quarta-feira, 19 de junho de 2024

HISTÓRIA: A AVENTURA DE ROBINSON CRUSOÉ - LUIZ FELIPE PAGNOSSIM - COM GABARITO

 História: A aventura de Robinson Crusoé

              Luiz Felipe Pagnossim

        Não sei se já contei, mas meu gosto pela leitura de narrativas de aventuras foi incentivado pela professora Helena. Além das aulas de redação, ela costumava contar para a turma histórias incríveis, de forma tão real que parecia que podíamos ouvir o bater das ondas, o barulho do vento, o tinir das espadas. Aquilo sim era uma aventura e tanto! Bem, depois, era correr para ver quem pegava primeiro na biblioteca os livros mais disputados como: As viagens de Gulliver, Moby Dick, A volta ao mundo em 80 dias, Viagem ao centro da Terra, A ilha do tesouro e, claro, Robinson Crusoé, o meu preferido.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6JE8uIiFMI62xqK21BXSVVjHuybk_qbzFf5IHfoj2WAMYFkZAPpdXru7FpMF7lq9BgdCxOfvr4QEcWqeedcChg7SV_X6DK5RFZRCSrw5SjNM2AHAlFNUKJdkS2rVwMES98KvzrJH5hneGb-620N3cJ7N7sRzhjWsuqD7XzvKmkHLGItRf0MSTba7zO9Q/s320/robinson-crusoe-65.jpg

        Parece que consigo ouvir, ainda hoje, dona Helena narrando a trajetória do navegante Robinson Crusoé e seu naufrágio. Algo mais ou menos assim:

        Ele, que tinha uma vida tranquila na companhia dos pais, na cidade inglesa de Iorque, resolve, num ímpeto, deixar tudo para trás e partir, tornando-se um mercador e marinheiro. Isso em 1650 ou mil seiscentos e alguma coisa. Bem, a verdade é que, depois de uma série de acontecimentos, dignos de um bom filme de ação, ele chaga ao Brasil e se torna fazendeiro.

        Mas o gosto pela vida no mar leva o personagem a tomar a decisão de se lançar em uma nova aventura. Dessa vez rumo à Guiné, na África, para o comércio de escravos. De volta ao mar...

        O navio era de bom tamanho, tinha seis canhões e levava um total de 17 homens entre tripulantes e acompanhantes. E assim ele partiu, certo de que poderia encontrar perigos no caminho, pois além dos riscos do mar, havia ainda os ataques constantes de piratas naquela rota.

        Os primeiros dias de viagem transcorreram calmamente dentro do previsto. Durante dez dias, nada parecia perturbar o percurso da embarcação. Tudo estava tranquilo. No décimo primeiro dia, porém, de repente, o céu escureceu e os ventos fortes faziam balançar o navio. O medo tomou conta da tripulação.

        Os marujos eram jogados para todos os lados. Alguns se agarravam ao que podiam. Parecia impossível conter a situação, em meio à tempestade. Quando o mau tempo dava trégua, o capitão buscava alguma orientação de rota. Impossível, pois estavam perdidos, buscando alguma ilha onde pudessem desembarcar.

        Os dias se passaram e a tormenta voltou. O desespero já tomava conta de todos, pois os homens não tinham quase mais forças. Mas, em meio a toda tempestade, ouviu-se uma voz: “Terra!” Nem mesmo o uivar do vento e o ranger das velas desorientadas pela tempestade impediram que ouvissem aquela palavra de salvação. Pouco mais que dez homens, lançaram-se ao mar em um barco salva-vidas contra a fúria das ondas, movidos pela esperança de salvarem-se.

        Eles remavam desesperadamente, quando, de repente, um vagalhão atingiu o barco que acabou virando. Alguns marujos se seguraram na pequena embarcação, outros foram engolidos pelas águas, até que uma nova onda levou o que restara dos homens agarrados ao salva-vidas.

        Robinson, atordoado, lutava para permanecer vivo, buscando manter-se à tona, submergindo e voltando à superfície, rodopiando e sendo jogado pelas ondas. Havia engolido muita água e já não tinha quase força para resistir. Fechou os olhos e entregou seu corpo sobre o mar, olhando para o céu, com os braços estendidos, deixando-se ser levado pelas águas.

        De repente, abaixou o braço e sua mão tocou algo firme. Então, reuniu toda força que pode e deu alguns passos em direção à praia. Fraco e cansado, desmaiou. Quando acordou, lembrou-se do que havia acontecido. Não havia nenhum companheiro salvo daquela embarcação. Ele estava só.

        Nesse momento, vinha o melhor, pois a professora Helena colocava as mãos no peito, fechava os olhos e dizia: “Ufa! Ele conseguiu...” E a turma ria, emocionada pela história e pela interpretação de dona Helena. Que aventura!

PAGNOSSIM, Luiz Felipe.

Fonte: Maxi: Séries Finais. Caderno 2. Língua Portuguesa – 6º ano. 1.ed. São Paulo: Somos Sistemas de Ensino, 2021. Ensino Fundamental 2. p. 32-34.

Entendendo a história:

01 – No texto, o narrador cita livros de aventura que eram disputados pela turma. Quais são os títulos lembrados?

      Os títulos são: As viagens de Gulliver, Moby Dick, A volta ao mundo em 80 dias, Viagem ao centro da Terra, A ilha do tesouro e, claro, Robinson Crusoé.

02 – De forma imprecisa, o narrador busca lembrar-se de quando começaram as aventuras de Robinson Crusoé. Qual é o ano aproximado apontado?

      O ano aproximado apontado pelo narrador é o 1650.

03 – Qual era o destino da embarcação que partira do Brasil?

      O destino era Guiné, na África.

04 – O que o capitão pode perceber quanto à rota do navio em meio à tempestade?

      O capitão pode perceber que estavam perdidos.

05 – Ao conseguir escapar do navio, o narrador não estava sozinho. Escreva o trecho que comprova esta afirmativa.

      “Pouco mais que dez homens, lançaram-se ao mar em um barco salva-vidas contra a fúria das ondas, movidos pela esperança de salvarem-se.”

06 – Em meio a toda dificuldade enfrentada no navio, uma voz anunciava que estavam próximo ao continente, o que poderia ter sido a salvação de toda tripulação. Escreva o trecho que representa esse momento da narrativa.

      “Mas, em meio a toda aquela tempestade, ouviu-se uma voz “Terra!”.

07 – A descrição dos fatos no trecho em que o personagem procura se salvar no mar é repleta de verbos de ação: lutar, submergir, rodopiar, engolir, jogar voltar, resistir. De que modo essas palavras contribuem para a construção do cenário de aventura do texto?

      Os verbos que descrevem a cena de ação e que reforçam a luta do personagem para se manter vivo e a força das águas no mar, de modo que essa sequência de fatos no texto traz um cenário de aventura, reforçado pela escolha das palavras que o descreve.

08 – O texto lido fez com que você se lembrasse de algum filme, desenho, história em quadrinhos ou outro livro de aventura? Se sim, qual?

      Resposta pessoal do aluno.

09 – Quais impressões ou sensações a leitura lhe trouxe? Explique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno.

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