quinta-feira, 17 de maio de 2018

CONTO: AS TRÊS LARANJAS MÁGICAS - NEIL PHILIP - COM GABARITO

Conto: As três laranjas mágicas


        Achando que já estava mais que na hora de seu filho se casar, um velho rei convidou princesas de todos os cantos do mundo para uma grande festa. Como o príncipe não simpatizou com nenhuma delas, o monarca o mandou a procurar sozinho uma jovem que lhe agradasse.
      O rapaz montou em seu cavalo e partiu. Não demorou para chegar a uma floresta, onde se deparou com uma laranjeira da qual pendiam três laranjas de ouro. Colheu-as e prosseguiu.
       Logo depois sentiu sede, pois fazia muito calor. Então sacou da faca, descascou uma laranja e a cortou ao meio. Pois não é que da laranja saiu uma linda moça de olhos da cor do céu e cabelos da cor do sol? “Um gole de água, por favor!”, ela implorou. O príncipe não pôde atender seu pedido, e a moça desapareceu.
      O sol estava ardente, e o viajante não demorou a cortar mais uma laranja. Uma jovem de olhos verdes como uma lagoa da floresta e cabelos vermelhos como uma flor de hibisco lhe pediu um gole de água e, como não o recebeu, sumiu.
      O príncipe seguiu viagem e por fim encontrou uma fonte, onde saciou sua sede. A essa altura já estava com fome e então cortou a terceira laranja. Uma moça de cabelos negros como o corvo e o rosto branco como jasmim lhe suplicou: “Um gole de água, por favor”. O rapaz juntou a mãos em concha, encheu-as na fonte e lhe deu de beber. Assim a livrou do encantamento de uma bruxa, que a aprisionara nas laranjas mágicas.
      O príncipe e a moça se casaram e pouco depois subiram ao trono. Quando a bruxa soube, correu para a cidade, foi até o portão do palácio e se pôs a apregoar: “Grampos! Lindos grampos! Quem quer comprar?”. A rainha ouviu seu pregão e a mandou entrar. A falsa vendedora lhe mostrou então um grampo que tinha uma pérola na ponta e pediu para colocá-lo em seus cabelos. A jovem soberana se abaixou, e a bruxa lhe espetou o grampo na cabeça com toda a força. No mesmo instante a rainha se transformou numa pomba branca e voou para a floresta.
       O rei estava ali, caçando, e capturou a linda ave com intenção de oferecê-la a sua esposa. No entanto, ao voltar para o palácio, procurou a rainha por toda parte e não a encontrou.
      Nos meses seguintes seu único consolo foi a pomba branca, que lhe lembrava seu amor perdido. Um dia, acariciando a cabeça do animalzinho, sentiu uma coisa dura: era a pérola do grampo. Puxou-a imediatamente e diante de seus olhos sua bela rainha tomou o lugar do pássaro.
      Ao descobrir que tudo aquilo fora obra da bruxa, o monarca mandou que seus homens a prendessem…

PHILIP, Neil. Volta ao mundo em 52 histórias. São Paulo:
Companhia das letrinhas, 1994. P. 42-43.

Entendendo o conto:

01 – Qual a situação inicial da história?

      Um rei deu uma grande festa para que o filho escolhesse uma princesa para se casar, mas nenhuma lhe agradou.

02 – Que palavras são usadas para se referir ao pai do príncipe?

      “Velho rei” e “monarca”.

03 – Que decisão, então, o rei tomou?

      O rei mandou o filho procurar sozinho alguém que lhe agradasse.

04 – Releia: “da laranja saiu uma linda moça de olhos da cor do céu e cabelos da cor do sol”. Que efeito de sentido tem as expressões em negrito? Por que o autor não usou simplesmente os nomes das cores?

      As expressões enriquecem a construção da personagem, associando olhos e cabelos a elementos da natureza.

05 – Observe os termos destacados em “Um gole de água, por favor!”, ela implorou e “Uma moça de cabelos negros (...) lhe suplicou”: “Um gole de água, por favor”. Se o autor tivesse escolhido um outro verbo, como pedir, o efeito seria o mesmo? Por quê?

      O efeito não seria o mesmo e que a escolha dos verbos não é aleatória. “Pedir” não tem a mesma intensidade, a mesma carga semântica de “implorar” e “suplicar”.

06 – Releia estes trechos da história: “Uma jovem de olhos verdes como uma lagoa da floresta e cabelos vermelhos como uma flor de hibisco lhe pediu um gole de água” (...) e “Uma moça de cabelos negros como o corvo e o rosto branco como jasmim lhe suplicou” (...).

a)   Que efeito tem a palavra em negrito?

A palavra “como” introduz uma comparação.

b)   Experimente ler sem os trechos sublinhados e compare. O que você percebeu?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Percebo que a comparação traz a beleza ao texto, conferindo-lhe expressividade e originalidade.

07 – No 5° parágrafo, em “Assim a livrou do encantamento de uma bruxa, que a aprisionara nas laranjas mágicas”, a que se refere o termo em negrito?

      Refere-se ao fato de o príncipe ter dado água para a moça.

08 – “O príncipe e a moça se casaram e pouco depois subiram ao trono”. O que significa “subir ao trono”?

      Significa começar a reinar. Eles se tornaram rei e rainha.

09 – Releia este trecho: “A falsa vendedora lhe mostrou então um grampo que tinha uma pérola na ponta e pediu para colocá-lo em seus cabelos”. Vamos ver se você entendeu direitinho essa parte:

a)   Quem é a falsa vendedora?

A bruxa.

b)   A quem ela mostrou o grampo?

A rainha.

c)   A que se refere o termo lo?

Ao grampo.

d)   A quem se refere o termo seus?

A rainha.

10 – Por que o rei não conseguiu encontrar a esposa para lhe entregar a pomba?

      Porque a pomba era a própria esposa, que foi transformada pela bruxa.

11 – “O rei estava ali, caçando (...)”. A que se refere a palavra destacada?

      Refere-se a floresta.

12 – Entendemos, então, que a palavra “ali” expressa uma ideia de:

a)   Tempo.

b)   Lugar.

c)   Dúvida.

13 – Qual é o título do texto?

      As três laranjas mágicas.

14 – Quem é o autor?

      O autor é Neil Philip.

15 – Quantos parágrafos têm a história?

      O texto tem 9 parágrafos.

16 – Quantos e quais são os personagens da história?

      O rei, o príncipe, as três laranjas e a bruxa.

17 – Qual é o objetivo deste texto?

      Este texto tem o objetivo de contar uma história.

18 – O que levou o príncipe a sair do castelo?

      Ele saiu do Castelo para procurar uma esposa.

19 – O que o príncipe encontrou na floresta?

      Ele encontrou uma laranjeira e colheu três laranjas de ouro.

20 – O que aconteceu com as laranjas?

      Ele estava com sede então abriu a primeira, dela saiu uma linda moça que pediu água, como ele não tinha ela sumiu. Com a segunda ele aconteceu a mesma coisa. O príncipe esperou e só abriu a última quando chegou a uma fonte e lhe deu água, a moça se livrou do encantamento e eles se casaram.

21 – O que aconteceu quando o rapaz abriu a última laranja?

      O príncipe esperou e só abriu a última quando chegou a uma fonte e lhe deu água, a moça se livrou do encantamento e eles se casaram.

22 – Quem era a vendedora? E o que ela queria?

      A vendedora era a bruxa que a tinha enfeitiçado. Ela queria enfeitiçá-la novamente.

23 – Agora é sua vez crie um final para esta história:

      Resposta pessoal do aluno.

 


FÁBULA: O GALO QUE LOGROU A RAPOSA - MONTEIRO LOBATO - COM GABARITO

Fábula: O GALO QUE LOGROU A RAPOSA
             Monteiro Lobato


    Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “deixe estar, seu malandro, que já te curo! …”. E em voz alta disse:
     – amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. O lobo e o cordeiro, os gaviões e os pintinhos, a onça e o veado, a raposa e as galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
       – muito bem! – exclamou o galo. – não imagina como tal notícia me alegra! que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldade e traições! vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas… como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
      Ao ouvir falar em cachorros, dona raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
      – infelizmente, amigo có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? até logo.
        E raspou-se.

        Moral da história: Contra esperteza, esperteza e meia.

                                                                  Lobato, Monteiro. Fábulas.

                                                 São Paulo. Editora Brasiliense, 1994.
Entendendo a fábula: 


01 – Em “Um velho galo matreiro, percebendo...”. A palavra sublinhada significa:
a)   Notando.
b)   Adivinhando.
c)   Supondo.
d)   Prevenindo.

02 – Em “... percebendo a aproximação da raposa...” – a palavra sublinhada pode ser substituída por:
a)   Proposta.
b)   Intenção.
c)   Voz.
d)   Chegada.

03 – E “Empoleirou-se numa árvore” – a palavra sublinhada pode ser substituída por:
a)   Escondeu-se.
b)   Subiu.
c)   Pulou.
d)   Encolheu-se.

04 – Em “A raposa, desapontada, murmurou consigo” – a palavra sublinhada significa:
a)   Disse em voz baixa.
b)   Falou disfarçadamente.
c)   Resmungou.
d)   Pensou.

05 – Em “Muito bem! – exclamou o galo”, – a palavra sublinhada significa:
a)   Falar em voz alta e com admiração.
b)   Falar em tom de censura.
c)   Falar demonstrando aprovação.
d)   Falar em tom autoritário.

06 – Em “Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras” – a expressão sublinhada equivale a:
a)   Entre as.
b)   Apesar das.
c)   Longe das.
d)   Sem as.

07 – Em “... e tratou de pôr a fresco”, – a expressão sublinhada quer dizer:
a)   Ir para um lugar que não faça tanto calor.
b)   Sair para o ar livre.
c)   Ir saindo.
d)   Colocar-se a salvo.

08 – Em “E raspou-se” significa:
a)   Saiu calmamente.
b)   Saiu precipitadamente.
c)   Escondeu-se.
d)   Feriu-se.

09 – Quando o galo se empoleirou na árvore, a raposa ficou:
a)   Zangada.
b)   Decepcionada.
c)   Indiferente.
d)   Contente.

10 – A respeito da atitude do galo, a raposa pensou consigo mesma – “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!” – Isso significa que ela pensou em:
a)   Aliviar o sofrimento do galo.
b)   Dar uma lição no galo.
c)   Cozinhar o galo...
d)   Levar o galo ao médico dos animais, veterinário.

11 – Ao dizer “Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições!” – o galo se refere às:
a)   Desavenças ocorridas entre os homens.
b)   Briga entre ele e a raposa.
c)   Crueldade cometida pela raposa em relação a seus amigos.
d)   Desavenças que houve no reino animal.

12 – A raposa é tida como um animal muito assustado, esperto. Nessa fábula, a raposa mostrou-se:
a)   Mais esperta do que o galo.
b)   Menos esperta do que o galo.
c)   Tão esperta, além de corajosa e brincalhona.

13 – O nome Co-ri-có-có, usado pela raposa em referência ao galo, relaciona-se:
a)   Ao canto do galo.
b)   A raça do galo.
c)   A cor do galo.
d)   Ao físico do galo.

14 – Qual é o título do texto?
      O galo que logrou a raposa.

15 – Quem são os personagens?
      Os personagens são o galo e a raposa.

16 – O que a raposa queria?
      A raposa queria comer o galo.

17 – O que fez o galo quando viu a raposa?
      Ao ver a raposa o galo empoleirou-se em uma árvore.

18 – Qual foi a história inventada pela raposa?
      A raposa contou que havia acabado a guerra entre os animais, e que ela também queria fazer as pazes com o galo, dando-lhe um beijo.

19 – O que o galo fez para saber se esta história era verdade?
      O galo falou que iria descer para abraçar a raposa, mas que eles deveriam esperar os cachorros para participar também.

20 – Quando ouviu falar dos cachorros, que desculpa a raposa deu?
      A raposa disse que estava com pressa e não poderia esperar os cachorros, e saiu correndo.

21 – Explique com suas palavras o que quer dizer a moral da história: contra esperteza, esperteza e meia.
      Resposta pessoal do aluno.

CONTO: OS LICANTROPOS - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

CONTO: OS LICANTROPOS
                  Carlos Drummond de Andrade


         Surgiram alguns licantropos na cidade e a população corria deles. Não corria tanto assim, pois os licantropos só apareciam noite alta. E sempre nas sextas-feiras. De qualquer modo, notívagos eram surpreendidos pelos licantropos, e não sentiam o menor prazer no encontro. O resto da população, tentando dormir em seus quartos, simplesmente sentia medo. 
      O sábio professor Epaminondas Barzinsky debateu o assunto na Academia de Ciências Sobrenaturais, advertindo que primeiro se devia apurar se se tratava de licantropos propriamente ditos, ou de pessoas afetadas de licantropia. Propôs que se nomeasse a comissão para investigar este ponto. Se ficasse comprovado que os licantropos eram da primeira espécie, levaria o estudo às últimas consequências. 
          Ninguém quis fazer parte da comissão e o próprio Barzynski pôs-se em campo, no interesse da ciência. Uma semana depois, voltou à sede social, requerendo reunião extraordinária para a meia-noite da próxima sexta-feira. Combinado. Ao entrarem na sala à hora aprazada, seus colegas viram que um licantropo ocupava a tribuna de conferências. Saíram apressadamente e nunca mais a Academia se reuniu nem Barzinsky foi visto.

Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis.
Rio de Janeiro, José Olympio, 1985.

Vocabulário: • licantropo: lobisomem
                     • notívagos: pessoas que apreciam a vida noturna

Entendendo o texto:
01 – O último parágrafo do conto "Os licantropos" deixa subentendida a ideia de que:
       A – ( ) o professor Epaminondas concluiu que licantropos não existiam.
       B – (X) Barzinsky transformou-se em um licantropo.
     C – ( ) todos os membros da Academia de Ciências Sobrenaturais foram vítimas do ataque de um licantropo.
       D – ( ) o professor Barzinsky deveria fazer novas investigações em campo.
       E – ( ) o horário e dia da reunião extraordinária agendada pelo professor Barzinsky não foram aceitos pelos outros homens da Academia de Ciências Sobrenaturais.

02 – Assinale a opção cujo vocábulo destacado não é acentuado pela mesma regra de acentuação dos demais:
       A – (X) "...notívagos eram surpreendidos..." 
       B – ( ) "O sábio professor Epaminondas Barzinsky debateu..." 
       C – ( ) "...os licantropos eram da primeira espécie..." 
       D – ( ) "...requerendo reunião extraordinária..." 
       E – ( ) "...ocupava a tribuna de conferências.


LENDA: O LOBISOMEM - SAMIR MESERANI - COM GABARITO

LENDA: O Lobisomem
                Samir Meserani

        Dentro de nós, há um mundo a ser "explorado", libertado: o mundo da imaginação. Ele serve de morada para toda espécie de seres. O texto que você lerá fala de um deles.

 O LOBISOMEM

        O lobisomem é um ser fantástico e assustador que, como o nome indica, é meio lobo, meio homem. Durante os dias de semana, é um homem comum, magro, alto, de pele macilenta, com um olhar melancólico. Normalmente, é afável e calmo, mas de uma hora para outra pode tornar-se irritadiço. De vez em quando, dá longos suspiros, como se fossem uivos silenciosos. E, às sextas-feiras, precisamente à meia noite, esse homem se transforma. Adquire característica de lobo: as orelhas crescem, surgem pelos espessos no rosto e no corpo, a boca se escancara mostrando dentes afiados. As mãos mais parecem patas ou garras. Torna-se, então, perigoso para os outros animais, sobretudo para o homem. 
      É difícil saber de onde o lobisomem é originário. O maior estudioso dos seres fantásticos do Brasil, o folclorista Câmara Cascudo, afirma que se trata de um bicho universal, encontrável em todos os países. E, em cada um, ele recebe um nome diferente: licantropo (na Grécia), versiopélio (em Roma), volkdlack (nos países eslavos), obototen (na Rússia), hamramr (nos países nórdicos), loup-garou (na França) ... Os nossos caboclos dizem "lobisome" e têm muito medo dele. 
     Sexta-feira, da meia-noite às duas da manhã, o lobisomem sai numa corrida barulhenta e atropelada para percorrer ou sete cemitérios, ou sete outeiros, ou sete encruzilhadas, ou sete vilas. Nas vilas, sítios e fazendas por onde passa, os moradores rezam e atiçam os cães para persegui-lo, para afugentá-lo. Perto das casas, plantam arruda e alecrim. Percorridos os sete lugares, ele retorna ao local de partida – onde há uma umburana, árvore frondosa na qual esconde sua roupa – e volta à forma humana. 

Samir Meserani. Os incríveis seres fantásticos. São Paulo, FTD, 1993.

 Vocabulário: • macilenta: pálida
                        outeiros: colinas 

Entendendo o texto:
01 – O lobisomem é meio lobo, meio homem. 
        O vocábulo meio pode desempenhar diferentes classes gramaticais. Assinale a opção cujo vocábulo grifado é um substantivo:
       A – ( ) O lobisomem tornou-se meio assustador.
       B – ( ) Meio quilômetro à frente, a fera voltou à forma humana.
       C – (X) Os fazendeiros encontraram um meio de afugentar o lobisomem.
       D – ( ) A transformação nunca ocorre quando é meio-dia.
       E – ( ) Quando vir um homem meio estranho, poder ser um lobisomem.


POEMA: QUADRILHA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO


POEMA: QUADRILHA
      
                      Carlos Drummond de Andrade

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Entendendo o poema:

01 – Qual a visão do poeta em relação ao relacionamento amoroso: crítica, irônica ou trágica?
      Irônica.

02 – De acordo com o texto, como que é o relacionamento amoroso?
      É um relacionamento desencontrado.

03 – Essa forma de interpretar o relacionamento amoroso pode ser considerada moderna? Por quê?
      NÃO. Porque é um sentimento que sempre existiu.

04 – Analisando o poema, o título “Quadrilha”, foi bem escolhido? Por quê?
      SIM. Porque troca de pares.

05 – O poema “Quadrilha” é leve e bem humorado. Apesar disso, ele é reflexivo? Justifique sua resposta.
      SIM. Porque a vida é movida por experiências e conhecimentos.

06 – Esse poema pertence ao livro Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1930. Use a sua criatividade e reescreva o poema utilizando termos ou expressões relacionadas aos dias atuais.
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Livres da necessidade de combater o academicismo parnasiano, os poetas da geração de 30 incorporaram em suas produções as conquistas formais por que tinham se empenhado os primeiros modernistas e sentiam-se à vontade para retornar algumas posturas antes rejeitadas.
        Dos procedimentos formais da poesia de 22 relacionados a seguir, quais deles também podem ser observados em “Quadrilha”?
·        Verso livre.
·        Falta de pontuação.
·        Simultaneidade de imagens; flashes da realidade; fragmentação.
·        Ilogismo.
·        Linguagem simples, coloquial, prosaica.
·        Humor.

08 – O poema “Quadrilha” aborda um tema caro à tradição poética: o amor e o relacionamento amoroso. A originalidade do poema está na forma como o tema é tratado.
a)   Com que tipo de visão o poeta aborda esse tema no poema: com uma visão crítica, irônica ou trágica?
Uma visão irônica.

b)   Resuma a ideia central do poema: De acordo com o texto, o que é o amor ou o relacionamento amoroso?
É um eterno desencontro; sempre se ama a pessoa errada.

c)   Essa visão de amor pode ser considerada uma visão moderna? Por quê?
Sim, pois é uma visão que não idealiza o amor.

09 – O título do poema é “Quadrilha”.
a)   Considerando o modo como se dança a quadrilha nas festas juninas, principalmente a disposição e o movimento dos pares, estabeleça relações entre o poema e a quadrilha das festas juninas.
Na quadrilha das festas juninas, o par se separa e cada um dos parceiros dança com pessoas diferentes, até voltar ao parceiro inicial. No amor não seria muito diferente, pois na busca do amor e do parceiro ideal há uma troca constante de parceiros, e fatos inusitados podem acontecer: alguns desistem da “dança”, outros arrumam outros parceiros não previstos inicialmente.

b)   Observe os dois enunciados a seguir: o primeiro constituído pelas duas primeiras orações do primeiro período do poema, e o segundo equivalente a uma situação em que existisse correspondência amorosa entre os amantes. Depois compare a função sintática dos termos que compõem os enunciados.

João amava Teresa que (Teresa) amava Raimundo”.
“João amava Teresa que (Teresa) amava João”.

Por que a observação de quem é sujeito e quem é objeto em “João amava Teresa que amava Raimundo” confirma sua resposta anterior?
Porque o objeto do amor (por exemplo, Teresa), quando se torna sujeito, sempre busca alguém diferente para ser o objeto de seu amor, em vez de buscar o primeiro sujeito, aquele que o/a ama.

10 – Com base na leitura do poema, que mudanças você identifica na poesia de 30, em relação à poesia de 22?

      É uma poesia que apresenta certos procedimentos da primeira geração modernista, como o verso livre e a linguagem coloquial, porém faz uma abordagem mais reflexiva em torno da existência humana.



TEXTO: ÔNIBUS LOTADO - ALMANAQUE BRASIL - COM GABARITO

TEXTO:  Ônibus lotado

      O ônibus aguardava no ponto final, no alto de uma ladeira. Após os passageiros entrarem, seguiu ladeira abaixo.
      Eis que um homem de bigode, de meia-idade, começou a correr atrás do ônibus.
       Da janela, um passageiro gritou:
       - Esquece, cara! O busão já tá lotado.
      E o senhor, ofegante:
      - Não posso. Sou o motorista!
                                                    Almanaque Brasil 02\07\2009.

Entendendo o texto:
01 – Esse texto é engraçado, porque:
a) O ônibus desceu a ladeira sem o motorista.
b) O ônibus já saiu lotado do ponto final.
c) Um homem de bigode corria ofegante.
d) Um passageiro ficou gritando da janela.

02 – Retire do texto uma parte com linguagem informal:
      O busão já tá lotado.