domingo, 25 de novembro de 2018

HISTÓRIA EM QUADRINHOS: "CHICO BENTO NO SHOPPING" -COM QUESTÕES GABARITADAS


Chico Bento: HQ “Chico no Shopping”

        Imagine um caipira como o Chico Bento indo a um shopping center pela primeira vez? É garantia de boas risadas na certa. Essa história "Chico no shopping" é superdivertida e mostra todas as confusões que o Chico aprontou em visita a um shopping, publicada originalmente em 'Chico Bento Nº 215 ' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Chico Bento Nº 215' (Ed. Globo, 1995)
        Ela começa com o Chico Bento e o primo Zeca caminhando até o shopping da cidade e o Chico reclamando que teve que usar botina porque achava que eles estavam indo visitar um outro primo distante deles, que na cabeça do Chico se chamava "Chopi". Aí o Zeca explica que não estavam indo à casa de ninguém e mostra o shopping center ao Chico.

        Eles entram e o Chico fala que o shopping é maior que o celeiro do Nhô Toneco e já começa a dar vergonha ao primo dizendo alto que o povo da cidade é burro, com maior Sol lá fora, resolvem criar teto para depois colocar luz artificial em tudo que é canto. O primo cheio de vergonha o chama de bicho-do-mato e o Chico fala para não falar assim que é ele que passa vergonha.
        No momento em que eles estão passeando, o cadarço da botina do Chico desamarra e quando ele consegue amarrar, percebe que se distanciou do primo, sendo que o Chico acha que é o primo que se perdeu dele, e não o contrário. E aí enquanto procura o primo passa a falar sozinho que o shopping é sem graça, já que só tem gente e loja.

        Ele encontra uma escada rolante pensando que é uma escada normal (afinal, nunca tinha visto uma escada rolante na vida) e resolve subir na escada que desce. Com isso, faz força para subir e nunca consegue chegar até o 2º andar, logicamente. Sobe, sobe e continua no mesmo lugar. Cansado, Chico resolve parar, aí cai e pensa que o cara que estava na frente o empurrou. O homem dá bronca informando que era para ir na escada que sobe, aí que o Chico percebe que a escada movimenta e leva um susto. Então, o segurança explica que ele tem que ficar parado no degrau na escada que sobe que ela leva sozinha até lá em cima.

        O Chico adorou a novidade, mas achou que o nome não devia ser "escada rolante" porque ela não rola. Só que ele se descuida, já que não sabe que tem que ficar atento no final da escada e acaba caindo e a sua botina acaba presa na escada, a ponto da escada ir para manutenção. E na cabeça dele, conclui que tem que ir ao shopping de botina para não perder o dedão.

        Com isso, ele joga a outra botina fora no lixo pra ficar à vontade e reclama que a professora ensinou tudo errado na escola, já que ele não entende o que está escrito nos letreiros das lojas que informam o nome delas. Enquanto ele caminha, um vendedor da loja de sapatos o chama para vê calçado e o Chico pergunta se é o marido da calçada. O vendedor fala que é sapato e o Chico entra na loja à força. Lá, mostra os sapatos, mas o Chico não deixa que o vendedor toque nos pés dele. Então, ele experimenta e aceita levar pensando que o vendedor deu o sapato, indo embora tranquilamente sem pagar.
        O vendedor pergunta cadê o dinheiro e ele diz que está duro e que o dinheiro do ônibus está com o primo. O vendedor chama o segurança, que correm atrás dele. Então, o guarda fala pra devolver os sapatos e o Chico joga na cabeça dele.

        Com a correria Chico sente calor e encontra uma fonte. Então, ele tira a roupa e resolve tomar banho nela como se fosse o ribeirão da Vila Abobrinha e mergulha. Nisso, um casal estava de passagem e queriam namorar admirando a fonte, quando de repente eles olham a bunda do Chico nela e fazem escândalo dizendo que tem um tarado na fonte.

        Nessa hora, o primo Zeca, que já estava procurando o Chico há um tempão, ouve no alto-falante informando que tem um louco nadando na fonte e ele corre até lá já sabendo que se tratava do Chico. Cheio de gente e seguranças em volta, Chico vê o primo e sai da fonte falando que o primo não tinha juízo, como se fosse ele é quem estava perdido. E ainda fala que o Zeca deve ter aprontado muito pra atrair tanto guarda.

        No final, com o Chico já no sítio nadando no ribeirão, o Zé da Roça pergunta como é o shopping da cidade. Aí, ele começa a falar mal que era muito sem graça, que as lojas ficavam debaixo de um forro iluminado com Sol lá fora, que tinha uma escada que come botina, e um lago mixuruca sem peixe e falou que o primo nunca mais queria pisar em um shopping de novo depois que saíram de lá. E deseja que o povo da cidade crie juízo e imita o pessoal da roça, mostrando nessa hora um lindo cenário da roça.

        Com certeza essa história é sensacional. Tem 14 páginas, muito engraçada, cheia de "gags". Sempre que a leio racho de rir, e não foi diferente enquanto eu escrevia a postagem. Ela mostra um Chico ingênuo, lerdo, que leva tudo ao "pé da letra", e porque não dizer meio retardado para visão da gente, já que ele não sabia o que era calçado, que tem que pagar um produto quando vai a uma loja, etc. Engraçado ver o primo Zeca cheio de vergonha e perdendo a paciência. E tem várias situações politicamente incorretas, como falar a palavra "bunda" tranquilamente, sem restrição nenhuma, além do Chico e Zé da Roça aparecerem pelados, só para citar uma.

        Na verdade adoro histórias do Chico Bento com o primo Zeca, esse contraste da roça com a cidade sempre rendem ótimas histórias como essa. Costumam ter histórias do Zeca na roça e do Chico na cidade. Mas, sem dúvida, as histórias que o Chico está na cidade são muito mais hilárias. É de rachar de rir, com histórias do tipo "Chico no elevador" (CHB # 45- Ed. Globo, 1988), "Chico no Restaurante" (CHB # 51 - Ed. Globo, 1988), "Apertem os cintos, o Chico subiu!" (Chico no avião - CHB # 166 - Ed. Globo, 1993), dentre várias outras desse nível.


        Interessante também nessa história "Chico no Shopping", o Chico Bento invertendo as posições, como se fosse que ele que se perdeu e diz que foi o primo quem se perdeu, ou é o primo que apronta muito e é o Chico que passa vergonha. Muito louco. Sem contar que apesar dessas loucuras todas, a história não deixa de ter uma lição de moral no fim, para o pessoal se estressar menos e dar valor às coisas simples. E mesmo na sua ingenuidade, ele não deixa de ter razão em certas frases, como escada rolante não ser chamada assim.

        Os traços muito bons, bem característico dos anos 90 e na postagem a coloquei completa. Por curiosidade, essa história virou desenho animado que dá para vê-la no youtube. Mas lendo nos quadrinhos é bem melhor. Enfim, "Chico no Shopping" um excelente clássico que sempre vale a pena ser lembrada.
                                                        Chico Bento, Editora Globo, Histórias
Entendendo a história:

01 – Na história, Chico Bento passa por situações que, por viver em um ambiente rural, são inusitadas para ele.
a)   Que aspectos (elementos) do shopping chamam a atenção de Chico Bento?
A escada rolante e os nomes das lojas.

b)   Como as pessoas que se encontram no shopping reagem diante das ações de Chico Bento?
Ficam bastante assustadas, pois as atitudes de Chico Bento não são normais para as pessoas da cidade e sim para ele.

c)   Na sua opinião, o que leva as pessoas a reagirem dessa forma diante das ações de Chico Bento?
Pois essas ações na fazenda são comuns, e já para as pessoas da cidade é muito estranho o jeito delas.

02 – As ações da personagem no shopping além de divertir o leitor, trazem uma crítica subentendida. Deduza as críticas que estão “por trás” dos comentários que Chico Bento faz:
a)                              Em relação ao shopping.
Comentário: “Só tem gente i loja, gente i loja...”
Quer dizer que falta coisas no Shopping para a diversão e o entretenimento das pessoas.

b)                              Em relação às lojas.
Comentário: “A fessora mi insinô a lê na língua errada!”
Quer dizer que é errado colocar cartazes ou nome de lojas em línguas estrangeiras que várias pessoas não conseguem entender.

03 – A partir desta história, o que é possível inferir (compreender) sobre Chico Bento em relação:
a)   Ao que gosta?
Locais naturais e ao ar livre, de deixar seus pés descalços e nadar nu.

b)   A como se sente na cidade e no campo?
Na cidade ele se sente diferente, sem entender as coisas e na roça já não tem problema algum, por ter sido criado neste ambiente.

c)   Ao julgamento que faz das pessoas da cidade e das pessoas do campo?
Ele acha todos estranho (sem juízo), por que ele não entende o jeitinho da cidade e as pessoas do campo ele conhece os hábitos e por isso os acham normais.

d)   Ao que considera ser a vida na cidade e a vida no campo?
A vida na cidade é rápida e sem entretenimento.
A vida na roça é totalmente diferente, existi vários locais onde ele pode brincar, correr, nadar e divertir.

04 – Chico Bento é uma personagem pertencente ao meio rural, e seu jeito de falar, de se vestir e de ser cativa e encanta o leitor.
a)   A linguagem empregada pela personagem é uma variante da linguagem oral. Ele consegue comunicar-se com as demais personagens e com o leitor? Justifique.
Sim. Pois apesar dele falar de um modo diferente todos entendem e acham muito engraçado.

b)   Que efeito esse jeito de dizer pretende transmitir na construção (montagem) da personagem Chico Bento?
Um jeito mais original, por ele ser caipira seu sotaque é diferente das outras pessoas.

c)   Se Chico Bento usasse em sua comunicação a linguagem da norma culta, a personagem teria a mesma força comunicativa? Justifique.
Não. Pois para um personagem do campo o modo de dizer culto não iria combinar e não iria chamar a atenção das crianças.

05 – O primo de Chico Bento, para evidenciar toda a sua irritação diante do comportamento do primo, diz: “Não precisa dar tanta bandeira que você é um bicho-do-mato, tá?”.
a)   As expressões em destaque são típicas da linguagem coloquial. Com que sentido elas foram empregadas?
Quer dizer que Chico Bento está envergonhando seu primo, e que ele não é da cidade, e que é para ele parar de mostrar isso para as outras pessoas.

b)   Você concorda com que o primo diz a Chico Bento? Por quê?
Eu concordo. Pois Chico Bento aprontou várias na companhia de seu primo.




POESIA: A BOMBA SUJA - FERREIRA GULLAR - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poesia: A Bomba Suja
                                Ferreira Gullar

Introduzo na poesia
A palavra diarreia.
Não pela palavra fria
Mas pelo que ela semeia.

Quem fala em flor não diz tudo.
Quem me fala em dor diz demais.
O poeta se torna mudo
sem as palavras reais.

No dicionário a palavra
é mera ideia abstrata.
Mais que palavra, diarreia
é arma que fere e mata.

Que mata mais do que faca,
mais que bala de fuzil,
homem, mulher e criança
no interior do Brasil.

Por exemplo, a diarreia,
no Rio Grande do Norte,
de cem crianças que nascem,
setenta e seis leva à morte.
É como uma bomba D
que explode dentro do homem
quando se dispara, lenta,
a espoleta da fome.

É uma bomba-relógio
(o relógio é o coração)
que enquanto o homem trabalha
vai preparando a explosão.

Bomba colocada nele
muito antes dele nascer;
que quando a vida desperta
nele, começa a bater.

Bomba colocada nele
Pelos séculos de fome
e que explode em diarreia
no corpo de quem não come.

Não é uma bomba limpa:
é uma bomba suja e mansa
que elimina sem barulho
vários milhões de crianças.

Sobretudo no nordeste
mas não apenas ali
que a fome do Piauí
se espalha de leste a oeste.

Cabe agora perguntar
quem é que faz essa fome,
quem foi que ligou a bomba
ao coração desse homem.

Quem é que rouba a esse homem
o cereal que ele planta,
quem come o arroz que ele colhe
se ele o colhe e não janta.

Quem faz café virar dólar
e faz arroz virar fome
é o mesmo que põe a bomba
suja no corpo do homem.

Mas precisamos agora
desarmar com nossas mãos
a espoleta da fome
que mata nossos irmãos.

Mas precisamos agora
deter o sabotador
que instala a bomba da fome
dentro do trabalhador.

E sobretudo é preciso
trabalhar com segurança
pra dentro de cada homem
trocar a arma de fome
pela arma da esperança.

GULLAR, Ferreira. 
Entendendo a poesia:
01 – No poema “A bomba suja”, Ferreira Gullar emprega algumas características do Pós-Modernismo Brasileiro. Identifique uma e justifique-a.
      Características do pós-modernismo:
      - Hiper-realismo;
      - Humor e crítica;
      - Polifonia e intertextualidade;
      - Imprecisão e espontaneidade;
      - Imaginação e criatividade.

02 – Que figura de linguagem predomina nos versos do poema? Justifique sua resposta.
      Predomina a metáfora (quando utilizamos uma palavra em lugar de outra por haver entre elas uma relação de semelhança).

03 – O poema:
A) denuncia a exploração do povo brasileiro a quem são negados os direitos fundamentais.
B) evidencia os efeitos da recessão econômica sobre o povo brasileiro.
C) apresenta o homem — em face da fome — desapegado à vida.
D) condena a ação do estrangeiro no Brasil, seduzindo o povo com sua moeda forte: o dólar.

04 – No poema, o sujeito poético:
A) revela-se consciente do seu papel transformador da realidade.
B) demonstra insegurança quanto à identificação do agente causador do flagelo da fome brasileira.
C) critica a indiferença das minorias privilegiadas em relação ao sofrimento de seus semelhantes,
D) procura, através de denúncias, alcançar o inatingível.

05 – O poema caracteriza-se:
A) pela linearidade discursiva.
B) pela valorização do descritivismo.
C) pela ambiguidade do discurso.
D) pelo uso de um tom coloquial.

06 – Qual é o assunto dominante da poesia?
      “A bomba suja” não visa propriamente à expressão de um estado d’alma e sim à persuasão de um fato concreto com existência comprovada – a fome como “causa mortis” do povo brasileiro: “Bomba colocada nele / Pelos séculos de fome / E que explode em diarreia / No corpo de quem não come.”

07 – Que problemas sociais o poeta enfoca na poesia?
      Fome e desigualdade social.

08 – Quais os estados mais atingidos pela suposta “bomba”?
      Rio Grande do Norte e Piauí.

09 – Escreva a estrofe em que o poeta sugere acabar o problema.
     E sobretudo é preciso
      trabalhar com segurança
      pra dentro de cada homem
      trocar a arma de fome
      pela arma da esperança.”

10 – O que o poeta quis dizer nos versos: “Por exemplo, a diarreia, / no Rio Grande do Norte, / de cem crianças que nascem, / setenta e seis leva à morte.”
      Significa o alto índice de mortalidade infantil neste estado.



CONTO: A FLORESTA DO CONTRÁRIO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Conto: A floresta do contrário

        Todas as florestas existem antes dos homens. Elas estão lá e então o homem chega, vai destruindo, derruba as árvores, começa a construir prédios, casas, tudo com muito tijolo e concreto. E poluição também. Mas nesta floresta aconteceu o contrário.
        O que havia antes era uma cidade dos homens, dessas bem poluídas, feias, sujas, meio neuróticas. Então as árvores foram chegando, ocupando novamente o espaço, conseguiram expulsar toda aquela sujeira e se instalaram no lugar. É o que poderia se chamar de vingança da natureza — foi assim que terminou o seu relato o amigo beija-flor. Por isso ele estava tão feliz, beijocando todas as flores — aliás, um colibri bem assanhado, passava flor por ali, ele já sapecava um beijão. Agora o Nan havia entendido por que uma ou outra árvore tinha parede por dentro, e ele achou bem melhor assim. Algumas árvores chegaram a engolir casas inteiras. Era um lugar muito bonito, gostoso de se ficar. Só que o Nan não podia, precisava partir sem demora. Foi se despedir do colibri, mas ele já estava namorando apertado uma outra florzinha, era melhor não atrapalhar, iria seguir seu caminho.

              (Fragmento do livro: “Em busca do tesouro de Magritte”.
Entendendo o conto:
01 – O texto que você acabou de ler é:
(  ) lenda
(  )bilhete
(X) conto
(  ) fábula

02 – O que fazia o colibri se passasse uma flor perto dele?
a) Arrancava suas pétalas.
b) Sapecava um beijão.
c) Pegava no colo.
d) Fazia um carinho.

03 – O que fazem os homens quando destroem a natureza?
a) Cortam as arvores e em seu lugar plantam mudas de plantas.
b) Derrubam as árvores para construir prédios e casas.
c) Cuidam da natureza.
d) Constroem suas casas dentro das árvores.

04 – As personagens principais que aparecem no texto são:
a) a árvore e o colibri.
b) o beija-flor e o colibri.
c) uma florzinha e o Nan.
d) Nan e o colibri.

05 – Por que o título do texto é Floresta ao Contrário?
      Porque no local era uma cidade, foi invadida pela natureza.

06 – Na frase “— É o que poderia se chamar de vingança da natureza”. Por que o beija-flor disse que a natureza estava se vingando?
      Porque as árvores cresceram em volta das casas, e cobriram toda a cidade.

07 – Das palavras abaixo, circule apenas os verbos.
      Poluídas      árvores     existem     chega     espaço        partir     engolir     colibri     tijolo.
Escreva as palavras que você circulou.
      Chega – engolir – existem – partir.

08 – Das frases abaixo, indique os tempos verbais: presente, pretérito e futuro.
a) “O que havia antes era uma cidade dos homens”.
      Pretérito.

b) “Mas nesta floresta aconteceu o contrário”.
      Pretérito.

c) “Algumas árvores chegaram a engolir casas”.
      Pretérito.

d) “Iria seguir seu caminho”.
      Futuro.

09 – Circule os verbos que estão na primeira pessoa do plural (nós), risque os que estiverem na terceira pessoa do singular (ele).
        Vamos     engoliu     achou     queremos     provoca      desejou     estuda     fizemos     passamos.




MENSAGEM ESPÍRITA: PACIÊNCIA EM TI - JOANA DE ANGELIS -O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - CAPÍTULO IV - PRINCÍPIO VITAL

Mensagem: PACIÊNCIA EM TI
           
       Joana de Angelis – Divaldo Franco

        Sinal evidente de desequilíbrio emocional é a irritação.
A paciência, por sua vez, reflete a tranquilidade íntima, que se assenta na irrestrita confiança nos desígnios de Deus.
O conhecimento da verdade propicia calma, pois que enseja ao homem saber o que lhe está destinado e como lográ-lo.
Respeita o tempo, aplicando-o com correção e trabalhando sistemática e continuamente para alcançar as metas a que se propõe.
        Em todas as circunstâncias comporta-se com equidade, pois sabe que as ocorrências da vida obedecem à leis de Causalidade, assim submetendo-se-lhes sem deixar-se desarmonizar por fatores fortuitos, negativos.
        Desencadeada a ação, advirão os resultados, conforme o tipo de movimento desenvolvido.
        Irritar-se, impacientar-se, somente agrava o quadro dos acontecimentos que não podem ser alterados.
        Desse modo, harmoniza-te com a vida, adquirindo o tesouro valioso da paciência.
        Nas competições destrutivas, aguarda a tua vez.
        Nas lutas de predomínio, espera no teu lugar.
        Nos choques da ambição, permanece em paz.
        Usa a paciência como instrumento de luta, não te desequilibrando quando os múltiplos convites ao desespero estiverem açodando as tuas resistências.
        Cada experiência te brindará maior capacidade para outros cometimentos, forjando os metais dos teus sentimentos para vitórias mais amplas. Assim, fica alerta e paciente.
        Conhecendo a “Lei de Justiça”, compreendes que somente te acontece conforme a necessidade da tua evolução.
        Não te aflijas, nem te apresses.
        Sem tardança, porém com paciência, atua sempre, aguardando o correto resultado das tuas realizações.
        Com paciência conquistarás tudo, após te haveres conquistado a ti mesmo para o bem e para a paz.

Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos
ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas

Capítulo IV – PRINCÍPIO VITAL
SERES ORGÂNICOS E INORGÂNICOS

      Os seres orgânicos são os que trazem em si uma fonte de atividade íntima que lhes dá a vida; eles nascem, crescem, reproduzem-se e morrem; são providos de órgãos especiais para a realização dos diferentes atos da vida, órgãos apropriados às suas necessidades de conservação. Compreendem os homens, os animais e as plantas.
      Os seres inorgânicos são todos os que não possuem vitalidade nem movimentos próprios, sendo formados pela simples agregação da matéria; tais são os minerais, a água, o ar, etc.

60 – A força que une os elementos da matéria nos corpos orgânicos e nos corpos inorgânicos é a mesma?
      Sim, a lei de atração é a mesma para todos.

61 – Há diferença entre a matéria dos corpos orgânicos e a dos corpos inorgânicos?
      É sempre a mesma matéria, mas nos corpos orgânicos ela é animalizada.

62 – Qual é a causa da animalização da matéria?
      Sua união com o princípio vital.

63 – O princípio vital reide num agente particular ou é apenas uma propriedade da matéria orgânica; em resumo, é um efeito ou uma causa?
      As duas coisas. A vida é um efeito produzido pela ação de um agente sobre a matéria. Esse agente, sem a matéria, não é a vida, da mesma forma que a matéria, sem esse agente, não vive. O princípio vital dá vida a todos os seres que o absorvem e o assimilam.

64 – Vimos que espírito e matéria são dois elementos constitutivos do Universo. O princípio vital seria um terceiro?
      Ele é, sem dúvida, um dos elementos necessários à constituição do Universo, mas ele próprio tem sua origem na matéria universal modificada. Para vós, é um elemento como o oxigênio e o hidrogênio, que, no entanto, não são elementos primitivos, pois tudo deriva de um mesmo princípio.
      Disso parece resultar que a vitalidade não tem seu princípio num agente primitivo distinto, mas uma propriedade especial da matéria universal, devido a certas modificações.
      É a consequência do que dissemos.

65 – O princípio vital reside num corpo que conhecemos?
      -- Ele tem sua origem no fluido universal; é o que chamais de fluido magnético ou fluido elétrico animalizado. Ele é o intermediário, o elo entre o espírito e a matéria.

66 – O princípio vital é o mesmo para todos os seres orgânicos?
      -- Sim, modificado de acordo com as espécies. É isso que lhes dá o movimento e a atividade, distinguindo-os da matéria inerte; pois o movimento da matéria não é a vida, ela recebe esse movimento, não o concede.

67 – A vitalidade é um atributo permanente do agente vital, ou, na verdade, ela só se desenvolve pelo funcionamento dos órgãos?
      -- Ela sé se desenvolve com o corpo. Não dissemos que esse agente sem a matéria não constitui a vida? É preciso a união das duas coisas para produzir a vida.

67 a) Podemos dizer que a vitalidade está em estado latente, quando o agente vital não se encontra unido ao corpo?
      -- Sim, é isso.
      O conjunto dos órgãos constitui uma espécie de mecanismo que recebe seu impulso da atividade íntima ou princípio vital que neles existe. O princípio vital é a força motriz dos corpos orgânicos. Ao mesmo tempo que o agente vital impulsiona os órgãos, a ação destes conserva e desenvolve a atividade do agente vital, mais ou menos como o atrito produz o calor.

DITADO DE PALAVRAS - SÉRIES INICIAIS - COM GABARITO


Ditado de palavras

·        Palavras com SS:
Carrossel – pássaro – passeio – girassol – osso – assado – travessão – massa – vassoura – passado – assembleia – profissão – massagista – impressão – pêssego – sossego – bússola – professor – travesseiro – interesse – ultrassom – gesso – sucesso – tosse – pessoa – passeata – assobio – progresso.

·        Palavras com Ç:
Taça – lençol – moça – seleção – palhaço – coleção – coração – louça – roça – cabeça – calçada – maçã – engraçado – aviação – poluição – lição – calça – paçoca – canção – força – linguiça – balanço – endereço – dança – carroça – açúcar – poço – laço – bagaço – pescoço – caroço – fumaça – lenço – almoço – pinça – aflição – licença – traição – festança – carniça – espaço.

·        Palavras com S ou Z:
Dezembro – dezesseis – crase – dengoso – divisão – fizer – casa – quase – esquisito – magazine – estudioso – trazer – repousar – camponesa – razoável – formosa – dúzia – bazar – globalizar – resolver – paraíso – razão – nasal – burguesa – atrasado – quiser – fazenda – viuvez – prisão – prazer – profetisa – gozação – batizar – limpeza – ozônio – milanesa – visita – japonesa – camisola – rezar.

·        Palavras com EX:
Exclamar – extraviar – externato – exposição – experiência – excursão – inexplicável – extração – exprimir – explosão – expedição – expediente – excluir – expressão – exagerar – exalar – exaltar – existir – exato – exausto – execução – êxito – exemplar – exercício – exército – expelir – exame – exportação – oxigênio – maxilar – anexo – oxigenada.

·        Palavras com R inicial:
Roda – revista – raposa – ruim – rio – rinoceronte – rosa – rima – rainha – risada – roupa – relógio – remédio – rancho – recado – repolho – rapaz – régua – rádio – rolha – rico.

·        Palavras com R:
Moro – goleiro – barata – agora – barulho – amarelo – besouro – careca – querido – careta – tesoura – caroço – girafa – amora – jacaré – namorada – peru – farol – perereca – feira – parede – segurar – coruja – biruta – peru – xícara – aranha – figura – cenoura – garota – coroa – carimbar – urubu – pirulito – mamadeira – furo – baralho – fevereiro – cadeira – bailarina – xarope – direção.

·        Palavras com RR:
Arroz – macarrão – correr – bezerro – barriga – ferro – agarrar – guitarra – terreno – corrente – barril – carretel – curral – sorriso – berrar – correio – empurrar – barraca – arrumar – borracha – torre – carregar – serrote – guerra – corrida – errado – terra – aborrecido – burro – torrada – gorro – forro – marreco – ferradura – socorro – marrom – arruda – terremoto – gangorra – barrigudo – carruagem – amarrado.

·        Ditado de palavras:
Intenção – desfecho – diversidade – edifício – contexto – caverna – mensagem – construção – conhecer – tranquilidade – quarto – retrato – enfrentar – profissão – comprar – cachorro – criança – vizinha – quadrinho – dramatizar – retalhar – aproximar – guardar – telhado – preguiça – dinheiro – brasileiro – compadre – trapaça – enxada – estrela – socorro – espantalho – trapo – chuvarada – brincadeira – galinheiro – inteligência – pássaro – moleque – fogueira – tribo – pesca – primavera – cobra – fotografia – tarde – serrote – armário – sofá – outubro – verdade – dicionário – gramática – chuva – esquerda – aquarela – toalha – chocolate – aquário – orgulhoso – estudioso – pavão – pirâmide – picolé – riqueza – peteca – xícara – almoço – amizade – pêssego – chocalho – mostarda – lanchinho – tartaruga – tigre – espetáculo – chafariz – rapaz – xadrez – limpeza – comida – lanterna – saudade – palavra – caneta – televisão – trânsito – família – violência – anjo – oceano – felicidade – sozinho – caipira – socorro – vilarejo – chiclete – malandro – inútil – trabalho – calibre – machado – lixo – bicho – abacaxi – chinelo – faxina – chuva – chinês – telhado – espinho – espelho – chuchu – montanha – carretel – carroça – quinzena – fazenda – compadre – genro – estrada.

POEMA: UM ÔNIBUS PRA LUA - ELIANA SÁ - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: UM ÔNIBUS PRA LUA

No domingo de manhã,
bem dali detrás da praça,
ia o ônibus pra Lua,
e a viagem era de graça.

Quem fosse bem corajoso
e quisesse aproveitar
era só entrar na fila
e procurar um lugar.

Muita gente apareceu
– tinha tanto candidato –,
tinha mãe que trouxe filho,
tinha até cachorro e gato.
(...)
Era lindo aquele ônibus,
Todo azul e alaranjado.
Tinha um rabo de foguete
e um nariz bem prateado.

Parou juntinho do ponto,
soltando muita fumaça,
deixando muito espantado
o povo da praça.

O sucesso foi tão grande
que esta linha continua.
Pode ser até que o ônibus
passe aí na sua rua!

SÁ, Eliana. Revista Recreio Especial “Era uma vez...”. Abril, s.d.
Entendendo o poema:
01 – De onde sai o ônibus para a Lua nesse poema?
a) detrás da montanha
b) detrás do mercado
c) detrás da praça
d) detrás da escola

02 – Qual era o dia que o ônibus iria sair pra lua?
      No domingo de manhã.

03 – O que precisava para poder entrar no ônibus?
      A viagem era de graça, a pessoa só tinha que ser bem corajoso.

04 – Além das pessoas, quem mais compareceu para ir na viagem?
     Tinha até cachorro e gato.

05 – Quais as características do ônibus?
      Era todo azul e alaranjado, tinha rabo de foguete e um nariz prateado. 

06 – De acordo com o texto, a viagem do ônibus na lua fez sucesso?
      Sim. Porque a linha do ônibus ainda continua.

07 – Você gostaria de ir nessa viagem para a Lua? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

08 – O que você acha que encontraria por lá?
      Resposta pessoal do aluno.  

BIOGRAFIA: A INOCENTE FRANCISCA(CHIQUINHA GONZAGA) - EDINHA DINIZ - COM GABARITO

BIOGRAFIA: A Inocente Francisca

        Dia de grande aflição para Rosa. Só mesmo Nossa Senhora para lhe valer. Depois de um parto difícil, sua mãe Tomásia e a parteira vinham avisar que a menina corria risco de vida. Era preciso fazer alguma coisa, e já. O retardo podia ser fatal.
        Talvez chamar o Dr. Felix fosse a única solução. Morava logo ali, era um pulo. Mas, quem sabe? Era homem importante, acostumado a tratar de gente fidalga. Uma moça pobre, mestiça e solteira como ela não ia conseguir os cuidados de médico tão afamado. Não podia hesitar. A menina precisava de socorro. Se fosse preciso, diria o nome do pai da pequena. Sabia que era amigo da família de Basileu. Não havia tempo a perder.
        Mais: era preciso correr à Igreja a chamar o reverendo Jerônimo. Nessa hora o padre não pode faltar. A menina tem que ser batizada.
        Vai se chamar Francisca Edwiges. Não é Edwiges, a santa da folhinha? E que Nossa Senhora das Dores proteja a inocente.
        Se Basileu estivesse na Corte! Lá na província sequer imagina o que se passa com sua amada Rosa. Reconheceria a filha? Agora não importa; talvez já seja tarde.
        Quem sabe se a Providência não está deliberando certo? Afinal, a família Neves Gonzaga não consentirá no matrimônio. O Brigadeiro deseja futuro melhor para o filho. E sua filha, a menina Francisca, será uma bastarda. Bastarda! Quanto sofrimento espera essa criatura! Talvez seja melhor assim. Quando Basileu voltar – se voltar – nem precisa saber de nada. Estará livre para fazer sua carreira, como ele ou a família desejar. Assim seja.
        A menina, no entanto, venceu o perigo. Aquela que mais tarde viria a ser conhecida como uma mulher de enorme audácia, a compositora Chiquinha Gonzaga, já veio à vida conhecendo o perigo e sabendo vencê-lo. Muitos ainda encontraria pela frente...

                      DINIZ, Edinha. Chiquinha Gonzaga: uma história de vida.
 4. ed. Rio de Janeiro: Record / Rosa dos Tempos, 1999. p. 17-19.  
Entendendo o texto:
01 – Qual é a principal ideia desenvolvia nesse texto?
      Relatar em detalhes as circunstâncias do nascimento de Francisca Edwirges Neves Gonzaga, conhecida como Chiquinha Gonzaga.

02 – Quem conta a história? Ela participa da história?
      A pesquisadora e autora do texto, Edinha Diniz; ela não é um personagem da história.

03 – Como a autora iniciou essa biografia? Por que ela tomou essa decisão?
      Ela começa a biografia falando do parto difícil e do risco que o bebê corria; talvez para reforçar para o leitor que a biografada enfrentaria várias dificuldades desde o nascimento.

04 – No primeiro parágrafo, o texto diz que a menina corria risco de vida. Quando sabemos a quem se refere a forma a menina?
      A menina refere-se a Chiquinha Gonzaga; só confirmamos isso no último parágrafo desse trecho, quando a autora retoma essa forma e revela ao leitor de quem se trata.

05 – Que passagem desse trecho mais chamou sua atenção? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.