quinta-feira, 20 de novembro de 2025

REPORTAGEM: ELEIÇÕES 2018: CANDIDATURAS DE NEGROS CRESCEM, MAS PARTIDOS CONTINUAM COM MAIORIA DE BRANCOS - FRAGMENTO - MARIANA SCHREIBER - COM GABARITO

 Reportagem: Eleições 2018: Candidaturas de negros crescem, mas partidos continuam com maioria de brancos – Fragmento

Mariana Schreiber - @marischreiber

Da BBC News Brasil em Brasília

        O número de candidatos negros (soma de pardos e pretos, segundo critério do IBGE) cresceu em 2018 na comparação com 2014, mas esse grupo continua subrepresentado nas eleições deste ano. A autodeclaração dos candidatos revela que os brancos serão novamente a maioria dos rostos na urna eletrônica.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv6Uk1SmpnUvpLiC0gqVCArOxW9BwdhSN-lwWkNWH0SlFjK14V74pC0iPBBgdNLMKtiBD2Z4Was54nkxvx7lK3K6zXAFRTmVQWfwExBgIdvRGjDpcAmTCsHjrVjlb_PJYcbiE4w2kpsKU1v6dLU4M8Mb6oEIh84wvTzy4DbCuqehDzoOLCEqGriiesWVA/s320/ELEI%C3%87%C3%83O.jpeg


        Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram um total de 28,1 mil pessoas inscritas para concorrer em outubro aos cargos de deputado estadual, deputado distrital, deputado federal, senador, governador e presidente.

        Desse total, 53% são brancos, embora esse grupo racial represente cerca de 44% dos brasileiros, segundo o IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Já os negros, que são mais da metade da população (55%), somam 46% dos candidatos. Assim como no caso das candidaturas, os dados do IBGE se baseiam na autodeclaração racial.

        [...]

Texto publicado em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45289523. Acesso em: 4 jun. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 9º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 81.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual é o principal contraste observado no cenário das candidaturas de 2018 em relação à representatividade racial?

      O principal contraste é que, apesar do crescimento no número de candidatos negros (soma de pardos e pretos) em comparação com 2014, o grupo continua subrepresentado nas eleições. Os candidatos brancos serão novamente a maioria dos rostos na urna eletrônica.

02 – De acordo com o fragmento, qual critério é utilizado para definir a categoria "negros" na reportagem e por quem ele é adotado?

      O critério utilizado para definir a categoria "negros" é a soma de pardos e pretos, conforme a classificação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A reportagem também menciona que tanto os dados do IBGE quanto os da Justiça Eleitoral se baseiam na autodeclaração racial dos indivíduos.

03 – Qual é a porcentagem de candidatos brancos e negros no total de candidaturas de 2018, e como esses números se comparam com a proporção na população brasileira?

      Candidatos Brancos: 53% do total de candidatos, sendo que o grupo representa cerca de 44% da população brasileira.

      Candidatos Negros: 46% do total de candidatos, sendo que o grupo representa cerca de 55% da população brasileira.

      Portanto, os brancos estão super-representados e os negros estão sub-representados nas candidaturas em relação à população.

04 – Quantas pessoas se inscreveram no total para concorrer aos cargos eletivos nas eleições de outubro de 2018, de acordo com o TSE?

      Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram um total de 28,1 mil pessoas inscritas para concorrer aos cargos de deputado estadual, deputado distrital, deputado federal, senador, governador e presidente.

05 – O que os dados de autodeclaração racial das candidaturas de 2018 revelam sobre quem será a maioria dos concorrentes nas urnas?

      Os dados de autodeclaração revelam que os brancos serão novamente a maioria dos rostos na urna eletrônica, constituindo 53% do total de candidatos.

 

NOTÍCA: BRASIL TERÁ REATOR NUCLEAR MULTIPROPÓSITO: PARA QUE SERVE E COMO FUNCIONA - FRAGMENTO - DO UOL - COM GABARITO

 Notícia: Brasil terá reator nuclear multipropósito: para que serve e como funciona – Fragmento

Fernando Cymbaluk e Wanderley Preite Sobrinho – Do UOL, em São Paulo

12/06/2018 04h01

        O governo federal anunciou na última semana a construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), no interior de São Paulo, planejado para entrar em operação em 2024. Conhecidos pelas polêmicas envolvendo bombas atômicas, os equipamentos nucleares também produzem substâncias úteis para o tratamento e o diagnóstico de diversas doenças, incluindo o câncer. Isso porque, por meio da tecnologia nuclear, é possível obter radiofármacos – substâncias radioativas que, sozinhas ou combinadas, o paciente inala, bebe ou recebe por meio de injeções.

 
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOisb-11k912MTb6EqaPRm2BC1q9hnrwj2VPPQgoOTy2wdzL0V9T1uLSQ3NHrB_M50pTPAMzTJFQV1X1HNGOBDdCPVmrjMcAUhQFIvfYWVKZrciwnrdKshjiun-27sng53DfXErY3bo_XdZjJPfRsmyUHequtuMZAWBSiEHPcjLCuvrIxYug6nBIfh-YU/s1600/REATOR.jpg



        Dentro do corpo, a radiação emitida permite a equipamentos potentes mapear o funcionamento de estruturas do corpo ou ainda age diretamente sobre órgãos como a tireoide e a próstata, tratando o câncer. De alto custo, a substância radioativa utilizada nos centros médicos do Brasil atualmente é importada. [...] Espera-se que o RMB forneça radiofármacos ao sistema público de saúde a preço de custo e reduza o risco de desabastecimento.

        [...]

        Ao todo, o RMB ocupará dois milhões de metros quadrados, que, além do reator, abrigarão laboratórios para o desenvolvimento dos radiofármacos, aceleradores de partículas e lasers de alta potência. "O reator terá, além do reator nuclear de pesquisa, toda uma infraestrutura de laboratórios, capazes de realizar testes de verificação dos efeitos da radiação", garantiu o ministro.

Fonte: CYMBALUK, F.; SOBRINHO, W. P. Brasil terá reator nuclear multipropósito: para que serve e como funciona. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2018/06/12/reator-brasileiro-produzira-material-radioativo-para-tratamento-de-cancer.htm. Acesso em: 13 maio 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 9º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 213.

Entendendo a notícia:

01 – O que é o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e qual a sua data de operação planejada?

      O RMB é um equipamento nuclear planejado para ser construído no interior de São Paulo. Seu objetivo principal é fornecer radiofármacos (substâncias radioativas) para o diagnóstico e tratamento de doenças, como o câncer. A previsão para que ele entre em operação, anunciada em 2018, era 2024.

02 – Para que servem e como funcionam os radiofármacos que serão produzidos pelo RMB?

      Os radiofármacos são substâncias radioativas que são administradas ao paciente (inaladas, bebidas ou injetadas). Eles servem para dois fins principais:

      Diagnóstico: A radiação que emitem permite a equipamentos mapear o funcionamento de estruturas do corpo.

      Tratamento: A radiação age diretamente sobre órgãos (como tireoide e próstata) para tratar o câncer.

03 – Qual é a principal vantagem econômica e de segurança para o sistema de saúde brasileiro com a entrada em operação do RMB?

      A principal vantagem é que o RMB deverá fornecer radiofármacos ao sistema público de saúde a preço de custo. Isso reduzirá o alto custo da substância radioativa, que atualmente é importada, e diminuirá o risco de desabastecimento nos centros médicos do Brasil.

04 – Além do reator nuclear em si, o que mais o complexo do RMB irá abrigar?

      O complexo do RMB ocupará dois milhões de metros quadrados e, além do reator nuclear de pesquisa, abrigará uma infraestrutura completa, incluindo: Laboratórios para o desenvolvimento de radiofármacos. Aceleradores de partículas. Lasers de alta potência.

05 – O ministro citado na reportagem mencionou uma função adicional dos laboratórios do RMB. Qual é essa função?

      O ministro garantiu que o reator terá, além do reator nuclear de pesquisa, toda uma infraestrutura de laboratórios capazes de realizar testes de verificação dos efeitos da radiação.

 

SINOPSE DE LIVRO: O FLAUTISTA MISTERIOSO E OS RATOS DE HAMELIN - BRAULIO TAVARES - COM GABARITO

 Sinopse de livro: O flautista misterioso e os ratos de Hamelin

                  Braulio Tavares

        As histórias viajam no tempo e no espaço em busca de leitores que, com sua imaginação, lhes deem vida nova.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLvS9j1hr4gNns4u-YU57tAQPYm1OZmvNm3Uzwm_0CzC_ITRsSmlR0ZJgYyLc3pqGS3mxsnWK2zMl9HGhq2LdbKaD0hkPw_L1a-lu45XCzZUQvyVpvO9IIaR9BlUYCwRyumf0qWE-aiEBtrJvUrRm75ZmI8uK9mocIafbdRn-I97K_WGAPVYiBKI0FhAI/s1600/FLAUTISTA.jpg


        A lenda do flautista de Hamelin é uma dessas histórias que, surgida em um povoado europeu na Idade Média, rodou o mundo, conquistou leitores em vários países e agora finca raízes em solo brasileiro. Neste livro, o poeta Braulio Tavares reconta a lenda em forma de cordel, emprestando-lhe o sabor inconfundível do tradicional verso nordestino.

TAVARES, Braulio. O flautista misterioso e os ratos de Hamelin. Ilustrações de Mario Bag. São Paulo: Editora 34, 2006. Contracapa.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 20.

Entendendo a sinopse:

01 – Qual é a lenda original que serve de base para o livro de Braulio Tavares?

      A lenda original que serve de base é a do Flautista de Hamelin, uma história que surgiu em um povoado europeu durante a Idade Média.

02 – Quem é o autor responsável por recontar a lenda nesta obra específica?

      O autor responsável é Braulio Tavares, um poeta brasileiro, que empresta à lenda o sabor do tradicional verso nordestino.

03 – Qual é o gênero literário ou a forma poética utilizada por Braulio Tavares para recontar a lenda?

      Braulio Tavares reconta a lenda na forma de cordel, que é um gênero poético popular do Nordeste brasileiro caracterizado por versos metrificados e rimas.

04 – O que a sinopse sugere sobre a capacidade das histórias antigas de se manterem vivas?

      A sinopse sugere que as histórias "viajam no tempo e no espaço" e buscam leitores que, com sua imaginação, lhes "deem vida nova".

05 – Qual é o principal elemento da cultura brasileira que o autor incorpora ao recontar esta lenda europeia?

      O autor incorpora o cordel, um gênero poético profundamente enraizado na cultura nordestina e brasileira, ao recontar a lenda europeia.

 

NOTÍCIA: QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - INPE.PRODES - COM GABARITO

 Notícia: Questões socioambientais e desenvolvimento sustentável

        A extração de madeira, a expansão de áreas destinadas à agropecuária, a urbanização e a construção de rodovias e estradas são as principais causas da devastação da Floresta Amazônica. Nos últimos 50 anos, a floresta perdeu cerca de 20% de sua área original, o que corresponde a uma porção três vezes maior que a do estado de São Paulo.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbKALLXj9bD715U5VRDE1ePxz9TYJkyaSiLCQ1RwZNxSxR7XsO0w5ehReGQiPDNI0jML3oaJpfx9FjsDFULNwE-cX6FmGsPxmg6Eto-LxxVucHw7DqfJvqUfi4A6m3u5EZTmLhY3EdvcJIXF8acEs9YPonDcQEPnaaeR7bdTfqzOX2nNnK3EspLNxEnes/s320/Madeira-ilegal-da-Amazonia-maranhense-no-Territorio-Arariboia-Foto-Arquivos-CIMI-MA-1024x768.jpg


        A Floresta Amazônica destaca-se pelo número de espécies de seres vivos que abriga. No entanto, essa imensa reserva de biodiversidade se encontra ameaçada pela exploração predatória, que, além de reduzir a vegetação e destruir o habitat de diversas espécies animais, acarreta uma série de problemas sociais que atingem populações quilombolas e indígenas que sobrevivem dos recursos da floresta.

        O desmatamento

        Historicamente, o desmatamento da Amazônia é considerado elevado. Embora tenha sido mais intenso em décadas passadas, nos últimos anos a velocidade do desmatamento voltou a aumentar. Diversas medidas públicas têm sido tomadas para evitar o avanço da extração ilegal da madeira ou a abertura de novos campos de pecuária ou de cultivo que não obedeçam à legislação de preservação florestal: leis mais rigorosas, aumento da fiscalização e monitoramento da floresta por satélite. No entanto, essas medidas não têm sido suficientes para conter a devastação da mata nativa, pois nem sempre as leis são cumpridas de forma eficaz.

        Arco do desmatamento

        Os maiores índices de desmatamento da Amazônia concentram-se nas margens sul e leste da Amazônia Legal, do Maranhão ao Acre, no chamado arco do desmatamento. A agropecuária tem avançado em direção ao norte do estado do Amazonas, onde se encontram grandes áreas intactas de floresta.

        Extração de madeira

        Para explorar madeira da floresta, as madeireiras precisam de licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Contudo, muitas delas atuam sem licença ou qualquer outro tipo de permissão legal. Devido ao alto valor das espécies consideradas nobres nos mercados brasileiro e internacional (como o mogno e o cedro, usados na produção de móveis), o lucro obtido com a venda da madeira derrubada ilegalmente é grande.

      Até a década de 1980, a exploração de madeira se concentrava em áreas próximas às rodovias e aos rios, que permitem rápido escoamento da madeira extraída. No entanto, essa atividade passou a ocorrer em áreas cada vez mais interiores da floresta, alcançadas por estradas abertas pelos madeireiros.

        Expansão agropecuária

        Parte da Floresta Amazônica foi devastada para abrir espaço para as atividades agropecuárias, principalmente para os pastos destinados à criação extensiva de gado.

        Os rebanhos bovinos na Amazônia Legal se concentram predominantemente na mesma faixa do arco do desmatamento. Isso ocorre porque o solo amazônico não é fértil para a atividade agrícola e, para realizar essa prática, depende muitas vezes do apoio da biotecnologia e de técnicas agrícolas avançadas para trazer resultados interessantes ao agronegócio.

        Queimadas

        A queimada consiste na prática rudimentar de queima da cobertura do solo, a fim de facilitar a limpeza da área para abrir um campo de cultivo de pastagem. É comum em áreas já desmatadas, com o objetivo de limpar campos destinados a replantio ou pastos, e até hoje é praticada em larga escala, provocando extensos danos ambientais.

        Além do risco de se transformar em vastos incêndios florestais, a queimada causa poluição atmosférica e degrada o solo, matando organismos responsáveis pela fertilização e expondo-o a processos erosivos. Ela também contribui para o aumento do gás carbônico na atmosfera.

        Hidrelétricas

        Com o objetivo de ampliar a produção de energia no país e promover o desenvolvimento da Região Norte, nas últimas décadas foram construídas hidrelétricas nos rios da Bacia do Amazonas. Entretanto, essas obras foram alvo de críticas em razão dos impactos socioambientais decorrentes de sua implantação.

        O relevo da Amazônia é formado predominantemente por terrenos de baixas altitudes, geralmente planos, o que indica baixo potencial para a construção de hidrelétricas. Por essas características, para abastecê-las, é necessário o alagamento de extensas áreas, em muitas das quais vivem comunidades ribeirinhas e grupos indígenas. As populações residentes nesses lugares são removidas e realocadas. Desrespeitando sua ligação com o espaço onde vivem, seu modo de vida e suas atividades de sustento.

        Preservação dos recursos naturais

        O chamado desenvolvimento sustentável representa uma alternativa para o modelo econômico vigente nos dias atuais. Busca reduzir os impactos socioambientais ao explorar recursos de modo controlado, não interferindo na reprodução das espécies nem afetando a biodiversidade. Além disso, também objetiva respeitar as comunidades tradicionais e aproveitar seus conhecimentos.

        Projetos de êxito

        Atualmente, muitas empresas, institutos e organizações não governamentais estão implantando projetos de desenvolvimento sustentável que envolvem o reflorestamento e a agricultura de espécies nativas, como o açaí.

        Um exemplo desse tipo de iniciativa é o projeto Reca (Reflorestamento Econômico Concentrado e Adensado), implantado no distrito de Nova Califórnia, em Porto Velho (Rondônia). Idealizado por pequenos agricultores, o projeto consiste em reflorestar áreas devastadas por meio do plantio de diversas espécies vegetais nativas, recriando florestas para exploração sustentável de seus recursos.

        Mais de 40 espécies frutíferas estão sendo exploradas economicamente nessas áreas reflorestadas. A qualidade é prioridade para os agricultores que vivem da comercialização das frutas.

        Os grupos indígenas da Região Norte

        Entre as regiões brasileiras, a Região Norte é a que possui a maior população indígena. Na Amazônia Legal, estão localizados 98,5% das Terras Indígenas do país, distribuídas em 422 reservas, que, juntas, ocupam 111401207 hectares – área que corresponde a aproximadamente 22% de toda a Amazônia Legal.

        Muitas terras ainda não foram demarcadas devido a interesses econômicos de fazendeiros, madeireiros e mineradores que querem explorá-las comercialmente. Calcula-se que em mais de 100 Terras Indígenas não demarcadas existam minas de ouro e outros minérios com alto valor comercial, daí a pressão das mineradoras para a não demarcação desses territórios.

        Os povos indígenas que vivem na floresta dependem dos rios para sobreviver. Um dos objetivos do desenvolvimento sustentável é garantir que essa população tenha seus direitos respeitados, o que nem sempre ocorre. A relação entre indígenas e não indígenas tem sido conflituosa, pois ainda são constantes as invasões, até mesmo das Terras Indígenas demarcadas. A saúde indígena é um desafio para as políticas indigenistas brasileiras. Vulnerável a enfermidades levadas para as aldeias por pessoas não indígenas, essa população apresenta altas taxas de mortalidade infantil.

        As reservas extrativistas

        Para preservar os recursos da Floresta Amazônica foram criadas reservas extrativistas – áreas pertencentes à União, nas quais é permitida a exploração comercial por um número restrito de famílias.

        As primeiras reservas extrativistas datam de 1990, quando o governo federal delimitou terras da Região Norte para serem utilizadas por castanheiros e seringueiros para sustento próprio e de suas famílias. Nessas reservas são proibidas a transferência de posse e a prática do extrativismo predatório.

        A criação das reservas extrativistas ajudou a demonstrar que atividades como a extração do látex e a coleta do açaí e da castanha podem ser praticadas de modo sustentável. Ela foi resultado de lutas empreendidas pelas comunidades tradicionais da floresta.

        No Acre, Chico Mendes se destacou por seu intenso trabalho em defesa da mata e dos seringueiros, tornando-se uma figura conhecida mundialmente. Suas ideias, porém, ameaçavam os proprietários e demais interessados em terras da região, dando origem a muitos conflitos. Em 1988, Chico foi assassinado pelo filho de um seringalista.

Fonte: INPE. PRODES estima 7989 km2 de desmatamento por corte raso na Amazônia em 2016. Disponível em: www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=4344. Acesso em: 11 abr. 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 7º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 436-442.

Entendendo a notícia:

01 – Quais são as quatro principais causas da devastação da Floresta Amazônica mencionadas no texto?

      As principais causas são a extração de madeira, a expansão de áreas destinadas à agropecuária, a urbanização e a construção de rodovias e estradas.

02 – Em termos de área, qual é o impacto da devastação da Amazônia nos últimos 50 anos, e quais são os dois principais problemas decorrentes dessa exploração predatória?

      A floresta perdeu cerca de 20% de sua área original, o que corresponde a uma porção três vezes maior que a do estado de São Paulo. Os problemas decorrentes são a redução da vegetação e destruição do habitat de espécies animais, e os problemas sociais que atingem populações quilombolas e indígenas.

03 – Onde se concentra o chamado "arco do desmatamento" na Amazônia Legal e qual atividade tem avançado em direção ao norte do estado do Amazonas?

      O "arco do desmatamento" concentra-se nas margens sul e leste da Amazônia Legal, abrangendo do Maranhão ao Acre. A agropecuária tem avançado em direção ao norte do estado do Amazonas.

04 – Qual é o órgão federal que deve licenciar a exploração de madeira na Amazônia, e quais são os dois exemplos de espécies consideradas nobres citados no texto?

      O órgão responsável é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). As espécies nobres citadas são o mogno e o cedro.

05 – Qual é a principal atividade agropecuária que devastou parte da Floresta Amazônica e por que a agricultura na região depende de biotecnologia e técnicas avançadas?

      A principal atividade é a abertura de espaço para os pastos destinados à criação extensiva de gado. A agricultura depende de técnicas avançadas porque o solo amazônico não é naturalmente fértil para essa prática.

06 – O que são as "queimadas" e quais são os três principais danos ambientais que essa prática causa, além do risco de incêndios?

      A queimada é a prática rudimentar de queima da cobertura do solo para facilitar a limpeza da área. Os danos são a poluição atmosférica, a degradação do solo (matando organismos de fertilização e expondo-o à erosão) e a contribuição para o aumento do gás carbônico na atmosfera.

07 – Por que a construção de hidrelétricas na Bacia do Amazonas é alvo de críticas e quais grupos sociais são diretamente afetados pela necessidade de alagamento de extensas áreas?

      A construção é criticada porque o relevo de baixas altitudes da Amazônia exige o alagamento de extensas áreas para abastecê-las, causando impactos socioambientais. Isso afeta diretamente comunidades ribeirinhas e grupos indígenas, que são removidos e realocados.

08 – Qual é o conceito central de Desenvolvimento Sustentável e quais são seus dois objetivos principais em relação aos recursos e às comunidades?

      O desenvolvimento sustentável busca reduzir os impactos socioambientais ao explorar recursos de modo controlado, não interferindo na reprodução das espécies nem afetando a biodiversidade. Além disso, objetiva respeitar as comunidades tradicionais e aproveitar seus conhecimentos.

09 – Descreva o Projeto Reca, citado como um projeto de êxito em desenvolvimento sustentável, e qual é seu foco de exploração econômica?

      O Projeto Reca (Reflorestamento Econômico Concentrado e Adensado), em Rondônia, consiste em reflorestar áreas devastadas por meio do plantio de diversas espécies vegetais nativas (como o açaí), recriando florestas para a exploração sustentável de seus recursos. Seu foco econômico é a comercialização de espécies frutíferas.

10 – Qual interesse econômico de um grupo específico é o principal fator que atrasa a demarcação de mais de 100 Terras Indígenas na Amazônia Legal, e o que são as reservas extrativistas?

      O interesse econômico das mineradoras é o fator, devido à presença de minas de ouro e outros minérios com alto valor comercial nessas terras. Reservas extrativistas são áreas da União onde é permitida a exploração comercial controlada por um número restrito de famílias, com o objetivo de preservar os recursos e incentivar o extrativismo sustentável.

 

NOTÍCIA: HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA - FRAGMENTO - GILSON DE AMORIM - COM GABARITO

 Notícia: História da Fotografia – Fragmento

            Gilson de Amorin

        A fotografia é resultado de um longo processo de experiências que tem origem na Antiguidade, com o conhecimento da câmera escura, e acaba se materializando em 1826 com sua invenção por Nicéphore Nièpce. Primeiro os cientistas descobriram o mecanismo de reflexão de imagens com o uso da câmera escura, depois as técnicas de imprimir e fixar a imagem em um papel com o uso de produtos químicos.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMBMBmCtMIcOk9l0bPhTROPRTmwTBPRc6uUXw-yFKmEwv0yjaaZ8O5sLsEA6suBKMTe1w3Z8eFs_4ZjXRcXkap3KGWXMVSTyqyK0Bb38T5lZcKaEEgRB7r_XOcJjv3nIMXJxJrC3uJY9O6XaskyAI33DsbLtLBR2w8yhMd8Url3jN68xbkCzDEi6Ksc5o/s320/FOTO.jpeg


        A origem exata da câmara escura é desconhecida, mas há referências sobre seu uso entre os gregos, chineses, árabes, assírios e babilônios muitos anos antes da invenção da fotografia. [...]

        A técnica de produzir imagens da realidade com uso de uma câmera escura já era conhecida desde a antiguidade. Era preciso encontrar uma forma de capturar e fixar a imagem refletida pela câmera escura. É nesse contexto de busca que se destaca o trabalho de pesquisa de Nicéphore Nièpce. Ele conseguiu fixar a imagem em uma placa sensibilizada a partir de produtos químicos, sendo atribuído a ele a produção da primeira fotografia.

        A partir da invenção da fotografia, a técnica fotográfica é difundida pelo mundo. Aos poucos o invento vai se popularizando. [...]  

        Uma outra pessoa que assume importante papel para a História da fotografia é Antoine Hercules Romuald Florence. Ele é um dos pioneiros da fotografia no Brasil e contribuiu muito para o desenvolvimento da técnica fotográfica no mundo. Em 1833, Florence, usando uma câmera escura com uma chapa de vidro, usou um papel sensibilizado para a impressão de uma fotografia por contato. Embora totalmente isolado e sem conhecimento das pesquisas que estavam sendo realizadas na Europa, [...] Florence obteve o resultado fotográfico, que chamou pela primeira vez de ''Photografie''. O nome fotografia foi usado pela primeira vez por Florence, adotado cinco anos depois pelos pesquisadores europeus. Pela descoberta, Florence é considerado um dos pioneiros na Fotografia, embora sem reconhecimento da comunidade científica mundial da sua época. Em 1976, a pedido do fotógrafo e Historiador Boris Kossoy, químicos dos Estados Unidos repetiram as experiências realizadas por Florence descritas em seu manuscrito e provaram a história que ainda é pouca conhecida no Brasil. Hoje Florence é citado nas bibliografias internacionais como uns dos pais da fotografia, reconhecimento que demorou mais de um século para acontecer. 

Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_unioeste_hist_pdp_gilson_de_amorin.pdf. Acesso em: 6 maio 2019.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 9º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 182.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é a invenção considerada o marco inicial da fotografia e em que ano ela se materializou?

      A invenção da fotografia se materializou em 1826 por Nicéphore Nièpce. Este evento é considerado o resultado final de um longo processo de experiências que começou com o conhecimento da câmera escura na Antiguidade.

02 – Qual foi o papel da câmera escura no desenvolvimento da fotografia e quando seu uso já era conhecido?

      A câmera escura foi fundamental por permitir o mecanismo de reflexão de imagens. O conhecimento e o uso dessa técnica já existiam na Antiguidade, com referências entre os gregos, chineses, árabes, assírios e babilônios, muito antes da invenção da fotografia.

03 – De que forma Nicéphore Nièpce conseguiu produzir a primeira fotografia?

      Nicéphore Nièpce conseguiu fixar a imagem refletida pela câmera escura em uma placa sensibilizada a partir de produtos químicos. Essa conquista é o que lhe atribui a produção da primeira fotografia.

04 – Qual foi a principal dificuldade que a câmera escura apresentava e que a pesquisa subsequente buscou resolver?

      A principal dificuldade era que, embora a câmera escura produzisse imagens da realidade, era preciso encontrar uma forma de capturar e fixar de maneira permanente a imagem refletida.

05 – Quem é Antoine Hercules Romuald Florence e qual seu papel na História da Fotografia no Brasil e no mundo?

      Antoine Hercules Romuald Florence é um dos pioneiros da fotografia no Brasil e contribuiu para o desenvolvimento da técnica fotográfica no mundo. Isoladamente, em 1833, ele conseguiu resultados fotográficos (impressão por contato) e usou pela primeira vez o termo "Photografie" (fotografia).

06 – Por que o trabalho de Florence demorou a ser reconhecido pela comunidade científica mundial da sua época?

      Florence trabalhava totalmente isolado e sem conhecimento das pesquisas que estavam sendo realizadas na Europa. Por conta disso, ele não teve o reconhecimento da comunidade científica mundial em sua época, sendo considerado um pioneiro com reconhecimento tardio.

07 – Como o trabalho de Antoine Hercules Romuald Florence foi, finalmente, comprovado e reconhecido?

      O trabalho de Florence foi comprovado em 1976, quando químicos dos Estados Unidos, a pedido do fotógrafo e historiador Boris Kossoy, repetiram as experiências descritas no manuscrito de Florence e provaram sua história. Hoje, ele é citado em bibliografias internacionais como um dos pais da fotografia.

 

CONTO: LIVRO - EU TE LENDO - FRAGMENTO - LYGIA BOJUNGA NUNES - COM GABARITO

 Conto: LIVRO – eu te lendo – Fragmento

            Lygia Bojunga Nunes

        [...]

        Eu tinha sete anos quando ganhei de presente um livro do Monteiro Lobato chamado Reinações de Narizinho. Um livro grosso assim. Só de olhar pra ele eu me senti exausta. Dei um dos muito obrigada mais sem convicção da minha vida, sumi com o livro num canto do armário, e voltei pras minhas histórias em quadrinho.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb2AkXgTgfe7JNfr8ge9F5wx-AyOUuD5cUKp8CrXXym3Q7fTQpU3JfAwNyMyHa0K_elrAlfVdV_nKToyPOr55sVx_Y_0CGhoUeZLU-EpTW4Qfpw2JiG8Dk4tp-8oe_Oa0xIlH3t7rVLqRTpZUeMh9awa5shVWEIcqDpX0LlfoqB_A3iEUkW8mlmD6s08Q/s320/nARIZINHO.jpg


        Eu estava superfresquinha de recém ter aprendido a ler, e andava às voltas com história em quadrinho. Era um pessoal legal, eu gostava deles, mas, sei lá! era uma gente tão diferente da gente. Eles moravam nuns lugares que eu nunca tinha ouvido falar; eles tinham cada nome tão estranho (às vezes até acabando com h!), como é? como é mesmo que se diz esse Flash? Flachi? Flachi Gordon? E se eu contava, por exemplo, eu hoje li que o Mandrake perdeu a cartola, tinha sempre alguém por perto aprendendo inglês pra querer mostrar que sabia mais que eu: não é assim que se diz, sua boba, é Mandreike.

        [...]

        E aí o meu tio, que tinha me dado Reinações de Narizinho (e que era um tio que eu adorava), chegou lá em casa e quis saber, então? gostou do livro? Eu fiz uma cara meio vaga.

        Passados uns tempos ele me cobrou outra vez, como é? já leu? Não tinha outro jeito: tirei o livro do armário, tirei a poeira do livro, tirei a coragem não sei de onde, e comecei a ler: "Numa casinha branca, lá no sítio do Picapau Amarelo..." E quando cheguei no fim do livro eu comecei tudo de novo, numa casinha branca lá no sítio do Picapau Amarelo, e fui indo toda a vida outra vez, voltando atrás num capítulo, revisitando outro, lendo de trás pra frente, e aquela gente toda do sítio do Picapau Amarelo começou a virar a minha gente.

        Muito especialmente uma boneca de pano chamada Emília, que fazia e dizia tudo que vinha na cabeça dela. A Emília me deslumbrava! nossa, como é que ela teve coragem de dizer isso? ah, eu vou fazer isso também!

        Mas longe de imaginar que eu estava vivendo o meu primeiro caso de amor.

        [...]

        Esse acordar da imaginação começou a mudar tudo. De repente, já não me bastava cantar junto a música que tocava no rádio só repetindo as palavras e mais nada. Eu me lembro de uma música que eu cantava sempre, e que falava numa tal Maria abrindo a janela numa manhã de sol e laralalá não sei o quê, mas que, agora, eu cantava querendo imaginar a janela: era verde? tinha veneziana? E a Maria como é que era? ela era gorda, ela era magra, ela tinha uma franja assim feito eu?

        Na hora de pular amarelinha, a pedra que eu ia jogar já ficava no ar; a minha imaginação imaginando: e se em vez de jogar a pedra assim, eu jogo ela assim?

        Mas o que a minha imaginação queria mesmo era voltar pr’aquele mundo encantado que o Lobato tinha criado, e ficar imaginando o tamanho e a cor da pedrinha que a Emília tinha engolido (e que não era pedrinha coisa nenhuma, era uma pílula falante); e ficar imaginando que jeito eu ia dar pra me encontrar com a Dona Aranha costureira, que tinha feito o vestido de casamento da Narizinho, e pedir pra, na hora do meu casamento, ela fazer o meu vestido também.

        [...]

BOJUNGA, Lygia. Livro – eu te lendo. Disponível em: www.ibbycompostela2010.org/descarregas/cp/Cp_IBBY2010_3-po.pdf. Acesso em: 20 jul. 2018.

Fonte: Da escola para o mundo. Roberta Hernandes; Ricardo Gonçalves Barreto. Ensino Fundamental – Anos finais. Projetos integradores 8º e 9º anos. Ed. Ática. São Paulo, 1ª edição, 2018. p. 16.

Entendendo o conto:

01 – Qual foi a reação inicial da narradora ao ganhar o livro "Reinações de Narizinho" e por que ela teve essa reação?

      A reação inicial da narradora, aos sete anos, foi de falta de convicção e exaustão só de olhar para o livro, que era "grosso assim". Ela o considerou tão desanimador que o escondeu "num canto do armário" e preferiu continuar lendo suas histórias em quadrinho.

02 – O que a narradora achava diferente ou problemático nas histórias em quadrinhos que ela lia, mesmo gostando delas?

      Ela gostava dos personagens, mas sentia que eram "tão diferentes da gente". Eles moravam em lugares que ela nunca tinha ouvido falar e tinham nomes estranhos (muitas vezes terminando com H), como Flash Gordon (que ela tentava pronunciar como Flachi). Além disso, havia a interferência de outras pessoas que corrigiam a pronúncia dos nomes em inglês, como Mandrake (Mandreike).

03 – O que motivou a narradora a finalmente começar a ler o livro de Monteiro Lobato e como a leitura a impactou?

      Ela foi motivada pela cobrança insistente do seu tio (que ela adorava) que havia dado o livro. O impacto foi profundo: após terminar a leitura da primeira vez, ela começou tudo de novo, lendo e relendo trechos, o que fez com que "aquela gente toda do sítio do Picapau Amarelo começou a virar a minha gente."

04 – Qual personagem do Sítio do Picapau Amarelo deslumbrou a narradora e qual característica dessa personagem a inspirou?

      A personagem que a deslumbrou foi a boneca de pano Emília. A característica que a inspirou foi o fato de Emília fazer e dizer tudo que vinha na cabeça dela. A narradora se perguntava: "nossa, como é que ela teve coragem de dizer isso? ah, eu vou fazer isso também!".

05 – De que forma a leitura do livro de Monteiro Lobato "acordou" a imaginação da narradora e mudou sua percepção de outras atividades?

      O "acordar da imaginação" começou a mudar tudo. Em vez de apenas repetir palavras ao cantar músicas no rádio, ela passava a imaginar os detalhes da cena (ex: se a janela era verde, se Maria era gorda ou magra). Além disso, na hora de pular amarelinha, ela ficava imaginando possibilidades diferentes para o movimento da pedra, transportando a imaginação para o cotidiano.

 

CRÔNICA: PARA ONDE VÃO OS VAGA-LUMES? - FRAGMENTO - DOMINGOS PELLEGRINI - COM GABARITO

 Crônica: Para onde vão os vaga-lumes? – Fragmento

             Domingos Pellegrini

 – Vô, para onde vão os vaga-lumes?

– Boa pergunta, hein?

– Então responde, vô: eles ficam aí piscando quando anoitece, depois desaparecem. Vão para onde?

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg85PGxYw9ebYsV0VSPkVGyQ3wsOvtjuftJYHs6PhclVZhS5O0x-zbueRh_KOrE4YPpS_re2yoU7rUj68p_9q6qg1tFwxHNgHS5nvTribv4ReGqSJpE7vZ72-yusuhBq_Lisk5R9CjnXfVBwK-2Hl7hAP-QF9hh4cx2hb0syrj100M3-7vLM1exsXAeEnE/s320/VAGALUME.jpg

– E como é que vou saber? Se eles falassem, eu pegava um e perguntava, mas...

– É que você sabe tanta coisa, né, vô... Pensei que soubesse pra onde vão os vaga-lumes e por que bem-te-vi canta triste.

– Bem-te-vi canta triste, você acha? Se é verdade, também não sei por quê.

– Então você também não deve saber por que minhoca não tem cabelo, né?

– Isso dá pra presumir, né: como vive debaixo da terra, cabelo pra quê?

– Então você tá bem desprotegido, né? Por falar nisso, vô, por que mulher não fica careca?

– Pela mesma razão que homem não tem seios. Satisfeito?

– Mais ou menos... Mas acho que, se você não sabe pra onde vão os pirililampos, pelo menos deve saber por que cai estrela cadente. É por cansaço?

 

PELLEGRINI, Domingos. Para onde vão os vaga-lumes? In: Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Salamandra, 2005, p. 206-207. Fragmento.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 9º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 19-20.

Entendendo a crônica:

 01 – Qual é a pergunta central e inicial feita pelo neto ao avô, que dá o título ao fragmento da crônica?

      A pergunta central é: "Vô, para onde vão os vaga-lumes?"

 02 – Por que o neto esperava que o avô soubesse a resposta para onde vão os vaga-lumes e por que o bem-te-vi canta triste?

      O neto esperava isso porque, em suas palavras, o avô "sabe tanta coisa".

03 – Qual a única pergunta que o avô consegue responder com uma presunção lógica, e qual a explicação dada por ele?

      A pergunta é: "por que minhoca não tem cabelo". A explicação do avô é que, como a minhoca vive debaixo da terra, não há necessidade de ter cabelo.

04 – Que tipo de comparação o avô utiliza para responder à pergunta do neto sobre o motivo de as mulheres não ficarem carecas?

      O avô usa uma comparação biológica direta: "Pela mesma razão que homem não tem seios".

05 – Qual é a última curiosidade levantada pelo neto no final do fragmento, e qual hipótese ele sugere para o fenômeno?

      A última curiosidade é "por que cai estrela cadente". A hipótese que ele sugere é se a estrela cai "por cansaço".

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

NOTÍCIA: ANTIGA ÁREA DE RESERVA TEM CONTAMINAÇÃO - FRAGMENTO - PHILLIPPE WATANABE - COM GABARITO

 Notícia: Antiga área de reserva tem contaminação – Fragmento

            Phillippe Watanabe

        Pesquisadores encontraram, em uma região que fazia parte da Renca (Reserva Nacional de Cobre e seus Associados), peixes contaminados por mercúrio. […]

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7YpUdoPj0D4CTm8XwmT4aWFMaHcSSiAf_Hg4s8mseRnUAKsCzj5RtlMENIsqYytWv72HL3Yv8pbZxFqSoag3YLwq0cfSTKArbUtLn1cRyniLBzlvTQBVabeG9NrxJ25xa1dDLYyClhcLIgdvZhU4jJcIoojcHBzFaDdnjPh4JOu9_rP01WcBkZK5Iy6w/s1600/FLORESTA.jpg


        Os dados [...] fruto de pesquisa do WWF-Brasil e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) – apontam que, no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e na Flona (Floresta Nacional) do Amapá, que não fazia parte da Renca, em 81% dos espécimes investigados há contaminação por mercúrio.

        A substância é um metal pesado utilizado no processo de extração do ouro. Paulo Cesar Basta, médico da Fiocruz, diz que não há níveis seguros de exposição à substância. [...]

        Segundo Marcelo Oliveira, do WWF-Brasil, oito espécies foram investigadas [...]. Cinco espécies tinham mais de 50% dos indivíduos com níveis de mercúrio superiores a 0,5 mg/kg – limite de tolerabilidade da OMS (Organização Mundial da Saúde) para consumo humano. [...]

        "São espécies consumidas pela população da região e obtivemos esses números alarmantes. É um problema de saúde pública”, diz Oliveira. "Se começar a juntar os pontos, você vê que o cenário é bastante preocupante."

        Paulo Basta afirma que “o mercúrio é um metal pesado com fácil difusão no corpo e que altera o metabolismo celular. O sistema nervoso central, principalmente, é vulnerável à substância".

        Oliveira e Basta, na segunda etapa do projeto, estudam a saúde das populações dos arredores. [...] Oliveira diz que, durante a nova etapa, já foram encontrados indígenas com sintomas de contaminação. [...].

Phillippe Watanabe. Reserva extinta por Temer tem áreas contaminadas por mercúrio. Folha de São Paulo, São Paulo, 25 ago. 2017. p. B9.

Fonte: Set Brasil. Ensino Fundamental, anos finais, 6º ano, livro 2. Thaís Ginícolo Cabral – São Paulo: Moderna, 2019. p. 349.

Entendendo a notícia:

01 – Qual foi o achado principal dos pesquisadores em uma região que fazia parte da Renca e em áreas próximas, como o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque?

      A descoberta principal foi a de peixes contaminados por mercúrio na região que fazia parte da Renca (Reserva Nacional de Cobre e seus Associados), bem como em 81% dos espécimes investigados no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e na Flona do Amapá.

02 – Qual é a substância que está contaminando os peixes e qual é a atividade humana responsável pela sua utilização e liberação no ambiente?

      A substância contaminante é o mercúrio, que é um metal pesado. A atividade humana responsável pela sua utilização é o processo de extração do ouro.

03 – De acordo com Marcelo Oliveira (WWF-Brasil), qual é o limiar de tolerabilidade da OMS para o consumo humano de mercúrio em peixes, e por que a situação é considerada um "problema de saúde pública"?

      O limite de tolerabilidade da OMS (Organização Mundial da Saúde) para consumo humano é de 0,5 mg/kg. A situação é considerada um problema de saúde pública porque cinco das oito espécies investigadas, consumidas pela população da região, tinham mais de 50% dos indivíduos com níveis de mercúrio superiores a esse limite.

04 – Segundo o médico Paulo Cesar Basta, qual é o efeito geral do mercúrio no corpo humano e qual é o sistema mais vulnerável a essa substância?

      O mercúrio é um metal pesado com fácil difusão no corpo, que altera o metabolismo celular. O sistema mais vulnerável à substância é o sistema nervoso central.

05 – Quem está envolvido na pesquisa sobre a contaminação, e qual é o foco da segunda etapa do projeto?

      A pesquisa inicial envolveu o WWF-Brasil e o ICMBio. A segunda etapa do projeto, na qual estão envolvidos Marcelo Oliveira e Paulo Basta, está focada em estudar a saúde das populações dos arredores, já tendo sido encontrados indígenas com sintomas de contaminação.