domingo, 8 de abril de 2018

TEXTO: O MENINO SEM IMAGINAÇÃO(FRAGMENTO) - CARLOS EDUARDO MORAES - COM GABARITO


Texto: O MENINO SEM IMAGINAÇÃO
              Carlos Eduardo Moraes
     
    [...]
       Maria botou o jantar e pela primeira vez, desde que nasci, vi toda a família reunida à volta da mesa.
   - Como nos velhos tempos! – exclamou o vovô satisfeito.
      Ele disse que no passado era assim: as pessoas sentavam juntas, conversavam e trocavam ideias na hora das refeições. Disse que foi a chegada da televisão que provocou uma debandada geral. Eu fiquei calado, mas me irrita muito ver alguém falando mal da televisão. Para mim ela apenas permitiu que cada um comesse quando quisesse, porque as pessoas não são obrigadas a sentir fome à mesma hora.
         - Vamos conversar sobre o quê? – perguntou o vovô; que não obtendo resposta continuou:
         - Não podemos perder esta oportunidade. Ela talvez não se repita nunca mais.
         - Qualquer coisa – resmungou mamãe desinteressada.
         - Eu queria fazer um comentário sobre o jogo...
         - Ah! Futebol não! – mamãe cortou a frase de papai.
         - Então vamos meter o pau no Governo – propôs vovô.
         - Política nem pensar! – voltou mamãe.
         - Existe algum tema mais relevante do que o sumiço da televisão? – indagou titia.
         - Ah! Eu não aguento falar mais sobre isso! – disse papai.
         - Nem eu! – concordou a mana.
         E mergulhamos todos num longo silêncio.
         Eu havia colocado Fantástica sobre o aparador, na minha frente, mantendo seu controle remoto ao lado do meu prato, como um talher. Não acreditava que a TV fosse demorar muito mais fora do ar, porque papai falou que os donos das emissoras são poderosos “e logo vão dar um jeito nisso”.
         Eu dava uma garfada, ligava e desligava Fantástica; dava outra garfada, ligava e desligava e ligava e desligava, até que papai saiu de seu silêncio e bateu na mesa:
         - Para com isso, Tavinho! Que mania!
         - Só quero saber quando a imagem vai voltar.
         - Você vai saber! Vai ser uma barulhada infernal por esse país afora!
         A comida estava uma gororoba intragável. Maria é uma grande cozinheira, mas desta vez errou a mão, salgou tudo e queimou o arroz. Eu deixei cair um pedaço de goiabada no chão, titia se engasgou com a farofa e mamãe virou a garrafa de água na toalha. Minha irmã, que não perde uma chance, falou que “o sumiço da televisão está mexendo com o equilíbrio de muita gente”. Mamãe, eu se manteve calada o tempo todo, resolveu apelar:
         - Amanhã cedinho vou à igreja iniciar uma novena para Nossa Senhora fazer com que a televisão volte logo.
         - E eu vou à minha astróloga – emendou titia. – Talvez a conjuntura astrológica explique alguma coisa...
         - E eu vou procurar o pastor da minha igreja – arrematou Maria, de passagem.
         O jantar acabou e as pessoas ficaram vagando pelo apartamento feito almas penadas. Eu mesmo não sabia o que fazer. Experimentava uma sensação esquisita, das naves. Foi me dando sono, uma vontade de me encolher debaixo das cobertas.
         Minha irmã, ao me ver acabrunhado num canto, veio até mim:
         - Não fique assim, irmãozinho – disse carinhosa.
         - Fico assim. – resmunguei – A vida perdeu o sentido pra mim.
         - Que bobagem! – ela sorriu meiga. – A televisão é um eletrodoméstico.
         - Pra mim é muito mais! É minha razão de viver!
         - A humanidade viveu milhares de anos sem televisão, Tavinho, e nunca deixou de fazer as coisas
         - Pois eu sou aquela parte da humanidade que não saber fazer as coisas sem televisão.
         A mana sorriu e afogou meus cabelos, delicada:
         - Não adianta ficar emburrado. Faz o jogo do faz de conta. Ás vezes é preciso brincar para se suportar melhor a realidade.
         - Faz de conta o quê? O quê? – perguntei desafiador.
         - Por que você faz de conta que engoliu a TV?
         Lá vinha ela com suas birutices.
         - Eu? Engolir a televisão?
         [...]

       MORAES, Carlos Eduardo. O menino sem imaginação.
                                                             ed. 6. São Paulo: Ática, 1997.

Entendendo o texto:
01 – Lendo apenas esse trecho, foi possível compreender o conflito presente no romance? Como você chegou a essa conclusão?
      Professor, espera-se que o aluno responda que as emissoras não estavam transmitindo a programação porque aconteceu algum problema, afinal o pai disse que “os donos das emissoras são poderosos e logo vão dar um jeito nisso”.
02 – Quando Tavinho diz: “[...] pela primeira vez desde que nasci, i toda a família reunida à volta da mesa”, o que se pode perceber sobre a rotina da casa?
       Percebe-se que sua família não tem o hábito de realizar as refeições reunida, conversando: cada um come em um horário diferente e sempre diante da TV.

03 – O que você achou da família de Tavinho? Ela é diferente da sua?
       Resposta pessoal.

04 – Com base na leitura desse trecho, explique por que o autor deu esse título para a história.
       Resposta pessoal. Professor, espera-se que o aluno perceba, a partir da leitura do trecho, que Tavinho desenvolve uma dependência tão grande da TV que não sabia o que fazer sem ela, não tinha imaginação para fazer nada. Converse com a turma sobre a crítica que pode ser percebida nas entrelinhas do texto, de que as pessoas se tornam passivas, apáticas e alienadas quando desenvolvem esse tipo de dependência.

05 – Quem é fantástica? Poderíamos chamá-la de personagem? Por quê?
        Fantástica é o nome que Tavinho dá à televisão. Poderíamos chamá-la de personagem, pois ela é tratada como um ser e é devido ao seu estado (fora de ar) que todo o enredo da história se desenvolve.

06 – Quem é o narrador dessa história? Como você descobriu isso?
        Tavinho, a personagem principal. Professor, espera-se que o aluno chegue a essa conclusão observando o uso da primeira pessoa (“eu”).

07 – Como Tavinho reagiu diante do “sumiço da televisão”?
        Não sabia o que fazer, ficou muito triste, com vontade de dormir. É possível constatar pelo trecho: “dava uma garfada, ligava e desligava Fantástica; dava outra garfada, ligava e desligava e ligava e desligava”.

08 – A irmã de Tavinho, para consolá-lo, sugere: “Não adianta ficar emburrado. Faz o jogo do faz de conta”. O que você acha que ela quer dizer com isso?
        Professor, espera-se que o aluno comente que a irmã quer incentivar Tavinho a usar a imaginação, criar histórias e não ser tão dependente da TV.


QUESTÕES DE PORTUGUÊS - ENEM - COM GABARITO


QUESTÕES DE PORTUGUÊS - ENEM


(ENEM) Os provérbios constituem um produto da sabedoria popular e, em geral, pretendem transmitir um ensinamento. A alternativa em que os dois provérbios remetem a ensinamentos semelhantes é:
          a)   “Quem diz o que quer, ouve o que não quer” e “Quem ama o feio, bonito lhe parece”.
        b)   “Devagar se vai ao longe” e “De grão em grão, a galinha enche o papo”.

        c)   “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando” e “Não se deve atirar pérolas aos porcos”.
        d)   “Quem casa quer casa” e “Santo de casa não faz milagre”.
        e)   “Quem com ferro fere, com ferro será ferido” e “Casa de ferreiro, espeto de pau”.


(ENEM) A palavra tatuagem é relativamente recente. Toda a gente sabe que foi o navegador Cook que a introduziu no Ocidente, e esse escrevia tattou, termo da Polinésia de tatou ou tu tahau, “desenho”.
        [...] Desde os mais remotos tempos, vemo-la a transformar-se: distintivo honorífico entre uns homens, ferrete de ignomínia entre outros, meio de assustar o adversário para os bretões, marca de uma classe de selvagens das ilhas marquesas [...] sinal de amor, de desprezo, de ódio [...]. Há três casos de tatuagem no Rio, completamente diversos na sua significação moral: os negros, os turcos com o fundo religioso e o bando de meretrizes, dos rufiões e dos humildes, que se marcam por crime ou por ociosidade.

                Rio, João do. Os Tatuadores. Revista Kosmos. 1904.
                               Apud: A alma encantadora das ruas. São Paulo:                                               Cia das Letras, 1999. (Fragmento).

01 – Com base no texto são feitas as seguintes afirmações:
I – João do Rio revela como a tatuagem já estava presente na cidade do Rio de Janeiro, pelo menos desde o início do século XX, e era mais utilizada por alguns setores da população.
II – A tatuagem, de origem polinésia, difundiu-se no ocidente com a característica que permanece até hoje: utilização entre os jovens com função estritamente estética.
III – O texto mostra como a tatuagem é uma prática que se transforma no tempo e que alcança inúmeros sentidos nos diversos setores das sociedades e para as diferentes culturas.

Está correta o que se afirma apenas em:
     a)   I.           b) II.          c) III.          d) I e II.          e) I e III.


(ENEM) Hagar. Cris Browne.
 De acordo com a história em quadrinhos protagonizada por Hagar e seu filho Hamlet, pode-se afirmar que a postura de Hagar:
          a)   Valoriza a existência da diversidade social e de culturas, e as várias representações e explicações desse universo.
          b)   Desvaloriza a existência da diversidade social e as várias culturas, e determina uma única explicação para esse universo.
           c)   Valoriza a possibilidade de explicar as sociedades e as culturas a partir de várias visões de mundo.
           d)   Valoriza a pluralidade cultural e social ao aproximar a visão de mundo de navegantes e não navegantes.
           e)   Desvaloriza a pluralidade cultural e social, ao considerar o mundo habitado apenas pelos navegantes.


(UNICAM-SP). Hagar. Cris Browne.


     a)   O que produz a ironia nessa tira de Hagar?
      A ironia é produzida pela justaposição da afirmação contundente estabelecida pela interjeição claro com o argumento absolutamente improvável que se segue. Afinal, não são muitos aqueles que fazem parte do conjunto de pessoas passíveis de serem convidadas para jantar com o rei da Inglaterra.
     b)   Como você interpreta a resposta de Hagar, no segundo quadrinho da tira? Justifique.
      A interpretação deve levar em conta, necessariamente, a relação entre o modalizador talvez e a sequência do enunciado de Hagar iniciada pela conjunção adversativa mas. Em talvez, afirma-se uma possibilidade confirmada pela restrição estabelecida em mas, seguida de não diga à sua mãe que eu falei isso. Desse modo, podemos interpretar a resposta de Hagar como afirmando que boas maneiras à mesa não são importantes, sem que ele diga isso diretamente, já que isso contraria o que socialmente se espera da figura paterna e contraria também a posição da mãe, Helga.

(ENEM):
        A Propaganda pode ser definida como divulgação intencional e constante de mensagens destinadas a um determinado auditório visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fenômenos. A Propaganda está muitas vezes ligada à ideia de manipulação de grandes massas por parte de pequenos grupos. Alguns princípios da Propaganda são: o princípio da simplificação, da saturação, da deformação e da parcialidade.

                          Adaptado de Norberto Bobbio, et al. Dicionário de Política.

01 – Segundo o texto, muitas vezes as propaganda:
     a)   Não permite que minorias imponham ideias à maioria.
     b)   Depende diretamente da qualidade do produto que é vendido.
     c)   Favorece o controle das massas difundindo as contradições do produto.
     d)   Está voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto.
     e)   Convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que se propõe vender.


(ENEM):
        Os signos visuais, como meios de comunicação, são classificados em categorias de acordo com seus significados. A categoria denominada indício corresponde aos signos visuais que têm origem em formas ou situações naturais ou casuais, as quais, devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem significado. Por exemplo, nuvens negras indicam tempestade.
01 – Com base nesse conceito, escolha a opção que representa um signo da categoria dos indícios.

    

  Figura: B

(PUC-RJ – adaptado) Pressupostos são ideias que, embora não estejam expressas explicitamente num texto, podem ser percebidas pelo leitor a partir do emprego de certas palavras ou expressões. Compare os dois enunciados a seguir e indique o pressuposto marcado pela palavra até em (1).
     (1) O dinheiro virou instrumento para aferir até nosso amor-próprio.
     (2) O dinheiro virou instrumento para aferir nosso amor-próprio.
      A palavra até indica uma quebra de expectativa, pois nosso amor-próprio não seria algo que se pudesse aferir ou avaliar.


(SARESP-SP) Leia a charge e, em seguida, responda à questão:

 Amarildo. Nós, humanos... Gazeta Esportiva. São Paulo, [s.d.]. Disponível em:
        
       

01 – A charge é um tipo de texto que, por meio de desenhos simbólicos, denuncia ou ironiza uma situação (geralmente política) que já é conhecida por todos. Através dessa charge percebemos o cuidado do artista em denunciar:
     a)   O quanto sentem os atletas de alto nível ao receberem uma medalha.
     b)   O quanto se entristecem aqueles que não conseguem uma medalha em uma disputa de alto nível.
     c)   O quanto um ser humano é insatisfeito com seus próprios resultados.
     d)   O quanto um ser humano se espelha nos atletas que se superam.


(UFG-GO) O slogan abaixo faz parte da propaganda de um novo carro de luxo lançado recentemente no mercado.
        Um carro que diz onde você chegou antes mesmo de ter saído da garagem.
          Isto É. São Paulo: Editora Três, n. 1928, p. 16-17, 30 ago. 2006.
01 – Analisando o slogan da propaganda, que ideia fica subentendida em relação à posse do carro anunciado?
      A ideia subentendida é que a pessoa que adquiriu o carro anunciado no slogan transmita uma imagem de sucesso e prestigio. O possuidor do carro parece ter atingido uma condição socioeconômica tão boa que não é nem necessário tirar o carro da garagem para saber seu status. O fato de possuir algo tão luxuoso já é suficiente para mostrar a relevância social que uma pessoa é capaz de atingir.

POEMA:  ANJO TORTO

(ENEM) Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação intertextualidade. Leia os seguintes textos:
I – Quando nasci, um anjo torto
     Desses que vivem na sombra
     Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida.
                                                  Andrade, Carlos Drummond de. Alguma poesia.
                                                                               Rio de Janeiro: Aguilar, 1964.
II – Quando nasci veio um anjo safado
      O chato dum querubim
      E decretou que eu tava predestinado
      A ser errado assim
      Já de saída a minha estrada entortou
      Mas vou até o fim.
                                                         Buarque, Chico. Letra e música.
                                                       São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
III – Quando nasci um anjo esbelto
       Desses que tocam trombeta, anunciou:
       Vai carregar bandeira.
       Carga muito pesada pra mulher
       Esta espécie ainda envergonhada.
                                Prado, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.

01 – Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por:
     a)   Reiteração de imagens.
     b)   Oposição de ideias.
     c)   Falta de criatividade.
     d)   Negação dos versos.
     e)   Ausência de recursos.

(ENEM) As histórias em quadrinhos, por vezes, utilizam animais como personagens e a eles atribuem comportamento humano. O gato Garfield é exemplo desse fato.



                                             Caderno Vida e arte, Jornal do Povo, Fortaleza.

Van Gogh, pintor holandês nascido em 1853, é um dos principais nomes da pintura mundial. É dele o quadro abaixo.

01 – O 3° quadrinho sugere que Garfield:
     a)   Desconhece tudo sobre arte, por isso faz a sugestão.
     b)   Acredita que todo pintor deve fazer algo diferente.
     c)   Defende que para ser pintor a pessoa tem de sofrer.
     d)   Conhece a história de um pintor famoso e faz uso da ironia.
    e)   Acredita que seu dono tenha tendência artística e, por isso, faz a sugestão.




TEXTO: A MINHOQUINHA DORMINHOCA (PARA SÉRIES INICIAIS)- EMÍLIO CARLOS- COM GABARITO

Texto: A MINHOQUINHA DORMINHOCA

        A minhoquinha Larissa morava num belo jardim, cheio de flores.
        Sua casa ficava no pé da roseira azul, e era muito arrumadinha.
        No inverno fez tanto frio, mas tanto frio, que a minhoquinha fechou as portas e as janelas da casa e foi pra caminha.
     Se cobriu com todos os cobertores que tinha, e ficou tão quentinha, mas tão quentinha, que acabou dormindo o inverno inteiro.
        Foi-se o inverno e veio a primavera. As flores do jardim se abriram para o sol e a vida ficou mais feliz. As abelhas vieram colher o pólen das flores. As formigas saíram do formigueiro para pegar folhas verdinhas. Os passarinhos cantavam nas árvores e faziam seus ninhos.
        Foi quando Titi, o beija-flor, sentiu falta da minhoquinha. – Onde está a Larissa? – perguntou ele.
        Mas ninguém tinha visto ainda a minhoquinha nessa primavera.
        Titi foi até a casa dela e viu portas e janelas fechadas.
        Então Titi teve uma ideia: fazer uma serenata para acordar a minhoquinha.
        Combinou tudo com os amigos do jardim. O grilo trouxe o violino. A borboleta trouxe a trombeta. O castor trouxe o tambor. E o beija-flor cantou uma linda música.
        A minhoquinha acordou, se espreguiçou, saiu da cama e foi ver o que era aquilo. Quando abriu a janela o sol entrou em sua casa e ela pode ouvir a linda cantoria da primavera.
                       Emílio Carlos

Entendendo o texto:
01 – QUAL É O NOME DA MINHOQUINHA?
      Larissa.

02 – ONDE ELA MORAVA?
      No pé de uma roseira azul.

03 – O QUE ACONTECEU NO INVERNO?
      Fez tanto frio, ela fechou as portas e janelas e foi pra caminha.

04 – O QUE A MINHOQUINHA FEZ?
      Dormiu o inverno inteiro.

05 – QUEM SENTIU A FALTA DA MINHOQUINHA?
      Titi, o beija-flor.

06 – O QUE ELE FEZ?
      Foi até a casa dela e viu as portas e janelas fechadas.

07 – QUAL FOI SUA IDÉIA?
      Fez uma serenata para acordar a minhoquinha.

08 – E O QUE FEZ O BEIJA –FLOR?
      Cantou uma linda música.



POEMA: ROSA DE HIROSHIMA - VINÍCIUS DE MORAES - COM GABARITO

POEMA: ROSA DE HIROSHIMA

Vinicius de Moraes
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa


Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada

Entendendo o POEMA:
01 – O verso que melhor exemplifica os efeitos nocivos da rosa de Hiroshima está em:
a) Pensem nas crianças
b) Mas, oh, não se esqueçam / Da rosa da rosa
c) A rosa hereditária
d) Da rosa da rosa / Da rosa de Hiroshima
e) A rosa radioativa / Estúpida e inválida

02 – O poema mostra uma importante vertente da literatura, sendo ela de:
a) criatividade.
b) lírica amorosa.
c) engajamento social.
d) ficção cientifica.
e) moralização e educação.

03 – Predominam no texto aspectos do gênero:
a) lírico.
b) épico.
c) narrativo.
d) dramático.
e) teatral.

 "Vencedor não é aquele que sempre vence, mas sim aquele que nunca para de lutar" Chico Xavier

sábado, 7 de abril de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): RONDA - PAULO VANZOLINI- COM GABARITO

Música(Atividades): Ronda

                    Letra Paulo Vanzolini

De noite eu rondo a cidade
A te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio
Em todos os bares você não está
Volto pra casa abatido
Desencantado da vida
O sonho alegria me dá
Nele você está

Ah se eu tivesse
Quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desiste essa busca é inútil
Eu não desistia

Porém com perfeita paciência
Sigo a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinhos
Jogando um bilhar
E nesse dia então
Vai dar na primeira edição
De noite eu rondo a cidade
A te procurar sem encontrar

Volto pra casa abatido
Desencantado da vida
O sonho alegria me dá
Nele você está

Ah se eu tivesse
Quem bem me quisesse
Esse alguém me diria
Desiste essa busca é inútil
Eu não desistia

Porém com perfeita paciência
Volto a te buscar
Hei de encontrar
Bebendo com outras mulheres
Rolando um dadinhos
Jogando um bilhar
E nesse dia então
Vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar
Da Avenida São João. 

                                     
Entendendo a canção:
01 – Por que “Ronda” é considerada como uma as “canções-símbolo” da cidade de São Paulo?
      Porque ela é executada em toda e qualquer casa noturna, basta que alguém pegue um violão e aceite pedidos...

02 – Que cenário o autor se inspirou para escrever esta canção?
      Teve como inspiração o seu tempo de soldado, quando servia o exército na Companhia de Policiais e fazia RONDAS pelas boates de São Paulo atrás de soldados desgarrados.

03 – Segundo o autor durante esta ronda percebe-se que uma mulher da vida procura o amante para mata-lo. Cite os versos que retratam este momento.
      Vai dar na primeira edição
      Cena de sangue num bar
      Da Avenida São João.”

04 – No verso: “Ah se eu tivesse / Quem bem me quisesse.” O eu lírico se mostra como?
      Se sentindo rejeitado pela pessoa amada.

05 – Dizem que ódio e amor são sentimentos muito próximos um do outro e que pessoas que se amam podem um dia se odiar, pois a linha que os separa é muito frágil. Identifique o par de versos que exprime esse argumento popular.
a)   “De noite eu rondo a cidade
A te procurar sem encontrar.”
b)   “Cena de sangue num bar
Da Avenida São João.” 
c)   “Volto pra casa abatido
Desencantado da vida”
d)   “Desiste essa busca é inútil 
Eu não desistia.” 
e)   “Porém com perfeita paciência
Sigo a te buscar
Hei de encontrar.”



"Sinta carinho, goste, adore e ame! Mas jamais precise de alguém para ser feliz, além de você mesmo." Chico Xavier