quinta-feira, 7 de setembro de 2023

CONTO: PELE DE BODE - FOLCLORE RUSSO - COM GABARITO

 Conto: PELE DE BODE

                     FOLCLORE RUSSO

        Era uma vez um velho e uma velha. Eram camponeses, e muito pobres. Passaram a vida inteira na maior miséria, comendo pouco num dia e nada nos dois dias seguintes. Até que certa manhã a velha morreu, deixando o velho muito aflito, pois não tinha nem como enterrar a mulher.

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        Então o velho mujique se arrastou até a casa do cura da aldeia, um Pope conhecido pela sua avareza, Cumprimentou-o humildemente e pediu, com lágrimas nos olhos.

        Ajuda-me, padre, paizinho espiritual: tenho de enterrar minha velha, que morreu esta manhã.

        Ao que o Pope respondeu:

        -- Tens dinheiro para pagar pelo enterro? Não faço fiado, nem parcelado. Tens de pagar antecipadamente.

        -- Lamento, santo paizinho, mas não tenho nem um copeque furado. Vou trabalhar com afinco, e tudo o que te for devido, pagarei com o meu trabalho.

        -- Nada feito, meu filho – respondeu o Pope avarento. – Só com pagamento adiantado. Se não, tens dinheiro, podes voltar para o lugar de onde vieste.

        -- E o pobre velho saiu da casa do cura.

        “O que fazer?”, pensava ele, desanimado. “Acho que terei de enterrar minha velha sozinho, com minhas próprias e velhas mãos, sem a ajuda do Pope!”

        E o velho voltou para casa pegou a pá e se arrastou para o cemitério. Escolheu um local e começou a cavar. Cava que cava, eis que de repente sua pá bateu em algo duro, que ressoou forte. O velho olhou e, vejam só, lá estava um pote de ferro, cheio até a borda de reluzentes moedas de ouro, brilhando e faiscando debaixo do sol. O velho mal podia acreditar nos seus próprios olhos – mas teve de acreditar: “Isto aqui dá até para um enterro de rico, mais o almoço de homenagem à falecida, como é de nossa praxe. E ainda vai sobrar muito dinheiro!”.

        O velho acabou de cavar a sepultura, pegou o pote cheio de ouro e voltou para a sua isbá. Chegando em casa, ele guardou o seu tesouro, tendo antes retirado dele a maior moeda de ouro, e voltou à casa do Pope.

        O cura avarento recebeu-o muito mal:

        -- Para que voltaste aqui, velho impertinente? Eu já te disse que, sem dinheiro adiantado, nada de enterro.

        -- Não te zangues, santo paizinho, aceita esta moedinha e faz para a minha velha um enterro como se deve.

        E estendeu a pesada moeda de ouro para o Pope avarento, cujos olhos, ao vê-la, brilharam mais do que a própria moeda. E imediatamente a sua voz irritada ficou suave e doce, e ele se desdobrava em mesuras e amabilidades diante do velho mujique.

        -- Não queres – disse ele agarrando a moeda –, não queres, meu filho, sentar-te aqui no banco? Tu sabes que a minha missão é espiritual, este é o meu trabalho, e tua velha terá um enterro como ela merece, o mais bonito, para ninguém botar defeito.

        -- Obrigado, paizinho – disse o velho mujique.

        Fez uma curvatura e foi-se embora, enquanto o Pope ia correndo mostrar a moeda à sua mulher.

        -- Olha só, mulher, para isto. Aquele traste velho chegou aqui se fingindo de pobre coitado, querendo que eu enterrasse a sua velha de graça. Metido a esperto, não é? Ainda bem que eu recusei: quando viu as coisas mal paradas, resolveu voltar com esta moeda de ouro. Olha que eu já fiz muito enterro de rico e até de nobre, mas um pagamento assim como este, nunca recebi.

        E o Pope mandou chamar todos os seus auxiliares, o diácono, o salmista, os acólitos, e realizou um enterro como nunca antes foi visto na aldeia. E o viúvo agradecido convidou o Pope com todos os outros para o almoço de homenagem à falecida, segundo a velha praxe russa.

        Quando o Pope entrou na isbá do velho, arregalou os olhos de espanto. De onde teria surgido tudo aquilo na casa do velho e pobre campônio? Vinho e mel, salgadinhos e tira-gostos, pratos diversos, bolos e doces – a mesa vergava debaixo de tanta e rica comida!

        O Pope esperou que o último convidado se retirasse, farto e agradecido, e dirigiu-se ao velho viúvo:

        -- Escuta, caríssimo filho meu, confessa-te com o teu pai espiritual, que sou eu, não guardes pecado no teu coração. Sempre foste pobre como um rato de igreja, pode-se dizer que eras o mais pobre dos meus paroquianos, e de repente, não se sabe como, apareces com toda esta fartura. Conta-me a verdade meu filho: quem sabe cometeste um crime, mataste e roubaste alguém?

        O velho ficou ofendido:

        -- O que é isso? Eu te digo toda a verdade, juro sobre a santa cruz: não roubei, não matei ninguém. Este ouro veio sozinho parar nas minhas mãos. Ouve só o que aconteceu.

        E o velho contou ao Pope como encontrara o tesouro, ao começar a cavar a sepultura da sua velha.

        O Pope escutou tudo, verde de espanto e inveja. Chegou em casa tremendo e de pernas bambas, só pensando na sorte do velho viúvo. A mulher estranhou o jeito dele e começou a fazer perguntas. Então ele lhe contou o que acontecera, e os dois puseram-se a pensar em como tomar posse do tesouro do velho.

        Finalmente o Pope teve uma ideia:

        -- Escuta, mulher, já sei o que vamos fazer. O próprio velho vai nos entregar seu ouro, sem qualquer violência.

        -- Como assim – perguntou a mulher.

        -- Eu já te explico. Mas teremos de sacrificar o nosso único bode. Concordas em ficar sem ele? Não terás dó de matá-lo?

        -- Para que ter dó de um velho bode? – disse a mulher. – Quando tivermos as moedas de ouro, poderemos comprar quantos bodes quisermos. Conta qual é a tua ideia.

        O Pope contou à mulher o que pensara, e em seguida pegou o facão, saiu, matou o bode, arrancou-lhe a pele, e vestiu-a no seu próprio corpo, com cabeça, barba, chifres e tudo. E entrou em casa.

        -- Pega, mulher, uma agulha grossa e uma linha forte, e costura a pele do bode no meu corpo, bem justa, para que não escorregue e nem caia quando eu andar.

        A mulher fez o que o Pope mandou. E no mesmo dia, quando bateu meia-noite, o Pope saiu e dirigiu-se sorrateiro à isbá do viúvo. Lá chegando, começou a golpear e a arranhar a janela do casebre.

        O velho acordou, levantou-se e foi até a janela.

        -- Quem está batendo? – perguntou.

        -- É o diabo! – respondeu o Pope, com voz disfarçada e ameaçadora.

        -- Deus me livre e guarde! – gritou o velho, e começou a rezar, persignando-se apavorado.

        -- Não adianta persignar-se nem rezar, que de mim não existe escapatória! – rosnou o Pope atrás da janela. – É melhor que me entregues logo o pote de ouro, por bem, ou será pior para ti. Fui eu que te ajudei, te mostrei o tesouro na cova. Pensei que ias tirar um pouco, só para o enterro, mas tu carregaste tudo! Agora devolve!

        O velho, meio desconfiado, espiou pelo reposteiro, e quase desmaiou de susto: lá estava o “diabo” em pessoa, sacudindo a sua cabeça de bode. Cabeça de diabo, cara de bode, barba, chifres e tudo!

        Apavorado o velho disse consigo: “O diabo que vá para o inferno, com o seu ouro impuro! Se até agora eu vivi sem dinheiro, posso terminar minha vida sem o ouro do diabo!”

        E mais que depressa pegou o pote de ouro e o colocou do lado de fora da porta de sua isbá.

        -- Para o diabo com este ouro maldito!

        O Pope disfarçado agarrou o pote e saiu correndo. Chegou em casa esbaforido e falou para a mulher:

        -- Olha só, mulher, enganei o velho bobalhão! Está aqui o dinheiro todo, todinho, só ouro puro! Pega e esconde bem escondido!

        A mulher foi esconder o pote debaixo das tábuas do assoalho. Ao voltar, o Pope, já aflito dentro da pele do bode, lhe disse, apressado:

        -- Pega a faca, mulher, corta as costuras e livra-me desta pele de bode, que já está fedendo, antes que alguém me veja.

        A mulher apanhou o facão na cozinha e começou a cortar uma costura – e o Pope soltou um berro de dor:

        -- Ai, ui! Está doendo! Pára, pára!

        E de fato, começou a escorrer sangue no lugar do corte da linha. A mulher tentou cortar uma outra costura – e o sangue brotou também ali.

        -- Ai, ui! Dói! Ai, que eu não aguento! – uivava o Pope.

        E onde quer que a mulher tentasse cortar a linha, o sangue espirrava, e o Pope urrava de dor. O couro do bode tinha grudado, inteirinho, na pele do Pope avarento, e não havia como tirá-lo!

        Vendo as coisas pretas, e apesar de lamentar ter de separar-se do dinheiro mal ganho, o Pope, gemendo, falou para a mulher:

        -- Vai depressa, mulher, leva de volta ao velho este ouro amaldiçoado! Quem sabe assim eu me livro desta pele de bode fedida!

        A mulher obedeceu. Pegou o pote com o dinheiro, levou para o viúvo, confessou-lhe o truque do Pope, pediu perdão e voltou para casa.

        Mas nem o arrependimento salvou o Pope avaro e mentiroso. E assim ele viveu escondido na sua casa fechada, deitado sobre a estufa, costurado dentro da pele de bode, sem poder mostrar-se a ninguém, até o fim da sua vida.

Tatiana Belink.

Entendendo o conto:

01 – Como vivia o casal de camponeses?

      Viviam em uma situação difícil e humilde, eles estavam passando por um período de escassez e pobreza.

02 – O que fez o “Pope” ao ser solicitado pelo camponês para realizar o funeral de sua esposa:

a)   Quando o camponês não tinha como pagar?

Recusou a fazer o enterro, pois não fazia fiado, nem parcelado.

b)   Quando o camponês lhe entregou a moeda de ouro?

Ele se desdobrou em mesuras e amabilidades diante do velho.

03 – Como se disfarçou o Pope para enganar o velho?

      Matou um bode e se vestiu com a pele dele, dizendo ser o diabo e que tinha vindo buscar o pote de ouro.

04 – O que você achou da atitude do “Pope”?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Qual o desfecho dessa história?

      O Pope avaro e mentiroso não conseguiu tirar o couro do bode, arrependido devolve o pote de ouro e viveu escondido na sua casa fechada, deitado sobre a estufa, sem poder mostrar-se a ninguém, até o fim da sua vida.

06 – Que outro final você daria para o conto?

      Resposta pessoal do aluno.

 

CONTO: A ROSA ASSOMBRADA - ÂNGELA LAGO - COM GABARITO

 Conto: A Rosa Assombrada

            Ângela Lago

        Há mais ou menos cem anos, vivia em Bom Despacho uma moça órfã que vira e mexe ia rezar para Santo António e acabou arrumando um fã: o sacristão.

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        Certo dia, a moça estava rezando com muito fervor. Sem perceber, pediu em voz alta:

        -- Santo António, me dá um sinal! Quero saber com quem eu vou me casar...

        O sacristão que estava atrás do altar, aproveitou a deixa e sapecou na hora, disfarçando a voz!

        -- Você vai casar com aquele que lhe entregar uma rosa bem na saída da igreja.

        Depois, tratou de sair pela porta da sacristia, para pegar depressa a primeira rosa no primeiro túmulo do cemitério e ir para a frente da igreja.

        Acontece que o túmulo era justamente o da mãe da órfã, mas o sacristão só se lembrou disso quando apareceu. Sentiu um frio na espinha. Havia muita neblina naquele final de tarde chuvoso, mas mesmo assim, olhando para o lado do cemitério, dava para ver o túmulo que tinha sido roubado.

        A moça vinha no altar. Quando viu o sacristão lhe estender uma flor, arregalou os olhos e exclamou:

        -- Mãe! Era só uma exclamação.

        Mas, o sacristão achou que a moça estava vendo a alma de mãe atrás dele.

        Largou a flor e saiu correndo. Venha passando um rapaz bonito. Foi ele quem apanhou a rosa.

        Aí aconteceu uma coisa realmente estranha. A moça escutou uma voz muito clara:

        -- Vai casar é com este!

        Dito e feito. Alguns meses depois, a moça se casou com o rapaz bonito.

Ângela Lago.

Entendendo o conto:

01 – O conto que você leu informa que essa história aconteceu por volta de cem anos. Pode-se afirmar que esse conto se passou há quase:

a)   Um milênio;

b)   Um triênio;

c)   Um século;

d)   Um semestre.

02 – No conto, “A Rosa Assombrada” a moça rezava para:

a)   Santo Antônio;

b)   São João;

c)   São Pedro;

d)   São José.

03 – O suspense no conto se dá quando:

a)   O sacristão pega a rosa no túmulo;

b)   O sacristão pensa que a moça órfã viu a mãe atrás dele;

c)   O sacristão largou a flor e saiu correndo;

d)   O sacristão viu um rapaz bonito pegar a rosa branca.

04 – Relei: “O sacristão, que estava atrás do altar, aproveitou a deixa e sapecou na hora, disfarçando a voz...”. O sacristão modificou a voz porque ele:

a)   Queria casar com a moça órfã;

b)   Queria sair correndo da igreja;

c)   Queria apresentar um rapaz a moça órfã;

d)   Queria enganar a moça órfã.

05 – Releia o seguinte trecho retirado do conto: “Aí aconteceu uma coisa realmente estranha...”. Explique que a coisa realmente estranha acontecendo no conto.

      Foi quando uma moça órfã viu uma rosa branca brotar do túmulo de sua mãe falecida dentro da igreja. Isso foi considerado um evento sobrenatural e perturbador, pois uma rosa florescente de um túmulo é algo fora do comum e inexplicável.

06 – A moça órfã tinha uma intenção ao rezar. Que intenção era essa?

      A intenção da moça órfã ao rezar era pedir ajuda e proteção contra a aparição estranha da rosa branca que brota do túmulo de sua mãe.

 

CONTO: OS COMPADRES CORCUNDAS - LUÍS DA CÂMARA CASCUDO - COM GABARITO

 Conto: Os Compadres Corcundas

            Luís da Câmara Cascudo

        Era uma vez dois corcundas, compadres, um rico e outro pobre. O povo do lugar vivia mangando do corcunda pobre e não reparava no rico. O pobre andava triste e de mais a mais o tempo estava cruel e ele era caçador. 

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        Numa feita, esperando uns veados, já tardinha, adormeceu no jirau e acordou noite alta. Ficou sem querer voltar para casa. Ia se acomodando para pegar no sono de novo quando ouviu uma cantiga ao longe, como se muita gente cantasse ao mesmo tempo. 

        -- Deve ser alguma desmancha de farinha aqui por perto. Vou ajudar!

        Desceu da árvore e botou-se no caminho, andando, andando, no rumo da cantiga que não descontinuava. Andou, andou, até que, chegando perto de um serrote, onde havia uma laje limpa, muito grande e branca, viu uma roda de gente esquisita, vestida de diamantes que espelhavam ao luar. Velhos, rapazes e meninos, todos cantavam e dançavam de mãos dadas, o mesmo verso sem mudar: 

        Segunda, terça-feira,

        Vai, vem!

        Segunda, terça-feira,

        Vai, vem!

        O caçador ficou tremendo de medo. As pernas nem deixavam ele andar. Escondeu-se numa moita de mofundos e assistiu sem querer aquela cantoria que era sempre a mesma, horas e horas.

        Com o tempo foi se animando, ficando mais calmo e, sendo metido a improvisador e batedor de viola, cantou na toada que o povo esquisito estava rodando:

        Segunda, terça-feira,

        Vai, vem!

        E quarta e quinta-feira,

        Meu bem! 

        Boca para que disseste! Calou-se tudo imediatamente e aquele povo todo espalhou-se como ribaçã procurando, procurando. Acharam o corcunda e o levaram para o meio da laje como formiga carrega barata morta. Largaram ele e um velhão, brilhando como um sacrário, perguntou, com uma voz delicada: 

        -- Foi você quem cantou o verso novo da cantiga?

        O caçador cobrou coragem e respondeu:

        -- Fui eu, sim senhor!

        O velhão disse:

        -- Quer vender o verso?

        -- Quero sim, senhor. Não vendo, mas dou o verso de presente, por que gostei do baile animado.

        O velho achou graça e todo aquele povo esquisito riu também. 

        -- Pois bem – disse o velhão – uma mão lava a outra. Em troca do verso eu te tiro essa corcunda e esse povo te dá um bisaco novo!

        Passou a mão nas costas do caçador e este tornou-se esbelto como um rapaz, sem corcunda nem nada. Trouxeram um bisaco  novo e recomendaram que só abrisse quando o sol nascesse. 

        O caçador meteu-se na estrada, andando, andando e assim que o sol nasceu abriu o bisaco e o encontrou cheio de pedras preciosas e moedas de ouro. Só faltou morrer de contente. 

        No outro dia comprou uma casa, com todos os preparos, mobília, vestiu roupa bonita e foi para a missa porque era domingo. Lá na igreja encontrou o compadre rico, também corcunda. Este quase cai de costas, assombrado com a mudança. Perguntou muito e mais espantado ficou reparando no traje do compadre, e ao saber que ele agora tinha casa e cavalo gordo e se considerava rico. 

        O pobre contou tudo; e, como a medida do ter nunca se enche, o rico resolveu arranjar ainda mais dinheiro e livrar-se da corcunda nas costas. 

        Esperou uns dias pensando no que ia fazer e largou-se para o mato no dia azado. Tanto fez que ouviu a cantiga e botou-se na direção da toada. Achou o povo esquisito dançando de roda e cantando:

        Segunda, terça-feira,

        Vai, vem!

        Quarta e quinta-feira, Meu bem! 

        O rico não se conteve. Abriu o par de queixos e foi logo berrando:

        Sexta, sábado e domingo!

        Também!

        Calou-se tudo rapidamente. O povo esquisito voou para cima do atrevido e o levaram para a laje onde estava o velhão. Esse gritou, furioso:

        -- Quem lhe mandou meter-se onde não é chamado, seu corcunda besta? Você não sabe que gente encantada não quer saber de sexta-feira, dia em que morreu o Filho do Alto; sábado, dia em que morreu o Filho do Pecado, e domingo, dia em que ressuscitou quem nunca morre? Não sabia? Pois fique sabendo! E para que não se esqueça da lição, leve a corcunda que deixaram aqui e suma-se da minha vista senão acabo com seu couro!

        E enquanto falava os outros iam dando empurrão, tapona e beliscão no rico. O velho passou a mão no peito do corcunda e deixou ali a outra, aquela de que o compadre pobre se livrara. 

        Depois deram uma carreira no homem, deixando-o longe, e todo arranhado, machucado, roxo de bofetadas e pontapés. 

        E assim viveu o resto de sua vida, rico, mas com duas corcundas, uma adiante e outra atrás, para não ser ambicioso. 

Da obra "Contos Tradicionais do Brasil", de Luís da Câmara Cascudo

Entendendo o conto:

01 – Como eram os dois compadres do conto?

      Os dois compadres eram corcundas, um era rico e outro era pobre.

02 – A situação do pobre andava preta, ele era caçador. Naquele dia não conseguiu caçar nada e quando já estava pegando no sono ouviu o quê?

      Uma cantiga ao longe, como se muita gente cantasse ao mesmo tempo e foi até lá.

03 – Como eram as pessoas que ele encontrou?

      Era uma roda de gente esquisita, vestida de diamantes que brilhavam com a lua. Tinha velhos, rapazes, meninos, todos cantavam e dançavam de mãos dadas, o mesmo verso, sem mudar.

04 – Qual verso o pobre improvisou na cantoria do povo esquisito?

      O pobre improvisou o verso: “Segunda, terça-feira, Vai, vem! E quarta e quinta-feira, meu bem!”

05 – O que o velho ofereceu o pobre em troca do verso novo?

      O velho optou por tirar a corcunda do pobre e dar-lhe um bisaco novo cheio de pedras preciosas e moedas de ouro.

06 – O que aconteceu quando o compadre rico tentou usar o verso para ficar rico também?

      O compadre rico acabou provocando a ira do povo esquisito, que o amaldiçoou e lhe devolveu a corcunda que o pobre havia perdido, deixando-o com duas corcundas como punição por sua ganância.

FILME(ATIVIDADES): UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA - LUIZ BOLOGNESI, JEAN DE MOURA - COM GABARITO

 Filme: UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA

 

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Data de lançamento: 05 de abril de 2013 (1h 15min)

Gênero: Animação, Drama.

Direção: Luiz Bolognesi, Jean de Moura.

Roteiro: Luiz Bolognesi.

Elenco:  Selton Mello, Camila Pitanga, Rodrigo Santoro.

SINOPSE

        Um homem (Selton Mello) com quase 600 anos de idade acompanha a história do Brasil, enquanto procura a ressurreição de sua amada Janaína (Camila Pitanga). Ele enfrenta as batalhas entre tupinambás e tupiniquins, antes dos portugueses chegarem ao país, e passa pela Balaiada e o movimento de resistência contra a ditadura militar, antes de enfrentar a guerra pela água em 2096.

Entendendo o filme:

01 – Que assunto é abordado no filme?

      O filme aborda diferentes períodos da história brasileira através dos olhos de um protagonista imortal, que vive ao longo dos séculos e testemunha os principais acontecimentos do país.

02 – Por que os tupinambás (que estavam com os franceses) estavam guerreando com os tupiniquins (que estavam com os portugueses)?

      A guerra entre os tupinambás e os tupiniquins está relacionada a disputa por territórios e recursos naturais durante o período da colonização portuguesa e da presença francesa no Brasil.

03 – O que os tupinambás fizeram com os guerreiros inimigos?

      Os tupinambás, após vencerem uma batalha contra os guerreiros inimigos, praticaram um costume chamado “antropofagia ritualística”. Isso significa que eles realizavam o ritual de comer a carne dos guerreiros inimigos derrotados.

04 – O que aconteceu com os tupinambás que não foram mortos pelos portugueses?

      O filme não se profunda em detalhes sobre o destino de todos os indivíduos, como os tupinambás que não foram mortos pelos portugueses.

05 – Os escravos africanos trabalhavam fazendo o que no Maranhão?

      Trabalhavam nas plantações de cana-de-açúcar, que foi amplamente explorada durante o período colonial.

06 – O que algumas pessoas sobreviventes que eram combatentes e que não baixaram a cabeça, fizeram após a final da Balaiada?

      Embora o filme não se aprofunde nas trajetórias individuais dos sobreviventes da Balaiada após o conflito terrível, é possível imaginar que cada pessoa criou desafios e oportunidades únicas, buscando seguir em frente e construir um futuro melhor após os tempos turbulentos da guerra.

 

 

FILME(ATIVIDADES): APOCALYPTO - MEL GIBSON - COM GABARITO

 Filme(Atividades): APOCALYPTO

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz_3oRGLKPtHmU6XOOrRALTpejGvbWyXzfCdp2hXZMnC8__xHSAfkKT_1e49BUqLXyQzWlWcBkrtZRvFcaZLQocQAWmrfFBuBDbGf1nkBRzyn7iI0CHbELAoHidC8PJwV9ycWjZX-vM5YKwJ8M-KyDUU-BivfLado7cF62yvAfxQDGbVIkgs2Dxd9Gjbo/s320/acopo.jpg

Data de lançamento: 26 de janeiro de 2007 (2h 18min)

Gênero: Aventura, Ação, Drama.

Direção: Mel Gibson

Roteiro: Mel Gibson, Farhad Safinia.

Elenco: Rudy Youngblood, Raoul Max Trujillo, Maria Isabel Diaz Lago.

SINOPSE

        Jaguar Paw (Rudy Youngblood) levava uma vida tranquila, que foi interrompida devido à uma invasão. Os governantes de um império maia em declínio acreditavam que a chave para a prosperidade seria construir mais templos e realizar mais sacrifícios humanos. Jaguar é capturado para ser um destes sacrifícios, mas consegue escapar por acaso. Agora, guiado apenas pelo amor que sente por sua esposa e pela filha, ele realiza uma corrida desesperada para chegar em casa e salvar sua família.

Entendendo o filme:

01 – A aldeia de Jaguar-Paw era uma sociedade caçadora – coletora. Como eles viviam?

      Viviam em meio a uma floresta exuberante, os membros da aldeia de Jaguar-Paw são habilidosos caçadores e pescadores. Além disso, eles coletam frutas, vegetais outros recursos naturais disponíveis em seu ambiente para complementar sua dieta.

02 – Por que os Maias invadiram a aldeia de Jaguar-Paw? O que eles faziam com as pessoas da aldeia?

      Os Maias acreditavam em deuses sedentos de sangue, e acreditavam que oferecer os humanos era uma forma de apaziguar esses deuses e garantir a fertilidade da terra e o bem-estar da civilização. Eles capturaram os membros da comunidade, incluindo mulheres, crianças e homens, para serem levados como prisioneiros até sua cidade.

03 – Como os Maias viviam na cidade deles?

      Viviam em uma cidade construída com grandes templos e palácios, esculturas e ornamentos elaborados. Uma sociedade altamente estratificada, com uma elite dominante e uma grande massa de pessoas comuns.

04 – O que os Maias estavam fazendo com as pessoas nas pirâmides? Com qual objetivo?

      A cena das pirâmides no filme retrata os Maias realizando rituais de sacrifícios humanos. Os Maias acreditavam que a oferta de sangue humano aos seus deuses era essencial para garantir a continuidade do universo e a proteção de sua civilização. Esses rituais eram parte importante de sua religião e cultura.

05 – Por que os Maias interromperam a cerimônia nas pirâmides?

      Foi interrompida por um evento inesperado: a chegada de um grupo de homens armados, liderada por um personagem chamado Zero Wolf, que faz parte de uma tribo rival. Essa tribo invasora ataca a cidade Maia e captura um grande número de prisioneiros, incluindo o protagonista do filme, um jovem chamado Jaguar-Paw.

06 – O que a menina na floresta previu?

      Ela previu a chegada de homens estranhos e violentos que trariam dor e sofrimento para a aldeia do protagonista. A menina tinha habilidades de premonição ou visões, e ela alertou Jaguar-Paw sobre o perigo iminente que estava prestes a acontecer.

 

 

 

FILME(ATIVIDADES): QUILOMBO - CARLOS DIEGUES - COM GABARITO

 Filme(Atividades): QUILOMBO

 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_8PjCpcDDROAuvFTaeNtVBH37Ok3VG8jLh7MKaUJvyRUlIkEJ8U01cLAGlI7XDyR28hppqgzQtlbumQvZv3DfMACy8iiTG2ys3XcViZHERpxJApjt78bpzb8YzwOtGL0NHJSJ1-qJ9Lo72l7OXmS9BOiO9oG2LgdJOjANbkZUU7Ki6tQQ_YidXtpIUp0/s320/quilombo.jpg

Data de lançamento: 07 de junho de 1984 (1h 50min).

Gênero: Comédia dramática.

Direção: Carlos Diegues.

Roteiro: Carlos Diegues.

Elenco: Antônio Pompeo, Zezé Motta, Toni Tornado.

SINOPSE

        Em torno de 1650, um grupo de escravos se rebela num engenho de Pernambuco e ruma ao Quilombo dos Palmares, onde uma nação de ex-escravos fugidos resiste ao cerco colonial. Entre eles, está Ganga Zumba, príncipe africano e futuro líder de Palmares, durante muitos anos. Mais tarde, seu herdeiro e afilhado, Zumbi, contestará as ideias conciliatórias de Ganga Zumba, enfrentando o maior exército jamais visto na história colonial brasileira.

Entendendo o filme:

01 – Qual é o enredo principal do filme?

      Retrata a história do famoso quilombo dos Palmares, em refúgio para escravos fugitivos no Brasil colonial do século XVII. O líder do quilombo Zumbi dos Palmares, lidera a luta pela liberdade e autonomia dos quilombolas contra as investidas dos colonizadores portugueses.

02 – Como o filme retrata a vida e a cultura dos quilombolas no quilombo dos Palmares?

      O filme oferece uma visão da vida e da cultura dos quilombolas no quilombo dos Palmares, mostrando suas tradições, música, dança, religião e organização social e política do quilombo. Além disso, o filme destaca a solidariedade e a força coletiva dos quilombolas em sua luta pela liberdade e resistência contra a opressão dos colonizadores.

03 – O que Ganga Zumba fará com os escravos que observaram na lavoura de cana-de-açúcar?

      Ele toma uma decisão crucial de libertá-los da condição de escravidão e permite que se juntem ao Quilombo dos Palmares em busca de liberdade e autonomia.

04 – O que Acotirene decidira fazer?

      Decide deixar o quilombo temporariamente, para buscar apoio e ajuda externa na luta contra os colonizadores portugueses. Ela parte em uma missão para encontrar aliados e trazer reforços para a comunidade quilombola, na esperança de fortalecer sua resistência contra aas investidas dos colonizadores.

05 – Quem era a criança sequestrada por brancos no meio da floresta?

      A criança sequestrada é Ganga, filho de Acotirene, uma das personagens principais do Quilombo dos Palmares. Ganga é sequestrado por um grupo de colonizadores portugueses, que o levam à força para ser escravizado nas plantações de cana-de-açúcar.

06 – Como as pessoas viviam no Quilombo dos Palmares?

      Viviam em um ambiente de cooperação e solidariedade, trabalhando juntas para a sobrevivência e a cooperação da comunidade. Eles mantêm suas tradições culturais, costumes e rituais, preservando suas origens e identidades africanas.

     

 

FILME(ATIVIDADES): OS CROODS - CHRIS SANDERS, KIRK DEMICCO - COM GABARITO

 Filme(Atividades): OS CROODS


 Data de lançamento: 22 de março de 2013 (1h 38min)

Gênero: Animação, Aventura, Comédia, Família.

Direção: Chris Sanders, Kirk DeMicco.

Roteiro: Kirk DeMicco, Chris Sanders.

Elenco: Hércules Franco, Nicolas Cage, Raphael Rossatto.

Título original: The Croods

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCqXpd9DwKyg0F22svuhj2ngLhhMLmHdJD0G36VXg6oF5K1ueYoBo6wMhL6IEuFm2Lbay_agTreNFvzLZmSNrNf_G75jUP7_hMpYYx_vITJ7g4Uqh8CXrfR6D_cvK7Qr8akw1B50CLQwqBDaO6K7sTBYOl_HeJAGWxJdgVdOG492Y-8J3G7oEF1BkpwSc/s1600/CROODS.jpg


SINOPSE

A partir de 3 anos.

        Em plena era pré-histórica, escondidos na maior parte do tempo dentro de uma caverna, vivem Grug (Nicolas Cage / Hércules Franco), a esposa Ugga (Catherine Keener / Bárbara Monteiro), a vovó (Cloris Leachman / Mariângela Cantú), o garoto Thunk (Clark Duke / Fred Mascarenhas), a pequena e feroz Sandy (Randy Thom / Pâmela Rodrigues) e a jovem Eep (Emma Stone / Luísa Palomanes). Eles são os Croods, uma família liderada por um pai que morre de medo do mundo exterior. Só que grandes transformações estão para acontecer, pois a adolescente Eep acaba conhecendo o também jovem Guy (Ryan Reynolds / Raphael Rossatto) e ele vai apresentar um incrível mundo novo, para o desespero do paizão protetor. Agora, juntos, eles vão enfrentar grandes desafios e se adaptar a uma nova e divertida era.

Entendendo o filme:

01 – A família Croods representa qual fase da Pré-História?

      Representa a fase do Paleolítico, que é uma das principais eras da Pré-História.

02 – O personagem Guy representa qual fase da Pré-História?

      O personagem Guy é retratado como um inventor e inovador que conhece e compreende essas novas práticas do Neolítico.

03 – O pai da família Croods gostava de proteger a sua família. Do que ele tinha medo?

      Ele era um homem forte e protetor que se preocupava profundamente com sua família e tinha medo do desconhecido e da mudança.

04 – Onde viviam / moravam os Croods?

      Viviam em uma caverna escondida, que servia como seu abrigo e lar. Foi projetada de forma simples, com espaços para dormir, áreas para refeições e lugares para armazenar alimentos e outros recursos.

05 – Por que a filha mais velha dos Croods não gostava de morar lá?

      A filha mais velha, chamada Eep, não gostava de morar na caverna por causa de seu espírito aventureiro e a curiosidade sobre o mundo exterior. Ela era uma jovem destemida, com uma personalidade mais ousada e rebelde em comparação ao restante de sua família, que era mais conservadora e cautelosa.

06 – Como os Croods chamaram as estrelas na primeira vez que eles viram o céu à noite?

      Ao observarem o céu estrelado, eles descrevem as estrelas como “os olhos do sol” porque as luzes das estrelas brilham no escuro, assim como os olhos de animais brilham na escuridão.

07 – No final do filme, o que o pai da família Croods desenha nas paredes da caverna onde ele se encontra após uma explosão?

      As imagens são desenhos retratando a jornada da família ao longo do filme, incluindo suas aventuras e desafios enfrentados juntos.

 

FILME(ATIVIDADES): ORFEU - CARLOS DIEGUES - COM GABARITO

 FILME(ATIVIDADES): ORFEU

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU6pXf-OkpIlbPSV5c6-EPETXzPUkh8aEerjlfYSnkSM3A7N_UlzMGsGmueP4hfHZNBzqCHqKAk0DseflTXhUsMs4GPKdeZgU8aB_bVI0T4k_Nhrg2jwesW8Mbwx7UrI3zWPfVrfsfv4Q2FirBu-ZfYyOKFiLTzfInYW3RoODwOcX_A_Yif7tebEHu2Vs/s1600/orfeu.jpg

 

Data de lançamento: 21 de abril de 1999 (1h 50min)

Direção: Carlos Diegues

Elenco: Toni Garrido, Patrícia França, Murilo Benício mais

Gênero: Drama

Nacionalidade: Brasil.

 

SINOPSE

        Orfeu (Toni Garrido) é um popular compositor de uma escola de samba carioca. Residente de uma favela, ele se apaixona perdidamente quando conhece a bela Eurídice (Patrícia França), uma mulher que acaba de se mudar para o local. Mas entre eles existe ainda Lucinho (Murilo Benício), chefe do tráfico local, que irá modificar drasticamente a vida de ambos.

 

Entendendo o filme:

01 – Qual é o enredo central do filme?

      É uma adaptação moderna da peça teatral “Orfeu da Conceição” de Vinícius de Moraes, que se passa no contexto do carnaval, no Rio de Janeiro. A história segue o jovem músico Orfeu e sua paixão avassaladora por Eurydice, uma jovem recém-chegada à favela onde ele vive. A trama aborda o romance trágico entre os dois personagens, entrelaçados com o ambiente festivo e místico do carnaval.

02 – Quais são os principais temas explorados no filme?

      O filme aborda temas como amor, paixão, música, mitologia e a riqueza cultural do carnaval do Rio de Janeiro. Além disso, ele também trata de questões sociais, como a vida nas favelas e a violência urbana, presentes na história de Orfeu.

03 – Qual a relação entre o filme “Orfeu” e a mitologia grega?

      No filme, a história dos personagens Orfeu e Eurydice é inspirada na lenda de Orfeu, o poeta e músico da mitologia grega, que desce ao mundo dos mortos para tentar trazer de volta sua amada, Eurydice.

04 – Como a música é construída na narrativa de Orfeu?

      A música desempenha um papel fundamental na narrativa, pois está intrinsecamente ligada à cultura brasileira e ao enredo da história. A música é utilizada para expressar emoções, transmitir a atmosfera festiva do carnaval do Rio de Janeiro e reforçar elementos da mitologia grega que inspiram a trama.