sábado, 7 de abril de 2018

FILME(ATIVIDADES): VEM DANÇAR - LIZ FRIEDLANDER - SINOPSE E ATIVIDADES GABARITADAS

Filme(atividades): VEM DANÇAR
 
Data de lançamento: 9 de junho de 2006 (1h 55min)
Direção: Liz Friedlander
Nacionalidade: EUA

SINOPSE E DETALHES
        Pierre Dulaine (Antonio Banderas) é um dançarino de salão profissional, que se torna voluntário para dar aulas de dança em uma escola pública de Nova York. Pierre tenta apresentar seus métodos clássicos, mas logo enfrenta resistência dos alunos, mais interessados em hip hop. É quando deste confronto nasce um novo estilo de dança, mesclando os dois lados e tendo Pirre como mentor.

Entendendo o filme:
01 – Que temas sociais são abordados no filme?
      Os temas sociais do filme são:
      - Alunos problemáticos.
      - Escolas que não ajudam a melhoria dos alunos.
      - Superação pela ajuda de um professor.
      - Melhoria da dignidade.
      - Perseverança.
      - A contribuição para uma sociedade melhor.

02 – Escolha um destes temas e comente-o.
      Mudança de comportamento:
      O professor (Antônio Bandeiras) entra de corpo e alma na tentativa de mudar o comportamento dos alunos.
      Ele é hostilizado, mas com carinho e atenção ele mostra que os alunos podem mudar. Ele ganha o respeito doa meninos.

03 – Como era vida dos personagens?
      Era uma vida ruim, pois os alunos eram considerados os piores da escola, ninguém sabia se eles possuíam ou não algum potencial. Eles ficavam todos os dias na " detenção " uma sala isolada porque não tinham mais nada pra fazer fora da escola ficavam lá sem fazer nada ociosos.

04 – Que razões levou a personagem principal a ajudar algumas pessoas?
      Ele ajudou os outros porque quem escolhe ser professor é para mudar e fazer a diferença e criar uma sociedade melhor.

05 – Escolha uma das cenas do filme e comente-a:
      Todas as cenas de dança eu gostei (pois eu não sei dançar), e no filme dá a impressão que é facílimo.

06 – Qual a mensagem do filme?
      Quando temos na escola um relacionamento aluno - professor onde existe o RESPEITO e a HARMONIA este relacionamento gera grandes frutos.


FÁBULA: A ROSA E A BORBOLETA - LIVRO FÁBULAS -COM GABARITO

FÁBULA: A ROSA E A BORBOLETA


     Certa vez, uma borboleta se apaixonou por uma linda rosa. A rosa ficou muito comovida, pois o pó das asas da borboleta formava um maravilhoso desenho em ouro e prata. Desse modo, quando a borboleta se aproximou voando até a rosa e disse que a amava, a rosa ficou coradinha e aceitou o namoro. Após um longo noivado e muitas promessas de fidelidade, a borboleta deixou sua amada rosa. Oh! Desgraça! A borboleta voltou somente muito tempo depois. 
       — É isso que você chama fidelidade? – choramingou a rosa. – Faz séculos que você partiu, e, além disso, você passa o tempo de namoro com todos os tipos de flores. Vi quando você beijou dona Gerânio, vi quando você deu voltinhas na dona Margarida até que dona Abelha chegou e expulsou você... Pena que ela não lhe deu uma boa ferroada! 
        — Fidelidade! – riu a borboleta. – Assim que me afastei, vi o senhor Vento beijando você. Depois você deu o maior escândalo com o senhor Zangão e ficou dando trela para todo besourinho que passava por aqui. E ainda vem me falar em fidelidade!

Moral: Não espere fidelidade se não for fiel também.

                            (Livro Fábulas – editora Martin Claret)

Entendendo o texto:

01 – Qual foi a reação da rosa quando a borboleta se declarou? Ela ficou:
       A – ( ) pálida de susto.
       B – (X) ruborizada de vergonha.
       C – ( ) um pouco amarelada de emoção.
       D – ( ) esverdeada de raiva.
       E – ( ) roxa de decepção.

02 – “– Faz séculos que você partiu, ...”.O que significam as palavras destacadas nesse contexto?
       A – (X) Que muito tempo se passou desde a partida da borboleta.
       B – ( ) Que o tempo passou rápido demais.
       C – ( ) Que a última vez em que elas se viram foi no século passado.
       D – ( ) Que há pouco tempo que a borboleta partiu.
       E – ( ) Que há mais ou menos uns trezentos anos elas não se viam.




TEXTO: TRABALHO INFANTIL NAS CIDADES É MAIS PREJUDICIAL DO QUE NO CAMPO - O ESTADO DE S.PAULO - COM GABARITO


TEXTO: TRABALHO INFANTIL NAS CIDADES É MAIS PREJUDICIAL DO QUE NO CAMPO


       Estudo mostra que crianças empregadas como domésticas ou vendedoras nas ruas têm mais problemas de saúde

        O trabalho infantil nas zonas urbanas pode causar mais impactos à saúde do que o trabalho infantil rural. A constatação é do pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirós (Esalq-USP), Alexandre Nicolella, que analisou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD), de 1998 e 2003, do IBGE. Fraturas, problemas respiratórios, queimaduras, cortes e dores musculares são algumas das consequências relatadas. 
         Nicolella não imaginava chegar a essa conclusão. "É surpreendente, pois esperava encontrar os maiores impactos no trabalho rural", diz. O pesquisador analisou os dados de 144 mil pessoas de 5 a 20 anos e a evolução deles em cinco anos (período que separa os dois levantamentos do IBGE), para concluir que o trabalho realizado na zona urbana oferece maiores riscos à saúde das crianças. 
        O setor de comércio e serviços é o maior empregador de menores nas cidades. Eles aparecem como vendedores ambulantes e também como empregados domésticos. De acordo com a PNAD de 2004, o Brasil tem 1.113.756 meninas entre 5 e 17 anos, trabalhando como empregadas domésticas. Muitas sem salário, longe da família e da escola. 

 PROBLEMA INVISÍVEL

         Nessa conta, entra Regina Maria Semião. Aos 8 anos, ela se separou da família no interior de Minas Gerais para trabalhar como doméstica em Campinas. Até os 16 anos fez todos os trabalhos da casa, sem salário, aguentando humilhações e preconceito racial da família que a "adotou". "Minha mágoa é ter deixado minha família e ter perdido minha infância", lamenta. 
      Enquanto o Ministério do Trabalho tornou a fiscalização constante nas áreas rurais, a exploração da mão de obra infantil nas cidades em serviços domésticos é mais difícil de coibir por não ser tão visível.
         [...] 

NO CAMPO, MAL MENOR

         Chama a atenção na pesquisa a ausência de resultados piores no meio rural. Nicolella explica que isso se deve ao fato de a maioria das crianças empregadas em atividades agrícolas trabalhar ao lado dos pais, como nas pequenas propriedades de agricultura familiar no Rio Grande do Sul.
      "Isso não quer dizer que trabalhos de extremo risco, como no corte de cana-de-açúcar e no sisal, não influenciam a saúde", diz. "Esse tipo de trabalho não é bom nem para o adulto, imagine para uma criança."
        Mas como essas atividades são cada vez mais combatidas e o número de crianças nessas condições é pequeno em relação ao total, seu impacto extremamente negativo se dilui na média dos resultados. 
      Para o procurador do Ministério Público do Trabalho de Campinas, Ricardo Garcia, ainda assim, a situação do trabalho infantil no campo não deve ser subestimada. Ele admite que, desde o final da década de 1990 os números melhoraram bastante, principalmente nas grandes lavouras, mas relata que ainda existe abuso e perigo para os menores em regiões do Estado de São Paulo. "Quanto menor a cultura, mais desorganizada e mais distante dos centros urbanos, maior o número de crianças trabalhando", avalia. 
    O procurador cita o trabalho nas culturas de algodão e laranja como exemplos de atividade econômica onde a presença de crianças trabalhando nas lavouras é frequente. "Esse tipo de trabalho expõe as crianças ao sol, à chuva e a agentes químicos que podem trazer danos à saúde", diz.

                                                   (O Estado de S. Paulo, 10/06/2006).

A partir da leitura do Texto, faça as questões propostas.

01 – Sobre o texto lido é incorreto afirmar que:
A – O trabalho infantil, nas cidades, tem sido mais numeroso que no campo.
B – Nas zonas urbanas, o trabalho infantil oferece menos danos físicos às crianças do que trabalho na zona rural.
C – O pesquisador Alexandre Nicolella, imaginava que houvesse mais crianças trabalhadoras nas áreas rurais que nas áreas urbanas.
D – No Rio Grande do Sul, existem crianças que trabalham com os pais em atividades agrícolas.
E – Há mais fiscalização para inibir o trabalho infantil nas áreas rurais que nas urbanas.

02 – “...é mais difícil de coibir por não ser tão visível.” 
Pelo contexto em que foi empregada, a palavra coibir tem o significado de:
A – reprimir.
B – permitir.
C – existir.
D – divulgar.
 E – difundir.  

03 – “O setor de comércio e serviços é o maior empregador de menores nas cidades.” 
O adjetivo destacado encontra-se flexionado no grau:
A – comparativo de superioridade.
B – superlativo relativo de inferioridade.
C – superlativo relativo de superioridade.
D – superlativo absoluto analítico.
E – comparativo de igualdade.

04 – Identifique a opção onde há erro quanto à regência verbal:
A – Os fiscais foram à propriedade rural verificar se havia crianças trabalhando.
B – Regina Maria ajudava os patrões nas tarefas domésticas.
C – As crianças preferem brincar a trabalhar.
D – Os pequenos trabalhadores aspiravam ao ar poluído das grandes cidades.
E – Na casa dos patrões, a menina não podia assistir à televisão.





TEXTO: O SISAL E AS CRIANÇAS DA BAHIA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


TEXTO: O SISAL E AS CRIANÇAS DA BAHIA


   A Bahia é o maior produtor de sisal do Brasil. Para dar conta de atender os pedidos da Europa, que compra nossos tapetes de sisal, mais de 30 mil crianças de 7 a 14 anos trabalham na colheita da planta. Veja um trecho de uma entrevista que a TV Cultura fez com crianças de Retirolândia, sertão da Bahia:
       — O que você faz aqui?
       — Corto palha.
       — É perigoso esse trabalho que você faz?
       — É. Pode furar o olho.
      — E quanto é que você ganha pra fazer isso?
     — Um real por semana.
     — Você ganha um real por semana? E você trabalha aqui a tarde toda?
     —É.                                                                       
(Patrícia - 7 anos).
                      (WWW.tvcultura.com.br/caminhos/11sisal/sisal1.htm)


Após a leitura do Texto VI, realize o que se pede.

01 – Não se pode afirmar sobre o Texto VII:
A – É narrado em 3a pessoa, apresentando foco narrativo externo.
B – A presenta ocorrência de discurso direto e indireto.
C – A atividade desempenhada pela criança entrevistada apresenta periculosidade.
D – A remuneração recebida pela criança trabalhadora produz questionamento ao entrevistador.
E – O produto fabricado a partir do sisal é comercializado apenas em território nacional.

Leia este anúncio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF):


        O maior motivo para que tantas crianças brasileiras em idade escolar não frequentem a escola é o trabalho infantil. No Brasil, um milhão de meninos e meninas trocaram o estudo pelo trabalho. O UNICEF ajuda a levar essas crianças e adolescentes de volta às salas de aula. Mas, para isso, precisa do seu apoio. Se você conhece algum caso de exploração de trabalho infantil, denuncie.

 AS PESSOAS ESTÃO CHEGANDO MAIS CEDO AO TRABALHO.                        ALGUMAS ATÉ ANTES DE CRESCER.

                                                               Claudia Cozinha, jan. 2006.

Após a leitura do anúncio, faça o que se pede.

01 – O anúncio só não revela que:
A – o trabalho infantil afasta a criança da escola.
B – o UNICEF objetiva reintegrar os menores trabalhadores às suas escolas.
C – todo tipo de trabalho infantil deve ser denunciado.
D – quanto mais cedo o indivíduo trabalhar, melhor para o seu desenvolvimento.
E – o apoio da população é importante para reduzir o índice de abandono escolar.

POEMA - FERNANDO PESSOA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Poema:
        Sou pelo combate
        Sempre e em toda parte
        Dos três ASSASSINOS:
        A IGNORÂNCIA
       O FANATISMO
       E A TIRANIA.

                                                         Fernando Pessoa


Entendendo o poema:
01 – Quais os três assuntos destruidores mencionado no poema?
(A) A ignorância, o fantástico e o combate.
(B) O fanatismo, a tirania e o combate.
(C) O fanatismo, a tirania e o combate.
(D) A ignorância, o fanatismo e a tirania.   

02 – A palavra “ASSASSINO”, tem quantas letras e quantos fonemas?
(A )  09 letras e 06 fonemas.
( B)  09 letras e 07 fonemas.
(C )  09 letras e 08 fonemas.
(D )  09 letras e 09 fonemas.

03 – No trecho “Dos três ASSASSINOS”, a palavra grifada refere-se um:
(A)  substantivo.
(B) numeral.
(C)  adjetivo.
(D)  pronome.



TEXTO: FEIAS, SUJAS E IMBATÍVEIS - REVISTA GALILEU - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: Feias, sujas e imbatíveis
(Fragmento)

        As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos, sobrevivem tanto no deserto como nos polos e podem ficar até 30 dias sem comer. Vai encarar?
        Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a chegada do verão e achar que essa é a melhor estação do ano. E realmente sério, se não fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como nós, elas também ficam bem animadas com o calor. Aproveitam a aceleração de seus processos bioquímicos para se reproduzirem mais rápido e, claro, para passearem livremente por todos os cômodos de nossas casas.
        Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante indesejada, ao acordar durante a noite para beber água ou ir ao banheiro, são três vezes maiores.

Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, Nº 151, Fev. 2004, p.26.

Entendendo o texto:
01 – No trecho “Vai encarar?”, o ponto de interrogação tem o efeito de:
(A)  apresentar.
(B)  avisar.
(C)  desafiar.
(D)  questionar.

02 – A expressão “Vai encarar?”, é marca de linguagem:
(A)  científica.
(B)   formal.
(C)   informal.
(D)   regional.

03 – No trecho “...as baratas. Assim como nós, elas também ficam bem animadas com o calor.”, a palavra destacada refere-se:
     (A)    as baratas.
     (B)    as pessoas.
     (C)    a férias, sol e praia.
     (D)   as casas.




QUESTÕES ENEM/VESTIBULAR - POESIA E LITERATURA - COM GABARITO

Poesia: RETRATO
               Cecília Meireles


     Eu não tinha este rosto de hoje,
     Assim calmo, assim triste, assim magro.
     Nem estes olhos tão vazios,
     Nem o lábio tão amargo.
     Eu não tinha estas mãos sem força,
     Tão paradas e frias e mortas,
     Eu não tinha este coração
     Que nem se mostra.
     Eu não dei por esta mudança,
     Tão simples, tão certa e fácil:
     - Em que espelho ficou perdida
     A minha face?
                                                                        Cecilia Meireles.

Assinale a alternativa incorreta de acordo com o texto e com a leitura da obra “Viagem”.
     a)   A expressão “mãos sem força”, que aparece no primeiro verso da segunda estrofe, indica um lado fragilizado e impotente do “eu” poético diante de sua postura existencial.
     b)   As palavras mais sugerem do que escrevem, resultando, daí, a força das impressões sensoriais. Imagens visuais e auditivas, em outros poemas, sucedem-se a todo momento.
     c)   O tema revela uma busca da percepção de si mesmo. Antes de um simples retrato, o que se mostra é um autorretrato, por meio do qual o “eu” poético olha-se no presente, comparando-se com aquilo que foi no passado.
     d)   Não há no poema o registro de estados de ânimo vagos e quase incorpóreos, nem a noção de perda amorosa, abandono e solidão.

(UFU) – Com relação às personagens de “São Bernardo”, de Graciliano Ramos, assinale a alternativa incorreta.
     a)   Paulo Honório é egoísta, ciumento, invejoso, cínico e vil por natureza. Contudo, no decorrer da narrativa, ao relembrar a sua trajetória de vida, assume uma postura crítica.
     b)   A presença constante do padre Silvestre na fazenda mostra que Paulo Honório conhecia e valorizava o poder da igreja no esquema sociopolítico da República Velha.
     c)   Madalena é vista na narrativa como vítima, tanto do meio quanto no indivíduo. Aspira à liberdade e, por isso, luta para não se curvar à servidão. Não conseguindo, suicida-se.
     d)   Margarida criou Paulo Honório como se fosse sua mãe. A presença dela na fazenda justifica-se, apenas, pelo amor e consideração de Paulo Honório.


(UFU) – Assinale a alternativa que NÃO se refere à obra “São Bernardo”, de Graciliano Ramos.
     a)   Na personalidade de Paulo Honório percebe-se uma fatalidade que o coloca no limiar do infortúnio: após o suicídio de Madalena e o abandono por parte daqueles que o cercavam, reconhece sua brutalidade e egoísmo, porém é incapaz de lutar contra esses sentimentos.
     b)   A fazenda título São Bernardo é um empreendimento que a tecnológicas, transforma em um típico exemplo da penetração de elementos capitalista modernos no campo brasileiro.
     c)   Paulo Honório, narrador de São Bernardo, adquire uma consciência de sua problemática, suficiente para promover uma mudança radical em sua personalidade. Despe-se de sua máscara, tornando-se uma personagem sentimental e flexível.
    d)   A narrativa apresenta em primeira pessoa e não perde a objetividade, apesar de tratar da vida do próprio narrador: o fato de a narração ocorrer após o desenrolar dos acontecimentos garante ao narrador a consciência necessária à objetividade radical do homem.


(UFU) – VIAGEM
      “Toda viagem destina-se a ultrapassar fronteiras, tanto dissolvendo-as como recriando-as. Ao mesmo tempo que demarca diferenças singularidades ou alteridades, demarca semelhanças, continuidades, ressonâncias. Tanto singulariza como universaliza. Projeta no espaço tempo um eu nômade, reconhecendo as diversidades e tecendo as continuidades”.

                                               Otávio Lanni, “A Metáfora da Viagem”.

Considerando o fragmento acima e a leitura da obra “Viagem”, de Cecilia Meireles, responda.
     a)   O que significa “Viagem” para o universo poético de Cecilia Meireles.
      A viagem seria a própria vida.

     b)   Justifique sua resposta, fundamentando-a com elementos presentes nos poemas da autora.
      A vida seria um tipo de viagem porque nela nada é permanente. Na obra da autora, sempre aparecem elementos da natureza, que simbolizam a efemeridade essencial da existência, como a flor, a nuvem, a onda.


(FGV) – Leia atentamente os dois fragmentos a seguir extraídos de “Vidas Secas de Graciliano Ramos”, e desenvolva a questão que se segue.

TEXTO 1: “Alcançou o pátio, enxergou a casa baixa e escura, de telhas pretas, deixou atrás os juazeiros, as pedras onde jogavam cobras mortas, o carro de bois. As alpercatas dos pequenos batiam no chão branco e liso. A cachorra Baleia trotava arquejando, a boca aberta.”
                 “Fabiano” em: Ramos, G. “Vidas Secas”. Rio de Janeiro:
                                                                            José Olympio, 1947.

TEXTO 2: “Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria cheio de preás, gordos, enormes”.

                      “Baleia” em: Ramos, G. “Vidas Secas”. Rio de Janeiro:
                                                                            José Olympio, 1947.

A expressividade do discurso de “Vidas Secas” ocorre por meio da forma singular com que são trabalhados todos os níveis gramaticais, mas encontra nos nomes (substantivos e adjetivos) e nos tempos verbais, lugar especial na construção dos sentidos. Analise essa afirmação relacionando comparativamente os dois fragmentos selecionados.
      O texto 1 é narrativo descritivo. Faz uso de verbos no pretérito perfeito, indicando ações pontuais, e, no pretérito imperfeito, indicando ações habituais. Os substantivos são concretos.

      O texto 2, a cachorra Baleia deixa de ser elemento do conjunto e passa a ser tratada como uma pessoa que tem sonhos e desejos. O texto cria uma atmosfera de quimera, quase surrealista, para isso, usa o futuro do pretérito.

(FUVEST) – Leia o seguinte texto:

VERÃO EXCESSIVO

Eu sei que uma andorinha não faz verão, filosofou a andorinha-de-barriga-branca. Está certo, mas agora nós somos tantas, no beiral, que faz um calor terrível, e eu não aguento mais!

                        Carlos Drummond de Andrade – “Contos Plausíveis”.

     a)   Com base na queixa da andorinha-de-barriga-branca, reformule o provérbio “Uma andorinha não faz verão”.
      Uma andorinha não faz verão, mas muitas juntas produzem um calor insuportável.

     b)   Está adequado o emprego do verbo “filosofou”, tendo em vista que ele se refere ao provérbio citado no texto? Justifique sucintamente sua resposta.
      O emprego do verbo “filosofar” se justifica por ter ele sido usado de modo informal dando o sentido de “meditar”, “chegar a uma conclusão”. O provérbio que foi citado exprime o conteúdo da reflexão da andorinha.


(FUVEST) – Graciliano Ramos, em seu livro “Infância”, reflete sobre uma de suas marcantes impressões de menino. Bem e mal ainda não existiam, faltava razão para que nos afligissem com pancadas e gritos. Contudo as pancadas e os gritos figuravam na ordem dos acontecimentos, partiam sempre de seres determinados, como a chuva e o sol vinham do céu. E o céu era terrível, e os donos da casa eram fortes. Ora, sucedia que a minha mãe abrandava de repente e meu pai, silencioso, explosivo, resolvia contar-me histórias. Admirava-me, aceitava a lei nova, ingênuo, admitia que a natureza se houvesse modificado. Fechava-se o doce parêntese e isso me desorientava.

   a)  Ao se referir as violências sofridas quando menino, o autor compara-as a elementos da natureza (chuva, sol, céu). O que mostra ele, ao estabelecer tal comparação?
      A comparação a visão infantil de que “bem e mal ainda não existiam” e, por isso, “as pancadas e os gritos” pareciam tão imotivados e incompreensíveis quanto fenômenos naturais como a chuva.

     b)   Esclareça o preciso significado, no contexto, da expressão “fechava-se o doce parêntese”.
      A expressão refere-se a mudança de atitudes dos pais, que em alguns momentos eram duros, gritavam e batiam, e, de repente, mudavam, tornando-se doces e afáveis.


(ITA) – O poema a seguir, de autoria de Cecilia Meireles, faz parte do livro “Viagem”, de 1939.
Epigrama 11
A ventania misteriosa
Passou na árvore cor-de-rosa,
E sacudiu-a como um véu,
Um largo véu, na sua mão.

Foram-se os pássaros para o céu.
Mas as flores ficaram no chão.

                  Meireles, Cecilia. “Viagem/Vaga Música”. Rio de Janeiro:
                                                                          Nova Fronteira, 1982.
Esse poema:
I – Mostra uma certa herança romântica, tanto pelo teor sentimental do texto como pela referência à natureza.
II – Mostra uma certa herança simbolista, pois não é um poema centrado no “eu”, nem apresenta excesso emocional.
III – Expõe de forma metafórica uma reflexão sobre algumas experiências difíceis da vida humana.
IV – É um poema bastante melancólico por registrar de forma triste o sofrimento decorrente da perda de um ente querido.
Estão corretas as afirmações:
     a)   I e III.
     b)   I, III e IV.
     c)   II e III.
     d)   II, III e IV.
     e)   II e IV 

 (UERJ) – O poema de Cecilia Meireles apresenta um tom épico e revela afinidades com as propostas que distinguiram a chamada geração de 30 da primeira da geração modernista.
     a) Indique duas características do poema relacionadas ao gênero épico.
      Algumas das características seriam:
      --- Tema tratado com dignidade, sem irreverência;
  --- Vocabulário identificado com o uso da língua em situações de formalidade;
  --- Abordagem de fatos históricos, encarados sob a perspectiva da coletividade.

     b) Aponte um aspecto em comum entre a perspectiva da autora sobre o país, revelada nesse texto, e a que predominou na obra de romancistas da geração de 30.
      A poetisa aborda criticamente os problemas do Brasil, enfocando as origens da desigualdade social – tema frequente no romance regionalista a partir dos anos 30.