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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

BIOGRAFIA: UM OLHAR SOBRE CLARICE LISPECTOR - OLGA BORELLI - COM GABARITO


BIOGRAFIA: UM OLHAR SOBRE CLARICE LISPECTOR

                                      Olga Borelli

   "Ela possuía a dignidade do silêncio. Seu porte altivo era todo contido e movia-se pouco. Quando o fazia, era como se estivesse procurando uma direção a seguir: então, encaminhava-se diretamente, sem desvios, ao seu objetivo. O cabelo era louro-dourado, muito fino e sedoso, as orelhas pequenas. Os olhos tinham o brilho baço dos místicos. Pareciam perscrutar todos os mistérios da vida: profundos, serenos, fixavam-se nas pessoas como se fossem os olhos da consciência, e ninguém os aguentava por muito tempo, tal a sua intensidade. O olho esquerdo tinha uma expressão de inquietante expectativa.
        Os lábios, de rebordos bem definidos, eram perfeitos e em harmonia com o contorno do rosto, de maçãs ligeiramente salientes. O nariz, quase imperceptível na serenidade meditativa do conjunto. Mas possuía narinas que se dilatavam nos raros momentos de "cólera sagrada", como costumava definir suas zangas. 
        A voz soava grave e profunda. Quando irritada, emergia rascante, em estranha autoridade, dotada de algo que infundia respeito. Tinha um pequeno defeito de dicção: arrastava nos erres por causa da língua presa. 
        A mão esquerda era um milagre de elegância. Muito móvel, evolucionava no ar ou contornava os objetos com prazer. No trabalho, ágil e decidida, parecia suprir deficiências da outra dura, com gestos mal controlados, de dedos queimados, retorcidos, com profundas cicatrizes. 
        Cumprimentava às vezes com a mão esquerda. Talvez por pudor, receosa de constranger as pessoas, dirigia-se com economia de gestos. Alguns de seus manuscritos eram quase ilegíveis. Assinava com bastante dificuldade, mas utilizava ambas as mãos para datilografar.
        Era profundamente feminina, exigia e se exigia boas maneiras. Bem cuidada no vestir, vaidosa, mas sem sofisticação. 
        Nunca saía sem estar maquiada e trajada às vezes com algum requinte: turbante, xale, vários colares e grandes brincos. O branco, o preto e o vermelho eram uma constante em seu guarda-roupa.
        O batom geralmente era de tom rubro forte; o rímel negro, colocado com sutileza, aumentava a obliquidade e fazia ressaltar o verde marítimo dos olhos. Indiscutivelmente era mulher interessante, de traços nobres e, talvez, inatingível. [...]
        Dois atributos imediatamente visíveis: integridade e intensidade. Uma intensidade que fluía dela e para ela refluía. Procurava ansiosamente, lá, onde o ser se relaciona com o absoluto, o seu centro de força - e essa convergência a consumia e fazia sofrer. Sempre tentou de alguma maneira solidarizar-se e compreender o sofrimento do outro, coisa que acontecia na medida da necessidade de quem a recebia. O problema social a angustiava. 
        Sabia o quanto doíam as coisas e o quanto custava solidão. 
        São muitos os "mistérios" que aos olhos de alguns a transformaram em mito. Simplesmente, porém, em Clarice não aparecia qualquer mistério. Ela descobrira intuitivamente o mistério da vida e do ser humano; em compensação, era capaz de dissimular o seu próprio mistério."

BORELLI, Olga. Clarice Lispector: esboço para um possível retrato.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
Entendendo o texto:
01 – Qual é o objetivo desse texto?
      Traçar o perfil físico e psicológico de Clarice Lispector, grande autora da literatura brasileira.

02 – O que predomina, a caracterização física ou psicológica da escritora?
      Ambas. Para descreve-la, a autora mescla características físicas e psicológicas.

03 – Em termos gerais, predomina descrição objetiva ou subjetiva da escritora? Justifique sua resposta.
      Subjetiva. A caracterização de Clarice tem adjetivos pouco exatos que marcam a presença da emoção do sujeito, enquanto descreve, tais como: “bem definidos”; “perfeitos”; “profundamente feminina”; “milagre de elegância”; etc.

04 – Em termos gerais, a descrição feita de Clarice Lispector procura apresenta-la de forma positiva ou negativa? Justifique sua resposta.
      Procura apresenta-la de forma positiva: Clarice é descrita como uma mulher elegante, solitária, misteriosa, mas solidária, preocupada com problemas sociais.


domingo, 25 de novembro de 2018

BIOGRAFIA: A INOCENTE FRANCISCA(CHIQUINHA GONZAGA) - EDINHA DINIZ - COM GABARITO

BIOGRAFIA: A Inocente Francisca

        Dia de grande aflição para Rosa. Só mesmo Nossa Senhora para lhe valer. Depois de um parto difícil, sua mãe Tomásia e a parteira vinham avisar que a menina corria risco de vida. Era preciso fazer alguma coisa, e já. O retardo podia ser fatal.
        Talvez chamar o Dr. Felix fosse a única solução. Morava logo ali, era um pulo. Mas, quem sabe? Era homem importante, acostumado a tratar de gente fidalga. Uma moça pobre, mestiça e solteira como ela não ia conseguir os cuidados de médico tão afamado. Não podia hesitar. A menina precisava de socorro. Se fosse preciso, diria o nome do pai da pequena. Sabia que era amigo da família de Basileu. Não havia tempo a perder.
        Mais: era preciso correr à Igreja a chamar o reverendo Jerônimo. Nessa hora o padre não pode faltar. A menina tem que ser batizada.
        Vai se chamar Francisca Edwiges. Não é Edwiges, a santa da folhinha? E que Nossa Senhora das Dores proteja a inocente.
        Se Basileu estivesse na Corte! Lá na província sequer imagina o que se passa com sua amada Rosa. Reconheceria a filha? Agora não importa; talvez já seja tarde.
        Quem sabe se a Providência não está deliberando certo? Afinal, a família Neves Gonzaga não consentirá no matrimônio. O Brigadeiro deseja futuro melhor para o filho. E sua filha, a menina Francisca, será uma bastarda. Bastarda! Quanto sofrimento espera essa criatura! Talvez seja melhor assim. Quando Basileu voltar – se voltar – nem precisa saber de nada. Estará livre para fazer sua carreira, como ele ou a família desejar. Assim seja.
        A menina, no entanto, venceu o perigo. Aquela que mais tarde viria a ser conhecida como uma mulher de enorme audácia, a compositora Chiquinha Gonzaga, já veio à vida conhecendo o perigo e sabendo vencê-lo. Muitos ainda encontraria pela frente...

                      DINIZ, Edinha. Chiquinha Gonzaga: uma história de vida.
 4. ed. Rio de Janeiro: Record / Rosa dos Tempos, 1999. p. 17-19.  
Entendendo o texto:
01 – Qual é a principal ideia desenvolvia nesse texto?
      Relatar em detalhes as circunstâncias do nascimento de Francisca Edwirges Neves Gonzaga, conhecida como Chiquinha Gonzaga.

02 – Quem conta a história? Ela participa da história?
      A pesquisadora e autora do texto, Edinha Diniz; ela não é um personagem da história.

03 – Como a autora iniciou essa biografia? Por que ela tomou essa decisão?
      Ela começa a biografia falando do parto difícil e do risco que o bebê corria; talvez para reforçar para o leitor que a biografada enfrentaria várias dificuldades desde o nascimento.

04 – No primeiro parágrafo, o texto diz que a menina corria risco de vida. Quando sabemos a quem se refere a forma a menina?
      A menina refere-se a Chiquinha Gonzaga; só confirmamos isso no último parágrafo desse trecho, quando a autora retoma essa forma e revela ao leitor de quem se trata.

05 – Que passagem desse trecho mais chamou sua atenção? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.


segunda-feira, 24 de setembro de 2018

BIOGRAFIA: ARRIGO BARNABÉ - COM GABARITO

BIOGRAFIA: ARRIGO BARNABÉ

   Arrigo Barnabé nasceu em Londrina, PR, em 14 de Setembro de 1951.
     Mudou-se para São Paulo na década de 70, para cursar Arquitetura e Urbanismo na USP. Após dois anos, abandonou o curso e passou a estudar Composição e Regência, na Escola de Comunicação e Artes, também na USP. Em 1976, um trecho de sua música "Clara Crocodilo" passou a integrar a trilha sonora do filme "A Ilha das Cangaceiras Virgens", de Roberto Mauro. Em 1979, ficou em primeiro lugar no Festival Universitário da TV Cultura de São Paulo, com a música "Diversões Eletrônicas". Com o primeiro disco lançado, "Clara Crocodilo", ganhou destaque na cena musical brasileira a partir de 1980, com a fusão entre música popular urbana e música erudita contemporânea. O disco, independente, gerou o show com o qual Arrigo excursionou pelo país, com a Banda Sabor de Veneno, que tinha entre os integrantes Vânia Bastos, Paulo Barnabé, Regina Porto, Mané Silveira e Suzana Salles, entre outros. O disco foi considerado o marco zero da vanguarda paulista.
        Em 1999, "Clara Crododilo" passou por algumas releituras e foi regravado com o título "A Saga de Clara Crocodilo". Em 1984, veio o segundo disco, "Tubarões Voadores", que teve grande reconhecimento da crítica, a ponto de ser eleito um dos melhores discos do mundo pela revista francesa Jazz Hot. Com o disco, Arrigo começa, junto com o cartunista Luiz Gê, a unir música e história em quadrinhos. Em 1998, lançou a "pseudópera" "Gigante Negão", que teria se perdido se não fosse alguém da plateia ter registrado a única apresentação. Com isso, o disco pôde ser lançado alguns anos mais tarde. Arrigo mantém diversos projetos paralelos. Compôs para cinema e teatro, tendo sido bastante premiado. Participou como ator do filme "Cidade Oculta", cuja trilha sonora compôs. O filme venceu o Riocine Festival, em 1986. Montou em 2001 a ópera "O Homem dos Crocodilos – Um Caso Clínico em Dois Atos", que mistura psicanálise com o vanguardismo musical do compositor, em parceria com o dramaturgo argentino Alberto Muñoz. Arrigo mantém o selo Thanx God com Carlos Careqa, e por meio dele, conseguiu relançar seus dois primeiros álbuns, "Clara Crocodilo" e "Tubarões Voadores", até então só existentes em vinil. Os discos foram remasterizados e ganharam qualidade digital. Atualmente dedica-se a escrever uma versão erudita de suas principais canções para Tuca Fernandes e Quinteto D' Elas. Também é coordenador do CEM (Centro de Estudos Musicais) e ministra cursos de Composição.

Adaptado de: Enciclopédia da Música Brasileira. Art Editora e Publifolha. Disponível em
http://www.last.fm/pt/music/Arrigo+Barnab%C3%A9/+wiki
Acesso em: 02 dez. 2011.
Entendendo o texto:
01 - Com base em seus conhecimentos, assinale a alternativa que melhor classifica o texto lido, de acordo com o gênero a que ele pertence.
(A) Autobiografia.
(B) Biografia.
(C) Relato pessoal.
(D) Diário.

02 – Explique a diferença entre biografia e autobiografia.
      Na biografia, o narrador conta a história da vida de alguém. No texto autobiográfico, o narrador conta a história da própria vida.

03 – Explique a relação que existe entre os gêneros diário e blog.
      Os blogs são versões digitais (on-line) dos diários.

04 – Explique a relação que existe entre o relato pessoal e o gênero diário.
      No diário, o autor, além de falar de seus sentimentos, relata acontecimentos do seu cotidiano. Por isso, é possível afirmar que os diários contém uma série de relatos pessoais.

05 – Reescreva os trechos abaixo, substituindo, por palavras ou expressões sinônimas, as palavras em destaque.
a) “Com o primeiro disco lançado, "Clara Crocodilo", ganhou destaque na cena musical brasileira a partir de 1980, com a fusão entre música popular urbana e música erudita contemporânea”.
      “Com o primeiro disco lançado, "Clara Crocodilo", ganhou destaque na cena musical brasileira a partir de 1980, com a MISTURA entre música popular urbana e música erudita contemporânea”.

b) “O disco, independente, gerou o show com o qual Arrigo excursionou pelo país, com a Banda Sabor de Veneno (...)”.
      “O disco, independente, gerou o show com o qual Arrigo VIAJOU pelo país, com a Banda Sabor de Veneno (...)”.

c) “Arrigo mantém diversos projetos paralelos”.
      “Arrigo mantém diversos projetos SIMULTÂNEOS”.
      “Arrigo mantém diversos projetos AO MESMO TEMPO”.


quinta-feira, 26 de abril de 2018

BIOGRAFIA: ALEIJADINHO - RONALDO SIMÕES COELHO - COM GABARITO

             
BIOGRAFIA: Aleijadinho


     Antônio Francisco Lisboa nasceu em 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto), Minas Gerais e viveu 84 anos. Filho de Manoel Francisco Lisboa, português e de uma escrava deste, africana, de nome Izabel, tornou-se o maior escultor do Brasil, tendo trabalhado até as vésperas de sua morte. Deixou uma obra vastíssima e de grande valor artístico.
         Sua formação se deu no próprio meio familiar, aprendendo com o pai, que era, junto com o irmão, mestre na arte em cantaria e na talha do estilo Barroco.
         Sua vida muda completamente a partir do momento em que uma grave doença deformante o acomete. A doença se agrava com o correr do tempo, a ponto de caírem-lhe os dedos das mãos. Daí o apelido de Aleijadinho[...].

                   COELHO, Ronaldo Simões, Pérola torta. Dimensão. Fragmento.

Entendendo o texto:
01 – O trecho que expressa uma opinião é:
A) “...nasceu em 1730 em Vila Rica, Minas Gerais”.
B) “Deixou uma obra de grande valor artístico.”.
C) “Sua formação se deu no próprio meio familiar,”.
D) “A doença se agrava com o correr do tempo,”.

02 – Defina os antecedentes dos pronomes relativos nas frases abaixo:
A) “As duas meninas foram, então ao encontro do sábio que se encontrava...”
      Sábio.
B) “Havia um pai que morava com suas duas...”
      Pai.
C) “Estava cercada de crianças que lhe pediam para brincar”.
      Crianças.
D) O bairro onde moro é antigo.
      Bairro.

03 – “Se ele disser que ela está viva”.
A oração destacada é uma oração subordinada substantiva.
A) Objetiva indireta.
B) Objetiva direta.
C) Predicativa.
D) Subjetiva.

04 – Marque a sequência correta formada pelo plural dos substantivos compostos:
A) Beija-Flores / Caça-Níqueis.
B) Couve-Flores / Cartões-Postais.
C) Pés-de-Meias / Águas-de-Colônia.
D) Ticos-Ticos / Males-Humanos.





segunda-feira, 19 de março de 2018

BIOGRAFIA: UM ESCRITOR NASCE - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

BIOGRAFIA - UM ESCRITOR NASCE


       Nasci numa tarde de julho, na pequena cidade onde havia uma cadeia, uma igreja e uma escola bem próximas umas das outras, e que se chamava Turmalina. A cadeia era velha, descascada na parede dos fundos. Deus sabe como os presos lá dentro viviam e comiam, mas exercia sobre nós uma fascinação inelutável (era o lugar onde se fabricavam gaiolas, vassouras, flores de papel, bonecos de pau). A igreja também era velha, porém não tinha o mesmo prestígio. E a escola, nova de quatro ou cinco anos, era o lugar menos estimado de todos. Foi aí que nasci.
        Nasci na sala do 3º ano, sendo a professora D. Emerenciana Barbosa, que Deus a tenha. Até então, era analfabeto e despretensioso. Lembro-me: nesse dia de julho, o sol que descia da serra, era bravo e parado. A aula era de Geografia, e a professora traçava no quadro-negro nomes de países distantes. As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes, e Paris era uma torre ao lado de uma ponte e um rio. A Inglaterra não se enxergava bem no nevoeiro, um esquimó, um condor surgiam misteriosamente, trazendo países inteiros. Então, nasci. De repente nasci, isto é, senti necessidade de escrever. Nunca pensara no que podia sair do papel e do lápis, a não ser bonecos sem pescoço, com cinco riscos representando as mãos. Nesse momento, porém, minha mão avançou para a carteira à procura de um objeto, achou-o, apertou-o irresistivelmente, escreveu alguma coisa parecida com a narração de uma viagem de Turmalina ao Polo Norte.
        É talvez a mais curta narração no gênero. Dez linhas, inclusive o naufrágio e a visita ao vulcão. Eu escrevia com o rosto ardendo, e a mão veloz tropeçando sobre complicações ortográficas, mas passava adiante. Isso durou talvez um quarto de hora, e valeu-me a interpelação de D. Emerenciana.
        – Juquita, que que você está fazendo?
        O rosto ficou mais quente, não respondi. Ela insistiu:
        – Me dá esse papel aí… me dá aqui.
        Eu relutava, mas seus óculos eram imperiosos. Sucumbido, levantei-me, o braço duro segurando a ponta do papel, a classe toda olhava para mim, gozando o espetáculo da humilhação. D. Emerenciana passou os óculos pelo papel e, com assombro para mim, declarou à classe:
        – Vocês estão rindo do Juquita. Não façam isso. Ele fez uma descrição muito chique, mostrou que está aproveitando bem as aulas.
        Uma pausa, e rematou:
        – Continue, Juquita. Você ainda será um grande escritor.
        A maioria, na sala, não avaliava o que fosse um grande escritor. Eu próprio não avaliava. Mas sabia que no Rio de Janeiro havia um homem pequenino, de cabeça enorme, que fazia discursos muito compridos e era inteligentíssimo. Devia ser, com certeza, um grande escritor, e em meus nove anos achei que a professora me comparava a Rui Barbosa.

Carlos Drummond de Andrade. Contos de Aprendiz.
4a Edição, Editora do Autor.

Entendendo o texto:
01 – Como se explica a frase: “Nasci numa tarde de julho, na pequena cidade onde havia uma cadeia, uma igreja e uma escola…”.
      O nascimento de que trata a frase se refere à maneira como um futuro escritor começou a escrever em uma pequena cidade.

02 – Por que a cadeia exercia sobre as crianças uma fascinação inelutável?
      Porque esbarrava no desconhecido para as crianças.

03 – Qual era a contribuição dos presos para a cidade?
      Fabricavam gaiolas, vassouras, flores de papel e bonecos de pau.

04 – Como se sabe que a professora já morreu?
      Pela expressão bem popular “que Deus a tenha”.

05 – Onde aconteceu o “nascimento” do escritor?
      Durante a aula de Geografia, na escola.

06 – Até aquele dia, o que o Autor pensava sobre o ato de escrever?
      Não o conhecia propriamente, pois só praticava o desenho.

07 – Por quanto tempo o Autor escreveu o texto, na aula de Geografia?
      Aproximadamente quinze minutos.

08 – Que reação provocou, na classe, a advertência inicial de Dona Emerenciana?
      Criou uma atmosfera de expectativa e de gozação da humilhação a ser impingida ao aluno.

09 – O aluno entregou o papel imediatamente? O que determinou a entrega?
       Não. O aluno relutava, mas não resistiu ao olhar imperioso da professora.

10 – A professora fez um elogio ao garoto. Por quê?
       O texto escrito pelo autor referia-se aos assuntos de Geografia tratados durante as aulas.

11 – O elogio levou o garoto a concluir o quê?
       Julgou que a mestra o comparava à Rui Barbosa.

12 – As previsões da professora estavam certas? O que você sabe a respeito de Carlos Drummond de Andrade?
       Sim. O escritor nasceu em Itabira, em 1902. Formado em Farmácia, dedicou-se ao jornalismo e, posteriormente, foi funcionário público. É um dos maiores poetas brasileiros e cronista de renome. Escreveu principalmente sobre os problemas humanos, usando de ironia e criticando o homem.

13 – Qual é o protagonista da história e que idade tem?
       É o próprio narrador. Tem nove anos.

14 – Localize no texto uma frase que demonstre a respeito do protagonista:
a) obediência – “Sucumbido, levantei-me…”
b) curiosidade – “Mas exercia sobre nós uma fascinação inelutável…”
c) constrangimento – “O rosto ficou mais quente, não respondi.”
d) sofreguidão, pressa – “Eu escrevia com o rosto ardendo e a mão veloz tropeçando sobre complicações ortográficas…”

15 – A história da narrativa se passa no tempo:
 a. (   ) presente        b. (X) passado       c. (   ) futuro.

16 – Qual é a duração e o ambiente físico em que ocorrem os fatos?
      “Eu escrevia com o rosto ardendo e a mão veloz tropeçando sobre complicações ortográficas…”

17 – Qual é a principal mensagem que se encontra no texto?
       Escrever pode ser uma atividade muito agradável se o indivíduo se sentir motivado. Escrever não é fruto de um “dom especial” mas de um longo aprendizado. Outras mensagens que o texto indica: os professores são, na maioria das vezes, responsáveis pelo nascimento ou morte de um escritor. No caso do autor, sua professora fez um elogio ao seu escrito, mesmo quando poderia ter chamado sua atenção diante dos colegas. Isto é, a atitude da professora foi positiva diante da “falta de atenção” em plena aula de Geografia.