domingo, 6 de agosto de 2017

TEXTO - A LUTA DAS MULHERES - BARACK OBAMA - COM GABARITO


A LUTA DAS MULHERES

        Nos anos de 1960, enquanto os negros lutavam por direitos que a sociedade lhes negava, as mulheres também mostraram sua força. O movimento feminista vinha mobilizando milhões de mulheres no mundo todo desde o final do século XIX. No ano de 1960, no entanto, a liberação ao público da pílula anticoncepcional marcou o início de uma verdadeira revolução sexual. A pílula, que passou a ser vendida em qualquer farmácia, permitia à mulher decidir se queria ou não engravidar e possibilitava a ela uma vida sexual mais intensa. As mulheres passaram a debater e denunciar a crença vigente na época de que a mulher era incapaz para a vida intelectual e de que era naturalmente inferior ao homem.
       
Nos anos 60, escritoras como Betty Friedan e Simone de Beauvoir inspiraram o movimento feminista. Esta última, autora de vários livros muito lidos na época, dizia que a mulher não nasce obediente, passiva ou dependente; é a educação machista que a faz aceitar a dominação masculina. Daí a necessidade de se libertar da educação repressora e buscar a autorrealização. A moda dos anos 60 também ajudou na construção dessa nova mulher, menos tímida e mais confiante. Nas fotos a seguir, a calça estilo saint-tropez (à direita) e a minissaia (à esquerda) são invenções daquele tempo.
       
As mulheres dos anos de 1960 engajaram-se também na luta política. Em várias partes do mundo, surgiram organizações femininas que promoviam debates, cursos, publicações e levavam milhares de manifestantes às ruas para exigir salários e direitos iguais aos dos homens, a aprovação do divórcio e o direito a certo número de vagas no funcionalismo público e nas universidades. Nas últimas décadas, as mulheres têm conquistado espaço considerável nas mais diferentes áreas da vida social, sobretudo no mundo do trabalho, mas o machismo continua existindo e é facilmente perceptível, por exemplo, quando se observa o comportamento dos homens no trânsito.

1 – Observe a foto da próxima página.
a)     Há indícios de que a foto é da década de 1960? Quais?
SIM. Há alguns indícios, como, por exemplo, a minissaia, a armação dos óculos do rapaz, o conteúdo dos cartazes, etc.

b)    O que essa passeata de mulheres reivindica?
A passeata reivindica, entre outras coisas, igualdade de salários entre homens e mulheres, como se pode concluir pelos dizeres do cartaz que a moça de minissaia branca ostenta: “Equal pay for equal jobs”.

2 – Para a escritora feminista Simone de Beauvoir, a mulher não nasce obediente, passiva ou dependente: é a educação machista que a faz aceitar a dominação masculina. Vocês concordam com essa afirmação?
     Resposta pessoal em grupo. Ao desvelar o papel da educação machista e repressora na conformação da mulher subserviente, a chamada “rainha do lar”, a questão pode ajudar o alunado a superar a visão inserida no senso comum, segundo a qual a mulher é naturalmente passiva e dependente do homem. Desnaturalizar um fenômeno ou processo é uma das funções principais da História.

3 – É comum ouvirmos a expressão “Só podia ser mulher!!!” quando alguém faz uma barbeiragem no trânsito.
a)     O que essa afirmação indica?
É indício do machismo que continua presente na sociedade brasileira.

b)    O que pode ser feito para mudar esse tipo de comportamento?
Resposta pessoal dos alunos: Comentar que o machismo no Brasil é um fenômeno inscrito na longa duração, e que as mudanças no campo dos comportamentos e valores são mais lentas do que as políticas e econômicas.
     

sábado, 5 de agosto de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): TEMPO PERDIDO- RENATO RUSSO - COM GABARITO

Música: Tempo perdido
               Renato Russo


Todos os dias quando acordo,
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo:
Temos todo o tempo do mundo.

Todos os dias antes de dormir,
Lembro e esqueço como foi o dia:
"Sempre em frente,
Não temos tempo a perder".

Nosso suor sagrado
É bem mais belo que esse sangue amargo
E tão sério
E selvagem.

Veja o sol dessa manhã tão cinza:
A tempestade que chega é da cor dos seus
Olhos castanhos
Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos distantes de tudo:
Temos nosso próprio tempo.

Não tenho medo do escuro,
Mas deixe as luzes acesas agora,
O que foi escondido é o que se escondeu,
E o que foi prometido,
Ninguém prometeu.

Nem foi tempo perdido;
Somos tão jovens
Tão jovens
Tão jovens

INTERPRETANDO A MÚSICA

1 °- Que reflexão ele faz quando diz: "Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou”?
      Ele reflete sobre o desperdício de tempo, o muito que se tem a fazer e o tempo que passa muito rápido.

2° - E quando diz: “Mais temos muito tempo, temos todo tempo do mundo”?
      Aqui ele reflete que quando se é jovem acredita-se ter todo tempo do mundo, e afirma isso.

3° -  Já em: “todos os dias antes de dormir lembro e esqueço como foi o dia”, ele nos revela que reflete sua vida quando?
      Aqui ele diz que reflete sobre sua vida antes de dormir, e esquece de tudo quando dorme, pensa sobre seus atos o que passou e estar por vir, tudo passa muito rápido.

4° - O que o “eu poético” nos fala nesta frase: “sempre em frente, não temos tempo a perder”?
       Nesse trecho ele nos deixa a ideia, de que mesmo com todas as adversidades da vida deve se manter a esperança, em outras palavras, não desista, não pare, não perca tempo, pois cada segundo é precioso.

5° - Que interpretação você daria para esta frase: “Nosso suor sagrado, e bem mais belo que esse sangue amargo e tão sério, selvagem”?
       O que conquistamos com luta, é melhor do que aqueles que conquistam passando por cima dos outros, matando, roubando agindo como animais selvagens sem emoção, sem sentimento.

6° - Nesse trecho: “Veja o Sol dessa manha tão cinza”, o que ele quer mostrar?
       Nesse trecho ele mostra que tenta sempre enxergar o lado bom das coisas. Numa manhã cinzenta ele contempla o sol, deixando o tom cinza e feio do céu de lado.

7° - Porque neste verso: “A tempestade que chega e da cor dos teus olhos castanhos”, ele compara com a cor dos olhos?
       Aqui ele diz, que toda a turbulência de sua vida, sê da, devido a uma determinada pessoa, sua parceira(o) talvez. Comparando a cor da tempestade com a cor dos olhos dessa pessoa, ele diz que a cor é a mesma, nos dando a ideia de que essa pessoa é a razão de seus problemas, "a tempestade que chega e da cor dos teus olhos".

8° - Quando ele pede: “Então me abraça forte, me diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo”, o que ele quer?
       Essa pessoa é o refúgio dele, e estão fugindo de todo mal que a vida possa lhes reservar, (o tédio a monotonia, preconceitos e etc.).

9° - “Temos nosso próprio tempo”, que significa?
       Somos donos do nosso tempo, da nossa vida.
10° - Que ideia o verso: “Não tenho medo do escuro, mais deixe as luzes acesas agora”, nos deixa claro?
       Nesse trecho, ele deixa claro que não sabe do que estar por vir, que o futuro não está claro pra ele, mas venha o que vier ele quer esta prevenido. É a ideia de dormir com a luz acesa mesmo não tendo medo do escuro, a ideia de prevenção.

11°- Nesse verso: “O que foi escondido é o que se escondeu, e o que foi prometido ninguém prometeu nem foi tempo perdido, somos tão jovens”, o que o “eu poético” diz?

       Nesse trecho, ele diz que o jovem está sempre em busca de algo, a procura de alguma coisa que de sentido a sua existência, muitas das vezes, coisas que nem ele mesmo sabe o que é, se agarra a ideais e promessas que ele por si mesmo quis acreditar, que achou que era certo, e diz que ainda que se tenha acreditado em falsas promessas e ilusões, não se perdeu tempo, somos jovens temos muito pela frente e muito a aprender.



TEXTO: POR QUE CRIANÇA NÃO PODE TRABALHAR? HÉLIO MATTAR - QUESTÕES OBJETIVAS/COM GABARITO

POR QUE CRIANÇA NÃO PODE TRABALHAR?

         Criança não pode trabalhar por um motivo simples: porque ela está muito ocupada sendo criança. Ser criança é ter a liberdade de fazer uma porção de coisas: ir à escola, brincar, ler, praticar esportes, conviver com outras crianças. Ser criança é ser livre para inventar brincadeiras, fazer descobertas e, aos pouquinhos, aprender a ler o mundo. 
            Quando uma criança trabalha, não sobra tempo para brincar e estudar. As crianças que trabalham, em vez de papel e lápis, usam enxadas e pás. Em vez de conviver com outras crianças na sala de aula, elas passam o dia cercadas de adultos, suando a camisa em lavouras, em carvoarias, em lares de estranhos, em lixões e nas ruas. 
      Muitas vezes, essas crianças se machucam trabalhando. Algumas carregam objetos ou sacos pesados, que lhes dão dores nos braços e nas costas. Outras se queimam, se cortam, ficam doentes. Para elas, a liberdade de brincar e estudar é somente um sonho, enquanto descansam para mais um dia de trabalho... 
         Para garantir que esses direitos sejam respeitados, foram criados os direitos da criança. No Brasil, esses direitos estão na lei: eles compõem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo o ECA, toda criança tem direito à vida e à saúde, à liberdade e à dignidade, à convivência com a família, à educação, ao lazer e a muitas outras coisas. 
         O ECA diz com todas as letras: abaixo dos 16 anos, é proibido trabalhar. Mas estar escrito na lei não é suficiente. É preciso que os governos, as famílias e as empresas estejam atentos e prontos a ajudar as crianças que trabalham, tirando-as dessas atividades, garantindo que elas possam estudar e ajudando suas famílias a acolhê-las com dignidade e carinho.

                             Hélio Mattar. In: Folha de São Paulo, 2/3/2002. 


 01) É incorreto afirmar sobre o Texto  que:

       A – (X) somente, em alguns casos, o ECA autoriza o trabalho antes dos 16 anos.
       B – ( ) o trabalho, na infância, gera consequências físicas negativas às crianças.
       C – ( ) tanto as famílias quanto os governos devem impedir o trabalho infantil.
       D – ( ) o trabalho expõe a criança à manipulação de instrumentos perigosos para a sua idade.
       E – ( ) o direito de brincar caracteriza-se como um sonho, uma utopia, para a criança que trabalha.

02) “Segundo o ECA, toda criança tem direito à vida...” 
 A conjugação em destaque transmite ideia de:
       A – ( ) proporção.
       B – ( ) adversidade.
       C – (X) conformidade.
       D – ( ) alternância.
       E – ( ) comparação.

03) “Quando uma criança trabalha, não sobra tempo para brincar e estudar.”
Pode-se estabelecer, entre as orações acima, uma respectiva relação de:
       A – ( ) fato/causa.
       B – ( ) fato/finalidade.
       C – ( ) problema/solução.
       D – (X) fato/consequência.
       E – ( ) fato/opinião.


04 – Qual a ideia principal do texto?
(   ) falar da infância e suas brincadeiras;
(   ) comentar a responsabilidade de ser criança;
(X) discutir sobre os direitos da criança, argumentando contra o trabalho infantil;
(   ) argumentar a favor do trabalho infantil.

05 – No trecho abaixo, substitua os adjetivos grifados por outros, mantendo o sentido do texto.
        “Em vez de conviver com outras crianças na sala de aula, elas passam o dia cercadas de adultos, suando a camisa em lavouras, em carvoarias, em lares de estranhos, em lixões e nas ruas.”
      “Em vez de conviver com outras crianças na sala de aula, elas passam o dia em volta de adultos, suando a camisa em lavouras, em carvoarias, em lares de desconhecidos, em lixões e nas ruas.”

06 – Tendo em vista o texto lido, explique a expressão “Ser criança é ser livre”.
      Livre para inventar brincadeiras, ir à escola, ler, praticar esportes, conviver com outras crianças e aos poucos aprender a ler o mundo.

07 – Levando em consideração que substantivo é a palavra que nomeia os seres, cite quatro substantivos presentes no texto.
      Criança – escola – papel – lápis.

08 – No trecho, “Criança não pode trabalhar por um motivo simples: porque ela está muito ocupada sendo criança”, a expressão destacada significa que:
(   ) a criança não tem tempo para brincar;
(   ) ser criança requer muito esforço;
(   ) as crianças só tem tempo para o trabalho;
(X) ser criança é preencher o tempo com atividades próprias de criança: lazer, estudo, divertimento.

09 – Observe: “Quando uma criança trabalha, não sobra tempo para brincar e estudar. As crianças que trabalham, em vez de papel e lápis, usam enxadas e pás”. Nas expressões em destaque a palavra criança está acompanhada de artigos “uma” e “as”, qual a diferença de sentido empregada por esses artigos.
      Uma = Artigo indefinido – refere-se a toda criança.
      As = Artigo definido – refere-se especificamente as crianças que trabalham.

10 – Veja este enunciado “O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz com todas as letras”. O que significa “dizer com todas as letras”?
      Significa dar o sentido exato, preciso, literal.

11 – Qual é a opinião do autor a respeito do trabalho infantil? 
      Ele não concorda com o trabalho infantil. 

12 – Que argumentos o autor usa para convencer os leitores de seu ponto de vista? 
      Criança precisa ser criança. Precisa ir à escola, brincar, ler, praticar esportes, conviver com outras crianças, inventar brincadeiras, fazer descobertas e aprender a ler o mundo. Trabalho infantil é proibido por lei, pois prejudica os estudos e a saúde das crianças. 

13 – Você concorda com o autor? Justifique sua resposta. 
      Resposta pessoal do aluno.

14 – Para reforçar seus argumentos, o autor do artigo cita o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. 
a)   De acordo com essa lei, a partir de que idade o jovem brasileiro pode trabalhar? Justifique sua resposta. 
A partir dos 16 anos. "O ECA diz com todas as letras: abaixo dos 16 anos, é proibido trabalhar. " 

b)   Pelo que você observa na realidade, o ECA é cumprido? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal do aluno. 



sexta-feira, 4 de agosto de 2017

TEXTO: SERES ENCANTADOS QUE DESEMBARCARAM NO BRASIL - QUESTÕES OBJETIVAS - COM GABARITO

TEXTO
    Você sabe dizer de que maneira os seres fantásticos, como o lobisomem e a mula sem cabeça, "chegaram" ao Brasil? Após pensar sobre isso, leia o texto a seguir e confirme (ou não) sua hipótese.

 SERES ENCANTADOS QUE DESEMBARCARAM NO BRASIL

        Quando eu era criança, alguém sempre contava histórias de lobisomem e mula sem cabeça. Hoje, quase não se fala mais nesses seres que habitam o reino da fantasia. Mas eu ainda conheço um bocado de gente que acredita neles e jura de pés juntos que já os viram. 
       Depois que eu deixei de ser criança – e isso já faz muito tempo –, resolvi pesquisar sobre essas histórias para saber como foi que elas surgiram aqui no Brasil. Vocês podem não acreditar, mas tanto o lobisomem quanto a mula sem cabeça vieram para este país nas caravelas portuguesas. Verdade! Só não se sabe ao certo se elas vieram em 1500, com Pedro Álvares Cabral, ou se foram chegando depois, em outras caravelas enviadas pelo rei de Portugal.
        Não pensem que enlouqueci imaginando um lobisomem e uma mula sem cabeça de malas prontas, acenando no cais com um lencinho. Esses seres vieram em uma bagagem que a gente chama de cultural. Vejam só: por volta do século 15, quando os portugueses começaram suas viagens em busca de novas terras para explorar riquezas, eles levavam um bocado de coisas em suas embarcações. Afinal, as viagens eram longas e eles precisavam estar preparados para passar muito tempo no mar. 
      Claro que nenhum lobisomem ou mula sem cabeça foi visto circulando entre os tripulantes das caravelas, mas, com toda certeza, eles estavam lá. Calma, não se trata de uma história de terror. Quero dizer que toda vez que vamos a algum lugar e encontramos pessoas diferentes, a gente conversa, troca informações, ensina e aprende coisas. Quando fazemos isso, acabamos adquirindo hábitos e costumes de outras pessoas. Logo, isso aconteceu com os portugueses, quando eles resolveram viajar. Além de objetos pessoais, ferramentas, instrumentos de navegação e  alimentos, eles levavam na bagagem tudo o que conheciam e acreditavam. E foi assim que a mula sem cabeça e o lobisomem chegaram ao Brasil – na bagagem cultural, que é formada, como já vimos, pelo conjunto de coisas que a gente sabe, que a gente ensina e que aprende.

 ABRINDO A BAGAGEM 

         Em Portugal, há 500 anos, um monte de gente acreditava em lobisomem e em mula sem cabeça e parte dessa gente veio para o Brasil. Aqui, os portugueses começaram a contar histórias de sua terra e, de sua bagagem cultural, tiraram também outros seres fantásticos, como sereias, sacis, velhos do saco, bruxas, fadas, bicho- -papão, papa-figos e muitos mais, que, aqui, assustaram e, ao mesmo tempo, embalaram o sono de muitas crianças. 
      Os negros, trazidos da África pelos portugueses, para serem escravos, além de muita tristeza e saudades de sua terra natal, trouxeram, também, inúmeras histórias. Aliás, como eles foram capturados e obrigados a deixarem sua terra, não tiveram condições de arrumar seus pertences para a viagem. Mas ninguém pôde proibi-los de trazer suas crenças, suas histórias, seus hábitos e seus costumes, ou seja, a tal bagagem cultural. 
      Na imaginação dos viajantes, livres e escravizados, veio toda sorte de crenças, mitos e lendas que aqui, em solo fértil, brotou e proliferou por todo o território. Com os portugueses, vieram lobisomens, mulas sem cabeça e outros. Com os africanos vieram quibungo, chibamba e as histórias de animais. 
        Aí, você pode perguntar: e as histórias dos índios que já estavam aqui? Eu diria que os lobisomens e os quibungos encontraram-se com mapinguaris, caiporas, curupiras e passaram a conviver em harmonia nas florestas e na imaginação dos brasileiros que iam nascendo, neste novo território, da mistura de europeus, africanos e índios. (...)

 JURANDO DE PÉS JUNTOS

       Como eu disse no início dessa conversa, tem muita gente que acreditava nesses seres encantados. Nas grandes cidades, nem tanto, mas, no interior do Brasil, ainda se contam muitas histórias de lobisomem. 
    Dizem que numa família de sete filhos homens, o caçula pode virar lobisomem, se não for batizado pelo irmão mais velho. E tem mais: na hora em que vira lobisomem, tem que correr sete fontes, sete cemitérios e sete igrejas. Só depois dessa maratona é que ele volta à forma humana. Dizem, ainda, que os lobisomens atacam o gado, as galinhas e as pessoas, tudo em busca de sangue. Para matá-lo é preciso atirar com uma bala de prata.
       Quanto à mula sem cabeça, a história da transformação é bem diferente. 
Reza a lenda que qualquer mulher que namorar um padre pode virar mula sem cabeça, porque namorar padre é pecado. Agora, veja como essa história é injusta: o padre não pode ter namorada, mas, se tiver, só a mulher é castigada. A pobre coitada vira uma mula que solta fogo pelas ventas e nunca mais desvira. Com o padre, não acontece nada. 
     Essa história de mula sem cabeça veio da Península Ibérica, parte da Europa que hoje está dividida entre Portugal e Espanha. Provavelmente, surgiu porque, no século 12, as mulas eram os animais mais próximos dos padres, que se locomoviam de um lugar para outro montados nesses animais, considerados seguros e resistentes. 
       Além dessa história de ser namorada do padre, já ouvi dizer, também, que se uma mãe tem sete filhas mulheres e não der a mais nova para a mais velha batizar, a caçula vira mula sem cabeça, igualzinho ao caso do lobisomem.

 PONTO FINAL

      Acho que é mais ou menos isso que eu queria contar pra vocês. É claro que tem muito mais coisas para descobrirmos sobre a cultura brasileira. Caso vocês se interessem pelo assunto, vou dar uma dica: comecem lendo os livros de Luís Câmara Cascudo, que foi um grande estudioso de nossa cultura. (...)

              Georgina da Costa Martins. In.: Ciência Hoje das Crianças,
                      ano 13, n. 106. Rio de Janeiro: SBPC, setembro/2000.

A partir da leitura atenta do Texto I, realize as questões propostas.

1ª QUESTÃO: Assinale a opção que está em desacordo com as informações do Texto :
       A – ( ) Atualmente, ainda existem pessoas que declaram acreditar em mula sem cabeça e lobisomem.
       B – ( ) Alguns mitos folclóricos brasileiros fazem parte da bagagem cultural portuguesa.
       C – ( ) A cultura brasileira também possui influência e contribuição africana.
       D – ( ) O povo indígena criou personagens tais como caiporas e curupiras.
       E – (X) As histórias indígenas, africanas e portuguesas nunca se fundiram nem conviveram pacificamente no imaginário popular e no território brasileiro.

2ª QUESTÃO: "... veio toda sorte de crenças, mitos e lendas que aqui, em solo fértil, brotou e proliferou por todo o território." O vocábulo proliferou, neste contexto, só não significa:
       A – ( ) reproduziu.
       B – ( ) multiplicou.
       C – ( ) expandiu.
       D – (X) reduziu.
       E – ( ) aumentou.

3ª QUESTÃO: "... qualquer mulher que namorar um padre / pode virar mula sem cabeça..."  As orações acima estabelecem entre si uma, respectivamente, relação de:
       A – ( ) fato/causa.
       B – (X) fato/consequência.
       C – ( ) fato/finalidade.
       D – ( ) problema/solução.
       E – ( ) fato/condição.

4ª QUESTÃO: No ponto de vista da pessoa que narra o Texto I, a história da mula sem cabeça, na versão de uma mulher que namora um padre, tem um desfecho:
       A – ( ) coerente.
       B – ( ) satisfatório.
       C – (X) injusto.
       D – ( ) aceitável.
       E – ( ) perfeito.

5ª QUESTÃO: Os trechos abaixo deixam explícito o contato do narrador com o leitor, exceto:
       A – ( ) "Vocês podem não acreditar, mas..." 
       B – ( ) "Não pensem que enlouqueci..." 
       C – ( ) "Vejam só: por volta do século 15..." 
       D – ( ) "Aí, você pode perguntar..." 
       E – (X) "Essa história de mula sem cabeça veio da Península Ibérica..." 

6ª QUESTÃO: Marque a análise equivocada sobre o Texto :
         A – ( ) Possui narrador-personagem, isto é, tem foco narrativo interno.
       B – ( ) Em "...eles levavam um bocado de coisas..." , há o emprego de linguagem informal, coloquial.
     C – (X) "Provavelmente, surgiu porque, no século 12..." . O vocábulo grifado registra certeza no narrador.
       D – ( ) "Reza a lenda que qualquer mulher..." . É adequada a substituição da palavra grifada por diz, relata, conta.
       E – ( ) "Afinal, as viagens eram longas..."  Neste trecho, vê-se o emprego de uma palavra denotativa de situação.


TEXTO:UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA -ZIRALDO - QUESTÕES OBJETIVAS COM GABARITO

TEXTO - UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA

         Era uma vez uma professora maluquinha. Na nossa imaginação, ela entrava voando pela sala (como um anjo) e tinha estrelas no olhar. Tinha voz e jeito de sereia e vento o tempo todo nos cabelos (na nossa imaginação). Seu riso era solto como um passarinho. Ela era uma professora inimaginável. Para os meninos, ela era uma artista de cinema. Para as meninas, a Fada Madrinha. […] 
           Como todos sabem, os três mosqueteiros eram quatro. Só que nós — a turminha que vai contar a história — éramos cinco: Athos, Porthos, Aramis, Dartagnan e Ana Maria Barcellos Pereira, a chefa.[…] 
        Nós tínhamos acabado de descobrir o segredo das letras e das sílabas; já sabíamos escrever nossos nomes, ler todos os letreiros das lojas, os cartazes do cinema, as manchetes dos jornais e os títulos dos anúncios nas revistas, quando ela chegou em nossas vidas. 
       Quando ela entrou pela primeira vez na nossa sala e falou que ia ser nossa professora naquele ano, todas as meninas quiseram ser lindas e todos os meninos quiseram crescer na mesma hora para poder casar com ela.
      A primeira chamada que ela fez foi assim: mandou cada um de nós escrever o nome de outro aluno. O nome por inteiro. “Grande vantagem saber escrever seu próprio nome!” — ela brincou. Depois, embaralhou os nomes de todos nós e mandou que a gente arrumasse tudo direitinho na exata ordem do ABC. 
      Ela conquistou tão depressa todos nós que, logo, logo, já havia meninas chorando no seu colo. Os meninos não entendiam nada. Havia segredos que pertenciam somente a elas, e eram tantos que a professora acabou inventando um código para trocar bilhetinhos secretos com as meninas. […] 
     Com ela não tinha castigo. Tinha julgamento. Se um lá fizesse alguma coisa que parecesse errada, ela convocava o júri. Um aluno para a acusação, outro para a defesa. O resto da turminha era o corpo de  Jurados… A gente adorava julgamentos. No final do ano, quando já líamos tudo, ela achou melhor que as defesas e as acusações fossem feitas por escrito. É que o júri era muito barulhento. […]
     Quando as aulas começaram, no ano seguinte, não era ela que estava sentada na cadeira, atrás da mesa, sobre o estrado, diante do quadro negro. Era uma doce senhora de olhos severos e com a voz de quem comandava um pelotão. 
      Logo no primeiro dia de aula, a turma ficou toda de castigo. A professora havia apanhado um menino lendo um livro de histórias em plena aula e resolveu olhar embaixo da carteira de cada um. […] 
      Tivemos todos que ficar depois da aula e escrever cem vezes, cada um, a frase: “Prometo prestar atenção nas lições e não ficar me distraindo na hora da aula”. […] 
    Meu Deus, quantos anos se passaram! Nós todos, seus alunos, somos hoje, muito, muito mais velhos do que aquela professorinha. Estamos todos, agora, com idade bastante para ser seus avós, se ela tivesse ficado, para sempre, do jeitinho que está fotografada em nossa memória, aprisionada no tempo. Aqui estamos nós de volta, quase todos. Alguns foram nos deixando pelo caminho, até mesmo na infância, pois sobreviver não era muito fácil no meio da pobreza da nossa pequena cidade. Os outros — cujos pais tinham emprego e salário — chegaram até esse dia, com jeito e cara de vitoriosos, e estão aqui, digamos, dentro deste livro — os Mosqueteiros do Rei à frente —, prontos para matar todas as saudades…
                                        Ziraldo. Uma professora muito maluquinha.
                                                      São Paulo, Melhoramentos, 1995.

A partir da leitura atenta do Texto I, faça as questões propostas.

1ª QUESTÃO: “Seu riso era solto como um passarinho.” 
O vocábulo grifado transmite ideia de comparação e só não seria substituído adequadamente por:
       A - ( ) semelhante a.
       B - ( ) tal qual.
       C - ( ) que nem.
       D - (X) diferente de.

2ª QUESTÃO: Uma característica que não pode ser atribuída à professora maluquinha é a de ser:
       A - ( ) confidente.
       B - ( ) sorridente.
       C - (X) idosa.
        D - ( ) encantadora.

3ª QUESTÃO: “… ela achou melhor que as defesas e as acusações fossem feitas por escrito.” 
Com que objetivo a professora propôs tal mudança?
       A - ( ) Permitir que todas as acusações fossem consideradas.
       B - (X) Amenizar o barulho produzido pelo júri.
       C - ( ) Gastar mais tempo durante os julgamentos.
       D - ( ) Selecionar apenas as defesas para serem lidas.

4ª QUESTÃO: Sobre os alunos da professora maluquinha, é inadequado afirmar que:
          A - (X) todos tiveram uma infância farta e feliz.
         B - (  ) inicialmente, enfrentaram dificuldade de se concentrarem na aula da professora que a substituiu.
     C - ( ) alguns conseguiram se reunir após a fase adulta e serem personagens de um livro cheio de recordações.
       D - ( ) eternizaram a lembrança da professora maluquinha ainda bem jovem em suas memórias.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

CRÔNICA URBANA - TÍPICO DE CARIOCA - COM GABARITO

TEXTO: TÍPICO DE CARIOCA

        Um vídeo sobre o “jeitinho carioca” virou hit na internet por retratar manias e formas bem características de se levar a vida no Rio de Janeiro. O termômetro marca 20° e o carioca já inventa de fazer fondue. Diz para qualquer conhecido que encontra na rua “vamos marcar alguma coisa?”, mas o programa fica por isso mesmo. Reclama do trânsito, do metrô lotado e pondera: “imagina isso aqui na Copa!”. Fui na onda e pedi ajuda ao meu grupo “Agenda Carioca” no Facebook para ampliar essa lista com ideias simples e engraçadas que viessem à cabeça. O resultado dessa pesquisa foram 361 posts publicados em quatro dias. Aqui surge uma crônica escrita a centenas de mãos! 
           Cariocas não gostam de dias nublados, nem de sinal fechado, mas disso todo mundo já sabe... O que mais? Eles têm certeza de que esta é a cidade mais linda do mundo, mesmo sem conhecer nenhuma outra. Reclamam de tudo daqui, mas não admitem que ninguém fale mal do Rio. Encontram com artistas na rua e mostram cara de paisagem para não “pagar mico”. Afinal, somos todos vizinhos, né? Cariocas não mentem, mandam “caô”. Chamam todos de “meu irmão”. Falam “cara”, seja para um homem ou uma mulher. 
           Não dizem obrigado, é quase sempre um “valeu”. “Demorô” ou seria “jaé”? E o “tem, mas acabou”, um clássico do carioca! Ele nunca diz simplesmente “não temos”. Garçom é sempre “amigo” e a conta é pedida com aquele movimento de mão como se assinasse um cheque no ar. Quase todo carioca tem um garçom pra chamar de “seu”. A malandragem é uma marca registrada. Está atrasado para um encontro e liga dizendo que já está chegando, quando ainda nem saiu de casa. Compra 300 coisas que não precisa na padaria para entregarem um único cigarro! 
           Não lhes falta gentileza para dar a frente a uma mulher grávida. Eles seguram a bolsa de quem está em pé no ônibus e se unem de forma rápida e organizada para ajudar em momentos de crise. O esforço daqueles que não falam inglês em dar informações aos gringos é comovente, apesar de adorarem falar tocando nas pessoas, para desespero dos estrangeiros. O sorriso do carioca é um artigo que nunca falta quando ele chega. Impressionante a facilidade de conversar com estranhos e se meter na conversa alheia. Cariocas detestam ficar em filas formando uma reta, fazem sempre um desenho original. 
          Pessoas que andam na praia e que não se conhecem passam a se cumprimentar pela habitualidade em se cruzarem. A maioria conversa tudo com seus próprios porteiros, eles são quase parte da família. Dão dois beijinhos em paulistas e ficam sempre no ar. Vivem em contradição. Acham o Desfile das Escolas de Samba imperdível, mas passam todos os carnavais na casa de praia ou de serra. Adoram a vista do Pão de Açúcar, embora só tenham subido no bondinho uma única vez, na infância. 
              Comemoram dia de tudo quanto é santo, mas, no aniversário do Rio de Janeiro, 1º de março, tudo funciona normalmente sem grandes festas e nem feriado. Carioca cria os filhos na praia à base de água de coco e biscoito Globo. Fazem divisões imaginárias da areia, “por tribos”, e convivem com as diferenças com muita paz e alto astral. Escolhem um barraqueiro e são fiéis a ele. Pedem na maior confiança para qualquer estranho “dar uma olhadinha” nas suas coisas, enquanto dão um mergulho no mar (fazendo o sinal da cruz antes). 
             Não têm hora pra chegar e nem hora pra sair da praia e, muitas vezes, emendam o programa direto da noitada. A negociação começa na combinação do preço com o guardador “mermão”, e continua com o pedido de “chorinho” no limãozinho do mate. Seus pequenos rituais são únicos, como aplaudir o pôr do sol visto da pedra do Arpoador, marcar encontro na estátua do Bellini, no Maracanã, decretar feriado no dia de São Jorge, o santo de fé da maioria dos cariocas, tomar um açaí após corrida ou praia e combinar o almoço de domingo depois da praia. Mas se o tempo fechar, de uma hora para outra tudo muda. Basta chover e o carioca começa a cancelar compromissos. Mesmo uma chuvinha fina já causa uma onda de cancelamentos. 
                  O frio polar nos restaurantes durante o verão combina com um jeito de vestir muito peculiar. Choveu, é casacão pra cá, meia calça, bota, não importa o cheiro de naftalina nas roupas e que seja apenas uma chuva de verão (quase sempre é) e que esteja fazendo 35 graus... short e chinelo com casaco é um hit do carioca com frio, que adora uma roupa confortável e não está nem aí para o que os outros vão achar. O polêmico meião feminino que só se vê nas academias cariocas é um belo exemplo. Muitas delas retocam o cabelo de mês em mês e quando olham o resultado a frase é sempre a mesma: “Estou superloira!!!”. As cariocas não precisam subir no salto para estarem lindas. As rasteirinhas e havaianas lhes caem muito bem em qualquer situação! 
             Nosso trânsito tem suas peculiaridades. Pegar aquele engarrafamento no final de tarde, voltando para casa exausta e com um “buraco” no estômago e ter a felicidade de ser abordada por aqueles vendedores de biscoito de canudinho compridinho, que esfarela todo no carro e na roupa, fazendo com que a criatura faminta se sinta saindo de um rodízio, não tem preço. Carioca, suburbano ou da zona sul, quando vai à Região dos Lagos, nos feriados, fica concorrendo com os “colega” para ver quem fica mais tempo no engarrafamento da ponte. 
           Chamam o motorista do ônibus de “piloto” e pedem pra descer fora do ponto, normalmente no sinal fechado. Fazem da bike uma parceira, as laranjinhas do Itaú já são mais do que parte da paisagem. Cariocas não se cumprimentam, fazem festa. Adoram ir para a janela e gritar: “Gooooool”. Para o típico anfitrião carioca, convidado pontual é o cúmulo da inconveniência. O Rio é o único lugar do mundo que tem uma matemática muito própria para calcular a hora certa de se chegar a um evento: “Se está marcado às 9 é para chegar às 10, 10 e meia...”, diz o convidado. “Vou marcar às 9 que é para o pessoal chegar umas 10...”, pensa o anfitrião. Carioca diz: “eu vou ali e já volto” e fica três horas. Carioca anda com guarda-chuva debaixo da marquise, onde os ambulantes se instalam com um minuto de início de chuva. De onde eles surgem? Todo brasileiro torce por um time de futebol. O carioca tem um time de futebol. E ainda adere com alegria a um projeto como esse e, em menos de cinco minutos, consegue material para muitas crônicas.

                                        (Crônica Urbana – Antônia Leite Barbosa –
                                                                  Magazine Casa shopping).

Após a leitura atenta do Texto I, realize as questões propostas. 

1ª QUESTÃO: De acordo com o texto, que finalidade a autora da crônica tinha ao pedir ajuda ao seu grupo no Facebook?
       A – ( ) Dessa maneira faria seu grupo trabalhar um pouco.
       B – ( ) Ficaria sabendo o que seu grupo pensava sobre os cariocas.
       C – (X) Tinha em mente ampliar sua lista de manias engraçadas dos cariocas.
       D – ( ) Não sabia o que escrever e por isso precisou da ajuda do grupo.
       E – ( ) Queria que o grupo participasse efetivamente da crônica.

2ª QUESTÃO: “Encontram com artistas na rua e mostram cara de paisagem...”  A expressão destacada quer dizer que:
       A – ( ) estão reconhecendo.
       B – ( ) não reconhecem.
       C – ( ) não querem falar.
       D – (X) fingem não estar ligando.
       E – ( ) não gostam do artista.

3ª QUESTÃO: O que faz com que as pessoas que caminham na praia e não se conhecem se cumprimentem?
       A – ( ) A intenção de tornar os estranhos pessoas da própria família.
       B – (X) O fato de se encontrarem todos os dias caminhando.
       C – ( ) A vontade de aumentar o círculo de amizade.
       D – ( ) Querem passar uma boa imagem dos moradores da cidade.
       E – ( ) O fato de gostarem dos cumprimentos.

4ª QUESTÃO: “Acham o Desfile das Escolas de Samba imperdível, mas passam todos os carnavais na casa de praia ou de serra.” A palavra destacada dá ideia de:
       A – ( ) adição.
       B – ( ) finalidade.
       C – ( ) causa.
       D – ( ) consequência.
       E – (X) oposição.

5ª QUESTÃO: Leia as afirmativas e, em seguida, marque a opção correta:
I – O texto “Típico de carioca” foi escrito em forma de prosa.
II – O texto não possui discurso direto.
III – Há no texto marca da oralidade.
       A – ( ) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
       B – ( ) Apenas a afirmativa III está correta.
       C – ( ) Só a afirmativa I está correta.
       D – (X) A afirmativa II é a única errada.
        E – ( ) As afirmativas I, II e III estão corretas.

6ª QUESTÃO: Identifique a opção cuja palavra destacada não pertença à mesma classe gramatical da grifada na frase destacada abaixo. “...mas o programa fica por isso mesmo.”
       A – ( ) “Fui na onda e pedi...”
       B – (X) “Cariocas não gostam de dia nublado, ...”
       C – ( ) “...que ninguém fale mal do Rio.”
       D – ( ) “A malandragem é uma marca registrada.”
       E – ( ) “...em pé no ônibus...”

7ª QUESTÃO: Assinale a opção em que a correlação entre o termo destacado e sua respectiva explicação dentro dos parênteses está errada:
       A – ( ) “Cariocas não gostam de dia nublado, ...” (A palavra Cariocas é um adjetivo pátrio de quem nasce no estado do Rio de Janeiro.)
       B – (X) “A maioria conversa tudo com seus próprios porteiros...” (A palavra próprios pertence à classe dos pronomes.)
       C – ( ) “Vivem em contradição.” (Contradição é mesmo que atitude oposta.)
       D – ( ) “O sorriso do carioca é um artigo que nunca falta quando ele...” (A palavra artigo refere-se ao sorriso.)
       E – ( ) “Escolhem um barraqueiro e são fiéis a ele.” (A palavra fiéis pode ser substituída pela palavra leais sem sofrer alteração no sentido da frase.)