quinta-feira, 12 de setembro de 2024

POEMA: A SEMANA INTEIRA - SÉRGIO CAPPARELLI - COM GABARITO

 Poema: A SEMANA INTEIRA 

             Sérgio Capparelli

A segunda foi à feira, 

Precisava de feijão; 

A terça foi à feira, 

Pra comprar um pimentão; 

A quarta foi à feira, 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHCFhVm_B1P1j26buNsprd-vLs0X3niX22XVi2XB-QV3m163yUAPmtlhmSeZbsCdjy5NaeWkpJxqFhhX0iFd5-Uz3VdWVpt1kosmxeJTK_nH71oYm8TZnT7hWvMEZbHrwZXDHwhOh1uYayrdbcBroimfSQ1Nygm5ysX6JIlUhv-PpievI076qjumBHPPw/s320/FEIRA.png


Pra buscar quiabo e pão; 

A quinta foi à feira, 

Pois gostava de agrião; 

A sexta foi à feira, 

Tem banana? Tem mamão? 

Sábado não tem feira 

E domingo também não.

 Capparelli, Sérgio. ​111 poemas para crianças​. Porto Alegre: L&PM, 2003, p. 17. 

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 179.

Entendendo o poema:

01 – Qual alimento a segunda foi buscar na feira?

      A segunda foi à feira para comprar feijão.

02 – Qual foi o motivo da terça ir à feira?

      A terça foi à feira para comprar um pimentão.

03 – O que a quarta comprou na feira?

      A quarta foi à feira para buscar quiabo e pão.

04 – Qual é o alimento mencionado que a quinta gostava?

      A quinta gostava de agrião.

05 – Nos dias de sábado e domingo, há feira?

      Não, no sábado e no domingo não tem feira.

 

ARTIGO DE OPINIÃO: BATER PRA QUÊ? ALEXANDRE ROSSI - COM GABARITO

 Artigo de opinião: Bater pra quê?

               Alexandre Rossi

        Acho um absurdo donos de cachorros que querem educar seu animal através da violência.

        Há várias técnicas que podem ser utilizadas para repreender um mau comportamento do cão.

        Por exemplo: recompensar o cachorro com um petisco ou carinho quando fizer a coisa certa, incentivando-o a agir da maneira correta, será bem mais eficaz do que um tapa quando ele aprontar.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgexxtpL0R5-D_FGd9L7Q7vs0VtanOkjtptYxSMMKX9ihUpQyEzLuaXRqHTIVM8P3gd4S2vjogYCORsCUPsF6gwwEiyOmfr4UwXlf7lglZDSx2CvBUm3MJB37us-un7Y13b9wPMOnCUzaI2ymTUzwCzGQlBxVwtSqUwUJHTRy0sEgtDeaiRqV3FYb399Rw/s320/CAO.jpg


        Além do que, é muito mais fácil machucar o cachorro ao bater nele. Quando o cão se comporta mal, na hora da raiva, o proprietário pode não ter controle de sua própria força.

        Imagine você dando uma joelhada no peito do cachorro para ele parar de pular em cima de você... Sabia que você fazendo isso pode acabar fraturando uma costela dele?

        E mesmos aqueles tapinhas "inofensivos", como petelecos no focinho, também podem machucar se forem fortes demais, pois está é uma região sensível.

        Leve em conta também que bater no cachorro não apenas coloca em risco o bem-estar físico dele, mas também a segurança de quem está agredindo-o e de outras pessoas que se aproximarem do animal. O cão pode agir de maneira agressiva quando percebe que vai ser atacado, principalmente se, antes de bater, o dono gritou ameaçando-o ou olhou fixamente nos olhos dele.

        E essa reação contra quem o agrediu pode não vir na hora...Há chance de acontecer com qualquer outra pessoa que se aproxime do cachorro depois. Isso porque o cão passa a ficar com medo de qualquer movimento brusco e pode atacar até mesmo uma criança que esteja querendo abraça-lo, por exemplo.

        No fim das contas, quando a punição é necessária, o ideal é associar o comportamento errado a algo desconfortável para o cachorro. A meu ver, punições que só causem um susto, como chacoalhar uma lata com moedas, ou um leve desconforto físico, como borrifar água no focinho, são soluções bem eficazes na hora de repreender. Assim ninguém se machuca... Nem você, nem o cachorro!

Alexandre Rossi. http://www.caocidadao.com.br/artigocaes.php?id=108.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 6º ano. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. 7ª edição reformulada – São Paulo: ed. Saraiva, 2012. p. 190.

Entendendo o artigo de opinião:

01 – Qual é a principal tese defendida pelo autor no artigo?

      O autor defende que a educação de cães através da violência é ineficaz e prejudicial, tanto para o animal quanto para o dono. Ele argumenta que existem métodos mais eficazes e humanos para corrigir comportamentos indesejados.

02 – Quais são os principais argumentos utilizados pelo autor para sustentar sua tese?

      O autor utiliza argumentos baseados na ineficácia da violência, no risco de ferimentos físicos para o cão e para o dono, e nas consequências psicológicas do abuso para o animal, como o aumento da agressividade e do medo.

03 – Quais são as alternativas à violência propostas pelo autor para educar um cão?

      O autor sugere o uso de reforço positivo, como recompensas e elogios, para incentivar comportamentos desejáveis. Além disso, ele menciona punições leves e não violentas, como ruídos altos ou borrifar água, como alternativas para corrigir comportamentos indesejados.

04 – Quais são as possíveis consequências do uso da violência na educação de cães, de acordo com o autor?

      O autor aponta que a violência pode causar ferimentos físicos ao cão, aumentar sua agressividade, gerar medo e insegurança no animal, e prejudicar o vínculo entre o dono e o cão.

05 – Qual é a importância de abordar o tema da violência contra animais?

      Abordar esse tema é importante para conscientizar a sociedade sobre os maltratos dos animais e promover o bem-estar animal. Além disso, discutir sobre métodos eficazes de educação canina pode ajudar a prevenir casos de violência e abandono de animais.

06 – O autor apresenta alguma solução para pessoas que já utilizam a violência na educação de seus cães e desejam mudar essa prática?

      O artigo não apresenta uma solução específica para esse caso, mas sugere que essas pessoas busquem orientação de profissionais especializados em adestramento canino para aprenderem técnicas mais adequadas e humanas de educação.

07 – Qual é a sua opinião sobre o uso da violência na educação de cães?

      Essa pergunta é aberta e permite que o leitor reflita sobre o tema e expresse sua própria opinião, com base nos argumentos apresentados no artigo e em sua própria experiência.

 

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

CONTO: O ALIENISTA - CAPÍTULO IV: UMA TEORIA NOVA - MACHADO DE ASSIS - COM GABARITO

 Conto: O alienistaCapítulo IV: Uma teoria nova

            Machado de Assis

        Ao passo que D. Evarista, em lágrimas, vinha buscando o Rio de Janeiro, Simão Bacamarte estudava por todos os lados uma certa ideia arrojada e nova, própria a alargar as bases da psicologia. Todo o tempo que lhe sobrava dos cuidados da Casa Verde, era pouco para andar na rua, ou de casa em casa, conversando as gentes, sobre trinta mil assuntos, e virgulando as falas de um olhar que metia medo aos mais heroicos.

        Um dia de manhã,— eram passadas três semanas,— estando Crispim Soares ocupado em temperar um medicamento, vieram dizer-lhe que o alienista o mandava chamar.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhavx78bPi3-PQaw-iUDd1c_iuBffptd4HzTeL0Sze-dc0cgjIpFUqvtjfdf3866agFzuSZG0HM_Ge8Bx2LMZCb-ZAjGOldFj8XNSSiQr2H4ePzvpfRZBgOB7dQmJE91fj2OP4YNSNEf223s24_LE6q3ZCjl4-jBxwLrLLJTaIsss-CU4eNEN7TyEsD788/s320/CRISPIM.jpg


        — Trata-se de negócio importante, segundo ele me disse, acrescentou o portador.

        Crispim empalideceu. Que negócio importante podia ser, se não alguma notícia da comitiva, e especialmente da mulher? Porque este tópico deve ficar claramente definido, visto insistirem nele os cronistas; Crispim amava a mulher, e, desde trinta anos, nunca estiveram separados um só dia. Assim se explicam os monólogos que ele fazia agora, e que os fâmulos lhe ouviam muita vez: — "Anda, bem feito, quem te mandou consentir na viagem de Cesária? Bajulador, torpe bajulador! Só para adular ao Dr. Bacamarte. Pois agora aguenta-te; anda, aguenta-te, alma de lacaio, fracalhão, vil, miserável. Dizes amem a tudo, não é? aí tens o lucro, biltre!" — E muitos outros nomes feios, que um homem não deve dizer aos outros, quanto mais a si mesmo. Daqui a imaginar o efeito do recado é um nada. Tão depressa ele o recebeu como abriu mão das drogas e voou à Casa Verde.

        Simão Bacamarte recebeu-o com a alegria própria de um sábio, uma alegria abotoada de circunspeção até o pescoço.

        — Estou muito contente, disse ele.

        — Notícias do nosso povo? perguntou o boticário com a voz trêmula.

        O alienista fez um gesto magnífico, e respondeu:

        — Trata-se de coisa mais alta, trata-se de uma experiência científica. Digo experiência, porque não me atrevo a assegurar desde já a minha ideia; nem a ciência é outra coisa, Sr. Soares, senão uma investigação constante. Trata-se, pois, de uma experiência, mas uma experiência que vai mudar a face da Terra. A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente.

        Disse isto, e calou-se, para ruminar o pasmo do boticário. Depois explicou compridamente a sua ideia. No conceito dele a insânia abrangia uma vasta superfície de cérebros; e desenvolveu isto com grande cópia de raciocínios, de textos, de exemplos. Os exemplos achou-os na história e em Itaguaí mas, como um raro espírito que era, reconheceu o perigo de citar todos os casos de Itaguaí e refugiou-se na história. Assim, apontou com especialidade alguns personagens célebres, Sócrates, que tinha um demônio familiar, Pascal, que via um abismo à esquerda, Maomé, Caracala, Domiciano, Calígula, etc., uma enfiada de casos e pessoas, em que de mistura vinham entidades odiosas, e entidades ridículas. E porque o boticário se admirasse de uma tal promiscuidade, o alienista disse-lhe que era tudo a mesma coisa, e até acrescentou sentenciosamente:

        — A ferocidade, Sr. Soares, é o grotesco a sério.

        — Gracioso, muito gracioso! exclamou Crispim Soares levantando as mãos ao céu.

        Quanto à ideia de ampliar o território da loucura, achou-a o boticário extravagante; mas a modéstia, principal adorno de seu espírito, não lhe sofreu confessar outra coisa além de um nobre entusiasmo; declarou-a sublime e verdadeira, e acrescentou que era "caso de matraca". Esta expressão não tem equivalente no estilo moderno. Naquele tempo, Itaguaí que como as demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notícia; ou por meio de cartazes manuscritos e pregados na porta da Câmara, e da matriz; — ou por meio de matraca.

        Eis em que consistia este segundo uso. Contratava-se um homem, por um ou mais dias, para andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão.

        De quando em quando tocava a matraca, reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe incumbiam, — um remédio para sezões, umas terras lavradias, um soneto, um donativo eclesiástico, a melhor tesoura da vila, o mais belo discurso do ano, etc. O sistema tinha inconvenientes para a paz pública; mas era conservado pela grande energia de divulgação que possuía. Por exemplo, um dos vereadores, — aquele justamente que mais se opusera à criação da Casa Verde, — desfrutava a reputação de perfeito educador de cobras e macacos, e aliás nunca domesticara um só desses bichos; mas, tinha o cuidado de fazer trabalhar a matraca todos os meses. E dizem as crônicas que algumas pessoas afirmavam ter visto cascavéis dançando no peito do vereador; afirmação perfeitamente falsa, mas só devida à absoluta confiança no sistema. Verdade, verdade, nem todas as instituições do antigo regímen mereciam o desprezo do nosso século.

        — Há melhor do que anunciar a minha ideia, é praticá-la, respondeu o alienista à insinuação do boticário.

        E o boticário, não divergindo sensivelmente deste modo de ver, disse-lhe que sim, que era melhor começar pela execução.

        — Sempre haverá tempo de a dar à matraca, concluiu ele.

        Simão Bacamarte refletiu ainda um instante, e disse:

        — Suponho o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia, insânia e só insânia.

        O Vigário Lopes a quem ele confiou a nova teoria, declarou lisamente que não chegava a entendê-la, que era uma obra absurda, e, se não era absurda, era de tal modo colossal que não merecia princípio de execução.

        — Com a definição atual, que é a de todos os tempos, acrescentou, a loucura e a razão estão perfeitamente delimitadas. Sabe-se onde uma acaba e onde a outra começa. Para que transpor a cerca?

        Sobre o lábio fino e discreto do alienista rogou a vaga sombra de uma intenção de riso, em que o desdém vinha casado à comiseração; mas nenhuma palavra saiu de suas egrégias entranhas.

        A ciência contentou-se em estender a mão à teologia, — com tal segurança, que a teologia não soube enfim se devia crer em si ou na outra. Itaguaí e o universo ficavam à beira de uma revolução.

ASSIS, Machado de. O alienista. São Paulo: L&PM Editores, 1998.

Fonte: Linguagens em Interação – Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Juliana Vegas Chinaglia – 1ª edição, São Paulo, 2020 – IBEP – p. 212-214.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Fâmulo: servo, criado, empregado.

·        Fracalhão: muito fraco, medroso, covarde.

·        Biltre: cafajeste, canalha.

·        Circunspeção: cautela, cuidado, sensatez.

·        Sezão: febre intermitente.

·        Regímen: forma antiga de regime.

·        Egrégio: distinto, notável, ilustre.

02 – Qual é a ideia "arrojada e nova" que Simão Bacamarte estava desenvolvendo?

      Simão Bacamarte estava desenvolvendo a ideia de que a loucura, até então vista como uma "ilha perdida no oceano da razão", na verdade poderia ser um "continente", ou seja, algo muito mais comum e abrangente do que se pensava.

03 – Qual foi a reação inicial de Crispim Soares ao ser chamado por Simão Bacamarte?

      Crispim Soares ficou extremamente nervoso e preocupado, pensando que o chamado estava relacionado à viagem de sua esposa, D. Evarista, da qual estava muito apreensivo.

04 – Como Simão Bacamarte explica a relação entre loucura e razão para Crispim Soares?

      Simão Bacamarte explica que a razão é o "perfeito equilíbrio de todas as faculdades" e qualquer coisa fora desse equilíbrio é insânia, ou seja, loucura.

05 – Quais exemplos históricos Simão Bacamarte utiliza para sustentar sua teoria sobre a loucura?

      Simão Bacamarte cita Sócrates, que tinha um demônio familiar, Pascal, que via um abismo à esquerda, e outras figuras históricas como Maomé, Caracala, Domiciano e Calígula, entre outros.

06 – Qual foi a reação do Vigário Lopes à nova teoria de Simão Bacamarte?

      O Vigário Lopes declarou que não entendia a teoria e a considerou absurda ou colossal demais para ser praticada. Ele acreditava que a definição de loucura e razão já estava bem delimitada e que não havia necessidade de novas teorias.

07 – O que significa a expressão "caso de matraca" usada por Crispim Soares?

      "Caso de matraca" se refere à prática de anunciar algo publicamente por meio de um homem que andava pelas ruas tocando uma matraca e fazendo anúncios, uma forma antiga de divulgar informações importantes em Itaguaí.

08 – Qual é o objetivo final de Simão Bacamarte com sua nova teoria?

      O objetivo final de Simão Bacamarte é "demarcar definitivamente os limites da razão e da loucura" e extrair a "pérola" da razão, separando claramente o que é insânia do que é sanidade.

09 – Como Simão Bacamarte reage às críticas do Vigário Lopes?

      Simão Bacamarte reage com uma vaga sombra de riso, combinando desdém com comiseração, mas não verbaliza nenhuma crítica direta, apenas mantém sua confiança na ciência.

10 – Por que Crispim Soares não discorda abertamente da teoria de Simão Bacamarte?

      Crispim Soares não discorda abertamente por conta de sua modéstia e respeito por Bacamarte. Embora ache a ideia extravagante, ele prefere não contestar e expressa entusiasmo pela teoria.

11 – Como Machado de Assis utiliza a figura do alienista para explorar temas de ciência e razão?

      Machado de Assis utiliza Simão Bacamarte, o alienista, para explorar as fronteiras entre ciência e razão, questionando a definição de loucura e a autoridade dos cientistas sobre a mente humana, e também como a ciência pode ser usada para justificar ações extremas.

 

 

 

POEMA: O HOMEM; AS VIAGENS - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 POEMA: O HOMEM; AS VIAGENS

                Carlos Drummond de Andrade

 

O homem, bicho da Terra tão pequeno

Chateia-se na Terra

Lugar de muita miséria e pouca diversão,

Faz um foguete, uma cápsula, um módulo

Toca para a Lua

Desce cauteloso na Lua

  Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM_PAgIahvBrMvNwHmr9iKD9Q82EhRZK7EN4qQKUUYg1w5j5gs-w4pQnFbMmWx9tUWe7vj67s9ubHQqdEuLzGqqEkqw2pPAArWnVF_cmJIy_B_MLuwbWMjmdaALQU5i1Ak1DkHPdAvukBEde07hHz0KsJTm1tVUuTFe3zctn_U84m7sPODWDELFF6dGy0/s1600/LUA.jpg

Pisa na Lua

Planta bandeira na Lua

Experimenta a Lua

Coloniza a Lua

Civiliza a Lua

Humaniza a Lua.

Lua humanizada: tão igual à Terra.

O homem chateia-se na Lua.

Vamos para Marte – ordena a suas máquinas.

Elas obedecem, o homem desce em Marte

Pisa em Marte

Experimenta

Coloniza

Civiliza

Humaniza Marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado

Vamos a outra parte?

Claro – diz o engenho

Sofisticado e dócil.

Vamos a vênus

O homem põe o pé em Vênus,

Vê o visto – é isto?

Idem

Idem

Idem.

O homem funde a cuca se não for a Júpiter

Proclamar justiça junto com injustiça

Repetir a fossa

Repetir o inquieto

Repetitório.

Outros planetas restam para outras colônias.

O espaço todo vira Terra-a-terra.

O homem chega ao Sol ou dá uma volta

Só para tever?

Não-vê que ele inventa

Roupa insiderável de viver no Sol.

Põe o pé e:

Mas que chato é o Sol, falso touro

Espanhol domado.

Testam outros sistemas fora

Do solar a colonizar.

Ao acabarem todos

Só resta ao homem

(Estará equipado?)

A dificílima dangerosíssima viagem

De si a si mesmo:

Pôr o pé no chão

Do seu coração

Experimentar, colonizar, civilizar

Humanizar o homem

Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas

A perene, insuspeitada alegria de con-viver.

 

Entendendo o poema

01. Qual é o principal motivo que leva o homem a viajar para outros planetas?

a) Para encontrar vida extraterrestre.

b) Porque está entediado na Terra.

c) Para procurar novos recursos naturais.

d) Para fugir dos problemas da Terra.

 

02. O que o homem faz quando chega na Lua?

a) Estabelece uma base militar.

b) Planta bandeiras e explora o terreno.

c) Descobre novas formas de vida.

d) Fica impressionado com a beleza do local.


03. Como o homem se sente após humanizar a Lua?

a) Satisfeito e realizado.

b) Curioso para continuar explorando.

c) Entediado, assim como se sentia na Terra.

d) Orgulhoso de suas conquistas.

 

04. Por que o homem decide ir para Marte após visitar a Lua?

a) Para encontrar novas formas de vida.

b) Porque Marte é mais interessante do que a Lua.

c) Porque Marte tem mais recursos naturais.

d) Porque está entediado na Lua.

 

05. Como Marte é descrito após ser humanizado pelo homem?

a) Um lugar excitante e cheio de novas oportunidades.

b) Um lugar chato e sem graça.

c) Um lugar com muitos desafios a serem vencidos.

d) Um lugar misterioso e desconhecido.

 

06. O que acontece quando o homem chega ao Sol?

a) Ele se impressiona com o calor e a luz.

b) Ele descobre que é impossível viver lá.

c) Ele acha o Sol entediante.

d) Ele se recusa a descer no Sol por medo.

 

07. O que o poema sugere ser a viagem mais difícil para o homem?

a) A viagem até Júpiter.

b) A viagem ao Sol.

c) A viagem de si a si mesmo.

d) A viagem para outros sistemas fora do solar.

 

08. Qual é o verdadeiro desafio que o homem enfrenta, segundo o poema?

a) Colonizar outros planetas.

b) Conquistar o espaço sideral.

c) Descobrir e humanizar a si mesmo.

d) Viver em harmonia com a natureza.

 

09. O que o homem deve descobrir em suas "próprias inexploradas entranhas"?

a) Novas formas de tecnologia.

b) A alegria de conviver.

c) A solução para os problemas da Terra.

d) A chave para a imortalidade.

 

10. Qual é a mensagem principal do poema?

a) O ser humano nunca estará satisfeito, mesmo explorando o universo.

b) A exploração espacial é a chave para o futuro da humanidade.

c) A verdadeira descoberta está dentro de nós mesmos.

d) O homem deve deixar de explorar o espaço e cuidar da Terra.

 

NOTÍCIA: DA COMIDA AO CELULAR, PROJETO MOSTRA A CIÊNCIA NO NOSSO DIA A DIA - FRAGMENTO -THAIS CARDOSO - COM GABARITO

 Notícia: Da comida ao celular, projeto mostra a ciência no nosso dia a dia – Fragmento

        Voltado ao público jovem, o Ciência Por Aí dissemina conteúdos científicos e ajuda a complementar a formação de graduandos

        Despertar o interesse do público jovem por ciência requer criatividade e, principalmente, linguagem clara e próxima à realidade dele. No Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (Crid), na USP em Ribeirão Preto, um grupo ligado à área de educação e difusão do conhecimento resolveu encarar esse desafio e criou o Ciência Por Aí.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXLh9EgdO0OhINVuBAXt7RSH_cJ0TNeG8eggv2xSGOmmQ6_lFh1V34zkr4DNtD9bpnbEOoHf24KVCIyvF7TpccGinzFQFopNRfNkoVd7MecelTUksZQtYDQiKS-BS0sMCEsQaNxrEgSpysyvJmkkFjZv19JIGtLJVDeokYHT7LH8Pdm0vGLZziVDahx-0/s320/CIENCIA.jpg


        O site reúne conteúdo em vários formatos, como vídeos, textos, memes e jogos. A ideia é mostrar como a ciência pode estar ligada ao dia a dia de jovens entre 15 e 18 anos, seja em uma reação que ocorre no corpo quando ele está ameaçado por uma doença, ou até mesmo para desmentir uma informação que chega pelas redes sociais.

        “Sempre atuamos produzindo conteúdo nesses formatos. Contudo, estávamos sentindo falta de um canal no qual essas ações pudessem figurar com maior destaque. Outro fato é que o site e as mídias sociais do Crid dão vazão a uma diversidade de conteúdos muito técnicos, mais voltados a pesquisadores, e receávamos que o público-alvo de educação e difusão do conhecimento se sentisse um pouco perdido ou desinteressado”, explica o gestor da área, Juan Azevedo.

        A produção do conteúdo é feita por estudantes de graduação de diferentes áreas com o apoio de Azevedo e da jornalista Thais Cardoso. Lidar com roteiros de vídeos, edição de animações e transformar uma linguagem científica em textos divertidos e de fácil compreensão para jovens de 15 a 18 anos foi um desafio para a equipe.

        As estagiárias Isabelle Miranda, que cursa Pedagogia, e Jéssica Cristina Pena, estudante de Ciências Biológicas, ajudaram no desenvolvimento do site e na edição de vídeos, atividades bem diferentes daquelas que estão acostumadas a ver na Universidade.

        “Aprendi a interagir, transmitir e disseminar conteúdo científico além da comunidade universitária, o que é de importância vital para o projeto. Além disso, ter a chance de criar e produzir materiais como vídeos e textos vai me proporcionar experiência e possibilidades para trabalhar em futuros projetos na área de educação e difusão”, diz Jéssica.

        “Acredito que as maiores potencialidades trazidas pelo Ciência Por Aí, para minha carreira, são em relação ao desenvolvimento linguístico para o trabalho com intertextualidade, à criatividade na geração e transformação de conteúdos audiovisuais e ao aprendizado quanto ao trabalho e à dinâmica de equipe”, afirma Isabelle.

        O site é atualizado a cada 15 dias e o principal destaque na produção de conteúdo são os textos. Atualmente, eles são divididos em duas colunas: uma dedicada a mostrar a produção científica de estudantes de ensino médio e outra que busca esclarecer alguns mitos que circulam pelo conhecimento popular e pelas redes sociais. Além de usar uma linguagem clara e acessível a qualquer público, os textos brincam com os memes, imagens ou vídeos curtos de grande popularidade que se espalham rapidamente pela internet.

        [...]

CARDOSO, Thais. Da comida ao celular, projeto mostra a ciência no nosso dia a dia. Jornal da USP, São Paulo, 18 jan. 2018. Disponível em: https://jornal.usp.br/universidade/da-roupa-ao-celular-projeto-mostra-a-ciencia-no-nosso-dia-a-dia. Acesso em: 8 ago. 2020.

Fonte: Linguagens em Interação – Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Juliana Vegas Chinaglia – 1ª edição, São Paulo, 2020 – IBEP – p. 223-224.

Entendendo a notícia:

01 – O que é o projeto "Ciência Por Aí" e qual é seu objetivo?

      O "Ciência Por Aí" é um projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (Crid) da USP em Ribeirão Preto, que visa despertar o interesse de jovens por ciência. O objetivo é disseminar conteúdos científicos de forma acessível e complementar a formação de graduandos, utilizando uma linguagem clara e próxima da realidade do público jovem.

02 – Quais são os formatos de conteúdo oferecidos pelo site "Ciência Por Aí"?

      O site oferece conteúdos em diversos formatos, como vídeos, textos, memes e jogos. Esses formatos são utilizados para mostrar como a ciência está presente no dia a dia dos jovens e para desmentir informações incorretas que circulam nas redes sociais.

03 – Qual foi o desafio enfrentado pela equipe na produção dos conteúdos do projeto?

      Um dos principais desafios foi transformar a linguagem científica, geralmente técnica, em textos e vídeos divertidos e de fácil compreensão para jovens de 15 a 18 anos. Isso exigiu criatividade e habilidades em edição de animações e produção de roteiros.

04 – Quem são os principais responsáveis pela criação dos conteúdos do "Ciência Por Aí"?

      A criação dos conteúdos é feita por estudantes de graduação de diferentes áreas, com o apoio de Juan Azevedo, gestor da área de educação e difusão do conhecimento, e da jornalista Thais Cardoso. As estagiárias Isabelle Miranda e Jéssica Cristina Pena também desempenham papéis importantes no desenvolvimento do site e na edição de vídeos.

05 – Como o projeto beneficia os estudantes envolvidos na produção de conteúdo?

      O projeto oferece aos estudantes a oportunidade de adquirir habilidades práticas, como a transmissão de conteúdo científico para o público em geral, o desenvolvimento de materiais audiovisuais e o trabalho em equipe. Essas experiências são valiosas para suas futuras carreiras na área de educação e difusão do conhecimento.

06 – Qual é a frequência de atualização do site "Ciência Por Aí" e quais são os principais destaques do conteúdo?

      O site é atualizado a cada 15 dias. Os principais destaques do conteúdo são os textos, que estão divididos em colunas. Uma coluna apresenta a produção científica de estudantes do ensino médio, enquanto a outra esclarece mitos populares que circulam na internet.

07 – De que maneira os textos do "Ciência Por Aí" são projetados para atrair o público jovem?

      Os textos do site são escritos em uma linguagem clara e acessível, misturando informações científicas com elementos de cultura popular, como memes. Isso torna o conteúdo mais atrativo e fácil de entender para o público jovem, incentivando o interesse pela ciência.

 

ARTIGO: FICÇÃO CIENTÍFICA E CIÊNCIA DE MÃOS DADAS - FRAGMENTO - LUCAS MIRANDA - COM GABARITO

 Artigo: Ficção científica e ciência de mãos dadas – Fragmento

        [...] Você sabia que a ficção científica também serve de inspiração para muitos avanços tecnológicos?

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO9RRVgtk_qnXp6Yt691vQbjH8lAETEQPihqZ8aWG21IR50SSMAFvgbNj06vQQKuimgm8GR3O6YfeJgGZKVoWsWeP3ODYnuo3gKq1ni1fGixEeG5AWqZDQFZMhYOeL4X03cvrl5v7R28EWHwU7fsFhbxw49bMBFFCldXTJvyH1wfS3NsEUl69iFibDZNQ/s320/avanco-tecnologicos.jpg


        Existem várias histórias sobre vida extraterrestre. Algumas envolvem invasões de alienígenas hostis ao planeta, outras tratam de viagens galácticas e colonização de outros planetas. Uma dessas histórias se passa na Lua, onde moram seres inteligentes de duas raças: os Subvolvanos e os Privolvanos. Eles são capazes de construir barcos, pois navegavam em rios, mares e lagos lunares. Se contada hoje, essa história pareceria só mais uma dentre tantas outras ficções científicas [...]. O detalhe curioso é que ela foi contada em um livro de 1634 escrito pelo astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630) [num conto denominado “Sonho”].

        [...] Foi apenas em 1969 que a missão Apollo, da Nasa, levou o primeiro homem à Lua. [...]

        [...] Não é exagero dizer que muitos deles inspiraram cientistas a desenvolver as tecnologias dos seus livros e filmes.

        Em 1906, por exemplo, o famoso 14-Bis levantava voo em Paris. Por trás da genial invenção, estava um ávido leitor, apaixonado e inspirado pelas obras de Júlio Verne (1828-1905). Nas audaciosas concepções desse escritor francês, o pequeno Santos Dumont (1873-1932) vislumbrava a mecânica e a ciência dos tempos do porvir, como conta em seu livro.

        [...]

MIRANDA, Lucas; GARCIA, Gabriel Lopes. Ficção científica e ciência de mãos dadas. Ciência Hoje, 24 dez. 22019. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/ficcao-cientifica-e-ciencia-de-maos-dadas. Acesso em: 10 set. 2020.

Fonte: Linguagens em Interação – Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Juliana Vegas Chinaglia – 1ª edição, São Paulo, 2020 – IBEP – p. 226.

Entendendo o artigo:

01 – De acordo com o texto, qual o significado da palavra povir?

      Significa futuro.

02 – Qual é a relação entre ficção científica e avanços tecnológicos?

      A ficção científica serve de inspiração para muitos avanços tecnológicos, influenciando cientistas e engenheiros a desenvolverem inovações com base nas ideias presentes em livros e filmes do gênero.

03 – Quem foi Johannes Kepler e qual é a relevância de sua obra para a ficção científica?

      Johannes Kepler foi um astrônomo e matemático alemão, autor do conto "Sonho" escrito em 1634, que é considerado uma das primeiras obras de ficção científica. O conto descreve seres inteligentes que vivem na Lua, antecipando conceitos de exploração espacial muito antes da era moderna.

04 – Como a missão Apollo está relacionada ao contexto do artigo?

      A missão Apollo, que levou o primeiro homem à Lua em 1969, é mencionada no artigo como uma realização tecnológica que, de certa forma, concretiza as ideias que já eram imaginadas em obras de ficção científica, como o conto de Kepler.

05 – De que forma Júlio Verne influenciou Santos Dumont?

      Júlio Verne, conhecido por suas obras de ficção científica, influenciou Santos Dumont, um pioneiro da aviação, que era um ávido leitor de seus livros. As concepções audaciosas de Verne ajudaram Dumont a vislumbrar a mecânica e a ciência que ele viria a aplicar em suas invenções.

06 – Por que a história dos Subvolvanos e Privolvanos seria considerada uma ficção científica comum nos dias de hoje?

      A história dos Subvolvanos e Privolvanos, seres que viviam na Lua e construíam barcos, seria vista como uma ficção científica comum hoje em dia porque o tema de vida extraterrestre e a colonização de outros planetas é amplamente explorado no gênero atualmente. No entanto, essa história ganha relevância por ter sido escrita no século XVII, muito antes das modernas concepções de exploração espacial.