Poema: CONVERSA DE TATUS
Sidónio Muralha
Quando um tatu
encontra outro tatu
tratam-se por tu:
- Como estás tu, tatu?
- Eu estou bem e tu, tatu?
Essa conversa gaguejada
ainda é mais engraçada:
- Como estás tu, ta-ta, ta-ta, tatu?
- Eu estou bem e tu ta-ta,
ta-ta, tatu?
Digo isso para brincar
pois nunca vi
um ta, ta-ta,
tatu
gaguejar.
Sidónio Muralha. A televisão da bicharada. São Paulo: Global, 2003. p.
15.
Fonte: Maxi: Séries
Finais. Caderno 1. Língua Portuguesa – 7º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas
de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 86-87.
Entendendo o poema:
01 – Conte com suas palavras o
que você achou do poema. O que é divertido nele?
Resposta pessoal
do aluno. Sugestão: O poeta trabalha as consoantes t (aliteração)
de modo inovador, atraindo nossa atenção pela musicalidade consonantal. Os t
de tatu repetidos geram uma espécie de quebra do ritmo muito divertido, que se
aproxima do trava-língua.
02 – Agora, diga qual é o nome
do poema e qual sua relação com os tatus.
O nome é “Conversa”, e a relação está na
dramatização operada pelos tatus na forma como se tratam: por “tu”.
03 – Comente com o
professor(a) e os colegas se essa forma de tratamento na 2ª pessoa do singular
é comum na região em que você mora.
Resposta pessoal
do aluno.
04 – Para que fato curioso o
“eu poético” chama a atenção na conversa entre os tatus?
Para a graça da
conversa deles quando ela é gaguejada.
05 – Nos últimos versos do
poema, há uma revelação sobre a conversa dos tatus. Você sabe qual é ela?
No final do poema revela-se que o eu
lírico também gagueja.
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