e a aceitar a morte como parte natural do ciclo da vida.

02 – Qual o papel do rio como metáfora no poema?

      O rio simboliza o fluxo contínuo da vida, que segue seu curso inexorável. Ele representa a passagem do tempo, a inevitabilidade da morte e a impossibilidade de voltar atrás. O rio também simboliza a serenidade e a tranquilidade que o poeta busca para si e para sua amada.

03 – Qual a proposta de relacionamento entre o eu lírico e Lídia?

      O eu lírico propõe um relacionamento tranquilo e sereno, baseado na amizade e na cumplicidade. Ele não busca paixões intensas ou posses, mas sim um amor maduro e consciente da finitude da vida. A proposta é viver o momento presente de forma intensa, mas sem apegos excessivos.

04 – Qual a importância da natureza para o eu lírico?

      A natureza, representada pelo rio e pelas flores, serve como cenário para a reflexão sobre a vida e a morte. Ela proporciona um ambiente tranquilo e inspirador, convidando à contemplação e à serenidade. A natureza também simboliza a beleza e a simplicidade da existência.

05 – Qual a visão de morte presente no poema?

      A morte é vista como parte natural do ciclo da vida, um destino inevitável para todos. No entanto, o poeta não a teme, mas a aceita com serenidade. A morte é vista como uma libertação dos sofrimentos e das paixões, um retorno à natureza e à eternidade.

06 – Qual o papel da memória na relação entre o eu lírico e Lídia?

      A memória é importante para o eu lírico, pois ele deseja que Lídia se lembre dele com carinho, mas sem sofrimento. Ele busca uma lembrança serena e tranquila, que o associe à natureza e à simplicidade.

07 – Qual a influência da cultura clássica no poema?

      O poema apresenta diversas referências à cultura clássica, como a menção ao Fado e a figura do barqueiro sombrio (Caronte). Essa influência confere ao poema um tom atemporal e universal, conectando-o às grandes questões da existência humana. Além disso, a valorização da serenidade, da contemplação e da aceitação do destino são características típicas da filosofia estoica, que teve grande influência na cultura clássica.