sábado, 12 de março de 2022

RELATO: OS LIVROS E SUAS VOZES -CECÍLIA MEIRELES/ A LÍNGUA ABSOLVIDA - ELIAS CANETTI - COM GABARITO

 Relato: OS LIVROS E SUAS VOZES

            Cecília Meireles 

Texto I

        Se há uma pessoa que possa, a qualquer momento, arrancar da sua infância uma recordação maravilhosa, essa pessoa sou eu. [...]

        Tudo quanto, naquele tempo, vi, ouvi, toquei, senti, perdura em mim com uma intensidade poética inextinguível. Não saberia dizer quais foram as minhas impressões maiores. Seria a que recebi dos adultos tão variados em suas ocupações e em seus aspectos? Das outras crianças? Dos objetos? Do ambiente? Da natureza? [...]

        Recordo céus estrelados, chuva nas flores, frutas maduras, casas fechadas, estátuas, negros, aleijados, bichos, suínos, realejos, cores de tapete, bacia de anil, nervuras de tábuas, vidros de remédio, o limo dos tanques, a noite em cima das árvores, o mundo visto através de um prisma de lustre, o encontro com o eco, essa música matinal dos sabiás, lagartixas pelos muros, enterros, borboletas, o carnaval, retratos de álbum, o uivo dos cães, o cheiro do doce de goiaba, todos os tipos populares, a pajem que me contava com a maior convicção histórias do Saci e da Mula-sem-cabeça (que ela conhecia pessoalmente); minha avó que me cantava rimances e me ensinava parlendas... [...]

        Mais tarde [...] os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano. Foi ainda nessa área que apareceram um dia os meus próprios livros, que não são mais do que o desenrolar natural de uma vida encantada com todas as coisas [...]

        Sempre gostei muito de livros e, além dos livros escolares, li os de histórias infantis, e os de adultos: mas estes não me pareciam tão interessantes, a não ser, talvez, Os Três Mosqueteiros, numa edição monumental, muito ilustrada, que fora de meu avô. Aquilo era uma história que não acabava nunca; e acho que esse era o seu principal encanto para mim. Descobri o Dicionário, uma das invenções mais simples e mais formidáveis e também achei que era um livro maravilhoso, por muitas razões.

        [...] Quando eu ainda não sabia ler, brincava com livros e imaginava-os cheios de vozes, contando o mundo. 

Cecília Meireles. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1997. p.58-61.

 Texto II – A língua absolvida

                Elias Canetti

        Alguns meses depois de meu ingresso na escola, aconteceu algo solene e excitante que determinou toda a minha vida futura. Meu pai me trouxe um livro. Levou-me para um quarto dos fundos, onde as crianças costumavam dormir, e o explicou para mim. Tratava-se de “The Arabian Nights”, “As Mil e Uma Noites”, numa edição para crianças. Na capa havia uma ilustração colorida, creio que de Aladim com a lâmpada maravilhosa. Falou-me, de forma animadora e séria, de como era lindo ler. Leu-me uma das histórias: tão bela como esta seriam também as outras do livro. Agora eu deveria tentar lê-las, e à noite eu lhe contaria o que havia lido. Quando eu acabasse de ler este livro, ele me traria outro. Não precisou dizê-lo duas vezes, e, embora na escola começasse a aprender a ler, logo me atirei sobre o maravilhoso livro, e todas as noites tinha algo para contar. Ele cumpriu sua promessa, sempre havia um novo livro e não tive que interromper minha leitura um dia sequer.

        Era uma série para crianças e todos os livros tinham o mesmo formato; se diferenciavam pela ilustração colorida na capa. As letras tinham o mesmo tamanho em todos os volumes e era como se continuasse a ler sempre o mesmo livro. Como série, nunca houve outra igual. Lembro-me de todos os títulos. Depois da Mil e uma noites vieram os Contos Grimm, Robinson Crusoé, As viagens de Gulliver, Contos de Shakespeare, Dom Quixote, Dante, Guilherme Tell.

Elias Canetti. A língua absolvida. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 50.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 181-4.

Entendendo os relatos:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Inextinguível: que não se extingue, não se apaga.

·        Limo: lodo.

·        Pajem: babá, criada, acompanhante.

·        Prisma: cristal que decompõe a luz.

·        Rimance: o mesmo que romance, poética popular.

02 – Os dois textos são exemplos de relato, um gênero textual em que os autores narram experiências pessoais vividas no passado.

a)   Em que pessoa são narrados os textos: em 1ª ou em 3ª pessoa? Comprove sua resposta com alguns exemplos.

Em 1ª pessoa, conforme mostram as formas verbais vi, ouvi, toquei e os pronomes mim, me, etc.

b)   Dos três itens que seguem, qual é o que melhor traduz o assunto desses relatos?

·        Recordações da infância.

·        O poder transformador dos livros.

·        A descoberta dos livros e da leitura na infância.

c)   Que palavras dos textos comprovam que os relatos são fruto da memória e não da imaginação?

Recordação, recordo (texto I); lembro-me (texto II).

03 – A autora do texto I, n 3° parágrafo, cita várias recordações de sua infância: algumas são de coisas concretas, outras de coisas abstratas.

a)   Cite três dessas coisas concretas.

Céus, chuva, frutas, casas, etc.

b)   Quais são as recordações de coisas abstratas?

São as histórias, as parlendas e os romances que ouvia da pajem e da avó.

04 – Os adultos desempenharam um importante papel na vida dos dois escritores quando crianças.

a)   Quem são os adultos citados no texto I?

A pajem e a avó.

b)   E no texto II?

O pai.

c)   O que os adultos fizeram de importante para essas crianças?

Iniciaram essas crianças no mundo da leitura e da literatura.

d)   Por que essa iniciativa foi importante para a escolha profissional que essas crianças iriam fazer mais tarde?

Porque mais tarde se tornaram escritores.

05 – Releia estes fragmentos dos textos:

        “[...] estes não me pareciam tão interessantes, a não ser, talvez, Os Três Mosqueteiros, numa edição monumental, muito ilustrada [...]”.

        “As Mil e Uma Noites”, numa edição para crianças. Na capa havia uma ilustração colorida”.

        O que os livros oferecidos às crianças tinham em comum, o que as atraía neles?

      O fato de serem bem-ilustrados; por isso, atraíam também como objetos.

06 – Os dois textos tratam de viagens, embora não de forma explícita.

a)   Que tipo de viagem os autores, quando crianças, faziam pelos livros?

Eles faziam uma viagem pela fantasia e pela imaginação, estimulados pelos livros.

b)   Que tipo de viagem os autores fazem agora, já adultos?

Agora viajam pela memória, recordando a infância e a iniciação à leitura.

 

 

HISTÓRIA: A PRIMEIRA ALUNISSAGEM - RICHARD PLAT - COM GABARITO

 História: A primeira alunissagem

        “VÃO COM CALMA, GAROTOS!”, disse Michael Collins a seus amigos. Soltando um jorro de chamas, o motor do Eagle entrou em funcionamento para iniciar a descida. Dentro do módulo lunar Neil Armstrong examinou os instrumentos, e seu companheiro, Buzz Aldrin, cotejou os dados dos dois computadores de bordo. Nunca tinham viajado no Eagle, mas haviam ensaiado os procedimentos centenas de vezes num simulador. Agora as crateras abaixo do módulo eram reais.

        Buzz começou a ler em voz alta os números que apareciam nos monitores. Quando se encontravam a 1800 metros da superfície lunar, Neil o interrompeu: “Sinal de alerta!”, exclamou, apontando para uma luz amarela.

        Imediatamente os dois astronautas consultaram o monitor digital. Constataram um “erro 1202”, que não sabiam identificar, pois não ocorrera durante o treinamento. Dispunham de apenas alguns segundos para decidir se iam voltar atrás ou continuar com a alunissagem. Na Columbia, Michael Collins consultou a lista de itens. O que vinha a ser o erro 1202? Antes que pudesse encontrar o código, ele ouviu uma voz da missão de controle dizendo calmamente:

        “Tudo bem, vamos verificar esse sinal de alerta”.

        A luz amarela indicava que o computador de bordo estava tentando se atualizar. Mas o Eagle podia prosseguir com a descida: não havia perigo.

        Mais confiante, Neil Armstrong passou dos controles automáticos para os manuais. Nos estágios finais da alunissagem conduziria pessoalmente a pequena espaçonave em forma de besouro. Buzz verificou a altitude: “Cento e vinte metros… noventa… sessenta…”.

        Ele não tirava os olhos do monitor que informava sua velocidade, e lia esses números também. O trem de pouso do Eagle podia absorver pequenos choques, mas os astronautas teriam problemas sérios se tocassem muito rapidamente a superfície lunar.

        Neil segurava firme as alavancas que controlavam a velocidade e a posição do módulo. E olhava fixo pela portinhola. Agora tinha uma boa visão do solo e constatou que haviam passado da planície escolhida para a alunissagem e estavam sobre uma cratera rodeada de pedras. Descer numa superfície tão irregular arruinaria o trem de pouso. Neil manejou o acelerador cautelosamente, procurando a melhor posição. De repente a missão de controle alertou: “Trinta segundos”.

        Os astronautas tinham combustível suficiente para apenas meio minuto de voo. Neil se manteve em silêncio, enquanto Buzz continuava resmungando os números:

        “Doze metros… levantando poeira… nove metros…”.

        As nuvens de poeira lunar provocadas pela descarga do foguete dificultavam a avaliação da velocidade com que estavam descendo. De repente o Eagle ganhou impulso, ultrapassou um amontoado de pedras e parou.

        “Sinal de contato!”, Neil anunciou, empolgado, quando o trem de pouso tocou a superfície da Lua.

        “Motor desligado”, disse ele. “O Eagle alunissou!”

        Neil e Buzz desceram do módulo e caminharam pelo local conhecido como Mar da Tranquilidade. Eram os primeiros homens a pisar na Lua. Duas horas e meia depois, o Eagle acoplou-se novamente com a Columbia, e os três astronautas retornaram à Terra sem o menor transtorno.

        Antecedentes

        Em 16 de julho de 1969 o foguete Saturno 5 pôs na órbita da Terra a nave Apollo 11, com três homens a bordo: Armstrong, Aldrin e Collins. A Apollo 11 compreendia um módulo de serviço, contendo os motores de propulsão; um módulo de comando, a nave Columbia, onde os astronautas viajaram; e um módulo lunar, o Eagle, usado na alunissagem. Ao entrar na órbita lunar, três dias e 390 mil quilômetros depois, Armstrong e Aldrin atravessaram o corredor que ligava a Columbia ao Eagle e se prepararam para pousar.

        Os astronautas

        Os norte-americanos Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins, nascidos em 1930, haviam pilotado aviões de combate e tinham experiência de voo espacial quando a NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço) lhe confiou a missão Apollo 11. Collins ficaria na Columbia, na órbita da lua, e os outros desceriam na superfície lunar. O Eagle pousou num lugar chamado Mar de Tranquilidade, que, apesar do nome, é uma planície seca. "Este é um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”, disse Armstrong, ao pisar na Lua.

        O Saturno 5

        O enorme foguete que deixou a plataforma de lançamento do cabo Canaveral, na Flórida, em 16 de julho de 1969, levando a nave Apollo 11 para a órbita da Terra, pesava 2,8 toneladas e tinha 110,6 metros de altura (o equivalente a um edifício de 44 andares).

PLAT, Richard. Grandes aventuras – 30 histórias reais de coragem e ousadia. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001. p. 92-3.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 158-161.

Entendendo a história:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Acoplar-se: unir-se, juntar-se.

·        Cotejar: comparar.

·        Simulador: instrumento para treinos que tenta reproduzir uma situação real.

02 – “A primeira alunissagem” contém um texto central e textos laterais, intitulados “Antecedentes”, “Os astronautas” e “O Saturno 5”.

a)   Sobre o que informa cada um desses textos laterais?

“Antecedentes” explica quais eram as naves (módulos) utilizadas na missão; “Os astronautas” apresenta uma rápida biografia dos astronautas e diz qual o papel de cada um; e “O Saturno 5” explica como foi que a nave Apollo 11 chegou à órbita da Terra.

b)   Conclua: Qual é o papel dos textos laterais?

O papel deles é complementar as informações existentes no texto central.

03 – Observe, no final do texto, o nome do livro do qual ele foi extraído.

a)   Essa história é verdadeira ou ficcional?

É verdadeira.

b)   Por que você acha que o narrador inicia o texto mostrando exatamente o momento em que os astronautas se preparam para descer ao solo lunar?

Porque é o momento mais esperado, mais emocionante.

04 – O texto faz referência a várias naves utilizadas durante a operação. O foguete Saturno 5, por exemplo, cumpriu o papel de levar a nave Apollo 11 até a órbita da Terra.

a)   O que era a Apollo 11 e quais eram suas partes?

Era a nave em sua totalidade. Era formada de três partes: um módulo de serviço, a nave Columbia e o módulo lunar Eagle.

b)   Quando chegaram à Lua, Michael Collins ficou na Columbia, e Armstrong e Aldrin no Eagle. Qual era a função de cada um dos astronautas?

Collins dava apoio técnico na nave principal; Armstrong e Aldrin deviam descer no solo usando o Eagle.

05 – Durante a descida do Eagle, acendeu-se uma luz amarela, dando sinal de alerta. Felizmente, não havia nenhum problema. A luz indicava apenas que o computador estava se atualizando. Se esse fato não teve grande importância na viagem, por que o narrador o incluiu no texto?

      Com a inclusão desse fato, o narrador tenta transmitir ao leitor um pouco da tensão vivida pelos astronautas.

06 – Releia este trecho:

        “[...] O trem de pouso do Eagle podia absorver pequenos choques, mas os astronautas teriam problemas sérios se tocassem muito rapidamente a superfície lunar.” Que espécie de problema poderiam ser esses “problemas sérios” mencionados no texto?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Entre outras possibilidades, poderia ocorrer avariação da nave, o que impediria a volta, e os astronautas poderiam se machucar.

07 – Para poder acontecer uma viagem no espaço, gastam-se anos em estudos, planejamentos e treinamentos. No entanto, sempre existe uma margem de risco no momento de sua realização, pois podem ocorrer situações inesperadas.

a)   Que surpresa os astronautas tiveram em relação ao local de pouso?

Quando notaram, já tinham passado do local escolhido para o pouso.

b)   Que riscos eles correram, considerando-se os fatores solo, velocidade e combustível?

Para evitar pousar em local cheio de pedras, teriam que voar mais, porém não havia combustível suficiente. Assim, correram o risco de sofrer um acidente por causa das pedras ou cair por falta de combustível.

08 – A área em que devia acontecer o pouso chama-se Mar da Tranquilidade.

a)   O local é compatível com o nome que ele tem? Justifique sua resposta.

Não, pois se trata de uma planície seca e cheia de pedras.

b)   Por esse dado, pode-se dizer que o ser humano é sonhador? Por quê?

Sim. Porque a Lua, olhada a distância, sempre foi vista de modo romântico e considerada bonita; a realidade, contudo, é diferente.

09 – Armstrong, ao pisar na Lua, disse “Este é um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.” Explique o sentido dessa frase na situação em que foi pronunciada.

      O pequeno passo que Armstrong deu ao caminhar no solo lunar tinha um significado especial: representava a realização de um antigo sonho humano, a conquista de outros astros.

10 – A coragem e ousadia desses três astronautas são incomuns.

a)   Você teria tido coragem de fazer o que eles fizeram?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Você os considera heróis? Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

11 – Antes da façanha dos três astronautas norte-americanos, o astronauta russo Iúri Gagárin já tinha ido ao espaço, em 1961. Considerando o primeiro astronauta do mundo, ele é o autor da famosa frase: “A Terra é azul”. Seu voo representou um desafio para o governo dos Estados Unidos, que, temendo o domínio russo do espaço sideral, garantiu que os norte-americanos chegariam à Lua antes de 1970.

a)   Além do desejo de desbravar o desconhecido, que outro tipo de interesse há por trás das viagens espaciais?

O interesse político.

b)   Converse com seu professor de História ou de Geografia e procure saber se durante o período das navegações, no século XVI, também havia esse interesse. Explique.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, Portugal e Espanha, principalmente, disputavam o domínio dos mares e, consequentemente, o aumento de poder, com domínio político e econômico das colônias conquistadas.

ANÚNCIO: A GENTE NÃO FAZ PERGUNTAS - PAPARAZZI - COM GABARITO

 Anúncio: A gente não faz perguntas


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Não importa a qualidade do fotógrafo. Nós garantimos a nossa. Paparazzi, jun./jul. 1995.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 179.

Entendendo o anúncio:

01 – Observe os sinais de pontuação do texto principal do anúncio.

a)   Quantas frases existem nele?

Duas.

b)   Uma parte de uma das frases foi suprimida. Qual é essa parte?

A gente faz.

c)   Logo, quantas orações há nesse texto?

Duas; na segunda o verbo está subentendido.

02 – Observe os verbos empregados no texto principal.

a)   Qual é a predicação desses verbos?

Fazer é transitivo direto nas duas situações.

b)   Quais são os complementos desses verbos?

Perguntas, na 1ª oração; a melhor revelação, na 2ª oração.

03 – Observe a foto do anúncio. Que relação há entre a foto e a frase “A gente não faz perguntas”?

      A frase dá a entender que há algo errado com a foto enviada para revelação; de fato, é estranho alguém andar de barco dentro de uma piscina.

04 – Na parte de baixo do anúncio, em letras menores, se lê: “Não importa a qualidade do fotógrafo. Nós garantimos a nossa”.

a)   Indique a predicação do verbo importar (importa).

Verbo intransitivo.

b)   Indique a função de qualidade.

Núcleo do sujeito a qualidade do fotógrafo.

c)   Que termo foi suprimido na segunda oração? Que função sintática tem tal termo nessa oração?

Qualidade; núcleo do objeto direto.

ANÚNCIO: CÂNCER DE VAIDADE - HOSPITAL DO CANCÊR - FOLHA DE S.PAULO - COM GABARITO

 Anúncio: Câncer de vaidade


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        Não existe nada melhor que aproveitar o sol. Afinal, ele também é vital para sua saúde. Agora, tomar sol, só com protetor solar, até às 10hs e depois das 16hs. Essa é a melhor maneira de prevenir e combater o câncer de pele. Mesmo assim, a cada ano aumentam as vítimas do câncer de vaidade, câncer de desinformação, câncer de negligência. Procure um médico e faça os exames preventivos. Quanto antes você tomar essa atitude, melhor.

Hospital do câncer. Folha de S. Paulo, 29/12/2000.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 156.

Entendendo o anúncio:

01 – No anúncio, vemos em destaque a expressão “câncer de vaidade”.

a)   Qual é o valor semântico da preposição de nessa expressão?

A preposição indica a espécie de câncer.

b)   Se vaidade não é um tipo de doença, então o que o anunciante quer dizer com essa expressão?

Ele quer dizer que as pessoas, por serem vaidosas, expõem-se ao sol sem tomar alguns cuidados necessários e, por isso, contraem câncer de pele.

c)   Compare essa expressão com a imagem e responda: Qual é a finalidade desse anúncio?

É alertar as pessoas sobre o risco de tomar sol sem cuidados.

d)   Considerando essa finalidade e também o fato de que o anúncio foi publicado num jornal de grande circulação, a expressão “câncer de vaidade” contribui para que o anúncio atinja seu objetivo? Por quê?

Sim, pois ele provoca um estranhamento ou surpresa e, por isso, leva as pessoas a se interessarem pelo anúncio.

02 – No texto do anúncio, lemos:

        “Afinal, ele [o sol] também é vital para sua saúde. Agora, tomar sol, só com protetor solar, até às 10hs e depois das 16hs.” Qual é, no contexto, o valor semântico das preposições destacadas nesse trecho?

   Para: finalidade, direção; Com: associação ou companhia; Até: limite temporal.

03 – O anunciante faz um jogo de palavras, criando, além das expressões “câncer de pele” e “câncer de vaidade”, as expressões “câncer de desinformação” e “câncer de negligência”. Qual é o sentido dessas duas últimas expressões no contexto?

      Ele dá a entender que, além de ser contraído em consequência de vaidade, o câncer de pele também se contrai em razão de desinformação ou negligência (desleixo, desatenção).



ANÚNCIO: VIVENDO DA TERRA E PARA A TERRA - VEJA - COM GABARITO

 Anúncio: Vivendo da terra e para a terra


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        Vivendo da terra e para a terra

        Nada é mais importante para a Syngenta do que tratar a terra. Tratar com carinho, tratar com reverência, tratar com produtos que não agridem sua natureza.

        É da terra que vivemos. É para a terra que trabalhamos. Sempre preocupados em alimentar o mundo de uma maneira melhor, em encontrar soluções abrangentes para o agricultor, em cuidar daquilo que é mais importante para nós.

        Porque quem é generoso conosco merece ser tratado com toda a generosidade.

www.syngenta.com.br. Veja, 21/3/2001.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 150.

Entendendo o anúncio:

01 – No enunciado principal do texto “Vivendo da terra e para a terra”, uma simples troca de palavras produz sentidos diferentes. Observe:

        Vivendo da terra                    Vivendo para a terra

        Associe as palavras da e para a estes sentidos:

          Tipo – finalidade – espécie – meio.

a)   Qual desses sentidos a palavra da expressão no enunciado?

O sentido de meio (a terra é o meio de vida).

b)   E qual desses sentidos a palavra para expressa no enunciado?

O sentido de finalidade.

02 – Associe a imagem e as cores do anúncio ao texto verbal.

a)   Qual é a relação existente entre eles?

O broto nascendo e a cor verde sugerem uma agricultura saudável, cheia de vida.

b)   Considerando-se que o anunciante comercializa produtos agrícolas, o anúncio é coerente com sua finalidade principal? Por quê?

Sim, pois o anunciante dá a entender que seus produtos melhoram a terra e, consequentemente, melhoram a produção agrícola.

QUADRO: BOLINHA DE GUDE - NORMAN ROCKWWELL - COM GABARITO

 Quadro: Bolinha de gude


Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEh3d1K_aFdd3AbpycJAzTITkrRKxZwgjiUaTlqsieI6uImBDf8n5hxJDhEFGu5OGKs9D35Legoy9XfjENn_iCyQRvz_Gcd5P-LnYdvsQkiQs0BMhQSUaC44tgRzIddy0lvM1ygP9XFVV23gr6TJpzGEX42C_QN7h5bLqpjdfdRN7ZPszNq8a04iDl3E=s275

Quadro Campeão de bolinha de gude (1939), de Norman Rockwell.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 132-3.

Entendendo o quadro:

01 – Nesse quadro, três crianças estão brincando.

a)   Do que elas estão brincando?

De bolinha de gude.

b)   Esse jogo normalmente é jogado por meninos ou meninas?

Por meninos.

c)   Se você já jogou esse jogo, conte para os colegas como são as regras dele e como se faz para vencer.

Resposta pessoal do aluno.

02 – Cada um dos jogadores tem um saquinho de bolinhas de gude. Como está o saquinho:

a)   Do menino de camiseta listrada?

Vazio.

b)   Que está no bolso do menino de camisa branca?

Vazio.

c)   Ao lado da menina?

Completamente cheio.

03 – Pelos saquinhos de bolinhas de gude, é possível tirar algumas conclusões.

a)   O jogo começou nesse momento ou já faz algum tempo que as crianças estão jogando? Por quê?

Deve ter começado a algum tempo, pois os meninos deviam ter bolinhas quando começou a partida.

b)   Quem está ganhando o jogo? Por quê?

A menina, pois tem várias bolinhas ao seu lado, no chão, além do saco cheio de bolinhas.

04 – Observe a expressão do rosto das três crianças.

a)   O que os meninos parecem estar sentindo?

Eles parecem estar ansiosos e preocupados com o resultado da jogada da menina.

b)   E a menina, o que ela deve estar pensando e sentindo?

Ela também parece estar ansiosa e pensando algo como “Não posso errar esta jogada”.

05 – Observe a localização das bolinhas de gude no quadro.

a)   Existe alguma bolinha perto dos meninos?

Não.

b)   O que você acha que vai acontecer se a menina acertar a jogada?

Provavelmente, vai terminar a partida, pois os meninos não terão mais como jogar.

c)   O título do quadro é Campeão de bolinha de gude. Qual das crianças você acha que merecerá esse título? Por quê?

O título certamente caberá a menina, pois ela tem maior possibilidade de ganhar o jogo.

06 – Existem certos jogos e brincadeiras que são praticados geralmente por meninos, e outros, por meninas.

a)   Que esportes, jogos e brincadeiras são mais praticados por meninos?

Resposta pessoal do aluno. Sugestões: futebol, baseboll (taco), judô, bolinha de gude, figurinha, pião, soltar pipa, etc.

b)   E quais são mais praticados por meninas?

Resposta pessoal do aluno. Sugestões: ginástica olímpica, balé, brincar de roda ou de boneca, etc.

c)   Na sua opinião, existe preconceito de sexo nas brincadeiras e nos jogos? Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

d)   Você conhece alguém que se destaca num jogo ou esporte que geralmente é praticado pelo sexo oposto? Essa pessoa sofre ou sofreu preconceitos? Conte para os colegas.

Resposta pessoal do aluno.

ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: A VIDA DE MARGARIDA NÃO É UMA NOVELA - ÉPOCA - COM GABARITO

 Anúncio publicitário: A vida de Margarida não é uma novela

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhpRtgtGQB3un2AW9kWafSAc_oAtpjaaKdTJ9ElYJsG9mcNelkgcwSxqvhkGV7PwSk6XRz_w2TiJf9Vdl6PJIX-YFlJNhqAa9cmifiLvowoNiIF1ZGRkN5Shd0ztcxSt4OCxDN-aPZMqXiHi2VRcUpBKTB7bTlG0dPPgfxm1lFd2o5x4Nzr2SZgTsmQ=s268

        A VIDA DE MARGARIDA NÃO É UMA NOVELA.

        Essa é Margarida. Ela não é uma atriz. Não foi escolhida para esta foto porque sabia interpretar, nem porque seu rosto é fotogênico. Ela está aqui porque aos 13 anos descobriu que tinha câncer. Foi aí que se hospedou na Casa Hope para poder começar seu tratamento. Hoje, dois anos depois, está curada. A Margarida não é uma personagem. A Margarida é estatística. 70% dos casos de câncer infantil têm cura. Ajude a Hope a continuar o seu trabalho.

Época, 12/2/2001.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 131.

Entendendo o anúncio publicitário:

01 – Os anúncios publicitários geralmente promovem algum tipo de produto. Esse anúncio, entretanto, apresenta outra finalidade. Qual é a sua finalidade?

      Arrecadar fundos para continuar o trabalho de combate ao câncer infantil.

02 – Na oração “A vida de Margarida não é uma novela.”:

a)   Identifique o sujeito e o predicado.

Sujeito: A vida de Margarida; Predicado: não é uma novela.

b)   Identifique o tipo de verbo que une o sujeito ao predicado.

Verbo de ligação (é). 

c)   Indique a função sintática do termo uma novela.

Predicativo do sujeito.

03 – Identifique no texto uma oração com sujeito desinencial.

      (Ela) Não foi escolhida para essa foto / (ela) sabia interpretar / Hoje, dois anos depois, (ela) está curada.

04 – O anúncio apresenta orações com estrutura sintática semelhante. Observe:

“A vida da Margarida não é uma novela”.

“Ela não é uma atriz.”

“A Margarida não é uma personagem”.

“A Margarida é estatística”.

        Considerando a finalidade do anúncio:

a)   Por que ele reforça o que Margarida não é?

O anunciante dá a entender que pessoas como Margarida não existem apenas em novelas ou em fotografias feitas com modelos; pessoas como ela são reais e, por isso, precisam de ajuda.

b)   O que o anunciante pretende dizer com a oração “A Margarida é estatística.”?

Pretende mostrar de forma concreta que é possível combater o câncer e salvar pessoas doentes, como Margarida. A estatística é uma espécie de prova dessa possibilidade.

05 – O anúncio foi publicado em Época, uma revista semanal lida geralmente por pessoas da classe média. Considerando a finalidade do anúncio, você acha que o tipo de publicação escolhido para divulgá-lo é adequado? Por quê?

      Sim, pois, se os leitores são da classe média e têm poder aquisitivo, então existe possibilidade de colaborarem com a campanha.

 

quinta-feira, 10 de março de 2022

TIRA: PERNA-DE-PAU - LAERTE - COM GABARITO

 Tira: Perna-de-pau

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjOQepIBgnhqyac-_dcnLTJorZQkJyVJurlEeNtaSrQ78gDwEOXJy9F6phdbg5rLm7U7mEMFk53UUOngkIQiVp_IWisjaEO78ddIdraueJZz5wug7mkDsV39_e57Dj82JWB7Cl3_XxQ_HpA0T-X_mAjqTOJos3Nzg-tHE7O5VvhNDjqarDya9je_eDy=s294

Laerte. Suriá, a garota do circo. São Paulo: Devir/Jacaranda, 2000. p. 30.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 226.

Entendendo a tira:

01 – De que se trata esta tira? E onde passa?

      Provavelmente, de um número do show que é apresentado. No circo.

02 – Quem são as personagens do texto?

      A mãe e seu filho.

03 – De acordo com a imagem, a “perna-de-pau” tem um significado. Você sabe um outro significado?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Um péssimo jogador de futebol.

04 – Identifique na tira um substantivo composto.

      Perna-de-pau.

05 – Sabendo que o plural dos substantivos compostos peroba-do-campo e pé-de-moleque é, respectivamente, perobas-do-campo e pés-de-moleque, responda:

a)   Qual deve ser o plural do substantivo composto que aparece na tira?

Pernas-de-pau.

b)   A que conclusão é possível chegar a respeito do plural desse tipo de substantivo composto?

Quando as palavras que compõem o substantivo composto se ligam por de, só se pluraliza a primeira palavra.