terça-feira, 14 de agosto de 2018

CRÔNICA: DIÁLOGO DE TODO DIA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

Crônica: Diálogo de todo dia
    
                Carlos Drummond de Andrade 


        Alô, quem fala?
        -- Ninguém. Quem fala é você que está perguntando quem fala.
        -- Mas eu preciso saber com quem estou falando.
        -- E eu preciso saber antes a quem estou respondendo.
        -- Assim não dá. Me faz o obséquio de dizer quem fala?
        -- Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
        -- Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem está no aparelho.
        -- Ah, sim. No aparelho não está ninguém...
        -- Como não está, se você está me respondendo?
        -- Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.
        -- Engraçadinho. Então, quem está fora do aparelho?
        -- Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.
        -- Não parece. Se fosse para me servir, já teria dito quem está falando.
        -- Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o outro.
        -- Se eu conhecesse não estava perguntando.
        -- Você é muito perguntador. Note que eu não lhe perguntei nada.
        -- Nem tinha que perguntar. Pois se fui eu que telefonei.
        -- Não perguntei nem vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras pessoas.
        -- Mas podia estar interessado pelo menos em responder a quem telefonou.
        -- Estou respondendo.
        -- Pela última vez, cavalheiro, e em nome de Deus: quem fala?
        -- Pela última vez, e em nome da segurança, por que eu sou obrigado a dar esta informação a um desconhecido?
        -- Bolas!
        -- Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem deseja falar, para eu lhe responder se essa pessoa está ou não aqui, mora ou não mora neste endereço? Vamos, diga de uma vez por todas: com quem deseja falar?
        Silêncio.
        -- Vamos, diga: com quem deseja falar?
        -- Desculpe, a confusão é tanta que eu nem sei mais. Esqueci. Chau.
Fonte: Livro - Ler, entender, criar - Língua Portuguesa - 6ª série - Ed. Ática-2003 - p.216-17.

Entendendo a crônica:

01 – Qual é o assunto do texto? Quem e quantos são os personagens?
      Um diálogo através do telefone. São dois personagens: quem ligou e quem recebeu a ligação. 

02 – A função do telefone é facilitar a comunicação entre as pessoas. No texto, lido isso ocorreu? Por quê?
      Não. Porque os personagens não chegaram a um entendimento quanto a identificação.

03 – Qual elemento (palavra) do texto pode ser responsável pelo problema da comunicação entre os interlocutores da narrativa lida?
      “Ninguém”.

04 – A palavra “obséquio” poderia ser substituída sem perda de sentido por qual palavra? Por que provavelmente a pessoa utilizou esse termo e não uma expressão mais comum?
      “Favor”. Porque ele já estava aborrecido com aquela situação.

05 – Identifique no texto marcas de oralidade, ou seja, expressões que são utilizadas com frequência na fala.
        Aparelho”, “perguntas”, “respostas”.

06 – No texto lido, é comum marcas de oralidade? Por quê?
      Porque é um diálogo com muitas repetições.

07 – Retire do texto dois exemplos de emprego de pronomes de acordo com a norma padrão da língua.
      “... servi-lo” – (neste caso a terminação verbal é em R por isso o pronome assume a forma lo)
      “... não lhe perguntei” – (o pronome aqui tem função de objeto indireto).

08 – Sabendo que a crônica é uma narrativa curta com temas relacionados à situações ocorridas no cotidiano, podemos dizer que a linguagem empregada é adequada ao texto? Por quê?  
      Sim, porque a linguagem utilizada é caracterizada por informal, pois há uma proximidade entre o autor e as personagens, já que estas estão sendo analisadas sobre o ponto de vista do narrador que na maioria das vezes é observador.
    09 - O leitor percebe a presença de um narrador?
           Uma única vez, quando aparece a palavra "silêncio".
   
 10 - Como o leitor fica sabendo se os participantes do diálogo são homens ou mulheres?
        O leitor percebe que são homens porque um fala com o outro utilizando expressões como "engraçadinho". "perguntador", "meu amigo", "para servi-lo", evidenciando o gênero masculino.

  11- Ao ler o texto, o que o leitor pode concluir a respeito de cada personagem, do lugar em que elas estão e da ocasião em que esse diálogo acontece?
        Nada.

   12 - O leitor nota já nas duas primeiras falas do texto que um dos participantes do diálogo entende ao pé da letra o que o outro fala. Encontre no texto um exemplo dessa situação.
         Existem vários. Eis alguns: "Me faz o obséquio de dizer quem fala?, 'Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo". "Eu queria saber é quem está no aparelho".

   13 - Compare o título do texto ao próprio texto. Qual é a principal oposição entre eles?
           O título sugere um diálogo comum, que todo mundo conhece, mas o que o leitor encontra é uma confusão entre as personagens que participam desse diálogo,



CONTO: SAPOS, RÃS E PERERECAS - CIÊNCIAS HOJE DAS CRIANÇAS -COM GABARITO


Conto: SAPOS, RÃS E PERERECAS

        Antes de se tornarem adultos, os sapos são girinos no início da vida. A transformação pela qual eles passam também ocorre com outros anfíbios e insetos, e tem nome: metamorfose!
   Sapos, rãs e pererecas, por exemplo, passam por uma transformação extraordinária: seu corpo, seu comportamento e até a forma como esses animais se relacionam com o meio em que vivem passam por uma reestruturação. Não que eles virem príncipes ao serem beijados por uma princesa. Mas a mudança é tão radical quanto à das fábulas. Afinal, os girinos são larvas de sapos, rãs ou pererecas e não se parecem em nada com os bichos que irão se tornar quando adultos!
         Suas características comprovam isso: em geral, os girinos são aquáticos. Estão em riachos, lagos, poças ou na água acumulada em bromélias, um tipo de planta. Têm, acredite, algo em comum com os peixes. Sim, com peixes!!! Adaptados a viver na água, os girinos possuem, no corpo, estruturas semelhantes às desses animais, como brânquias, que retiram o oxigênio da água. Por meio delas, eles respiram!
              Uma das grandes diferenças entre girinos, sapos, rãs e pererecas está na boca. Embora o formato dela varie com a alimentação e a espécie, muitos girinos têm um bico feito da mesma substância que forma as unhas e os dentes. Basta que a fase de girino chegue ao fim, para que a larva se pareça cada vez mais com o sapo, com a rã ou com a perereca que será no futuro!

SAPOS, rãs e pererecas. Ciências Hoje das crianças,
Rio de Janeiro, out. 2.003. Adaptação.
Entendendo o conto:
01 – Antes de se tornarem adultos, sapos, rãs e pererecas são:
(   ) animais que vivem muito.
(   ) bichos que não se transformam.
(   ) filhotes de peixes do rio.
(X) larvas chamadas girinos.    
   
02 – Em “... e até a forma como esses animais se relacionam”, a expressão esses animais está substituindo:
(   ) rãs e pererecas.
(   ) rãs e sapos.
(   ) rãs e pererecas.
(X) sapos, rãs e pererecas.   
      
03 – Em “Sapos, rãs e pererecas passam por uma transformação extraordinária”, a palavra grifada significa:
(X) fantástica.
(   ) muito leve.
(   ) normal.
(   ) pequena.

04 – O texto trata:
(   ) da maneira como muitos filhotinhos vivem nas bromélias.
(X) da mudança profunda que acontece na vida de alguns animais.
(   ) do modo como vivem principalmente animais aquáticos.
(   ) dos alimentos preferidos dos sapos.

05 – Os girinos podem viver na água porque têm:
(   ) bico.
(X) brânquias.
(   ) pulmões.
(   ) unhas.

06 – O texto que você leu:
(   ) ensina como alguns bichos se transformam.
(   ) explica como são os sapos dos contos de fada.
(X) informa como sobrevivem sapos, rãs e pererecas.
(   ) mostra como os sapos conseguem virar príncipes.

07 – Os sapos, rãs e pererecas são animais classificados como:
(   ) mamíferos.
(   ) aves.
(   ) peixes.
(   ) répteis.
(X) anfíbios.

08 – Em “Sapos, rãs e pererecas passam por uma transformação extraordinária”. Esta transformação é chamada de:
(   ) girinos.
(X) metamorfose.    
(   ) fases da vida.
(   ) vida do sapos, rãs e pererecas.



LENDA: COMO NASCERAM AS ESTRELAS - CLARICE LISPECTOR - COM GABARITO

Lenda: Como nasceram as estrelas
           Clarice Lispector

        Pois é, todo mundo pensa que sempre houve no mundo estrelas pisca-pisca. Mas é erro. Antes os índios olhavam de noite para o céu escuro -- e bem escuro estava esse céu. Um negror. Vou contar a história singela do nascimento das estrelas. 
        Era uma vez, no mês de janeiro, muitos índios. E ativos: caçavam, pescavam, guerreavam. Mas nas tabas não faziam coisa alguma: deitavam-se nas redes e dormiam roncando. E a comida? Só as mulheres cuidavam do preparo dela para terem todos o que comer. 
        Uma vez elas notaram que faltava milho no cesto para moer. Que fizeram as valentes mulheres? O seguinte: sem medo enfurnaram-se nas matas, sob um gostoso sol amarelo. As árvores rebrilhavam verdes e embaixo delas havia sombra e água fresca. 
        Quando saíam de debaixo das copas encontravam o calor, bebiam no reino das águas dos riachos buliçosos. Mas sempre procurando milho porque a fome era daquelas que as faziam comer folhas de árvores. Mas só encontravam espigazinhas murchas e sem graça. 
        -- Vamos voltar e trazer conosco uns curumins. (Assim chamavam os índios as crianças). Curumin dá sorte. 
        E deu mesmo. Os garotos pareciam adivinhar as coisas: foram retinho em frente e numa clareira da floresta -- eis um milharal viçoso crescendo alto. As índias maravilhadas disseram: toca a colher tanta espiga. Mas os garotinhos também colheram muitas e fugiram das mães voltando à taba e pedindo à avó que lhes fizesse um bolo de milho. A avó assim fez e os curumins se encheram de bolo que logo se acabou. Só então tiveram medo das mães que reclamariam por eles comerem tanto. Podiam esconder numa caverna a avó e o papagaio porque os dois contariam tudo. Mas -- e se as mães dessem falta da avó e do papagaio tagarela? Aí então chamaram os colibris para que amarrassem um cipó no topo do céu. Quando as índias voltaram ficaram assustadas vendo os filhos subindo pelo ar. Resolveram, essas mães nervosas, subir atrás dos meninos e cortar o cipó embaixo deles. 
        Aconteceu uma coisa que só acontece quando a gente acredita: as mães caíram no chão, transformando-se em onças. Quanto aos curumins, como já não podiam voltar para a terra, ficaram no céu até hoje, transformados em estrelas brilhantes. 
        Mas, quanto a mim, tenho a lhes dizer que as estrelas são mais do que curumins. Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que corra tudo bem. Para sempre. E, como se sabe, "sempre" não acaba nunca. 

                                                                               Clarice Lispector.
Entendendo a lenda:
01 – O que é uma lenda? Por que esse texto é uma lenda? Explique: 
      É uma narrativa popular, transmitida de geração em geração, que conta histórias de acontecimentos heroicos ou de seres fantásticos.
      Este texto é uma lenda porque conta uma história fantasiosa.

02 – Que personagens aparecem nessa lenda?
      As mães, os curumins, a avó, o papagaio e os colibris. 

03 – O que levou as mulheres a se embrenharem no mato?
      Elas notaram que faltava milho no cesto para moer.

04 – Por que as mulheres chamaram os curumins? 
      Porque os curumins dão sorte.

05 – Por que os curumins ficaram com medo das mães?
      Porque levaram o milho para sua avó fazer bolo de milho e comeram tudo.

06 – Que ideia eles tiveram para fugir delas?
      Esconder a avó e o papagaio numa caverna. 

07 – O que as mães fizeram quando viram os filhos subindo pelo ar? 
      Resolveram subir atrás dos meninos e cortar o cipó embaixo deles.

08 – Além da origem das estrelas, o texto explica também a origem de qual outro elemento da natureza? Explique:
      Que os curumins transformados em estrelas brilhantes e as estrelas são os olhos de Deus.

09 – Para o narrador, as mães terem se transformado em onças é algo fantasioso ou que poderia acontecer na vida real? Comente:
      É algo fantasioso, peculiar das lendas e também existe um ditado popular em dizer quando as pessoas estão bravas, viram onças.

10 – O que pode ser considerado real nesta lenda por revelar o modo de vida e a cultura desse povo indígena?
      Real é que os homens caçavam, pescavam e guerreavam e as mulheres cuidavam da comida, inclusive ir a procura na floresta.

11 – Ao ser transformados em estrelas, os curumins foram castigados ou premiados? Por quê? 
      Foram premiados. Porque as estrelas são os olhos de Deus vigiando para que tudo corra bem com todos nós.

12 – Que ensinamento essa lenda transmitiu? 
      Que crianças são anjos e para protege-los, Deus os transforma em estrelas.

TEXTO: O PESO DO ESTEREÓTIPO - RETIRADO DA REVISTA BEM VIVER - COM GABARITO


Texto: O peso do estereótipo

Moacyr Scliar

       No que se refere aos distúrbios da alimentação podemos dividir a humanidade em dois grandes grupos, aquelas que comem de menos e aqueles que comem demais. Os primeiro compreendem aqueles para os quais falta comida – os habitantes do Terceiro Mundo – e aqueles que, mesmo dispondo de alimento, recusam-no por razões emocionais. A abundância de comida e a voracidade, por sua vez, geraram o problema da obesidade, que, mesmo em países como o Brasil, é hoje uma questão de saúde pública.
     A extrema obesidade está associada a diabetes, hipertensão arterial, doença cardiovascular, problemas articulares. E resulta numa imagem corporal que não é das mais agradáveis – ao contrário do que acontecia no passado, quando a maior ameaça era representada pela desnutrição. Mulheres gordinhas eram valorizadas, como se pode ver nos quadros de Rubens ou de Cézanne. Na época deste último, o grande espectro era a tuberculose, comumente associada à extrema magreza. Pela mesma razão, na cultura hotentote são valorizadas mulheres com nádegas grandes; a gordura ali depositada equivale a uma “poupança” mais importante que qualquer poupança bancária. As coisas mudaram: “You can never be too rich or to thin” é um dito corrente nos Estados Unidos. Ou seja: excesso de riqueza ou de magreza não prejudica. Riqueza é símbolo de sucesso, magreza é a imagem da elegância. O corpo transformou-se num objeto a ser exibido. E isso resulta num conflito: de um lado está a indústria da alimentação, com toda a sua gigantesca propaganda; assim, ninguém mais vai ao cinema sem levar junto um contêiner com pipocas (como se a pessoa não pudesse passar duas horas sem comer). De outro lado, temos o estigma representado pela obesidade. O resultado é um conflito psíquico que se manifesta de várias maneiras, mais notavelmente pela anorexia nervosa. Que não é coisa nova. Já na Idade Média, Santa Catarina de Siena tornou-se famosa por evitar o alimento. Comia pouquíssimo, apenas o suficiente para não morrer de fome. Mas a razão ali era religiosa; voracidade era pecado, contenção alimentar era virtude. O conflito emocional que leva à anorexia é de outra natureza, e bem mais recente. Até os anos 50 a anorexia nervosa era pouco mais que uma curiosidade médica. Mas em meados dos anos 70 um estudo mostrava que cerca de 10% das adolescentes suecas eram anoréxicas. Em 1980 os transtornos psicológicos da alimentação já eram um dos problemas mais frequentes entre as jovens universitárias americanas. O gênero, no caso, é fundamental porque anorexia é muito mais frequente entre moças. Também é importante a classe social: a classe média é mais propensa a ela que os pobres.
    Estudar a anorexia e outros distúrbios alimentares tornou-se prioridade médica. Aqui é preciso destacar o papel pioneiro da psiquiatra americana Hilde Bruch, nos anos 70. Baseada em vasta experiência, Bruch mostrou que a anorexia resultava de um conflito entre o desejo de atender às expectativas sociais de uma silhueta esbelta e a vontade de comer, fomentada pela mídia. E por que isso é mais frequente no sexo feminino? Porque, diz Bruch, os rapazes têm outras formas de expressar seus conflitos, através da revolta juvenil, por exemplo. Entre as garotas, o perfil familiar também é importante. A anoréxica vem de uma família em que o pai ou a mãe, ou ambos, são pessoas bem-sucedidas, ambiciosas, preocupadas com aparência física e a pressionar a filha para ser esbelta e elegante. O resultado pode ser uma sobrecarga emocional insuportável, com consequências devastadoras, até porque a anorexia pode se acompanhar de distúrbios hormonais graves. E não raro a jovem necessitará de acompanhamento terapêutico especializado.
    Em termos de peso corporal, como em relação à carga emocional, o ideal não é nem a falta nem o excesso. O ideal é o equilíbrio, mas para isso a sociedade precisa se conscientizar dos problemas representados pelos estereótipos que cria.
Moacyr Scliar é médico, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras
Retirado da Revista Bem Viver –
Mente & Cérebro, ano 13, n.152. 
Entendendo o texto:
01 – De acordo com o texto, como se caracterizam os distúrbios alimentares?
      Se caracteriza por extremos em relação ao comportamento alimentar, exemplo: comer demais ou comer de menos.

02 – Qual problema a abundância de comida e a voracidade traz para a saúde humana?
      A obesidade.

03 – Quais problemas a extrema obesidade causa na saúde do ser humano?
      A diabetes, hipertensão arterial, doença cardiovascular, problemas articulares.

04 – De acordo com o texto, qual era a maior ameaça à saúde pública no passado? E por quê?
      A desnutrição era a maior ameaça à saúde. E associada a extrema magreza estava a tuberculose.

05 – Você concorda com dito popular corrente nos Estados Unidos: “excesso de riqueza ou de magreza não prejudica”? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal

06 – De acordo com o texto as mulheres valorizadas no passado eram as “gordinhas” com nádegas grandes. Essa realidade mudou. Hoje o “corpo transformou-se num objeto a ser exibido”. Explique por quê?
      Com a expansão do capitalismo e as novas tecnologias de produção em massa o corpo humano passou a ser objeto favorável a expansão da economia e produção, ou seja, adaptou-se aos padrões de beleza para melhor consumir. Muitas pessoas não se aceitam como são, por que a mídia mostra que para ser bonita/o tem que ser magra/o, por isso, recorrem as plásticas e a produtos de embelezamentos para conseguirem o corpo que tanto almejam.

07 – A anorexia nervosa, de acordo com o texto, é um distúrbio alimentar que provoca a perda de peso. Qual o gênero e a classe social em que ela é mais frequente?
      A anorexia é muito mais frequente entre moças e a classe média é mais propensa a ela.

08 – Em relação ao peso corporal e à sobrecarga emocional causada pela busca do corpo perfeito, qual é a receita indicada pela Revista Bem Viver?
      O ideal é o equilíbrio e a conscientização dos problemas representados pelos estereótipos que a sociedade cria.

09 – Já Idade Média, Santa Catarina de Siena, tornou-se famosa por evitar o alimento, apenas o suficiente para não morrer de fome, Por quê?
      Porque a razão ali era religiosa, voracidade era pecado, contenção alimentar era virtude.

10 – Em 1980 os transtornos psicológicos da alimentação já eram um dos problemas mais frequentes entre as jovens universitárias americanas. Por quê?
      Porque elas queriam ser elegantes, por isso a anorexia é muito mais frequente entre as moças.

11 – Quais são as consequências que a anorexia pode trazer?
      O resultado pode ser uma sobrecarga emocional insuportável, chegando a consequências devastadoras, e acompanhar de distúrbios hormonais graves.

       

ATIVIDADES DE VERBOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL - COM GABARITO


ATIVIDADES DE VERBOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL


01 – Passe as frases para o pretérito (passado):
    a) Ana passa a mão na cabeça do menino.
    Ana passou a mão na cabeça do menino.  

    b) Fábio corre pelo corredor.
    Fábio correu pelo corredor.   

    c) Mamãe e papai não falam nem sim nem não.
    Mamãe e papai não falaram nem sim e não.  
 
    d) Eu preciso decidir rapidamente.
    Eu precisei decidir rapidamente.  
 
    e) Este cachorro late muito alto.
    Este cachorro latiu muito alto.   

02 – Os fatos abaixo foram narrados no tempo passado. Reescreva-os no tempo presente:
        Um mosquito pousou no chifre de um touro e lá ficou por muito tempo. Depois voou e perguntou ao touro:
        -- O meu peso não o incomodou?
      Um mosquito pousa no chifre de um touro e lá fica por muito tempo. Depois voa e pergunta ao touro:
      -- O meu peso não o incomoda?

03 – Em que tempo está o verbo destacado? (Presente, Pretérito, Futuro).
A noite soprou um vento forte. Pretérito.
Ficarei aqui sozinha com eles. Futuro.
Chegaremos amanhã bem cedo. Futuro.
O homem acreditava na noite. Pretérito.   
Eles se acomodaram num canto. Pretérito.

04 – Passe os verbos para o futuro:
Amanhã viajo cedo.
Amanhã viajarei cedo.

Os raios do Sol aquecem a Terra.
Os raios do sol aquecerá a Terra.

Eles acenderam as luzes durante o dia.
Eles acenderão as luzes durante o dia.

O pai chegou pouco depois das oito.
O pai chegará pouco depois das oito. 

O homem deixou o livro de lado.
O homem deixará o livro de lado.

05 – Passe o verbo para o tempo presente:
Eu entrei em casa.
Eu entro em casa.

Fechou os olhos com força.
Feche os olhos com força.

Eu ficarei aqui sozinho.
Eu fico aqui sozinho.

Ele apontava os erros dela.
Ele aponta os erros dela.

Ele perdeu a carteira na rua.
Ele perde a carteira na rua.

06 – Passe as frases do pretérito para o futuro, como no modelo:
 Eles venderam todas as frutas. / Eles venderão todas as frutas.

a)   Vocês compraram o jornal?
Vocês comprarão o jornal.  
    
b)   Elas não dividiram as balas.
Elas não dividirão as balas.

c)   Os meninos pularam o muro de seu Reinaldo.
Os meninos pularão o muro de seu Reinaldo.   

d)   As crianças viajaram de férias.
As crianças viajarão de férias.   

e)   Eles venderam a escola.
Eles venderão a escola.    
“DEUS é a lei e o legislador do Universo”.


segunda-feira, 13 de agosto de 2018

LENDA DO BOITATÁ - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO


LENDA DO BOITATÁ

        Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra.
        Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região Nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

AGORA RESPONDA

01 – Qual o animal que representa o boitatá?
      É representado por uma cobra de fogo.

02 – Onde foi encontrado os primeiros relatos do boitatá?
      Foi encontrado em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560.

03 – Como é conhecido o boitatá na região Nordeste?
      É conhecido como “fogo que corre”   
      
04 – Quem ele protege?
      Protege as matas e os animais.

05 – Qual a origem deste mito?
      Origem indígena.

LENDA PARA SÉRIES INICIAIS: O NEGRINHO DO PASTOREIO - COM GABARITO

LENDA: O NEGRINHO DO PASTOREIO

        No tempo dos escravos, havia um estancieiro muito ruim, que levava tudo por diante, a grito e a relho. Naqueles fins de mundo, fazia o que bem entendia, sem dar satisfação a ninguém.
        Entre os escravos da estância havia um negrinho, encarregado do pastoreio de alguns animais, coisa muito comum nos tempos em que os campos de estância não conheciam cerca de arame; quando muito, havia apenas alguma cerca de pedra erguida pelos próprios escravos, que não podiam ficar parados, para não pensar bobagem... No mais, os limites dos campos eram aqueles colocados por Deus nosso Senhor: rios, cerros, lagoas.
        Pois de uma feita, o pobre negrinho, que já vivia as maiores judiarias nas mãos do patrão, perdeu um animal no pastoreio. Pra quê! Apanhou uma barbaridade atado a um palanque e, depois, cai-caindo, ainda foi mandado procurar o animal extraviado. Como a noite vinha chegando, ele agarrou um toquinho de vela e uns avios de fogo, com fumo e tudo, e saiu campeando. Mas nada! O toquinho acabou, o dia veio chegando e ele teve que voltar para a estância.
        Então, foi outra vez atado ao palanque e dessa vez apanhou tanto que morreu, ou pareceu morrer. Vai daí, o patrão mandou abrir a “panela” de um formigueiro e o atirarem lá dentro, de qualquer jeito, o pequeno corpo do negrinho, todo lanhado de laçaço e banhando em sangue.
        No outro dia, o patrão foi com a peonada e os escravos ver o formigueiro.
        Qual não é a sua surpresa ao ver o Negrinho do Pastoreio: ele estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos.
        O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. 
        Apenas beijou a mão da santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha. Desde aí, o Negrinho do Pastoreio ficou sendo o achador das coisas extraviadas. E não cobra muito: basta acender um toquinho de vela, ou atirar num canto qualquer naco de fumo.
                                      
   (Domínio público) www.acessaber.com.br
 Entendendo a lenda:
 01 – Qual é o título do texto?
       O negrinho do pastoreio.

02 – Qual é o tema do texto?
      Um escravo que é punido por seu dono, morre e depois revive.

03 – Quem é o personagem principal do texto?
      O negrinho do pastoreio.
        
04 – Onde se passa a história?
      Em uma estância.

05 – Este texto é um texto informativo ou folclórico? Justifique sua resposta.
      É um texto folclórico pois, conta uma lenda do folclore.

06 – Quantos parágrafos há no texto?
      9 parágrafos.
    
07 – O estancieiro era bom ou ruim? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno. 

08 – Qual era a função do negrinho?
      Ele era um escravo que cuidava dos animais.
   
09 – Quanto tempo aproximadamente, o negrinho procurou pelo animal perdido?
      Durante toda noite.

10 – Por que o negrinho foi castigado?
      Porque o negrinho perdeu um animal durante o pastoreio.

11 – O que o estancieiro encontra no dia seguinte quando vai ver como está o negrinho, depois do castigo?
      Ele encontrou o negrinho vivo, sem marcas das chicotadas, e ao lado de Nossa Senhora.

12 – O que você acha do castigo que o estancieiro dá ao negrinho? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

13 – Você acredita nesta história? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

14 – Em sua opinião como era a vida dos escravos? Cite algumas características do dia a dia dos escravos.
      Resposta pessoal do aluno.

15 – Pesquise no dicionário qual o significado das palavras destacadas no texto:
Estância = fazenda.
Extraviado = perdido.
Naco = pedaço.