quinta-feira, 19 de julho de 2018

MÚSICA(HIP-HOP)ATIVIDADES: R.A.M. - O RAPPA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): R.A.M.

                         O Rappa

Nação não é bandeira
Nação é união
Família não é sangue
Família é sintonia

Novos satélites nos aproximam
Mais e mais
Então a gente se vê nos telejornais
Agora mesmo pedras estão voando
Na direção certa

Confie nisso "véio"
Ritmos, ações e manifestos (refrão)

Atirados em passeatas
Ou em casos solitários
Como batuques diferentes
Numa mesma pulsação
Que não vão mudar o mundo
Mas fazem a diferença
Fazem nossa diferença
Ao fascismo que cresce
Com a crise
Fazem nossa diferença
Na maneira de encarar
Cidadania, ruas e microfones.
                                                    Composição: Marcelo Yuka.
Entendendo a canção:
01 – Na canção o autor diz que a proposta do movimento hip-hop vai além da expressão musical, de que forma?
      Ele deixa claro que o hip-hop relaciona-se diretamente com a construção de cidadãos atuantes no mundo em que vivem.

02 – Cite os versos em que Marcelo Yuka confirma a necessidade de se expressar o descontentamento, de se juntar em movimentos, que pulsam, que podem não mudar o mundo, mas fazem a diferença.
      “Atirados em passeatas
       Ou em casos solitários
       Como batuques diferentes
       Numa mesma pulsação
       Que não vão mudar o mundo.”



FILME(ATIVIDADES): CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRASIL - SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS

Filme(ATIVIDADES): CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRASIL


Data de lançamento desconhecida (1h 40min)
Direção: Carla Camurati
Gêneros HistóricoDrama
Nacionalidade Brasil


SINOPSE E DETALHES
        Um painel da vida de Carlota Joaquina (Marieta Severo), a infanta espanhola que conheceu o príncipe de Portugal (Marco Nanini) com apenas dez anos e se decepcionou com o futuro marido. Sempre mostrou disposição para seus amantes e pelo poder e se sentiu tremendamente contrariada quando a corte portuguesa veio para o Brasil, tendo uma grande sensação de alívio quando foi embora.

Entendendo o filme:
01 – O príncipe D. João de Portugal, filho de D. Maria, a Louca, que depois se tornaria D. João VI, casou-se com Carlota Joaquina em 1795. Um dos motivos que fizeram com que esse casamento ocorresse foi:
a)    Dom João VI já havia tido uma esposa estéril antes e se divorciara.
b)    Carlota Joaquina pertencia à dinastia dos Habsburgo, que governava a Áustria na época.
c)    Carlota Joaquina pertencia à dinastia dos Bourbon, que governava a Espanha na época.
d)    Dom João VI precisava aliar-se a uma mulher que não tivesse origem nobre.
e)    Carlota Joaquina pertencia à dinastia dos Bragança, a mesma de D. João.

02 – O casamento entre Carlota Joaquina e D. João VI foi marcado por polêmicas e intrigas. Entre as polêmicas levantadas pelos historiadores, está o fato de Carlota:
a)   Ter tentado assassinar sua sogra, a rainha de Portugal, D. Maria I.
b)   Ter dado apoio a Dom Miguel, seu filho mais novo, para que ele desse um golpe político no governo do pai.
c)   Ter pedido divórcio – algo proibido e impensável em um país católico da época.
d)   Ter tentado promover a abolição da escravatura em todas as colônias portuguesas.
e)   Ter tentado transferir a sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves para a colônia de Angola.

03 – Com a invasão da Espanha por Napoleão, o pai de Carlota Joaquina, Carlos IV, renunciou ao trono, enquanto seu filho e irmão de Carlota, Fernando VII, foi preso pelas tropas napoleônicas. Nessa época, Carlota acompanhava o marido, D. João, na estadia no Brasil. Sabendo da vacuidade do trono espanhol, Carlota:
a)   Ordenou a seu marido que voltasse à Europa e assumisse as duas coroas, a portuguesa e a espanhola.
b)   Tentou, com as colônias espanholas na América, uma articulação para ela própria assumir o poder da Espanha.
c)   Escreveu uma carta ao imperador Napoleão pedindo que soltasse seu irmão.
d)   Escreveu uma carta à Josefina, esposa de Napoleão, pedindo que soltasse seu irmão.
e)   Organizou uma esquadra naval, com o apoio dos ingleses, para invadir a Espanha.

04 – Otávio Tarquínio de Sousa, em sua biografia de D. Pedro I, diz que os pais deste, D. João e D. Carlota Joaquina, formavam um casal que “estava fadado ao desencontro, ao desentendimento, à luta ora furtiva e desleal, ora franca e declarada. Em quase nada se pareciam esse português e essa espanhola. Ambos fisicamente feios, ambos sem nenhuma qualidade moral superior, ambos dissimulados, é certo. (SOUSA, Otávio Tarquínio de. “A vida de D. Pedro I” (tomo 1º). In: História dos fundadores do Império do Brasil (vol. II). Brasília: Senado Federal/Conselho Editorial, 2015. p. 17).
Sabe-se que, logo nos primeiros momentos em que passaram no Brasil após a fuga de Portugal desencadeada pela invasão napoleônica, D. João VI procurou retaliar o Império Francês invadindo a Guiana Francesa. Em contrapartida, Carlota Joaquina procurou articular-se com as colônias espanholas a fim de reaver para si o trono espanhol, também ocupado por Napoleão. Para tanto, Carlota Joaquina contou com o apoio estratégico de:
a)   Marechal Floriano Peixoto.
b)   General Osório.
c)   Duque de Caxias.
d)   Sidney Smith, almirante inglês.
e)   José Bonifácio de Andrade e Silva.





CRÔNICA: ESOPO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Crônica: ESOPO


        Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia. Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar a sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente
        — Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está à venda no mercado.
        — Como? – perguntou o amo, surpreso – Tens certeza do que estás falando? Como podes afirmar tal coisa?
        — Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.
        Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos, voltou carregando um pequeno embrulho. Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para se explicar.
        — Meu amo, não vos enganei – retrucou Esopo — A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos. Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?
        — Boa, meu caro – retrucou o amo – Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo?
        — É perfeitamente possível, senhor. E com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda Terra.
        Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote, semelhante ao primeiro. Ao abri-lo, o amo encontrou novamente pedaços de língua. Desapontado, interrogou o escravo e obteve dele surpreendente resposta:
        — Por que vos admirais de minha escolha? Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores, se transforma no pior dos vícios. Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido. Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social. Acaso podeis refutar o que digo? – indagou Esopo.
        Impressionado com a inteligência invulgar do serviçal, o senhor calou-se, comovido, e, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade.
        Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da Antiguidade, cujas histórias até hoje se espalham por todo o mundo.
                                                                          Autor desconhecido.
Entendendo a crônica:

01 – Essa narrativa tem como protagonistas:
a-   (  ) o amo e o patrão
b-   (X) o chefe militar e o escravo
c-   (  ) o companheiro e o patrão
     d- (  ) o servo e o escravo

02 - A passagem “indagou Esopo” pode ser escrita, mantendo-se o mesmo sentido, como:
a-   (  ) respondeu Esopo;
b-   (  ) percebeu Esopo;
c-   (X) perguntou Esopo;
     d- (  ) assegurou Esopo.

03 – Segundo o texto, a língua tanto serve para as virtudes quanto para os vícios do mundo. Como exemplo de virtude e vício, respectivamente, podem-se citar:
a-   (  ) ensinamentos filosóficos e conceitos religiosos;
b-   (  ) discussões infrutíferas e obras literárias;
c-   (  ) rede de intrigas e desentendimentos;
    d- (X) ensinamento das verdades santas e criação de anedotas vulgares.

04 – Em “impressionado com a inteligência invulgar do serviçal…”, o adjetivo destacado significa:
a-   (X) rara
b-   (  ) medíocre
c-   (  ) impopular
     d- (  ) respeitosa

05 – Em “Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo?”, a oração destacada tem o sentido de:
a-   (  ) finalidade
b-   (  ) condição
c-   (X) causa
     d- (  ) consequência

06 – De acordo com o texto, quando a língua é mal utilizada, intrigas e violências verbais podem ser:
a-   (  ) confrontadas
b-   (X) armadas
c-   (  ) superadas
d-   (  ) rejeitadas

07 – Em “por ela mesma ensinadas…”, a palavra destacada está no feminino plural em concordância com:
a-   (  ) “violências”
b-   (  ) “anedotas”
c-   (X) “verdades”
d-   (  ) “discussões”

08 – Em: “Ao abri-lo”, o pronome foi usado para substituir a seguinte palavra:
a-   (X) pacote
b-   (  ) amo
c-   (  ) primeiro
     d- (  ) Esopo

09 – O sentido de negação, em determinadas palavras, é dado por prefixos, como em:
a-   (  ) “impressionado” e “intrigas”
b-   (X) “infrutíferas” e “desentendimentos”
c-   (  ) “desapontado” e “inteligência”
     d- (  ) “interrogou” e “ensinadas”

10 – Nessa história, a libertação do escravo se deve ao fato de Esopo:
a-   (  ) fazer boas compras
b-   (  ) ser educado
c-   (  ) falar muito bem
d-   (X) ter grande sabedoria.


CONTO: O DEFUNTO QUE DEVIA - ÂNGELA LAGO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Conto: O Defunto que Devia


     Em Bom Despacho tinha um moço que devia tanto e a tanta gente que sua vida virou um inferno. O tempo todo batiam na porta dele para cobrar. Até que uma noite ele não aguentou mais e decidiu se fingir de morto.
    Na manhã seguinte, quando os cobradores chegaram, encontraram o moço de olhos fechados, todo vestido de preto, quietinho, deitado em cima da mesa.
        --- Coitado, perdeu mais do que qualquer um de nós – eles disseram, e foram embora.
        Mas um sapateiro muito sovina, a quem o moço devia um real, não quis saber de perdoar a dívida. Ficou na casa, à espera dos parentes, para cobrar de quem pudesse.
        O moço lá, se fingindo de morto, e nada de parente nenhum chega. Mesmo porque morto pobre não tem parente. Acontece que o sapateiro, além de pão-duro, era cabeça-dura, e não arredou o pé. Queria seu real.
        Escureceu, uns ladrões passaram por perto, viram a porta aberta, a casa em silêncio, e decidiram entrar. O sapateiro só teve tempo de enfiar debaixo da mesa.
        --- Eta defunto desgraçado, não tem uma alma velando por ele! Por ele! – comentaram os ladrões.
        E aproveitaram para dividir umas moedas que tinham roubado. Sobrou uma, e um ladrão propôs:
        --- A moeda é do primeiro que enfiar uma faca no peito do morto!
        O defunto reviveu na hora e desandou a gritar:
        --- UI ui ui!
        --- Ei ei ei! – o sapateiro escutou o morto gritando e, lá debaixo da mesa, também desandou a berrar.
        Quando os ladrões viram o morto gritar e escutaram aquela voz responder, saíram em correria, deixando o dinheiro para trás.
        Já iam longe quando o mais valente deles, pensando e repensando nas lindas moedas, tratou de convencer os amigos a voltar:
        --- São duas almas penada, mas nós somos três dependas.
        Voltaram. A essa altura o ex-morto já estava dividindo a fortuna com o sapateiro. Quando os ladrões chegaram perto da casa, escutaram o tinlintar das moedas sendo repartidas e ...
        --- E o meu real? E o meu real?
        --- Ai ai ai! São muitas almas! – gritaram os ladrões. O dinheiro nem está dando! E desapareceram de vez, estrada afora.
                                                                                     Ângela Lago.
Entendendo o conto:

01 – Por que o título do texto é: “O defunto que devia”?
      Porque ele devia pra todo mundo, e não aguentava mais ser cobrado, então se fez de morto.

02 – De acordo com o texto: o que os cobradores disseram quando viram o rapaz deitado em cima da mesa?
      “--- Coitado, perdeu mais do que qualquer um de nós.”

03 – Qual dos cobradores permaneceu no velório, a espera de um parente para cobrar a dívida de um real?
      Foi o sapateiro.

04 – Quem disse a frase: “--- Eta defunto desgraçado, não tem uma alma velando por ele!”?
      Foi um dos ladrões que entraram na casa.

05 – Na divisão das moedas roubadas, sobrou uma moeda, qual foi a proposta para ver quem ficaria com ela?
      A moeda é do primeiro que enfiar uma faca no peito do defunto morto.

06 – Diante da aposta dos ladrões, qual foi a reação do defunto?
      O defunto reviveu na hora e desandou a gritar: Ui ui ui!  

07 – No texto: Quem gritou “Ei ei ei!?
      Foi o sapateiro que estava embaixo da mesa.

08 – Quando os ladrões viram o defunto gritar, saíram correndo e esqueceram as moedas. O que fez eles resolveram voltar?
      Porque se acharam em maior número e conseguiriam vencer o defunto.

09 – O que os ladrões ouviram, ao chegar perto da casa do morto?
      E o meu real? E o meu real?

10 – Qual foi a reação dos ladrões ao ouvirem a discursão?
      “--- Ai ai ai! São muitas almas! O dinheiro nem está dando!       
     





TEXTO: O HOMEM MORAL E O MORALIZADOR - CONTARDO CALLIGARIS - COM GABARITO

Texto: O homem moral e o moralizador


     Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem moral são figuras diferentes, se não opostas. O homem moral se impõe padrões de conduta e tenta respeitá-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele não consegue respeitar.
      A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes.
       Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se soubesse respeitar o padrão moral que ele impõe, ele não precisaria punir suas imperfeições nos outros. Segundo, é possível e compreensível que um homem moral tenha um espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a adotar um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais ganham força de lei (os Estados confessionais, por exemplo) não são regradas por uma moral comum, nem pelas aspirações de poucos e escolhidos homens exemplares, mas por moralizadores que tentam remir suas próprias falhas morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que todos pagam pelos pecados de hipócritas que não se aguentam.
                          Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008.

Entendendo o texto:

01 – Atente para as afirmações abaixo.
I - Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se preocupa com os padrões morais de conduta.
II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o homem moral acaba por impô-lo à conduta alheia.
III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os padrões de conduta que ele cobra dos outros.
Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em:
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

02 – No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que já decorreu um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas indica um fator determinante para que:
(A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de rigorosos padrões morais para avaliar sua conduta.
(B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação entre o homem moral e o homem moralizador.
(C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade de se caracterizar um homem moralizador.
(D) identifiquemos divergências profundas entre o comportamento de um homem moral e o de um moralizador.
(E) divisemos as contradições internas que costumam ocorrer nas atitudes tomadas pelo homem moral.

03 – O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exemplificar uma sociedade na qual:
(A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos cidadãos.
(B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos.
(C) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de uma moral comum.
(D) a situação de barbárie impede a formulação de qualquer regra moral.
(E) eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza das leis.

04 – Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes, o sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido em:
(A) significativos desdobramentos dela.
(B) determinados antecedentes dela.
(C) reconhecidos fatores que a causam.
(D) consequentes aspectos que a relativizam.
(E) valores comuns que ela propicia.

05 – Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:
(A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já não podia ser considerado um hipócrita.
(B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores morais que eles imporão aos outros.
(C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servisse de controle dos demais cidadãos.
(D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracterizava-se um ato típico do moralizador.
(E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões morais que eles próprios não respeitam.

06 – Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
(A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não costuma acusar em si mesmo.
(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral ele não costuma impingir na dos outros.
(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos em que ele acusa seus semelhantes.
(D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócritas.
(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de cujo ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é capaz.




TEXTO: NA VELOCIDADE DA ALIMENTAÇÃO - MARIANA HANSEN - COM GABARITO

Texto: Na velocidade da alimentação

                                                 Mariana Hansen

        Quantas pessoas têm tempo de sentar à mesa tranquilamente para fazer uma refeição? Quem consegue parar um pouco mais para a sobremesa e o cafezinho? A pressa imposta no dia a dia tem afastado esses hábitos, ao mesmo tempo em que enraíza a cultura fast food (comida rápida), especialmente entre os jovens.
      Segundo a nutricionista do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição da Região Sudeste (Ensp/Fiocruz), Patrícia Dias Martins, tem havido no Brasil uma tendência à redução do consumo de alimentos com nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e fibras. Esse comportamento atinge principalmente os adolescentes. Em contrapartida, aumentou a ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas (salgadinhos fritos, batata frita, preparações com maionese, creme de leite), gorduras trans (sorvetes cremosos e biscoitos recheados), açúcares simples (refrigerantes) e com alto valor calórico.
        Outro hábito comum entre os adolescentes é o de pular refeições, como o café da manhã, ou mesmo substituir almoço e jantar por lanches pouco nutritivos. Essas e outras escolhas alimentares dos jovens sofrem influência dos grupos sociais nos quais estão inseridos, assim como o ato prazeroso em comer determinado alimento, a praticidade, a globalização na cultura alimentar, a realização de refeições fora de casa ou mesmo os desejos incentivados pela publicidade. “Os adolescentes são mais sensíveis a essas formas de mensagens, o que acaba refletindo nas suas escolhas alimentares”, diz Patrícia Martins.
        Ao associar o consumo dos alimentos a conquistas e vitórias, a publicidade ajuda a definir o cardápio. As peças publicitárias de fast food trabalham imagens e expressões que relacionam a alimentação a momentos de alegria e satisfação. Em geral, as refeições são feitas em grupos, de forma prática (sem precisar de talheres), em ambientes descontraídos e movimentados. Essa cultura da “refeição rápida” afeta a saúde quando seu consumo se torna frequente.
        Para Patrícia Martins, ainda é discreta a divulgação de informações sobre os riscos associados ao consumo excessivo de alimentos fast food, geralmente ricos em gorduras, açúcares e sódio. “Muitos adolescentes têm desenvolvido doenças que antigamente eram mais comumentes vistas entre os adultos, como a obesidade e a hipertensão arterial.” Para a nutricionista, são necessárias intervenções que busquem a promoção da saúde ainda nessa fase da vida, estimulando a mudança de hábitos.

                                         Adaptado de http://www.fiocruz.br/jovem/

Entendendo o texto:
01 – De acordo com o 1º parágrafo do texto, que hábitos alimentares estão sendo enraizados especialmente entre os jovens?
      O hábito da comida rápida (Fast Food).

02 – Nesse parágrafo, qual a causa apontada para o enraizamento da cultura fast food?
      A causa e a pressa imposta no dia-a-dia.

03 – Qual a ideia expressa pelo termo destacado em “Essas e outras escolhas alimentares dos jovens sofrem influência dos grupos sociais nos quais estão inseridos, assim como o ato prazeroso em comer determinado alimento [...]”.
      A ideia é mostrar que pular o café da manhã, substituir refeições por Fast Food, aumentar a ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas e outros hábitos influenciados pelos grupos de amigos afetam a saúde do adolescente.

04 – Cite dois fatores que influenciam os hábitos alimentares dos jovens, de acordo com o 3º parágrafo.
      Um dos fatores é a praticidade e outro é a realização de refeições fora de casa incentivadas pelas publicidades.

05 – Identifique, no trecho abaixo, o que é uma causa e o que é uma consequência. “Para Patrícia Martins, ainda é discreta a divulgação de informações sobre os riscos associados ao consumo excessivo de alimentos fast food, geralmente ricos em gorduras, açúcares e sódio. Muitos adolescentes têm desenvolvido doenças que antigamente eram mais comumente vistas entre os adultos, como a obesidade e a hipertensão arterial.”
·       Causa: A discreta divulgação de informações sobre os riscos associados ao consumo excessivo de alimentos Fast Food.
·        Consequência: O desenvolvimento em adolescentes de doenças que antigamente eram mais comum entre adultos, como a obesidade e a hipertensão arterial.

06 – Que crítica se percebe no texto?
      Percebe-se que o poder público é conivente com a situação, já que a divulgação dos riscos associados ao consumo excessivo de Fast Food é discreta.