sexta-feira, 19 de setembro de 2025

POESIA: AS LUAS - MARIO QUINTANA - COM GABARITO

 Poesia: As LUAS

 

Andou fazendo nevoeiro. De noite...

que lindo! Parece que estiveram passando borracha na paisagem.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkzxruxhEA62E7B7KIsItOvP5hUc0g_TK3OE9llSGM_Y64P7HhjIgBxVoUyqViyBgMUEg-0og3Oc-sXPduawCTrUKM52icGXPglxcLz1mbOUL0KOBDmPk8fmTqjl5eXKS8TLDjrksZCRPz6c9N0FrhFTJ2e49MCk1C323iqLNa1uw7ICNtqPU1ZYF50eY/s320/NEVOEIRO.jpg


Apenas sobravam os lampiões. Minto! Só os focos dos lampiões

sobravam, luas soltas no ar. De modo que ontem pela madrugada

eu ia andando por uma noite cheia de luas. Tu nem imaginas o

que é uma noite com uma porção de luas... A gente...

-- Já sei! Fizeste um poema...

-- Não. Caí num buraco.

Mario Quintana. Porta Giratória. São Paulo, Globo, 1988.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 69.

Entendendo a poesia:

01 – Como a poesia descreve o efeito da neblina na paisagem?

      A poesia descreve a neblina como se alguém tivesse "passando borracha na paisagem", apagando os contornos e deixando apenas os pontos de luz visíveis.

02 – O que o eu lírico compara aos pontos de luz que sobraram na noite com neblina?

      O eu lírico compara os focos dos lampiões, que eram os únicos pontos de luz visíveis, a "luas soltas no ar".

03 – Qual foi a sensação do eu lírico ao andar por essa noite?

      O eu lírico se sentiu como se estivesse caminhando por "uma noite cheia de luas". A experiência é tão extraordinária que ele diz que a pessoa com quem fala "nem imagina" o que é isso.

04 – No final do poema, qual é a suposição da outra pessoa sobre a experiência do eu lírico?

      A outra pessoa, após ouvir a descrição poética da noite, supõe que o eu lírico "fez um poema".

05 – Qual é a resposta final e surpreendente do eu lírico, que quebra a expectativa do leitor?

      A resposta final do eu lírico é "Não. Caí num buraco." Essa resposta inesperada e cômica quebra a atmosfera poética criada e traz um contraste com a beleza da cena descrita.

 

 

POEMA: O POETA E A POESIA - FRAGMENTO - CORA CORALINA - COM GABARITO

 Poema: O poeta e a poesia – Fragmento

            Cora Coralina

Não é o poeta que cria a poesia.
E sim, a poesia que condiciona o poeta.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8Mug8j3HxA0sYEBfczhM5J5i03vY9TylJuhGSUpSCy5wDUS1cMvVPbv2PNdpyYK9pqG1pqXssAbI7FFxj03U0lu_jV939r3NQc9lHRSL7E92ZOLUbs7ngN10UjJfLcS9G6T7tT3mjK5nVoAeaoKFOcWEyTJwVkcsSiksks7tb0mKhEOqrFzKYfZbHOMo/s320/POETA.jpg


Poeta é a sensibilidade acima do vulgar.
Poeta é o operário, o artífice da palavra.
E com ela compõe a ourivesaria de um verso.

Poeta, não somente o que escreve.
É aquele que sente a poesia,
se extasia sensível ao achado
de uma rima, à autenticidade de um verso.

Poeta é ser ambicioso, insatisfeito,
procurando no jogo das palavras,
no imprevisto texto, atingir a perfeição inalcançável.

O autêntico sabe que jamais
chegará ao prêmio Nobel.
O medíocre se acredita sempre perto dele.

Alguns vêm a mim.
Querem a palavra, o incentivo, à apreciação.
Que dizer a um jovem ansioso na sede precoce de lançar um livro…

Tão pobre ainda a sua bagagem cultural,
tão restrito seu vocabulário,
enxugando lágrimas que não chorou,
dores que não sentiu,
sofrimentos imaginários que não experimentou.

Falam exaltados de fome e saudades, tão desgastadas
de tantos já passados.
Primário nos rudimentos de sua escrita
e aquela pressa moça de subir.
Alcançar estatura de poeta, publicar um livro,

Oriento para a leitura, reescrever,
processar seus dados concretos.
Não fechar o caminho, não negar possibilidades.
É a linguagem deles, seus sonhos.
A escola não os ajudou, inculpados, eles.

[...]

Vintém de cobre – Meias confissões de Aninha. Editora da Universidade Federal de Goiás, 1983.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 105.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com a autora, qual é a verdadeira relação entre o poeta e a poesia?

      Para Cora Coralina, não é o poeta que cria a poesia. É a poesia que "condiciona o poeta", sugerindo que a poesia é uma força maior que molda e define quem o poeta é.

02 – Como a autora define um poeta em relação à sua sensibilidade e ao seu ofício?

      Ela o define como uma "sensibilidade acima do vulgar" e o compara a um "operário, o artífice da palavra". O poeta usa a palavra para criar a "ourivesaria de um verso".

03 – Segundo o texto, quem é o verdadeiro poeta?

      O verdadeiro poeta não é apenas aquele que escreve. É também aquele que sente a poesia, que se emociona com a rima e a autenticidade de um verso.

04 – Qual a diferença que a autora aponta entre o poeta autêntico e o medíocre?

      O poeta autêntico é ambicioso e insatisfeito, buscando uma perfeição inalcançável e sabendo que jamais alcançará um prêmio Nobel. Já o medíocre "se acredita sempre perto dele", mostrando uma falta de autocrítica.

05 – O que a autora observa nos jovens poetas que a procuram?

      Ela nota que muitos jovens têm uma "sede precoce de lançar um livro" e uma "pressa moça de subir". No entanto, a autora percebe que eles têm uma "pobre... bagagem cultural" e um vocabulário restrito, escrevendo sobre sentimentos e dores que não vivenciaram de fato.

06 – Que tipo de sentimentos esses jovens poetas costumam abordar em suas obras?

      Eles escrevem sobre temas como "fome e saudades", que a autora considera "desgastadas" de tanto serem exploradas por poetas de outras épocas.

07 – Qual é o conselho que a autora dá aos jovens escritores?

      A autora os orienta a ler mais, reescrever seus textos e a processar seus "dados concretos", ou seja, a escrever sobre suas próprias experiências. Ela também ressalta a importância de não negar as possibilidades de cada um, mesmo que a "escola não os ajudou".

 

 

CRÔNICA: TERESA - FRAGMENTO - ÁLVARO CARDOSO GOMES - COM GABARITO

 Crônica: Teresa – Fragmento

              Álvaro Cardoso Gomes

        A Teresa voltou da praia, e estive a pique de lhe dizer que queria acabar nosso namoro. Mas ela estava tão contente, contando as novidades, que terminei ficando com dó e adiei a decisão. Sem contar que o sol lhe tinha feito muito bem. Os olhos da Teresa pareciam mais bonitos com a pele bronzeada.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpWg4f87xdm780z98beQwIQiMzAThV0flRN3um5qOscg8VSV0JAw6z7juykphmKoAcKPpI11JoWsAlXfj87x-F04P8ZApJkIjRNEGyOeEtKZ7anP5_13Z4bm9PYMhepSnVHT_2OUv84guVrxxVbZD8FnIrpTJXPgSx_4B3eOl6MJnaIKNN6NZm30vnD8c/s320/PRAIA.jpg


        A Teresa não parava de falar, e eu só escutando, com vontade de estar longe dali. Mas chegou uma hora em que ela percebeu que eu estava triste e perguntou por quê.

        -- Estou triste por sua causa.

        -- Por minha causa? Por quê?

        Hesitei um pouco. Dizia ou não dizia que não gostava mais dela?

        -- Estava com saudades.

        Na hora em que disse aquilo, me senti o pior sujeito do mundo. Mas o que podia fazer, se já tinha falado?

        -- Mas eu estou aqui, Sérgio.

        -- Pois é, você voltou.

        -- O que você está querendo dizer com isto?

        -- Nada, Teresa, nada...

        -- Serginhooô...

        O difícil era que a Teresa não entendia nada do que lhe dizia. Ainda por cima, vinha com aquele jeito enjoado de dizer “Serginhooô”, que me deixava com mais raiva. Mas ela logo esqueceu do que estávamos falando e começou a contar do biquíni que havia comprado, das praias de Santos, do novo carro do pai etc. E eu com a cabeça em outro lugar, só pensando na Cybelle e nas coisas que ela tinha me dito. “Você tem razão, garota, eu não presto mesmo. Não mereço você”, falei baixinho.

        -- O que foi que você disse? – Teresa me perguntou.

        -- Nada não...

        Fiquei torcendo para que ela dissesse que eu não estava prestando atenção na conversa. Seria mais um motivo para uma briga. E dessa vez eu terminaria com aquele namoro que já me chateava. Mas a Teresa não disse nada e continuou a falar de Santos, dos passeios na praia. E eu ali a seu lado com a cabeça nas nuvens, que tomavam a forma da Cybelle, do corpo da Cybelle, do sorriso da Cybelle. “Tão bela...”

        -- Serginho, você ficou maluco?

        -- Maluco por quê?

        -- Você não para de falar sozinho.

        Olhei bem para a Teresa, para aqueles olhos verdes, e dei-lhe um beijo.

        -- Tem razão, Teresa, estou completamente maluco.

        Amor & cuba-libre. São Paulo, FTD, 1980.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 82.

Entendendo a crônica:

01 – Qual era a intenção inicial de Sérgio, o narrador, no início do texto?

      A intenção inicial de Sérgio era terminar o namoro com Teresa.

02 – Por que Sérgio adia sua decisão de terminar com Teresa?

      Ele adia a decisão porque ela estava muito feliz, contando as novidades da praia. Ele sentiu dó e achou que o sol a tinha deixado ainda mais bonita, com a pele bronzeada e os olhos mais bonitos.

03 – Quando Teresa percebe a tristeza de Sérgio, o que ele responde de forma evasiva?

      Quando Teresa pergunta por que ele está triste, Sérgio hesita em dizer a verdade e, em vez disso, responde que estava com saudades dela.

04 – Quem é Cybelle e qual o papel dela na história?

      Cybelle é a pessoa em quem Sérgio está pensando o tempo todo. Ele tem uma conversa mental com ela, dizendo que não a merece, e a imagina como se estivesse nas nuvens, mostrando que está apaixonado por ela e por isso quer terminar o namoro com Teresa.

05 – O que Teresa estava fazendo enquanto Sérgio estava com a cabeça em outro lugar?

      Teresa estava falando sem parar sobre sua viagem à praia, contando sobre o biquíni que comprou, as praias de Santos e o carro novo do pai dela.

06 – O que Sérgio fala baixinho que surpreende Teresa?

      Sérgio fala baixinho: "Você tem razão, garota, eu não presto mesmo. Não mereço você". Ele estava falando consigo mesmo, pensando em Cybelle, mas Teresa ouve a fala.

07 – No final da crônica, o que acontece entre Sérgio e Teresa?

      Teresa percebe que ele está "maluco" por falar sozinho. Sérgio a olha, dá um beijo nela e concorda que está "completamente maluco". O texto termina sem que ele de fato termine o namoro, deixando a decisão em aberto.

 

PIADA: PÃO DE ONTEM - COM GABARITO

 Piada: Pão de Ontem

        Uma cliente furiosa foi à padaria onde eu trabalhava, para se queixar da dureza do pão que tinha comprado na véspera.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqKqA003lf9jBsEVoPNfKFsWdYPQmo8dD7z5OmLYptRERY96eCzXuI7btaZXC2stSd6cFeFc-OGypvpgcEOXzXd21G0fc0DlqGsncMuKHtQ7ObHLyjt9eeqSoaaNb8mW576d97GGRuS3EePWorelErmvf9vifiq9BpcEYi1fVxva2bzd-UwzC5A3VJJpI/s320/PADARIA.jpg


        -- Senhora – disse meu patrão, indignado –, faço pão há quinze anos!

        -- Ah, é? – retorquiu ela prontamente. – Pois não devia ter esperado tanto tempo para vender.

Seleções – Reader’s digest, nº 235. Lisboa, Lis Gráfica, abril, 1991.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 84.

Entendendo a piada:

01 – Qual é o motivo da reclamação da cliente?

      A cliente está furiosa e reclama que o pão que ela comprou no dia anterior estava duro.

02 – Como o patrão da padaria reage à queixa da cliente?

      Ele responde de forma indignada, afirmando: "Senhora... faço pão há quinze anos!". A fala sugere que ele se orgulha de sua experiência e considera a reclamação injusta.

03 – Qual é o trocadilho ou a "sacada" da resposta da cliente?

      A cliente faz um trocadilho com a palavra "fazer" (no sentido de produzir) e o tempo que o padeiro leva. Ela interpreta a fala do padeiro de forma literal e irônica, como se ele tivesse "feito" o pão há quinze anos e só agora o tivesse vendido, por isso ele estaria duro.

04 – Quem é o narrador da piada?

      O narrador é um funcionário da padaria que presenciou a cena. Isso é indicado pela frase "Uma cliente furiosa foi à padaria onde eu trabalhava...".

05 – Qual a principal característica do humor nesta piada?

      O humor da piada surge da quebra de expectativa e do mal-entendido intencional. A cliente ignora a intenção do padeiro (que se refere à sua longa experiência) e usa o que ele disse para fazer uma observação espirituosa e surpreendente, transformando a reclamação em uma crítica engraçada.

 

PIADA: O GOLEIRO FIEL - COM GABARITO

 Piada: O Goleiro Fiel

        O time estava se preparando para disputar a final do campeonato brasileiro de futebol. Um jogo duríssimo que em todos os treinos sempre faltava um ou outro jogador. No último treino, às vésperas do jogo final, o treinador, bastante irritado, disse a todos:

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyPBsVEnB7Ii8_79CjYDWp6mYO84G4BjjKyB3E3pWo1WZZx7JgdD91bx09RPlufGNmjlSTI_CHvylYmoq3z1S6sCEovlPJ1Mi-OR8Y4x5YixsQJXPv1RzrMz04dJnX-D0yZ3tIL45sClcaMaq12YD4tJBBLQL96GMLxKNBuNyzIKAvWSVLo2UUgQ23-kI/s320/GOLEIRO.jpg


        -- Gostaria de agradecer ao goleiro, que foi o único presente a todos os treinos.

        O garotão ficou todo feliz com o elogio e aproveitou pra avisar:

        -- Fiz questão de comparecer a todos os treinos porque não vou poder vir ao jogo, amanhã.

As melhores piadas e anedotas da praça. São Paulo, Green, s/d.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 85.

Entendendo a piada:

01 – Qual era a ocasião que a piada descreve?

      A piada se passa no último treino de um time de futebol, às vésperas da final do campeonato brasileiro.

02 – Qual era a principal preocupação do treinador com o time?

      O treinador estava irritado porque, em todos os treinos, sempre faltava um ou outro jogador.

03 – Qual foi a atitude do treinador para motivar o time?

      Ele decidiu elogiar publicamente o goleiro, que foi o único jogador a comparecer a todos os treinos, como um exemplo para o resto da equipe.

04 – Como o goleiro reagiu ao elogio do treinador?

      O goleiro ficou muito feliz com o reconhecimento.

05 – Qual é a reviravolta ou o ponto cômico da piada?

      O ponto cômico é a resposta inesperada do goleiro. Após ser elogiado por sua dedicação nos treinos, ele aproveita o momento para avisar que, apesar de toda a sua presença nos treinos, não poderá ir ao jogo final.

 

DIÁLOGO: NAMORADO CAPAZ DE TUDO - GENOLINO AMADO - COM GABARITO

 Diálogo: Namorado capaz de tudo

        -- Oh! Como és romântico!

        -- Não é romantismo. É apenas sinceridade, devotamento do meu coração. Queres que eu desafie o mundo inteiro, por tua causa? Desafiarei!...

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvPWz-Pq0xfdt6sOZXB0jDI8Y-usFlDRel7XnkLT-Tu1RjEDqB0jqs1HhXmnn7-340gyGQZJj0R_Cd_1xwMPZdbQyYj9u-Wwmt-2vHPXwW6qO8D12xU5Qv4JRf3756lAnZjY_mi61uJJoaeuDxb4Ql1SjantQI7HKTRr69rEnI13GXpo031jgUKtk_T90/s320/NAMORO.jpg


        -- E por que então não vieste me ver ontem de noite?

        -- Ah! Choveu...

        -- Ah! Choveu... Foi só por isso?...

        -- E acha pouco? Não estava disposto a apanhar um resfriado...

        -- Ah! É assim? Tu te ofereceste para apanhar uma estrela no céu, uma pérola no fundo do mar, mas não podes apanhar um resfriado... E ainda dizes que o teu amor é ardente... Não, mentiroso! O que tens é muito sangue-frio...

Genolino Amado. Namorado capaz de tudo. Revista da Rádio Nacional, nº 1. Rio de Janeiro, agosto, 1950.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 86.

Entendendo o diálogo:

01 – No início do diálogo, o que o namorado declara para sua parceira?

      Ele declara ser sincero e devotado, e que está disposto a "desafiar o mundo inteiro" por ela.

02 – Qual pergunta a namorada faz para testar a sinceridade dele?

      Ela pergunta: "E por que então não vieste me ver ontem de noite?".

03 – Qual a desculpa que o namorado usa para justificar sua ausência?

      Ele responde que não foi vê-la porque "choveu".

04 – A namorada acredita na justificativa dele? O que ela sugere com suas perguntas?

      Não, ela não acredita na justificativa. Com a frase "Foi só por isso?", ela insinua que a desculpa é trivial.

05 – Qual é a contradição que a namorada aponta no discurso do namorado?

      Ela aponta que ele diz ser capaz de fazer grandes feitos, como "apanhar uma estrela no céu" ou "uma pérola no fundo do mar", mas não foi capaz de enfrentar uma simples chuva para vê-la. Ela conclui que seu amor não é "ardente", e sim "sangue-frio".

 

 

POESIA: O PASSO NA ESCADA - MARIA EUGÊNIA CELSO - COM GABARITO

 Poesia: O passo na escada

            Maria Eugênia Celso

        Depois... muito depois... o ruído de um passo. Um passo forte, límpido, vivo, familiar.

        Um passo que vem vindo e que sobe depressa os degraus de uma escada. Um passo que ouço extasiada e espero numa ânsia sem palavras, reconhecendo entre todos os outros o seu pisar, ágil e diferente; que a tudo, como a mim, enche de segurança.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzY3CjgJogMZsMWrssaLYErGwgYc9ChJ-T6Le3weDRNKTu07daauUI-r4AMXpQxjKvyWTlZQom5KsP2RKcAfegV7L6e02hShL2NCaF3nJdcah2GmAM5fRvPehXP0cxLsEk-D3UWQ5FfqlpQEWdJFSUVQMKmxbp-gfSy0ZIZTMLEVUIrp3WxtvU0Ght2cw/s320/capa-escadas.jpg


        Sei que para chegar não encontra embaraços; pula os degraus de dois em dois, correndo. Sinto-o ao longe, ouço vir, quero-lhe bem. Subindo, escuto-o definir-se, aproximar-se, entrar...

        É um passo que me encontra, me conforta e me atrai. É de súbito, o passo toma corpo, tornam-se dois braços que me arrebatam do chão, faz-se um rosto de homem, sorridente, belo, moço, um rosto de carinho e de alegria que eu não canso de ver e rever todo o dia, um rosto que se inclina sobre a minha pequenez com  adoração. Um rosto que resume todas as minhas ideiazinhas de força e de confiança, o símbolo de toda proteção: PAPAI!

Maria Eugênia Celso, Poesia para a infância. Lisboa, Ulisséia, 1983.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 115.

Entendendo a poesia:

01 – O que o eu lírico ouve no início do poema e como ele descreve esse som?

      O eu lírico ouve o ruído de um passo, que é descrito como "forte, límpido, vivo, familiar".

02 – Qual a sensação que o som do passo causa no eu lírico?

      O eu lírico sente-se extasiado e espera o som com uma "ânsia sem palavras". Ele o reconhece entre todos os outros, e o som "enche [a ele] de segurança".

03 – Como o eu lírico descreve a velocidade e a agilidade do passo?

      Ele descreve o passo como vindo "depressa", subindo a escada, sem encontrar embaraços e pulando "os degraus de dois em dois, correndo".

04 – Em que momento o passo se transforma em uma pessoa, e quais são as características dessa pessoa?

      De repente, o passo "toma corpo" e se transforma em uma pessoa com dois braços que a arrebatam do chão. Essa pessoa tem um rosto "sorridente, belo, moço, um rosto de carinho e de alegria".

05 – Qual é a revelação final do poema e o que essa pessoa representa para o eu lírico?

      A revelação final é que a pessoa que subia a escada é o papai. Ele representa para o eu lírico o símbolo de "força e de confiança" e de "toda proteção".

 

 

MINICONTO: HOJE - IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO - COM GABARITO

 Miniconto: Hoje

            Ignácio de Loyola Brandão

        Nas noites de verão, ou todas as noites, depois do jantar, o pai abandona a mesa. Ainda com a xícara de café na mão, ele se dirige à caixa quadrada. A deusa dos raios azulados espera o toque. Para emitir som e luz, imagem e movimento. Todos se ajeitam. O lugar principal é para o pai. Ninguém conversa. Não há o que falar. O pai não traz nada da rua, do dia-a-dia do escritório. Os filhos não perguntam, estão proibidos de interromper. A mulher mergulha na telenovela, no filme. Todos sabem que não virá visita. Se vier alguma, chegará antes da telenovela. Conversas esparsas durante os comerciais. A sensação é que basta estar junto. Nada mais. Silenciosa, a família contempla a caixa azulada. Os olhos excitados, cabeças inflamadas. Recebendo, recebendo. Enquanto o corpo suportar, estarão ali. Depois, tocarão o botão e a deusa descansará. Então, as pessoas vão para as camas, deitam e sonham. Com as coisas vistas. Sempre vistas através da caixa. Nunca sentidas ou vividas. Imunizadas que estão contra a própria vida.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwJxsGwYQZxeL7OOf7xCBBQeAb7I54dyRcZKMNUzn04F_iZBPMmmARNjP2g4_mBjlnvZstKXG3AlS2qdo2x4o9PQb7PYrQBRoJjtyoTAo9Ta-k1WVdK0v_MLPQzXQSwToUHIfgsqgIkUJfslkOO3x64Xb2OmsgoIR-iwtiW1Q1aADK2XHHCSKeqymFZOI/s320/NOITE.jpg


Dentes ao sol. Rio de Janeiro, Codecri, 1980.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 108-109.

Entendendo miniconto:

01 – Qual é a rotina da família descrita no texto, todas as noites, após o jantar?

      Depois do jantar, o pai da família se levanta e liga a "caixa quadrada" (a televisão). Todos se ajeitam e se posicionam para assistir, em silêncio.

02 – Por que a família não conversa durante o ritual de assistir TV?

      Não há o que falar porque o pai não compartilha nada de seu dia no escritório, e os filhos são proibidos de interromper o momento. O silêncio é a regra, exceto por conversas esparsas durante os comerciais.

03 – Como a crônica descreve a interação da família com a "caixa azulada"?

      A família se senta junta, mas não há comunicação. Eles se tornam espectadores passivos, com "olhos excitados, cabeças inflamadas", apenas "recebendo, recebendo" o que a televisão transmite, em uma atitude de total passividade.

04 – O que acontece depois que a família desliga a televisão e vai dormir?

      Depois de desligar a TV, as pessoas vão para a cama e sonham. No entanto, elas sonham "com as coisas vistas" na televisão, e não com as próprias experiências, sentimentos ou vidas.

05 – Qual a crítica principal do autor sobre o estilo de vida da família?

      O autor critica a passividade e a falta de conexão real entre os membros da família. Eles vivem de forma "imunizada... contra a própria vida", preferindo a realidade mediada pela tela em vez de vivenciar e sentir suas próprias experiências. A televisão se torna a única fonte de conteúdo para seus pensamentos e até mesmo seus sonhos.

 

POEMA: CANÇÃO - CECÍLIA MEIRELES - COM GABARITO

 Poema: Canção

             Cecília Meireles

Nunca eu tivera querido
dizer palavra tão louca:
bateu-me o vento na boca,
e depois no teu ouvido.
Levou somente palavra,
deixou ficar o sentido.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2k79c7AOigTqmt6-KkebiJOdWr0nmb2BzYtZr6AltC8ujvmF1YIyhE7LEransSp8xXTz2w6mdihCTdSpV36wAlKOOPbt-pWoQsZkmsAjAJUVAd_kkwj5xtdDiKPHzO95FYnnki9JbSF55SOwdJd_6sy0NhnksEXu0B1DQg1UFW2YlmT5fOYuj0-SEyf8/s320/VENTO.jpg



O sentido está guardado
no rosto com que te miro,
neste perdido suspiro
que te segue alucinado,
no meu sorriso suspenso
como um beijo malogrado.

Nunca ninguém viu ninguém
que o amor pusesse tão triste.
Essa tristeza não viste,
e eu sei que ela se vê bem...
Só se aquele mesmo vento
fechou os teus olhos também...

 MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1987.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 116.

Entendendo o poema:

01 – O que o eu lírico afirma sobre a "palavra tão louca" que foi dita?

      O eu lírico afirma que nunca teria querido dizer a "palavra tão louca". Ele diz que o vento a tirou de sua boca e a levou até o ouvido da pessoa amada.

02 – O que o vento levou e o que ele deixou, de acordo com o poema?

      O vento levou apenas a palavra, mas deixou o seu "sentido".

03 – Onde o "sentido" da palavra está guardado, segundo a segunda estrofe?

      O sentido está guardado no rosto com que o eu lírico mira a pessoa amada, no "suspiro" que o segue e no "sorriso suspenso", comparado a um "beijo malogrado".

04 – Qual é a principal emoção que o amor causou no eu lírico?

      O amor causou uma "tristeza" tão grande que, segundo o eu lírico, "nunca ninguém viu ninguém que o amor pusesse tão triste".

05 – Qual a hipótese do eu lírico para o fato de a pessoa amada não ter notado sua tristeza?

      O eu lírico se pergunta se a pessoa amada não viu sua tristeza (que "se vê bem") porque "aquele mesmo vento" que levou a palavra também "fechou os teus olhos".

 

 

POESIA: BRASIL - FRAGMENTO - RONALD DE CARVALHO - COM GABARITO

 Poesia: Brasil – Fragmento

             Ronald de Carvalho

        Nesta hora de sol puro

        Palmas paradas

        Pedras polidas

        Claridades

        Faíscas

        Cintilações

        Eu ouço o canto enorme do Brasil!

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ftWfqMwKlwf2xVgDymD1r37HlhxUrP-DFWXekWN1KzTEpjvrXGF7eulYuD3aTCqs5AoTEkCIeyoNh7WSYCdoyotSFMkOq0aDoo8mGqXJi24Js4dldUAYnajEJ-1dQquQxtYOOrw-fclXIb9cUGrg2GlNPIab6pseXPJj1N7rss31DfewO8XSpy0qpGQ/s1600/SOL.png


        Eu ouço o tropel dos cavalos de Iguaçu correndo na ponta das rochas nuas, empinando-se no ar molhado, batendo com as patas de água na manhã de bolhas e pingos verdes;

        [...]

        Eu ouço os arroios que riem, pulando na garupa dos dourados gulosos, mexendo com os bagres no limo das luras e das locas;

        Eu ouço as moendas espremendo canas, o gluglu do mel escorrendo nas tachas, o tinir das tigelinhas nas seringueiras;

        E machados que disparam caminhos,

        E serras que toram troncos,

        E matilhas de “Corta Vento”, “Rompe-Ferro”, “Faíscas” e “Tubarões” acuando suçuaranas e maçarocas,

        E mangues borbulhando na luz,

        E caititus tatalando as queixadas para os jacarés que dormem no tejuco morno dos igapós...

        [...]

Antologia Universitária, vol. IV. Taubaté, Universidade de Taubaté, 1980.

Fonte: Português – 1º grau – Descobrindo a gramática 8. Gilio Giacomozzi; Gildete Valério; Cláudia Reda Fenga. São Paulo. FTD, 1992. p. 129.

Entendendo a poesia:

01 – Que elementos visuais e de luminosidade são descritos no início do poema?

      O poema começa descrevendo um momento de "sol puro" com "palmas paradas" e "pedras polidas", além de termos que remetem à luz, como "claridades", "faíscas" e "cintilações".

02 – Qual o sentido principal que o eu lírico usa para "ouvir o canto enorme do Brasil"?

      Apesar da referência ao "canto", o eu lírico usa a audição para descrever sons que remetem à natureza e à atividade do país, como o "tropel dos cavalos de Iguaçu" e o som dos "arroios que riem".

03 – De que forma o poeta personifica a força das Cataratas de Iguaçu?

      O poeta personifica as águas de Iguaçu como "cavalos de Iguaçu correndo na ponta das rochas", que se "empinam no ar molhado" e batem com suas "patas de água".

04 – Quais são os sons relacionados à produção de cana-de-açúcar que o eu lírico ouve?

      O eu lírico ouve o som das "moendas espremendo canas", o "gluglu do mel escorrendo nas tachas" e o "tinir das tigelinhas nas seringueiras".

05 – Que tipos de sons ligados à floresta e ao trabalho na mata são citados?

      Ele ouve o barulho dos "machados que disparam caminhos" e o das "serras que toram troncos", além do som de cachorros de caça (como "Corta Vento" e "Rompe-Ferro") acuando animais.

06 – Quais animais são mencionados na poesia e qual é a ação que eles realizam?

      São mencionados "dourados gulosos" e "bagres" (peixes) nos arroios. Na floresta, há "suçuaranas e maçarocas" sendo acuadas por cachorros, e "caititus" que "tatalam as queixadas" para os "jacarés" que dormem.

07 – De que forma a natureza e o trabalho humano se unem na paisagem sonora do poema?

      A paisagem sonora do poema é uma mistura de sons naturais (o rio, os animais) e sons do trabalho humano (machados, serras, moendas). Essa união mostra a interação entre o homem e a natureza no Brasil, onde as atividades de subsistência e produção se fundem com a exuberância da vida selvagem.

 

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

100 PROVÉRBIOS POPULARES

 100 PROVÉRBIOS POPULARES

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5M-cUj7JbcYROFfVBp-BwPStKRxAKwOlreWifKg-eoo7xm8KttrsCEtEDUGZ9FSyVqUu5sJscBI8fXDw8cWSohlGZcZLbYa-A_74F1AdYWXBsfprjVYTvYtl4fP_DPqhiTn6g2EmpHtUla_ThTQcdVa5o76IbP0pfzcUWFFyUk0rCxiGMHhwmLQYJ9Js/s320/Sem-titulo-2.png


 01.     “Macaco não olha pro rabo”.

02.     “Cachorro que muito anda, apanha pau ou rabugem”.

03.   “Quem corre cansa, quem anda alcança”.

04. “É melhor prevenir do que remediar”.

05.   “Um é pouco, dois é bom, três é demais”.

06.    “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.

07.    “Uma andorinha só não faz verão”.

08.    “Boca calada não entra mosca”.

09.   “Vão-se os anéis, ficam os dedos”.

10.  “Cavalo dado não se olha os dentes”.

11.  “Quem com ferro fere com ferro será ferido”.

12.  “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”.

13.  “Cada um sabe o sapato onde aperta”.

14.  “Em terra de cego quem tem olho é rei”.

15.  “Quem pariu Mateus que balance”.

16.  “Quem pariu Bento que acalente”.

17.  “Cachorro que muito ladra não morde”.

18.  “Águas passadas não movem moinhos”.

19.  “Quem cala consente”.

20.  “Filho de peixe peixinho é”.

21.  “À noite, todos os gatos são pardos”.

22.  “Ninguém deixa o certo pelo duvidoso”.

23.  “Quem comeu a carne que roa os ossos”.

24.  “Formiga quando quer se perder cria asa”.

25.  “O mar não tem cabelo”.

26.  “Pior a emenda do que o soneto”.

27.  “Cobra que não anda não engole sapo”.

28.  “Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”.

29.  “Notícia ruim cria asa”.

30.  “Quem semeia vento colhe tempestade”.

31.  “Quem não pode com o pote não pega na rodilha”.

32.  “Pra cavalo velho o remédio é capim novo”.

33.  “A desculpa do amarelo é comer barro”.

34.  “Panela velha é que faz comida boa”.

35.  “Não adianta chorar o leite derramado”.

36.  “O que é do homem o bicho não come”.

37.  “Panela que muito se mexe ou sai insosso ou salgado”.

38.  “Quem não ouve conselho raras vezes acerta”.

39.  “De grão em grão a galinha enche o papo”.

40.  “Quem tem inimigo não dorme”.

41.  “Guarda o que não te convém que um dia a te servir vem”.

42.  “É melhor um pássaro na mão do que dois voando”.

43.  “Quem não veste velho novo nunca tem”.

44.  “Galo onde canta, aí janta”.

45.  “Quem vê cara não vê coração”.

46.  “Quem ama o feio bonito lhe parece”.

47.  “O que os olhos não veem o coração não sente”.

48.  “Rir é o melhor remédio”.

49.  “Quem ri por último ri melhor”.

50.  “Costume é quem mata”.

51.  “Seguro morreu de velho e desconfiado ainda é vivo”.

52.  “Boa romaria faz quem em sua casa está em paz”.

53.  “Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”.

54.  “Coração de homem é terra que ninguém mora”.

55.  “Uma ovelha má põe um rebanho a perder”.

56.  “Cada macaco no seu galho”.

57.  “A formiga sabe a folha que corta”.

58.  “Quem tem filho barbado é gato”.

59.  “Casa de ferreiro, espeto de pau”.

60.  “Quem canta de graça é galo”.

61.  “Quem trabalha de graça é relógio”.

62.  “Devagar com o andor que o santo é de barro”.

63.  “Quem não tem cão caça com gato”.

64.  “Devagar se vai ao longe”.

65.  “Quem se apressa come cru”.

66.  “A pressa é inimiga da perfeição”.

67.  “Quem fala o que quer ouve o que não quer”.

68.  “Quem canta seus males espanta”.

69.  “Esmola demais o cego desconfia”.

70.  “Quem não chora não mama”.

71.  “Quem não fala Deus não ouve”.

72.  “O mundo é dos espertos”.

73.  “Uma mulher prevenida vale por duas”.

74.  “Quem come dos meus pirões aguenta os meus esticões”.

75.  “Pelo santo se beija o altar”.

76.  “Quem muita pedra bole, uma lhe cai na cabeça”.

77.  “Pedra que muito muda não cria lodo”.

78.  “Uma mão lava a outra”.

79.  “Muita trovoada é sinal de pouca chuva”.

80.  “Quem tudo quer tudo perde”.

81.  “Antes tarde do que nunca”.

82.  “A propaganda é a alma do negócio”.

83.  “Santo de casa não faz milagre”.

84.  “Cesteiro que faz um cesto faz um cento”.

85.  “Pelo dedo se conhece o gigante”.

86.  “A gente conhece o pau pela casca”.

87.  “Quem tem besta não compra cavalo”.

88.  “Quem dá o que lhe dão fica pidão”.

89.  “Quem dá o que tem a pedir vem”.

90. “Missa e maré esperada ao pé”.

91.  “A ignorância é a mãe de todos os vícios”.

92.  “Quem é bom para os outros é ruim pra si”.

93.  “Mentira tem perna curta”.

94.  “Quem não arrisca não petisca”.

95.  “Errar é humano, persistir no erro é burrice”.

96.  “Não confunda alhos com bugalhos”.

97.  “Fulano não é carne nem é peixe”.

98.  “Quem a boca do meu filho beija a minha adoça”.

99. “Quem nasce pra tostão não dá pra milhão”.

100. “Passarinho que acompanha morcego amanhece de cabeça pra baixo”.