domingo, 2 de dezembro de 2018

FILME(ATIVIDADES): INTOCÁVEIS - ERIC TOLEDANO, OLIVIER NAKACHE - COM GABARITO

Filme(ATIVIDADES): INTOCÁVEIS

Data de lançamento 31 de agosto de 2012 (1h 52min)
Gênero Comédia
Nacionalidade França

SINOPSE E DETALHES
Não recomendado para menores de 14 anos
        Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabele, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro.

Entendendo o filme:
01 – Que contrastes podemos observar entre Philippe e Driss?
      Philippe é branco, rico, bem educado, deficiente físico e conhece pessoas da alta sociedade. Já Driss é negro, pobre, com educação limitada, tem ótimo porte físico, conhece pessoas marginais e foi presidiário.

02 – Por que Philippe contratou Driss e acabou gostando muito de seu trabalho de assistente pessoal?
      Ele queria uma pessoa diferente dos que já haviam cuidado dele, e por isso viu em Driss uma coisa diferente, um desafio. E gostou principalmente do fato de Driss não ter pena ou compaixão pra com ele, e o trata como uma pessoa normal, sem deficiência, como na cena do celular. 

03 – De que maneira o trabalho com Philippe mudou a vida de Driss?
      Ele mostrou para Driss que o dinheiro não é tudo, que todas as famílias tem problemas e que a vida pode ser diferente se realmente quisermos. 

04 – Que valor ou valores éticos são mostrados no filme? Justifique.
      Aqui depende muito da sua interpretação, eu vi honra, perseverança, forca, mudança de paradigmas, amizade e respeito. Mas cada pessoa vai ver de uma forma diferente e por suas razões. 

05 – Conforme o filme, como podemos lidar com as “diferenças” e encarar nossos “limites”?
      Diferentes todos somos, mas sempre temos algo em comum enquanto humanos, sempre queremos coisas parecidas e ficamos tristes por motivos semelhantes. Nossos limites vão além do nosso corpo, ou nossa posição social, ou nosso passado, e sempre, sempre podemos ser e fazer melhor!

06 – De acordo com o dicionário, CARÁTER significa:
      Conjunto de traços psicológicos da individualidade. (Latim character, -eris, sinal, marca) substantivo masculino.

07 – Escreva suas IMPRESSÕES sobre a cena em que Driss dança na festa de aniversário de Philippe, de modo a enfatizar a reação de Philippe:
      Resposta pessoal do aluno

POEMA: QUERO - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Poema: Quero
           Carlos Drummond de Andrade

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado,

No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até à exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.

Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso. 
                                 Carlos Drummond de Andrade, in 'As Impurezas do Branco' 

Entendendo o poema:
01 – O poema mostra como o eu lírico se sente diante da paixão, do amor. Que estrofe do poema você “diria”, “declamaria”, “declararia” à pessoa amada? Transcreva-a.
      “Quero que me repitas até à exaustão
       que me amas que me amas que me amas.
       Do contrário evapora-se a amação
       pois ao dizer: Eu te amo,
       desmentes
       apagas
       teu amor por mim.”

02 – No poema, a descoberta do amor não determina ao eu lírico a certeza de sua realização.
a)   Como eu lírico se mostra em todo o poema?
O eu lírico se mostra desesperado de amor querendo uma “sincera” retribuição com um “eu te amo” na raiz da palavra.

b)   O que representa a pessoa amada para o eu lírico?
Representa tudo para ele, o seu amor, que é loucamente expresso no poema.

03 – O título “Quero” transmite um tom incisivo (insistente) ao poema e se repete três vezes ao longo do texto.
a)   O que essa repetição indica em relação ao comportamento do eu lírico?
Que ele está muito apaixonado e quer desesperadamente ouvir um eu te amo até a exaustão de seu amor.

b)   A primeira estrofe revela o desejo intenso do eu lírico de ouvir “eu te amo”. Como é transmitida essa intensidade?
Que ele quer ouvir eu te amo todos os dias de sua vida, de meia em meia hora, de 5 em 5 minutos.

c)   O tom incisivo do “quero” permanece em todo o poema? Justifique.
Sim, pois o poema exprime a sentimento louco do amor que o eu lírico querendo ser retribuído.

04 – Na segunda e terceira estrofes, o eu lírico declara sua insegurança quanto ao que o ser amado sente.
a)   Em que momento essa insegurança desaparece?
Na 6ª e 7ª estrofe.

b)   Que recurso linguístico é empregado na terceira estrofe para evidenciar a ideia de exaustão a que o eu lírico se refere?
Na repetição do verso “que me amas”.

05 – Na quarta estrofe, o eu lírico torna-se ainda mais incisivo e objetivo.
a)   Identifique a forma verbal que leva a essa conclusão.
“Exijo de ti...”. Forma do verbo na 1ª pessoa, exigindo, querendo o amor da amada, “imperativa”.

b)   Observa-se também o emprego do pronome isto três vezes. O que o uso desse recurso indica sobre o jeito de o eu lírico ver o amor?
Que ele quer o amor cada vez sempre ele que “isto”, que é uma coisa boa.

06 – O desfecho do poema nos remete a uma situação de dependência do eu lírico em relação ao que o outro sente.
a)   Como você interpreta o verso: “Eu te amoamoamoamoamo”?
Eu interpreto que ele quer que seu amor se repita até a exaustão, ou seja, que esse amor é imenso e intenso.

b)   O que sugere a ligação entre as palavras no verso “Eu te amoamoamoamoamo” sobre o momento vivido pelo eu lírico?
Que o eu lírico estava desesperado pelo amor da amada, e o eu te amoamoamoamoamo representa a intensidade do amor, que na 7ª estrofe o eu lírico vê que se seu amor não for correspondido como tal é que essa coleção de objetos de não amor.

07 – Em sua opinião, o que a disposição, número de sílabas e o número irregular dos versos nas estrofes, enfatizam sobre o sentido do texto?
      No texto que lemos o número de sílabas e estrofes não interfere em nada, pois o que verdadeiramente está enfatizado na poesia é o amor sincero e desesperado do eu lírico, que só quer amar e ser amado, não estando nem aí como resto, somente preocupado em expressar seu amor...





CONTO: A GALINHA E A CASCAVEL - HUGO DE CARVALHO RAMOS - COM GABARITO

Conto: A GALINHA E A CASCAVEL
                               Hugo de Carvalho Ramos

       Entrando, fez-se logo ouvir, insistente, o cacarejo no vassoure-o.
        Para lá fomos todos curiosos.
 Minúscula tragédia, espetáculo extraordinário e grandioso aquele, em sua estranha singeleza!
     No aceiro, uma ninhada de ovos em véspera de abrir.
     Sobre ela, armada para o bote, uma cascavel batia enfurecida o chocalho. Mais terrível, porém, era o aspecto ouriçado duma galinha da terra, o papo pelado já, gotejando pelos sucessivos arremessos.
        Numa das suas breves sortidas à cata de que entreter uma fome de semanas, topara de retorno com aquela intrusa sobre a sua postura tépida, ali teimando em permanecer, malgrado o alarde com que nos atraíra a nós, e as heroicas e reiteradas arremetidas com que procurava, em vão, enxotá-la.
        Ficamos ali parados, a olhar perplexos.
        A ave, nuns pulos bruscos, bizarros, de batráquio em fúria, acossava de perto o réptil ao esporear e bicadas. Este, a cada novo assomo, mordia-a desapiedade achocalhando incessantemente.
        De novo, voltava à riça o animal, arremetendo corajosamente de unhas e bicos. Novamente sibilava a cobra, ferindo-o, injetando-lhe o pescoço, as asas, o peito incidente e agudo, da mortal peçonha.
        E o nosso pasmo era tal que ainda permaneceríamos, a ver que dava a singular briga, se o caseiro, pondo termo à luta desigual, não arrancasse uma estaca, abatendo a cascavel em duas certeiras pauladas.
A Galinha e a Cascavel é um trecho do livro "Tropas e Boiadas". 
Hugo de Carvalho Ramos nasceu em Goiás.

Entendendo o conto:
01 — Qual o tema do texto?
      A luta entre uma galinha e uma cobra.

02 — Qual foi o motivo da briga? O que a galinha defendia?
      A cobra queria comer os ovos da galinha. A galinha defendia os ovos que já estavam na véspera de abrir.

03 — O que pôs fim à briga desigual?
      O caseiro, pegou uma estaca e matou a cobra com duas certeira paulada.

04 — Por que o autor assim escreveu: — "Com que nos atraíra a nós?"
      Ele quis dizer que nós atraímos as coisas para nós mesmo.

05 — Será que não ocorreu um pequeno lapso no emprego da palavra "riça"?
        Veja: "De novo, voltava à riça o animal" ou De novo, voltava à liça o animal. — Pergunte ao professor.
      O mais correto é liça, porque significa o lugar onde se dá o combate, a luta.

06 — Os curiosos estavam gostando da briga? Comprove.
      Não. “Ficamos ali parados, a olhar perplexos.”

07 – Descreva o local e os detalhes que levaram os curiosos a presenciar a briga.
      “No aceiro, uma ninhada de ovos em véspera de abrir.
      Sobre ela, armada para o bote, uma cascavel batia enfurecida o chocalho. Mais terrível, porém, era o aspecto ouriçado duma galinha da terra, o papo pelado já, gotejando pelos sucessivos arremessos.”   
  
08 – Explique: “Minúscula tragédia, espetáculo extraordinário e grandioso aquele, em sua estranha singeleza!”
      Uma pequena briga, em que as personagens atacam-se e defendem-se com grande agilidade.

09 – O conto “A Galinha e a Cascavel”, de onde foi retirado?
      Foi retirado do livro “Tropas e Boiadas”.

10 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo, se necessário utilize um dicionário.
·     Aceiro: rua que se abre junto às matas para evitar a propagação do fogo.
·        Entreter: ocupar a atenção de; distrair; paliar.
·        Tépida: morno; tíbio.
·        Malgrado: apesar de; não obstante.
·        Batráquio: animal anfíbio; anuro.
·        Sibilava: emitir som fino e prolongado; assobiar; silvar.     


CRÔNICA: O ESTRANHO PROCEDIMENTO DE DONA DOLORES - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO

Crônica: O estranho procedimento de dona Dolores
                        
              Luís Fernando Veríssimo

        Começou na mesa do almoço. A família estava comendo — pai, mãe, filho e filha — e de repente a mãe olhou para o lado, sorriu e disse:
        — Para a minha família, só serve o melhor. Por isso eu sirvo arroz Rizobon. Rende mais e é mais gostoso.
        O pai virou-se rapidamente na cadeira para ver com quem a mulher estava falando. Não havia ninguém.
        — O que é isso, Dolores?
        — Tá doida, mãe?
        Mas dona Dolores parecia não ouvir. Continuava sorrindo. Dali a pouco levantou-se da mesa e dirigiu-se para a cozinha. Pai e filhos se entreolharam.
        — Acho que a mamãe pirou de vez.
        — Brincadeira dela…
        A mãe voltou da cozinha carregando uma bandeja com cinco taças de gelatina.
        — Adivinhem o que tem de sobremesa?
        Ninguém respondeu. Estavam constrangidos por aquele tom jovial de dona Dolores, que nunca fora assim.
        — Acertaram! — exclamou dona Dolores, colocando a bandeja sobre a mesa. — Gelatina Quero Mais, uma festa em sua boca. Agora com os novos sabores framboesa e manga.
        O pai e os filhos começaram a comer a gelatina, um pouco assustados. Sentada à mesa, dona Dolores olhou de novo para o lado e disse:
        — Bote esta alegria na sua mesa todos os dias. Gelatina Quero Mais. Dá gosto comer!
        Mais tarde o marido de dona Dolores entrou na cozinha e a encontrou segurando uma lata de óleo à altura do rosto e falando para uma parede.
        — A saúde da minha família em primeiro lugar. Por isto, aqui em casa só uso o puro óleo Paladar.
        — Dolores…
        Sem olhar para o marido, dona Dolores o indicou com a cabeça.
        — Eles vão gostar.
        O marido achou melhor não dizer nada. Talvez fosse caso de chamar um médico. Abriu a geladeira, atrás de uma cerveja. Sentiu que dona Dolores se colocava atrás dele. Ela continuava falando para a parede.
        — Todos encontram tudo o que querem na nossa Gelatec Espacial, agora com prateleiras superdimensionadas, gavetas em Vidro-Glass e muito, mas muito mais espaço. Nova Gelatec Espacial, a cabe-tudo.
        — Pare com isso, Dolores.
        Mas dona Dolores não ouvia.
        Pai e filhos fizeram uma reunião secreta, aproveitando que dona Dolores estava na frente da casa, mostrando para uma plateia invisível as vantagens de uma nova tinta de paredes.
        — Ela está nervosa, é isso.
        — Claro. É uma fase. Passa logo.
        — É melhor nem chamar a atenção dela.
        — Isso. É nervos.
        Mas dona Dolores não parecia nervosa. Ao contrário, andava muito calma. Não parava de sorrir para o seu público imaginário. E não podia passar por um membro da família sem virar-se para o lado e fazer um comentário afetuoso:
        — Todos andam muito mais alegres desde que eu comecei a usar Limpol nos ralos.
        Ou:
        — Meu marido também passou a usar desodorante Silvester. E agora todos aqui em casa respiram aliviados.
        Apesar do seu ar ausente, dona Dolores não deixava de conversar com o marido e com os filhos.
        — Vocês sabiam que o laxante Vida Mansa agora tem dois ingredientes recém-desenvolvidos pela ciência que o tornam duas vezes mais eficiente?
        — O quê?
        — Sim, os fabricantes de Vida Mansa não descansam para que você possa descansar.
        — Dolores…
        Mas dona Dolores estava outra vez virada para o lado, e sorrindo:
        — Como esposa e mãe, eu sei que minha obrigação é manter a regularidade da família. Vida Mansa, uma mãozinha da ciência à Natureza. Experimente!
        Naquela noite o filho levou um susto. Estava escovando os dentes quando a mãe entrou de surpresa no banheiro, pegou a sua pasta de dentes e começou a falar para o espelho.
        — Ele tinha horror de escovar os dentes até que eu segui o conselho do dentista, que disse a palavra mágica: Zaz. Agora escovar os dentes é um prazer, não é, Jorginho?
        — Mãe, eu…
        — Diga você também a palavra mágica. Zaz! O único com HXO.
        O marido de dona Dolores acompanhava, apreensivo, da cama, o comportamento da mulher. Ela estava sentada na frente do toucador e falando para uma câmara que só ela via, enquanto passava creme no rosto.
        — Marcel de Paris não é apenas um creme hidratante. Ele devolve à sua pele o frescor que o tempo levou, e que parecia perdido para sempre. Recupere o tempo perdido com Marcel de Paris.
        Dona Dolores caminhou, languidamente, para a câmara, deixando cair seu robe de chambre no caminho. Enfiou-se entre os lençóis e beijou o marido na boca. Depois, apoiando-se num cotovelo, dirigiu-se outra vez para a câmara.
        — Ele não sabe, mas estes lençóis são da nova linha Passional da Santex. Bons lençóis para maus pensamentos. Passional da Santex. Agora, tudo pode acontecer…
                                                                                  Luís Fernando Veríssimo
Entendendo a crônica:
01 – O "problema" de dona Dolores se manifesta à mesa, quando a família está almoçando. Todos ficam chocados com os sorrisos, com o tom de voz de dona Dolores e com as frases ditas por ela.
a)   O que há de estranho no procedimento de dona Dolores?
Ela está pensando que é uma atriz e que está na frente de um câmera.

b)   A que tipo de linguagem se assemelham as frases de dona Dolores?
A linguagem publicitária.

c)   Que meios de comunicação veiculam mensagens desse tipo?
Televisão, revistas, jornais, rádio...

d)   Os sorrisos e o tom de voz apresentados nas falas de dona Dolores também são comuns nesse tipo de mensagem? Por quê? Que ideia pretendem veicular?
Sim, porque querem mostrar que aquele produto é muito bom, causa felicidade. Pretende vincular o produto as pessoas.

02 – Releia todas as falas de dona Dolores:
a)   Quais são os produtos que ela "anuncia" e a que membro da família cada um deles se destina?
O arroz Risobon, a gelatina Quero mais, o óleo Paladar se destina a família, ela fala que o marido começa a usar o desodorante Silvester, para o alívio de todos que seu filho começou a usar a pasta Zaz que o dentista dele recomendou.

b)   Desses produtos, quantos se destinam exclusivamente a ela mesma?
Dois produtos: O hidrante Macel Paris e o lençol Passional da Sandex.

c)   Pelo número de produtos destinados a ela própria, a que conclusão se chega: ela se preocupa mais consigo mesma ou com a família? Justifique.
Com a família, porque ela sempre fala que ela quer o bem estar da família dela.

03 – Segundo Nelly de Carvalho, especialista em linguagem publicitária, a mulher é vista pela publicidade como compradora. Veja o que a pesquisadora afirma:
"[a mulher] desempenha a função de protetora/provedora das necessidades da família e da casa, constituindo a própria imagem da domesticidade (de domus, 'casa'). Isso não significa, porém, arcar com o ôrtus material do lar, ou seja, pagar as despesas, mas com o trabalho de sair de casa, escolher e comprar, ela é a compradora oficial." (Publicidade — A linguagem da sedução. São Paulo: Ática, 1996. p. 23-4.)

De acordo com o texto:
a)    Dona Dolores desempenha, socialmente, alguma atividade profissional?
Não, ela apenas fica em casa cuidando dos afazeres “domésticos”.

b)    Se mulheres como dona Dolores não arcam com o ônus material do lar, isto é, com as despesas, então por que muitas campanhas publicitárias têm as donas de casa como alvo?
Porque geralmente as mulheres que compram esses produtos para cuidar de sua casa.

c)    Retire do texto ao menos duas frases que comprovem que dona Dolores é a protetora/provedora de toda a família.
“— A saúde da minha família em primeiro lugar. Por isto, aqui em casa só uso o puro óleo Paladar.”
          “— Meu marido também passou a usar desodorante Silvester. E agora todos aqui em casa respiram aliviados.”

04 – A linguagem pode ser compreendida como expressão da identidade do ser humano, ou seja, ela é o meio que utilizamos para expressar o que somos. Com base nessa informação, responda:
a)   Levando-se em conta que dona Dolores é uma pessoa com pensamentos e desejos próprios, o que significa o fato de ela perder a própria linguagem e substituí-la pela linguagem publicitária?
Ver televisão demais que tem o domínio publicitário.

b)   Pode-se dizer que o texto critica a influência dos meios de comunicação sobre o comportamento das pessoas? Por quê?
Sim, pois não é normal uma pessoa começar a falar marcas de produtos do nada, mostra o quanto a publicidade pode influenciar os compradores.

05 – Observe as palavras destacadas nestas frases:
“- Bote esta alegria na sua mesa todos os dias."
“- Todos encontram tudo o que querem [...]"
“E agora todos aqui em casa respiram aliviados."
“[...] para que você possa descansar."
“Agora escovar os dentes é um prazer [...]"

a)   Segundo os anúncios publicitários, como passa a ser a vida quando consumimos os produtos anunciados?
Os compradores ficam tão “obcecados” por aqueles produtos, que começam a até “fazer comercial”. 

b)   Qual é, então, nos anúncios publicitários, a relação existente entre "felicidade familiar" e consumo?
Que os produtos são usados para a felicidade familiar.

06 – Como conclusão, indique qual ou quais das afirmativas a seguir resumem as ideias principais do texto:
a)   Dona Dolores é uma dona de casa feliz, pois consegue desempenhar bem seu papel de organiza­dora do lar.
b)   O humor do texto provém, em grande parte, da alteração de contextos. As frases ditas por dona Dolores passam a ser engraçadas porque estão fora de seu contexto habitual — o contexto publi­citário dos meios de comunicação.
c)   De forma bem-humorada, o autor faz uma crítica aos valores da sociedade de consumo, em especial à forma como a publicidade e os meios de comunicação criam falsas ilusões nas pessoas.
d)   O objetivo central do texto é fazer uma crítica ao papel de dona de casa desempenhado pela mulher, que acaba se anulando como pessoa em benefício da família.



FÁBULA: O CAVALO E O LEÃO - ESOPO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: O Cavalo e o Leão
           Esopo


      Um Leão viu um Cavalo a pastar num outeiro, e pensando numa maneira de o matar para o comer, chegou-se com palavras de amigo, dizendo que era médico e se queria que o curasse.
  O Cavalo, que o conheceu e percebeu a sua intenção, disse com dissimulação:
        — Na verdade, amigo, vens em boa altura, que tenho nesta pata uma dor que muito me faz sofrer.
        O Leão aproximou-se para lhe ver a pata, e o Cavalo levantou-a e assentou-lhe um coice no queixo, que o deixou atordoado.
        Voltando a si, o Leão viu que o Cavalo já ia longe, e disse:
        — Por certo que fez bem em me ferir e ir-se embora, pois eu queria comê-lo e não curá-lo.
        Moral da história: Aos que querem roubar e enganar outros, professando ofícios que nunca aprenderam, muitas vezes lhes sucede ficarem escalavrados como este Leão, e nunca escapam das afrontas e injúrias graves, porque querem vender o que não sabem, o que tudo são maneiras de furtar.
                                                                  Fábula ESOPO
Entendendo a fábula:
01 – Quais são os personagens da fábula?
      O cavalo e o leão.

02 – O cavalo e o leão sendo animais, são personagens do texto porque:
a)   Antigamente os animais falavam.
b)   Na história, eles agem, falam e raciocinam como se fossem pessoas.
c)   O texto fala sobre eles.

03 – O texto que você acabou de ler é:
a)   Um conto de fadas.
b)   Uma história em quadrinhos.
c)   Uma fábula, isto é, uma pequena história.

04 – Para que serve uma fábula?
a)   Divertimento.
b)   Informação.
c)   Ensinamento moral.

05 – Em que local se passa a história?
      Em um outeiro.

06 – Quantos parágrafos tem a fábula?
      Possui 07 parágrafos.

07 – O autor caracteriza o leão como um animal:
a)   Bondoso, amigo e fiel.
b)   Carnívoro, dissimulado e mentiroso.
c)   Flexível, tímido e muito animado.

08 – As respostas e argumentos que o cavalo apresentou ao leão:
a)   Eram intencional e dissimulada.
b)   Eram sem fundamentos.
c)   Eram respostas que o leão não conseguia entender.

09 – O autor quis sugerir no final da história, quando o cavalo deu o coice no leão, que:
a)   A força sempre vence a razão.
b)   A arte de agradar é a arte de enganar.
c)   Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura.

10 – Explique, com suas palavras, a moral da história.
      Resposta pessoal do aluno.