domingo, 8 de abril de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): COMO NOSSOS PAIS - BELCHIOR/ELIS REGINA - COM GABARITO

Música(Atividades): Como Nossos Pais

                                                Belchior/Elis Regina
Não quero lhe falar
Meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo que aconteceu comigo

Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto é menor
Do que a vida de qualquer pessoa

Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está
Fechado pra nós, que somos jovens

Para abraçar meu irmão e
Beijar minha menina, na rua
É que se fez o meu lábio, o meu braço
E a minha voz

Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantado
Com uma nova invenção
Vou ficar nessa cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
O cheiro da nova estação
E eu sinto tudo na ferida viva
Do meu coração

Já faz tempo eu vi você na rua
Cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança é o quadro
Que dói mais

Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito
Tudo, tudo, tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais

Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências, as aparências não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém

Você pode até dizer que eu estou por fora
Ou então que eu estou enganando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem

E hoje eu sei, eu sei que quem me deu a ideia
De uma nova consciência e juventude
Está em casa guardado por Deus
Contando seus metais

Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito
Tudo, tudo, tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais!

Entendendo a canção:

01 – O eu poético nos fala de que nesta canção?
      Fala das desilusões que um indivíduo tem acerca do sistema social e político de sua época. Descreve traços do período denominado de regime ou ditadura militar brasileira, a indignação diante a opressão exercida pelas forças do Estado. E junto a todo esse contexto histórico a canção retrata a paixão pelo direito de viver, pelo amor e pelas amizades, características do convívio familiar e a expectativa de um futuro melhor.

02 – Nos versos de 1 a 4, o autor quer dizer que:
a)   Nos discos há um grande amor.
b)   Nos discos se aprendem coisas más.
c)   Nos discos existem lições artificiais.
d)   As lições trazidas pelos discos são boas.

03 – Nos versos 5 a 13, o autor quer:
a)   Dizer que a canção é pequena para contar sobre uma vida.
b)   Dizer que qualquer canto fica empoeirado.
c)   Dizer apenas que viver é melhor que sonhar.
d)   Dizer apenas que o amor é uma coisa boa.

04 – Nos versos 19 a 22 há:
a)   06 substantivos concretos.
b)   05 substantivos comuns e 01 próprio.
c)   04 substantivos concretos e 02 abstratos.
d)   05 substantivos próprios.

05 – Nos versos 14 a 22, o autor quer dizer que:
I – Os velhos com seus preconceitos venceram.
II – Que devemos ter cuidado ao expressar nossos sentimentos.
III – Que nossos sentidos foram feitos para serem usados e não amputados.
IV – Que não é bom beijar e abraçar.
a)   Estão corretas I e II.
b)   Estão incorretas IV e III.
c)   Está incorreta apenas IV.
d)   N.D.A.

06 – O autor quer passar a seguinte mensagem:
a)   Que os jovens lutam por coisas novas, mas quando outras novidades aparecem eles são conservadores como seus pais.
b)   Que os velhos são conservadores e aceitam bem as novidades.
c)   Que o novo sempre vem e é bem aceito.
d)   Que Deus ajuda a ter uma nova consciência.

07 – A ideia do autor poderia ser trocada pelo seguinte provérbio:
a)   Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
b)   Como pode um peixe vivo viver fora d’água fria.
c)   Jacaré não pari capivara.
d)   Fé cega, faca amolada.

08 – O eu poético aborda a questão da mudança a partir de diferentes perspectivas. De que maneira é tratada esta mudança?
      A mudança é apenas aparente.

09 – Qual a mudança que se constata na forma como é vista a mulher na terceira estrofe da canção, em relação às duas primeiras?
      Na terceira estrofe, a mulher passa a ser vista pelo eu poético de forma sublime, contrastando com a forma grotesca presente nas estrofes anteriores.

10 – A letra da canção contrapõe jovens que lutam por mudanças na sociedade aos que se acomodam e se alienam. Na sua opinião, como é vista a atitude política e social do jovens atualmente?
      Resposta pessoal do aluno.

FILME(ATIVIDADES): O TOURO FERDINANDO - CARLOS SALDANHA - SINOPSE COM ATIVIDADES GABARITADAS

Filme(ATIVIDADES): O TOURO FERDINANDO

   Data de lançamento: 11 de janeiro de 2018 (1h 49min)
    Direção: Carlos Saldanha
    Gêneros: Animação
     Comédia: Aventura
      Nacionalidade: EUA

SINOPSE E DETALHES
Livre
        Ferdinando é um touro com um temperamento calmo e tranquilo, que prefere sentar-se embaixo de uma árvore e relaxar ao invés de correr por aí bufando e batendo cabeça com os outros. A medida que vai crescendo, ele se torna forte e grande, mas com o mesmo pensamento. Quando cinco homens vão até sua fazenda para escolher o melhor animal para touradas em Madri, Ferdinando é selecionado acidentalmente.
O Touro Ferdinando
        "Ser esquisito é ser normal" por Renato Hermsdorff
        "Ser esquisito é ser normal agora". Essa é a mensagem central de O Touro Ferdinando, animação da Fox comandada pelo brasileiro Carlos Saldanha (A Era do Gelo), que resulta em uma ode à tolerância. Em se tratando de uma produção voltada, em princípio, para o público infantil, não é apenas louvável, como muito bem-vindo o lema - sobretudo em tempos de difícil aceitação do outro no universo dos adultos. Para os maiores, no entanto, o filme carece de uma certa sofisticação no roteiro - um “requinte” que a concorrência (leia-se Pixar) tem trazido com frequência em suas obras, mas que não tira o mérito educativo do novo longa. Ferdinando, o herói aqui, é um touro… esquisito. Assim como no curta vencedor do Oscar Ferdinando, o Touro - que a Disney lançou em 1938 (por sua vez baseado no conto “The Story of Ferdinand” publicado em 1936 pelo autor norte-americano Munro Leaf) -, trata-se de um bovino...

Entendendo o filme:
01 – Ele é inspirado em um clássico livro; qual o livro e quando foi publicado?
      Escrito por Munro Leaf e ilustrado por Robert Lawson, O Touro Ferdinando foi publicado em 1936 – pouco antes da Guerra Civil Espanhola. Apesar de ter sido censurada na época, posteriormente a obra ganhou vários prêmios e se tornou atemporal. Antes de levar o seu filho ao cinema, inclua essa sugestão na lista de leituras do pequeno. Dessa forma, ele conseguirá perceber as semelhanças e diferenças entre o clássico e o filme – e vocês também terão muito o que conversar!

02 – Ele fala sobre emoções; quais são essas emoções?
      A animação aborda o tempo todo os sentimentos ao mostrar o amor entre Ferdinando e o pai, a alegria do touro ao encontrar uma flor, o vínculo de carinho que o protagonista têm com os amigos e até mesmo quando ele diz para outro personagem que não é feio ficar triste. O filme faz com que as crianças entendam o que move essas relações e prestem mais atenção no que estão sentindo.

03 – Ele ensina a importância de cuidar da natureza; qual o lugar preferido por ele?
      Logo no início as crianças vão notar que Ferdinando é apaixonado por flores. Depois de fugir, ele tem a oportunidade de viver em um sítio e descobre que o seu lugar preferido fica embaixo da sombra de uma árvore. Os baixinhos que assistirem ao desenho também perceberão como é essencial cuidar dos animais. Mas atenção: os matadouros são abordados e os pais devem se preparar para responder possíveis questionamentos dos filhos.

04 – Ele reforça a mensagem de paz; o que o Ferdinando nos mostra?
      O filme conta a história de um touro que, apesar de ter sido ensinado a brigar com os outros, se recusa a fazer isso porque não gosta de violência. Ferdinando é um exemplo válido para as crianças, pois ele tenta resolver os conflitos que surgem com calma e é um bovino luta pela paz. Depois de assistir ao filme, os pais podem conversar com os filhos sobre como eles podem expor as suas frustrações sem serem agressivos.

05 – Ele ressalta o valor da amizade; e quem é sua melhor amiga?
      Ferdinando está sempre buscando manter boas relações com todos que estão ao seu redor. O touro se afeiçoa à Nina, uma garotinha que acaba adotando-o, e retribui todo o carinho que a dona oferece para ele. Além disso, o protagonista também mantém uma relação de amizade e cumplicidade com os outros animais que passam acompanha-lo nas aventuras – e ele não se importa com aqueles que torcem o nariz, mostrando, mais uma vez, como o amor é importante.

06 – Ele mostra os diálogos entre pai e filho; qual a mensagem dele?
      Uma das passagens mais emocionantes da animação é quando Ferdinando questiona o pai: “É ruim se esse não for o meu sonho?” – explicando que ele gostaria de ser um campeão, mas sem ter que brigar. No livro clássico, os diálogos envolvem o protagonista e a mãe, mas a figura materna é substituída pela presença do pai no filme. Também é interessante observar que Nina, a menina que acaba adotando o touro depois de encontra-lo, vive com o pai e tem um vínculo especial com ele.

07 – Ele aborda a tolerância; de que maneira ele faz?
      Depois que cresce, Ferdinando se torna um touro grande e forte. Muitos acabam julgando-o pela aparência e atribuem a ele o estereótipo do animal que briga e dá chifradas nos outros. Mas essa imagem não se relaciona com o protagonista, que é sensível e não considera nenhuma atitude violenta. Essa é uma forma de mostrar para as crianças como a tolerância e o respeito são essenciais.

08 – Ele evidencia o valor dos momentos simples; quais são esses momentos?
      Ficar descansando embaixo da sombra de uma árvore, ver uma florzinha crescer, correr pelo pasto, receber um abraço afetuoso… Todos esses momentos estão presentes na animação para mostrar para as crianças como situações simples podem ser as mais significativas e felizes.









FÁBULA: O LENHADOR E HERMES - LIVRO FÁBULAS - COM GABARITO

FÁBULA: O LENHADOR E HERMES


       Um lenhador cortava lenha perto do rio quando perdeu o machado, que a correnteza levou. Ele sentou-se triste na margem e pôs-se a chorar. 
      Por fim, Hermes apiedou-se dele e veio saber o motivo do choro. Assim que o soube, mergulhou, trouxe um machado de ouro e perguntou ao lenhador se era o que tinha perdido. Como o homem dissesse que não era o dele, Hermes de novo mergulhou e trouxe um de prata. E o lenhador disse que aquele também não era o dele. 
        Mergulhando pela terceira vez, Hermes trouxe o machado do lenhador; e este reconheceu que aquele era o machado que perdera. A honestidade do lenhador tanto encantou Hermes que este deu-lhe todos os machados. 
        De volta para junto de seus companheiros, contou-lhes sua aventura e um deles, enciumado, quis obter o mesmo. Munido de um machado, foi para a margem do rio, atirou de propósito seu machado na correnteza, sentou-se e pôs-se a chorar. Também apareceu-lhe Hermes e, indagando o motivo de seu choro, soube da perda do machado. O deus mergulhou e, de igual forma, trouxe um machado de ouro e perguntou se era o que havia perdido. E o lenhador, seduzido pelo engodo do ganho fácil, disse “Sim, é ele, na verdade”. E o deus, aborrecido com a desonestidade, não só não lhe deu o de ouro, como não devolveu ao homem o próprio machado. 

Moral: A divindade é favorável aos justos tanto quanto é hostil aos injustos.

                                                (Livro Fábulas – editora Martin Claret)
Vocabulário:
• Hermes – mensageiro dos deuses
• seduzido pelo engodo – atraído pelo ganho fácil 

Entendendo o texto:

01 – Sobre o texto, é incorreto afirmar que:
       A – ( ) foi escrito em forma de prosa.
       B – ( ) o primeiro lenhador teve o seu machado levado pela correnteza.
       C – (X) o segundo lenhador teve a mesma sorte do primeiro.
       D – ( ) o primeiro lenhador ganhou três machados de Hermes.
       E – ( ) a honestidade do primeiro lenhador encantou Hermes.

02 – Quando o lenhador contou aos companheiros o que acontecera perto do rio, um dos lenhadores sentiu:
       A – ( ) muita raiva.
       B – ( ) grande vergonha.
       C – ( ) ternura pelo fato ocorrido.
       D – ( ) uma enorme felicidade.
       E – (X) ciúmes.

CRÔNICA: NOSSOS NETOS NÃO VÃO COMER PASTEL! FOLHATEEN - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

 CRÔNICA: NOSSOS NETOS NÃO VÃO COMER PASTEL!

     Pode ser ignorância nossa, mas não sabíamos que o novo vilão do planeta é o óleo de cozinha! Sim, aquele usado pra fritar pastel, bife à milanesa e batata frita! Sabíamos que jogar óleo usado na pia podia causar um grande entupimento. E que uma das opções era jogá-lo na privada. Mas, como não somos cozinheiras de mão cheia e sabemos que frituras fazem a maior sujeira, nunca pensamos muito sobre o assunto óleo.
            Até que agora começaram a pipocar notas sobre o “descarte do óleo”. Ou seja: como jogar aquele óleo usado fora!? Segundo os cientistas, o óleo dos pastéis pode ser o responsável por enchentes, morte dos fitoplânctons e até pelo aquecimento global! E não pense que isso não tem a ver com você porque a única coisa que você cozinha é ovo na manteiga. Porque agora comer uma coxinha é quase um crime contra o planeta, se você pensar bem.
             Deve ser por isso que algumas cozinheiras guardam o óleo velho e usado numa lata sinistra, geralmente embaixo da pia. Elas deixam lá até pensarem numa maneira melhor de jogar fora o tal óleo assassino de fitoplanctons. Devem ir acumulando latas e latas de óleo, sem silêncio, por anos. E, depois, sem saber o que fazer, colocam tudo aquilo numa Kombi, desaparecem pelo mundo e passam a viver na clandestinidade, cheias de culpa.
           Os ecologistas recomendam que você entregue o óleo para ONGs que fazem reciclagem ou faça sabão caseiro. Sim, um sabão caseiro com o óleo velho! Que nem naquele filme Clube da luta, em que os sabonetes das madames eram feitos com a gordura da lipoaspiração. Eca! Só de pensar nisso já desistimos de comer qualquer coisa frita para sempre! Ou de usar sabonete.
           Uma coisa nos deixou tristes: o fato de que talvez nossos netos (se tivermos algum) nunca conhecerão o sabor de um delicioso bife à milanesa ou de um pastel de queijo. Pense nas feiras sem barraca do pastel. Certamente, ir à feira vai ficar mais triste.
           Porque, se a gente tiver que levar latas de óleos velhos para a reciclagem ou usar sabão com odor de fritura, vamos adotar só alimentos cozidos. No vapor.
           A vida fica cada dia mais triste no planeta Terra. E, por enquanto, vamos nos entupir de pastel para esquecer disso.  
Momento de histeria
Estamos fritas!

Jô Hallack, Nina Lemos e Raq Affonso. Nossos netos não vão comer pastel! Folhateen, suplemento do jornal Folha de S.Paulo, 17 set.2007.

Entendendo o texto:
     01 – Releia o título da crônica. Que informações ele antecipa ao leitor?
      Pelo título, nota-se que o texto tratará de algo próprio de nossa geração e de gerações anteriores à nossa que, provavelmente, vai desaparecer, não chegando às futuras gerações.

02 – Por que, segundo a crônica, “nossos netos não vão comer pastel”?
      De acordo com a crônica, porque pastéis são frituras, e hoje em dia o óleo usado para fritar alimentos é considerado perigoso para o meio ambiente.

    03 – Que aspecto da vida cotidiana foi usado pelas autoras para comentar as mudanças inevitáveis de nossos hábitos?
      O que devemos fazer para descartar o óleo de cozinha que utilizamos.

     04 – Por que as autoras não haviam pensado ainda sobre o assunto?
      Por não serem boas cozinheiras, elas ainda não haviam se interessado pelo descarte do óleo.

     05 – Releia.
“Até que agora começaram a pipocar notas sobre o ‘descarte do óleo’”.

     a) Qual é o sentido do verbo pipocar nesta frase?
      Aparecer com muita frequência.

     b) Substitua esse verbo por uma expressão sinônima.
      Até que agora começaram a aparecer repentinamente notas sobre o ‘descarte de óleo’.
6.Releia. .

{ " Segundo os cientistas, o óleo dos pastéis pode ser o responsável por enchentes, morte dos fitoplânctons e até pelo aquecimento global!.}
A) É possível que algum cientista tenho feito essa afirmação?

    Não, pois são termos que não especificam na fonte da crônica quem o diz. Portanto, falta informação de referência bibliográfica.

B) Qual pode ter sido o objetivo das autoras ao dar essa afirmação?

     Alertar das atrocidades que o leitor ingere em seu organismo, um modo de espantá-lo.

C) Cite outros trechos em que se percebe o mesmo objetivo.

    "Os ecologistas recomendam que você entregue o óleo para ONGs que fazem reciclagem ou faça sabão caseiro."

" Deve ser por isso que algumas cozinheiras guardam o óleo velho e usado numa lata sinistra, geralmente embaixo da pia."

7.Como as autoras se sentem em relação a necessidade de adotar esse novo procedimento? Copie um trecho que confirme sua resposta.

 Um modo de causar repudio e atenção naquilo que dirige os seus textos.

" Sim, sabão caseiro com óleo velho! Que nem naquele filme ' Clube da luta', em que os sabonetes das madames eram feitos com a gordura da lipoaspiração."

8. A crônica termina com um jogo de palavras que reforça o que as autoras sentem sobre a questão.
A) Copie essas palavras.

     “Momento de histeria ", "estamos fritas!"

B) Qual é o sentido dessas palavras no texto?

     Primeira indica a momento nostálgico, convulsivo, a forma de expressar dores sem o pastel bom, mas prejudicial. Segundo, indica sentimento de que vai dar problema, saudades sem o pastel no óleo.

9.A crônica trata de um tema muito atual e de interesse de todos. Ela foi publicada no suplemento para jovens de um jornal. Que marcas indicam que esse é o público leitor do texto.

O uso de expressão "Sinistro", " morte dos fitoplânctons", " filme ' Clube da Luta''... Essas são mostradas para jovens no modo de pronunciar, na biologia e principalmente no que mais gostam de fazer, assistir filme, todos respectivamente.

10.Em alguns momentos do texto, as autoras parecem falar diretamente ao leitor.
A) Copie um trecho em que ocorre esse diálogo.

" Uma coisa nos deixou triste: o fato de que talvez nossos netos ( se tivermos algum) nunca conhecerão o sabor de um delicioso bife á milanesa ou de um pastel de queijo"

B) Que efeito o uso desse recurso provoca no leitor?

Provoca uma ligação direta de diálogo, entre o autor e o leitor. Como se a emoção fosse de ambas, como citado no trecho e na crônica.

11. Embora haja no texto explicações de cientistas para os fatos apresentados, ele não pode ser chamado de artigo de divulgação científica. O que há nele que o diferencia dos artigos de divulgação científica?

Divulgação científica, possuem apenas últimos parágrafos como opinião e referências cientificas... Já na crônica é feita toda ela de opinião e nada comprovado cientificamente, mesmo usando o termo " segundo cientistas'

12.O texto é marcado por elementos que expressam a subjetividade das autoras.
A) Dê exemplos que comprovem essa afirmação.

 " A vida fica cada dia mais triste...", " Uma coisa nos deixou triste:..." , " Momento de histeria" , " Estamos fritas!"
B) O que a subjetividade expressa no texto revela ao leitor?

Revela emoção, sentimento, envolvimento com o leitor e sua opinião a respeito, usando a interligação textual com a realidade cognitiva.


CRÔNICA: SOU O QUE SOU - ANTONIO PRATA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


CRÔNICA: SOU O QUE SOU
                        Antonio Prata

     De repente, aquela garota ficou com uns quilinhos a mais e, por isso, se nega a sair com os amigos enquanto não emagrecer. Já um desses amigos, que é apaixonado por ela, sente-se cada vez mais feio e isolado porque o rosto se encheu de espinhas e o nariz não para de crescer. Cada um em seu canto, os dois têm um sonho em comum: ser o que não são. Ela gostaria de ser a Gisele Bundchen, e ele, o Rodrigo Santoro. Como seria se eles fossem eles mesmos?
                               SOCORRO, SOU FOFO
        O autor, numa crise de autoestima (e de autocrítica) – quem não passa por isso?
        Tá bom, eu admito. Não adianta negar, fingir é inútil, de nada vale lutar contra os fatos. Uma hora na vida a gente tem que assumir, se contentar com o que tem, olhar diante do espelho e aceitar o que ele nos devolve: sou fofo mesmo, e daí?
         Se pudesse escolher, eu não seria. Queria ser um cara irresistível, musculoso, alto, desses que fazem as mulheres suspirarem quando passam e cochicharem, vermelhinhas: “Nossa, que homem!” Eu as esnobaria, as trataria mal. E elas sempre voltariam aos meus braços, claro.
        Infelizmente, a natureza não me deu os traços, os bíceps, a altura, a voz e outros requisitos necessários para me candidatar a um cargo de Rodrigo Santoro, de Du Moscovis ou Clint Eastwood na juventude. (Sim, meninas, aquele “tiozinho” de A menina de Ouro foi um dos maiores galãs de faroeste.) Não bastassem as deficiências genéticas, uma boa educação acabou de vez com a possibilidade de uma personalidade canalha, uma postura cafajeste ou, mínimo, uma arrogância esnobe.
        Assim sendo, tive desde cedo que apelar para técnicas mais complexas de persuasão, como a gentileza, o bom papo, as piadas e outras compensações. E não tardou, tendo trilhado com esforço esse caminho, para começar a ouvir os primeiros: “Ai, você é muito fofo”!
        No começo eu achava. Reclamava, soltava uns palavrões, dava uma ou duas cusparadas no chão, fechava a cara. Digamos que, diante da possibilidade de ser visto como ursinho de pelúcia, eu afastava quaisquer equívocos apertando a opção “Conan, o Bárbaro” do meu batcinto. Nesses momentos eu preferia ser visto como um tijolo, uma alface ou uma lista telefônica a ser visto como um (argh!) fofo.
        Aos poucos, no entanto, fui vendo que ser fofo não era o fim do caminho. Não seria necessário entrar numa clínica de recuperação (FA, Fofos Anônimos) ou numa academia de ginástica. Havia mulheres que valorizavam um bom “fofo”. Havia até aquelas que, pasmem! Queriam namorar um “fofo”. Já faz alguns anos que estou “trabalhando” esse meu lado, aprendendo a ser fofo e não ter vergonha disso. Hoje, como vocês estão vendo, posso falar em público sobre isso, sem ficar vermelho. Não se iludam, se pudesse escolher, nascia de novo com 1,85 m, jaqueta de couro, barba por fazer, bronzeado e com voz de dublador de protagonista em filme de ação. Mas a opção, infelizmente, não existe. O que me resta é não só aceitar a (ai, que horror) “fofura” em mim supostamente contida, como, mais ainda, tentar acentuá-la. Como neste texto aqui, em que exponho minhas fraquezas, frustrações e angústias a todas vocês. Modéstia e orgulho à parte, não é uma atitude fofa?

                                                        Antônio Prata. Capricho, No 966.

Entendendo o texto:
01 – O subtítulo do texto faz referência a uma “crise de autoestima (e de autocrítica)” do autor.
     a) Quando escreveu o texto, o autor estava com a autoestima alta ou baixa? Por quê?
      Professor: Abra a discussão com a classe. Sugestão: Sob certo ponto de vista, estava baixa, porque ele admite que é e vai continuar sendo “fofo”, embora não seja essa sua opção. Por outro lado, consegue tirar proveito da “fofura”, o que mostra que a autoestima dele não está tão baixa.

     b) Em que consiste a autocrítica que ele faz no texto?
      Em valorizar os aspectos positivos da fofura e, ao mesmo tempo, fazer uma confissão a respeito dos reais motivos que o levaram a trilhar o caminho da fofura.

02 – No 1º parágrafo, o autor admite que é fofo.
     a) Em que sentido ele emprega essa palavra nesse contexto?
      Com o sentido de gordo, obeso.

     b) Apesar de admitir que é fofo, ele convive bem com a ideia de ser assim? Comprove sua resposta com palavras do texto.
      Não, pois chega a afirmar, no 2º parágrafo: “Se pudesse escolher, eu não seria [fofo]”.

03 – No 2º e no 3º parágrafos, o autor revela o perfil de homem que reconhece ser ideal para agradar às garotas: forte, bonitão, esnobe e um pouco “canalha”.
     a) Levante hipóteses: Qual é a origem desse modelo de homem ideal?
      A televisão, os filmes e as propagandas.

     b) De acordo com o 3º parágrafo, por que o autor não corresponde às exigências físicas desse perfil?
      Por razões genéticas, ou seja, não nasceu com tipo físico para ser um galã.

     c) E por que seria incapaz de ter uma postura “canalha” com as mulheres?
      Porque teve uma boa educação e não conseguiria ser esnobe e canalha com as mulheres.

04 – No 4º parágrafo, o narrador cita algumas técnicas que usa para persuadir as garotas, como a gentileza, o bom papo, as piadas, etc. Graças a elas, começou a ouvir: “Ai, você é muito fofo!”.
     a) Levante hipóteses: Por que ele considera essas técnicas “mais complexas”?
      Porque elas exigem um empenho maior da pessoa, que tem de se esforçar para agradar. Professor: Aproveite para contrapor as duas “técnicas”: por oposição, depreende-se que, para o autor, ter beleza física equivalente a uma “técnica simples”, ou seja, não é preciso fazer nenhum esforço.

     b) Em que sentido a palavra fofo é empregada nesse novo contexto?
      Com o sentido de pessoa cativante, simpática, encantadora, educada, inteligente, engraçada, etc.

     c) Por que então o autor reclamava, xingava, etc.?
      Porque essa palavra o fazia lembrar-se de suas características físicas.

     d) Como você entende o trecho “eu afastava quaisquer equívocos apertando a opção Conan, o Bárbaro do meu batcinto”?
      Ele dá a entender que, como num passe de mágica, deixava sua postura simpática e transformava-se num ser grosseiro, quase medieval.

05 – No último parágrafo, o autor diz estar “trabalhando” o seu lado “fofo” há anos. Por isso, não só aceita sua fofura, mas também a acentua ainda mais.
     a) Se o autor está “trabalhando” seu lado “fofo”, por que então diz “Não se iludam” e afirma que, se pudesse escolher, nasceria de novo com 1,85 m, jaqueta de couro, barba por fazer, etc.?
      Ele assume sua fofura, mas não a aceita completamente, ou aceita por condição, não por opção. Para ele, ainda que aceite, seria muito mais fácil ter nascido galã.

     b) Para ele, escrever o texto lido é uma forma de acentuar seu lado “fofo”. Explique por quê.
      Porque, ao escrever sobre sua própria fofura, ele não procura disfarça-la. Ao contrário, ao transformá-la no tema de um texto publicado numa revista, ele a acentua e, além disso, torna-se uma pessoa conhecida e considerada “bem resolvida” com sua fofura.

06 – É muito comum em nossa língua a expressão modéstia à parte. Na última frase do texto, entretanto, o autor diz: “Modéstia e orgulho à parte, não é uma atitude fofa”?
     a) Que novo sentido traz essa alteração?
      Ao introduzir a palavra orgulho na expressão modéstia à parte, o autor revela que está orgulhoso por ter tido a coragem de falar publicamente de sua fofura; e essa coragem, assim como a humildade, revela-se como mais uma qualidade dele.

     b) Com que sentido foi empregada a palavra fofa nessa frase?
      Entre outras possibilidades, com o sentido de “corajosa, inteligente, prudente, esperta”.

     c) Entre a frase final do texto e o título, houve uma mudança?
      Sim, o título sugere que ele quer fugir da fofura, ao passo que a frase final sempre sugere que ele a assume.

     d) O subtítulo sugere que o texto foi escrito numa “rise de autoestima”. Na sua opinião, o autor conseguiu sair dessa crise? Justifique sua resposta.
       Sim, por sua autoestima melhorou, já que termina falando em “modéstia” e “orgulho” e consegue extrair vantagens de sua condição de fofo.