quarta-feira, 4 de abril de 2018

FÁBULA : O MACACO E O CROCODILO - FÁBULAS DO MUNDO TODO - COM GABARITO

Fábula: O MACACO E O CROCODILO

                
                       Fábula Africana

    O macaco vivia numa mangueira perto de uma margem do rio.
Certo dia, um crocodilo se aproximou.
    “Humm”, o crocodilo pensou, “Estou com vontade de comer coração de macaco no jantar.” Então, ele disse para o macaco: ─ Desça da árvore para brincar comigo.
   - Eu não posso brincar com estranhos ─ respondeu o macaco.
        ─ Mas eu quero lhe mostrar uma mangueira do outro lado do rio, que dá mangas muito melhores que a sua árvore.
        ─ É mesmo? ─ exclamou o macaco ─ Mas eu não sei nadar.
        ─ Não tem problema ─ sorriu o crocodilo. ─ Pule nas minhas costas que eu o ajudo atravessar o rio.
        O macaco pulou nas costas do crocodilo. Logo estavam no meio do rio.
        De repente, o crocodilo começou a mergulhar, com o macaco ainda em suas costas.
        ─ Socorro! Pare! Estou me afogando! ─ gritou o macaco.
        ─ Segure-se ─ o crocodilo sorriu. ─ eu vou afogá-lo, pois quero comer coração de macaco no jantar, e você foi burro o suficiente para confiar em mim.
        ─ Ah ─ lamentou-se o macaco. ─ Eu gostaria que tivesse me contado a verdade. Aí eu teria trazido o meu coração comigo.
        ─ Quer dizer que você deixou o seu coração na mangueira? ─ perguntou, descrente o crocodilo.
        ─ Mas é claro ─ respondeu o macaco. ─ Nesta selva perigosa os macacos não correm por aí com seus corações. Nós os deixamos em casa. Mas vou lhe dizer o que podemos fazer. Você me leva para a mangueira com frutas maduras, do outro lado do rio e depois podemos voltar para pegar meu coração.
        ─ Nada disso ─ desdenhou o crocodilo. ─ Vamos voltar e pegá-lo agora mesmo! Segure-se aí!
        ─ Tudo bem─ concordou o macaco.
        Então o crocodilo deu meia volta e rumou para mangueira do macaco. Assim que eles chegaram à margem, o macaco subiu na árvore e jogou uma manga na cabeça do crocodilo.
        ─ Meu coração está aqui em cima, crocodilo estúpido! ─ disse ele ─ Se quiser comê-lo, vai ter que subir aqui e pegar!

O macaco e o crocodilo, Fábulas do mundo todo.
                                            São Paulo: editora Melhoramentos. 2004 pp. 35-36.

Entendendo a fábula:
01 – O macaco pulou das costas do crocodilo porque:
a) achava o rio muito largo.
b) Confiava no amigo.
c) Gostava de brincar.
d) Não sabia nadar.

02 – O crocodilo aproximou-se do macaco para:
a) ajudar o vizinho.
b) Brincar com ele.
c) Satisfazer um desejo.
d) Tornar-se seu amigo.

03 - No trecho - “Ah - lamentou-se o macaco.” Percebe-se que ele estava:
a) fingindo.
b) Assustado
c) Raivoso
d) Sorridente.

04 – O crocodilo resolveu voltar porque queria:
a) afogar o macaco no rio.
b) Dar ajuda ao macaco.
c) Ensinar o macaco a nadar.
d) Pegar o coração do macaco.

05 – Esta fábula sugere que o:
a) crocodilo é mais esperto que o macaco.
b) Crocodilo e o macaco são muito amigos.
c) Macaco é mais esperto que o crocodilo.
d) Macaco e o crocodilo são engraçados.

06 – A história trata especialmente da:
a) esperteza.
b) Maldade
c) Gula
d) Ignorância.

07 – O que conta a história?
      Conta a esperteza do macaco sobre o crocodilo.

08 – Que tipo de texto é este? Justifique.
      Esse texto é uma fábula, curta narrativa, em prosa ou verso, com personagens animais que agem como seres humanos, e que ilustra um preceito moral. (Levar em conta a resposta do aluno se o conceito deste estiver de acordo com a definição de fábula).

09 – Quais são os personagens?
      O macaco e o crocodilo.

10 – Onde ocorre a história? Copie um trecho do texto que comprove sua resposta.
      O macaco vivia numa mangueira perto da margem do rio.

11 – Qual foi o problema enfrentado pelo macaco e como foi resolvido?
      O problema- O crocodilo querer comer o macaco.
      Foi resolvido quando o macaco se mostrou mais esperto que o crocodilo o enganando.  (Levar em conta a resposta do aluno se está estiver de acordo com a fábula).

12 – Copie o trecho que você mais gostou e faça um bonito desenho.
      Resposta pessoal do aluno.
  

13 – Leia as frases: 
a) Nesta selva perigosa os macacos não correm por ai com seus corações.
b) Quer dizer que você deixou seu coração na mangueira?
c) Se quiser comê-lo, vai ter de subir até aqui e pegar!
        As frases acima são respectivamente:
(A) Negativa -  Interrogativa - Exclamativa.
(B) Negativa -  Interrogativa - Imperativa.
(C) Afirmativa -  Negativa - Interrogativa.

14 – Leia as frases: 
a) Certo dia, um crocodilo se aproximou.
b) – perguntou, descrente, o crocodilo.
c) [...] e jogou uma manga na cabeça do crocodilo.
        As frases acima apresentam respectivamente artigos:
(A) definido - definido - indefinido 
(B) definido - definido - indefinido.
(C) indefinido – definido - indefinido.
(D) indefinido – indefinido - definido.

15 – Classifique os artigos conforme o modelo:
O policial encontrou uns estudantes pela mata.
o = artigo definido, masculino, singular
uns = artigo indefinido, masculino, plural
a)   No mundo dos animais domésticos,  os porcos sempre foram  discriminados.
OS - Definido, masculino e plural.

        b) Através de uma conversa simples e direta, descobrem que foi o próprio porco que limpou toda sujeira.  
        UMA - Indefinido, feminino e singular.
        O - definido, masculino e singular.                  







16 – No primeiro quadrinho, o artigo definido (o) se refere aos substantivos:  
(A) supermercado, cheio.                                         
(B) fila, caixa.
(C) estacionamento, supermercado.                         
(D) cheio, mamãe.

17 – Marque a opção em que todos os substantivos são acompanhados pelo artigo definido: 
(A) a fila, umas balas.                                                
(B) o estacionamento, um bolo de morango.
(C) o supermercado, a fila.                                        
(D) um bolo de morango, umas balas. 




LENDA: O PÁSSARO DO POENTE - SYLVIA MANZANO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


LENDA:  O PÁSSARO DO POENTE



    Esta lenda, acontecida muito tempo atrás, começa numa manhã de inverno, quando um jovem socorre uma cegonha que havia sido atingida por uma flecha. Sendo humilde, bom e trabalhador, fica comovido com o profundo olhar de gratidão que recebe da cegonha antes de ela alçar voo para os ares. 
     Dias depois, já a avançadas horas da noite, alguém bate à sua porta.

          Uma linda e delicada moça, que havia se perdido no caminho devido ao mau tempo, vem lhe solicitar abrigo por apenas uma noite.
         Imediatamente acolhida pelo bondoso rapaz, ela vai se aquecer ao pé do fogo que crepitava alegremente na lareira. E como o inverno era muito rigoroso, a moça foi ficando. 
      Conversando muito, um se sentindo alegre na companhia do outro, acabaram se apaixonando. E resolveram se casar. 
         Quando chega a primavera, a jovem esposa faz um pedido ao marido: – Gostaria de possuir um tear. Você poderia vender na cidade os tecidos que eu fizesse. Com prontidão, seu pedido foi atendido. Construído o quarto do tear, a mulher avisa que se trancaria durante três dias para realizar sua tarefa e impõe uma condição ao marido:
      – Jamais você deverá olhar enquanto eu estiver tecendo.
      Curiosíssimo, o marido esperou os três dias passarem e ficou maravilhado com o tecido que a mulher trazia nas mãos. A delicadeza das estampas e a leveza do pano imediatamente atraíram um comprador, que por ele pagou várias moedas de ouro. 
     O homem voltou correndo para casa, trazendo as boas novas para a esposa, que prometeu tecer outro pano no dia seguinte. 

      Repetindo a recomendação de jamais poder ser observada enquanto tecia, a mulher trancou-se novamente no quarto.
       Quando saiu, com um trabalho ainda mais deslumbrante que o primeiro, estava pálida e abatida. O marido nada percebeu, ansioso que estava pelo tilintar das moedas de ouro em seu bolso.
   Pela terceira vez ela se trancou no quarto, repetindo a mesma recomendação. Mas, desta vez, o marido não resistiu. 
    A curiosidade dominou seu coração e ele foi espiar pelo buraco da fechadura, tratando de aquietar sua consciência:
     – Que mal poderá fazer uma olhadinha apenas?
    Assim pensou e assim fez. Lá dentro viu uma cegonha frente ao tear, arrancando suas próprias penas para entremeá-las aos fios e compor os desenhos. 
    Ao final do terceiro dia, trazendo nas mãos o tecido acabado, a mulher disse, com muita tristeza nos olhos e na voz:
   – Sou aquela cegonha salva por você na neve. Voltei, transformada em mulher, para agradecer aquele seu ato de amor espontâneo e desinteressado. Agora que você já sabe de tudo, não posso continuar vivendo aqui.
     As súplicas e rogos do marido de nada adiantaram. Ele viu, por entre as lágrimas, uma cegonha magra e já quase sem penas voando em linha reta, com muita determinação, em direção ao poente.

 Adaptação de Sylvia Manzano

Entendendo a lenda:
01 – Com que intenção a cegonha transformou-se numa bondosa mulher?
a) Ser reconhecida como a melhor de todas as tecelãs daquela região.    
b) Casar-se com um generoso e humilde trabalhador.
c) Proteger-se do inverno rigoroso que enfrentava naquele ano.
d) Agradecer o ato de amor desinteressado realizado pelo homem.
e) Enriquecer às custas do bondoso homem que salvara sua vida. 

A cegonha transformou-se numa bondosa mulher porque queria agradecer o ato de amor desinteressado realizado pelo homem. Resposta: D

02 – A única condição que a mulher impunha ao marido para tecer era: Jamais você deverá olhar enquanto eu estiver tecendo. • Ela impôs essa condição porque
a) queria que o marido ganhasse muito dinheiro com a venda dos belos tecidos que fazia.
b) não queria que o marido descobrisse que ela era uma famosa tecelã, vinda de terras distantes. 
c) queria guardar segredo sobre a estampa que faria no tecido.
d) não queria que ele descobrisse que ela, na verdade, era a cegonha que ele um dia havia salvo e que usava suas próprias penas para tecer os fios que compunham os desenhos dos tecidos.
e) tinha vergonha do trabalho simples que fazia.

    Ao impor a condição de que o marido jamais poderia olhá-la enquanto tecia, a mulher não queria que ele descobrisse que ela, na verdade, era a cegonha que ele um dia havia salvo e que usava suas próprias penas para tecer os fios que compunham os desenhos dos tecidos. Resposta: D

3) No trecho Lá dentro viu uma cegonha frente ao tear, arrancando suas próprias penas para entremeá-las aos fios e compor os desenhos, o termo destacado refere-se
a) aos desenhos.
b) às cegonhas.
c) às penas. 
d) aos teares.
e) a um termo que não está expresso no período.

  No trecho Lá dentro viu uma cegonha frente ao tear, arrancando suas próprias penas para entremeá-las aos fios e compor os desenhos, o termo destacado refere-se às penas. Resposta: C

4)Em Uma linda e delicada moça, que havia se perdido no caminho devido ao mau tempo, vem lhe solicitar abrigo por apenas uma noite, o termo destacado significa
a) oferecer.
b) pedir.
c) proibir
d) cobrar.
e) emprestar.

      Em Uma linda e delicada moça, que havia se perdido no caminho devido ao mau tempo, vem lhe solicitar abrigo por apenas uma noite, o termo destacado significa pedir. Resposta: B
       




TEXTO: PELO RALO (ATENTADOS AS TORRES GÊMEAS, EM NOVA YORK) - HELOÍSA SEIXAS- COM GABARITO


TEXTO: Pelo Ralo


   Este conto foi inspirado nos atentados de 11 de setembro de 2001, às Torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York.
     Os pratos estão empilhados de um dos lados da pia numa torre irregular, equilibrando-se uns sobre os outros de forma precária, como se os destroços de um prédio bombardeado ameaçando cair. Estão sujos. Muito sujos.

        Foram deixados ali já faz algum tempo e os pedaços de detritos sobre eles se cristalizaram, tomando formas absurdas, surreais. Há grãos e lascas, restos de folhas, amontoados de uma indefinida massa de cor acinzentada. Copos e tigelas de vidro, também empilhados num desenho caótico, exibem a superfície maculada, cheia de nódoas, e o metal das panelas, chamuscado e sujo em vários pontos, lembra a fuselagem de um avião incendiado. Mas há mais do que isso. Há talheres por toda parte, lâminas, cabos, extremidades pontiagudas que surgem por ente os pratos, em sugestões inquietantes. E há ainda a cratera da pia, onde outros tantos pratos e travessas, igualmente sujos, estão quase submersos numa água escura, como se, num campo de batalha, a chuva tivesse caído sobre as cinzas. O cenário é desolador.
        A mulher se aproxima, os olhos fixos na pia. Suas mãos, cujos dedos exibem dobras ressecadas, resultado de muitos anos de contato com água e detergente, movem-se em torno da cintura e caminham até as costas, levando as tiras do avental vermelho e branco. Com gestos rápidos, ágeis, faz-se a laçada, que ajusta o avental em seu lugar. E a mulher abre a torneira. Encostada à pia, espera, tocando a água de vez em quando com a ponta dos dedos. Ligou o aquecedor no máximo, pois sabe que precisará dela fumegante, para derreter as crostas formadas depois de tantas horas. Logo o vapor começa a subir. Emana da pia, primeiro lentamente, depois numa nuvem mais encorpada, quase apocalíptica, enquanto o jato d’água chia contra a superfície da louça suja. A mulher despeja algumas gotas de detergentes na esponja e começa a lavar. Esfrega com vigor, começando pelas travessas que estavam imersas na água parada, pegando em seguida os copos e, por fim, a pilha de pratos. Vai acumulando-os, já envoltos em espuma, de um dos lados da pia, num trabalho longo, árduo. E só depois se põe a enxaguá-los, deixando que a água escoe, levando consigo o que resta dos detritos.
        De repente, a mulher sorri. As pessoas não acreditam, mas ela gosta de lavar louça. Sempre gostou. A sensação da água quente nas mãos, seu jato carregando as impurezas, são para ela um bálsamo. “É bom assistir a essa passagem, à transformação do sujo em limpo”, ouviu dizer um dia um poeta, que também gostava de lavar louça. Ficara feliz ao ouvir aquilo. Só então se dera conta do quanto havia de beleza e poesia nesses gestos tão simples. Mas agora a mulher suspira. Queria poder também lavar os erros do mundo, desfazer seus escombros, apagar lhe as nódoas, envolver em sabão todos os ódios e horrores, as misérias e mentiras.
        Porque, afinal, do jeito que as coisas andam, é o próprio mundo que vai acabar – ele inteiro – descendo pelo ralo.

         Seixas, Heloisa. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 23 set. 2001.
                                    Revista de Domingo, Seção Contos Mínimos.

Entendendo o texto:
01 – Explique qual é a situação cotidiana que serve de ponto de partida para o conto.
      O conto começa quando uma mulher se aproxima da pia para lavar uma grande pilha de louça.

02 – Como a descrição feita no primeiro parágrafo evoca o mundo real em que se insere o leitor?
      A descrição das pilhas de pratos, copos e talheres evoca, no leitor, outras cenas, reais, que dão verossimilhança ao mundo ficcional que está sendo criado naquele momento.

03 – Em seu caderno, transcreva trechos do primeiro parágrafo em que a autora constrói algumas imagens e as associa ao atentado ao World Trade Center.
De que maneira as comparações garantem a associação entre o texto e o atentado?
      As imagens são as seguintes: “Os pratos estão empilhados de um dos lados da pia numa torre irregular, equilibrando-se uns dobre os outros de forma precária como se os destroços de um prédio bombardeado ameaçando cair”; “Copos e tigelas de vidro, também empilhados num desenho caótico, exibem a superfície maculada, cheia de nódoas, e o metal das panelas, chamuscado e sujo em vários pontos, lembra a fuselagem de um avião incendiado.”; “Há ainda a cratera da pia, onde outros tantos pratos e travessas, igualmente sujos, estão quase submersos numa água escura, como se, num campo de batalha, a chuva tivesse caído sobre as cinzas”.

04 – Explique de que forma o prazer da mulher com o ato de lavar a louça remete à reflexão que o texto pretende desencadear.
      Ao tratar da sensação de prazer da personagem com a tarefa de lavar louça, do jato de água “carregando as impurezas” e produzindo na mulher o efeito de um “balsamo”, a autora reflete sobre o desejo de fazer o mesmo com o mundo: “lavar os erros do mundo, desfazer seus escombros, apagar lhe as nódoas, envolver em sabão todos os ódios e horrores, as misérias e mentiras”. Simbolicamente, o conto sugere que o mundo está precisando de uma pessoa que lhe lave as impurezas. (O ódio; a intolerância, o preconceito.).

05 – Que sentidos podemos atribuir ao título do texto?
      Literalmente, “pelo ralo” faz uma alusão ao caminho percorrido pelas impurezas da louça que e lavada. Em sentido figurado, o título alude ao caminho da humanidade, maculado por atos insensatos de ódio e destruição, como os atentados de 11 de setembro de 2001.


TEXTO: POR QUE TEMOS DE COMER? MONICA VALLE DE CARVALHO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: POR QUE TEMOS DE COMER?


     Assim como as máquinas precisam de combustível para funcionar, o organismo necessita de alimentos para produzir energia e movimento. Mas comparar nosso corpo a uma máquina é pouco. Somos mais que um conjunto de órgãos funcionando. Temos, também, emoções e a alimentação interfere até nelas...
        Bem alimentados, somos mais dispostos, temos mais interesse em trocar experiências com os outros, somos capazes de pensar melhor sobre o que acontece nas nossas vidas, somos até mais bem-humorados. Já em pessoas com alimentação deficiente, é comum o desânimo, até mesmo certa tristeza. Isso sem falar na sensação de fraqueza, na dificuldade em prestar atenção, na pouca disposição para brincar ou praticar exercícios e também na maior dificuldade do organismo para se defender das doenças. Portanto, temos que comer bem. Mas alguém aí sabe qual é a alimentação ideal?
         Para os especialistas em nutrição, a boa alimentação é aquela que equilibra os nutrientes de que o corpo necessita. No nosso caso, inclui carboidratos (pães, massas, batatas), vitaminas e sais minerais (frutas, legumes e verduras), proteínas (carnes, ovos e leite) e lipídeos (azeite, manteiga e óleos). Ao longo do dia, é preciso combinar esses grupos de alimentos para evitar qualquer deficiência. Mas em que quantidade?
         A quantidade de alimentos necessária para cada um de nós depende de fatores como sexo, idade e atividade física. Quem passa muito tempo sentado à frente do computador, televisão ou videogame, por exemplo, tem necessidade menor de energia do que quem pratica esportes, joga bola ou brinca de pique. O momento biológico também é muito importante. Isso quer dizer que, quando se está doente, esperando bebê ou na fase do chamado estirão de crescimento, é preciso uma alimentação adequada. Por isso podemos dizer que os planos alimentares devem respeitar os hábitos e as necessidades de cada um. Como você já descobriu, precisamos comer para manter o corpo em equilíbrio. Lembre-se: comer de menos faz mal da mesma forma que comer demais. Seja comedido com biscoitos, doces, sorvetes, chocolates... Essas guloseimas não substituem as refeições, nem fazem bem se consumidas em excesso.
           Ah! E não se esqueça de beber bastante água. Esse líquido, além de ser considerado alimento, compõe a maior parte do nosso organismo. Saúde!

                                        (Carvalho, Mônica Valle de. Revista CHC).

Entendendo o texto:
01 – A tese defendida pelo texto I pode ser mais bem evidenciada em:
       a) Nosso corpo é como uma máquina, uma vez que temos de nos alimentar apenas para produzir energia sem relacionar o alimento à satisfação pessoal.
       b) Bem alimentados, somos mais dispostos, mais bem-humorados, temos mais interesse em interagir com os outros e refletimos melhor sobre o que acontece em nossas vidas.
       c) Boa alimentação não está relacionada a uma dieta equilibrada.
       d) Beber bastante água é irrelevante para a saúde do homem.
       e) Para os especialistas em nutrição, não se devem combinar nutrientes, tendo em vista que as guloseimas como doces, sorvetes e chocolates podem substituir as principais refeições satisfatoriamente.

02 – Dentre as alternativas abaixo, assinale a que contém duas palavras de classes gramaticais diferentes utilizadas para estabelecer um diálogo com o leitor.
       a) Lembre-se / você
       b) Lembre-se / seja
       c) Quem / você
       d) Precisamos / lembre-se.
       e) Você / isso.

03 – No trecho: "Agora mude a alimentação e olhe os resultados obtidos, veja a melhoria na qualidade de vida", alterando- -se o sujeito dos verbos destacados para tu e depois nós, teríamos, respectivamente, a seguinte modificação das formas verbais:
       a) muda, olhe, vê / mudemos, olhamos, vemos      
       b) mude, olhe, veja / mudemos, olhemos, vejamos
       c) muda, olha, vês / mudamos, olhamos, vemos
       d) mudas, olhas, vês / mudamos, olhamos, vemos.
       e) muda, olha, vê / mudemos, olhemos, vejamos.


04 – Analisando o cardápio, percebemos que há uma incorreção gramatical, pois:
       a) o adjetivo calabresa escreve-se com z: calabresa.
       b) o adjetivo referente a abobrinhas e pimentões deve ser recheadas.
       c) o substantivo quibe escreve-se com k: kibe.
       d) a forma verbal vem recebe acento circunflexo já que indica o plural: vêm.
       e) o substantivo viagem escreve-se com j: viajem.

POEMA: O "ADEUS" DE TERESA - CASTRO ALVES - COM GABARITO

Poema: O “ADEUS” DE TERESA
               Castro Alves


A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus...
E amamos juntos... E depois na sala
“Adeus ei disse-lhe a tremer co’a fala...

E ela, corando, murmurou-me: “adeus!”

Uma noite... entreabriu-se um reposteiro...
E da alcova saía um cavalheiro
Inda beijando uma mulher sem véus...
Era eu... Era a pálida Teresa!
“Adeus” lhe disse conservando-a presa...

E ela entre beijos murmurou-me: “adeus!”

Passaram tempos... sec’los de delírio
Prazeres divinais... gozos do Empíreo...
... Mas um dia volvi aos lares meus
Partindo eu disse – “Voltarei! ... descansa! ...”
Ela, chorando mais que uma criança,
Ela em soluços murmurou-me: “adeus!”
Quando voltei... era o palácio em festa! ...
E a voz d’Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! ... Ela me olhou branca... surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa! ...

E ela arquejando murmurou-me: “adeus!”

                 Castro Alves. In: Lajolo, M. e Campedelli, S. Y. Op. cit.

Entendendo o poema:
01 – Percorrendo as estrofes do poema, pode-se perceber que há nele uma progressão temporal. Procure detectá-la.
      Há um primeiro encontro, numa festa; um segundo encontro, tempos depois (“Uma noite...”); uma época em que o casal vive junto; e, finalmente, a separação.

02 – A mulher enfocada nesse poema está perfeitamente enquadrada na visão romântica tradicional? Caracterize-a.
      Trata-se de uma mulher mais sensual, menos etérea, mais próxima.

03 – Há uma ruptura evidente da terceira para a quarta estrofe. Basicamente, um verso estabelece a separação definitiva. Aponte-o.
      “Foi a última vez que eu vi Teresa! ...”

04 – Faça uma leitura pessoal da figura de Teresa. O que lhe parece essa mulher?
      Resposta pessoal do aluno. Professor: aceite como respostas mulher infiel, abandonada, seduzida, etc.





TEXTO: MEU DIÁRIO - RICARDO AZEVEDO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: MEU DIÁRIO


        7 de julho

        Pai é um negócio fogo, o meu, o do Toninho, do Mauro, do Joca, do Zé Luís e do Beto são mais ou menos. O meu deixa jogar na rua, mas nada de chegar perto da avenida. O Toninho está terminantemente proibido de ir ao bar do Seu Porfírio. O do Beto é bem bravo, só que nunca está em casa: por isso, o Beto é o maior folgado e faz o que quer. Também, quando o pai chega, mixou a brincadeira. O do Joca é que nem o meu. 
         O do Zé Luís deixa, mas é obrigatório voltar às seis em ponto e o do Mauro às vezes deixa tudo, outras dá bronca que Deus me livre, tudo na tal língua estrangeira que ele inventou.

AZEVEDO, Ricardo. Nossa rua tem um problema. São Paulo: Paulinas, 1986.

Entendendo o texto:
01 – No texto “MEU DIÁRIO”, frases como:
‘Pai é um negócio fogo...’
‘...o Beto é o maior folgado...’
‘...mixou a brincadeira.’
Indicam um tipo de linguagem utilizada mais por:
(A)   idosos.
(B)   professores.
(C)   crianças.
(D)  cientistas.

02 – Quantos pais são mencionado no texto?
(A)  5
(B)  6
(C)  7
(D)  8

03 – O trecho “Pai é um negócio fogo, o meu, o do Toninho...”, a palavra destacada está referindo-se ao:
(A )  pai do Toninho,
( B)   pai do garoto que narra o fato.   
(C )   pai do Beto
(D )  pai do Mauro.

POEMA: QUALQUER VIDA É MUITA DENTRO DA FLORESTA - ÍNDIOS TICUNA - COM INTERPRETAÇÃO E GABARITO


POEMA: Qualquer vida é muita dentro da floresta


Se a gente olha de cima, parece tudo parado.
Mas por dentro é diferente.
A floresta está sempre em movimento.
Há uma vida dentro dela que se transforma sem parar.
Vem o vento.
Vem a chuva.
Caem as folhas.

E nascem novas folhas.
Das flores saem os frutos.
E os frutos são alimento.
Os pássaros deixam cair as sementes.
Das sementes nascem novas árvores.
As luzes dos vaga-lumes são estrelas na terra.
E com o sol vem o dia.
Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento.

ÍNDIOS TICUNA. Qualquer vida é muita dentro da floresta. In:
O livro das árvores. 2. ed. Organização Geral dos Professores
Ticuna Bilíngües, 1998. p. 48.

Entendendo o poema:
01 – A ideia central do poema é
(A)   a chuva na floresta.
(B)   a importância do sol.
(C)   a vida na floresta.
(D)   o movimento das águas.

02 – O que diz o trecho
“Esquenta a mata.
 Ilumina as folhas.
 Tudo tem cor e movimento.” 
  Acontece porque:
 (A)  aparecem estrelas.
 (B)  brotam flores.
 (C)  chega o Sol.
 (D)  vem o vento.

03 – No trecho “Há uma vida dentro dela que se transforma sem parar.”, a palavra sublinhada refere-se à:
(A)  floresta.
(B)  chuva.
(C)  terra.
(D)  cor.


terça-feira, 3 de abril de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): XIBOM BOMBOM - AS MENINAS - COM GABARITO

Música(Atividades): Xibom Bombom

                               As Meninas
                      Compositor: Rógerio Gaspar; Wesley Rangel

Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom

Analisando essa cadeia hereditária
Quero me livrar dessa situação precária (2x)
Onde o rico cada vez fica mais rico,
E o pobre cada vez fica mais pobre
E o motivo todo mundo já conhece,
E que o de cima sobe e o de baixo desce (2x)

Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom

Mas eu só quero educar meus filhos
Tornar um cidadão com muita dignidade
Eu quero viver bem quero me alimentar
Com a grana que eu ganho
Não dá nem pra melar
E o motivo todo mundo já conhece
É que o de cima sobe e o de baixo desce (2x)

Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom, bombom
Bom xibom, xibom bombom

Entendendo a canção:

01 – Esta música se refere a um seríssimo problema brasileiro. Que problema é esse?
      Desigualdade Social.

02 – Escreva o significado das palavras:
a)   Cadeia: encadeamento, continuidade, sucessão.

b)   Hereditária: Que se transmite por herança, de pais a filho ou de ascendentes a descendentes.

c) Precária: que é reduzido, pobre, possui pouco conteúdo, insignificante.

d) Cidadão: é um indivíduo que convive em sociedade.

e) Dignidade: é a qualidade de quem é digno, ou seja, de quem é honrado, virtude, consideração.

03 – De acordo com o significado das palavras que você encontrou, responda:
     a) Explique a qual cadeia hereditária a música se refere.
      Refere-se a desigualdade social, ou seja, “onde o rico cada vez fica mais rico / e o pobre cada vez mais pobre.”

b)   Por que vivemos numa situação precária?
Porque há uma má distribuição de renda em nosso país.

c)   Qual motivo que todo mundo já conhece em que o rico sobe e o pobre desce?
O motivo é um processo de acumulação extremamente desigual e a oligopolização da economia.
Vivemos em um país capitalista, onde só 10% são considerados ricos e 90% são de classe média, pobres e miseráveis.

04 – O povo brasileiro é um verdadeiro cidadão? Por quê?
      Não. Porque ser cidadão é ter direito a vida, a liberdade, a propriedade, a igualdade perante a lei: ter direitos civis. Principalmente exercer a democracia.

05 – Para você, como a escola pode ajudar na formação de um cidadão?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Segundo os autores esse trecho da canção é auto explicativo. Por quê?
        “Analisando essa cadeia hereditária
         Quero me livrar dessa situação precária
         Onde o rico cada vez fica mais rico,
         E o pobre cada vez fica mais pobre
         E o motivo todo mundo já conhece,
         E que o de cima sobe e o de baixo desce.”

      Porque estamos nesta situação precária desde que a elite começou a fazer leis para a elite.

07 – A canção Xibom Bombom é considerada o quê?
      É um manifesto, praticamente um O Capital em ritmo de axé.

08 – Que tipo de crítica a canção faz?
      Faz uma crítica ferrenha as sociedades capitalistas baseada em pensamentos de Marx.

09 – Que figura de linguagem encontramos nestes versos?
          “Bom xibom, xibom, bombom!
           Bom xibom, xibom, bombom!
           Bom xibom, xibom, bombom!
           Bom xibom, xibom, bombom!
      Onomatopeia.

10 – Que versos cita as bases do socialismo?
      “Mas eu só quero educar meus filhos
       Tornar um cidadão com muita dignidade
       Eu quero viver bem quero me alimentar
       Com a grana que eu ganho
       Não dá nem pra melar.”