terça-feira, 15 de abril de 2025

POEMA: AZUIS - LALAU E LAURABEATRIZ - COM GABARITO

 Poema: AZUIS

             Lalau e Laurabeatriz

Disse um astronauta

Que a Terra é azul.

Então, azul na Terra

Não falta.

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1oYe1T5hZXx2bw5AIwAr_pUVkF5uEqSW5k6VMikPCobDPhDccneZ8Z3O_VK8hLpRu_N0vjbt-TTGFNrWksQvaamqtUsaF_DNcHNg236x6AwSTItQ3U2lVydkMA6w3serMTj6esDAUH1nHrvn-o5mBa6BDTMjRIicIYl_zy2SFzwiUwr6pCRczwxo2rRE/s320/TERRA.png

Manhãs são azuis,

Assim como azuis

São as almas.

As pétalas das flores raras,

Assim como azuis

São os olhos de muitas caras.

 

Talismãs são azuis,

Assim como azuis

São os mares,

A leveza azul de um véu,

Assim como azuis

São as roupas do céu.

 

Azul, azul, azuis.

Balas de anis, água de piscina,

Calça jeans, luz de televisão,

Penas de gralha, canto do azulão.

 

Azul, por que você

É tão querido?

Menino quer bicicleta azul,

Menina quer azul

Em seu vestido.

 

Manhãs são azuis,

Assim como azuis

São as noites de Natal.

Assim como deve ser

Azul

A cor do bem

Que luta contra

O mal.

 

Lalau e Laurabeatriz. Uma cor, duas cores, todas elas. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 78.

Entendendo o poema:

01 – Qual a afirmação inicial do poema sobre a cor azul e quem a teria feito?

      A afirmação inicial do poema é que a Terra é azul, e quem teria feito essa declaração é um astronauta.

02 – Quais elementos são comparados à cor azul na segunda estrofe do poema?

      Na segunda estrofe, as manhãs, as almas e os olhos de muitas caras são comparados à cor azul. Além disso, as pétalas de flores raras também são mencionadas como azuis.

03 – Que outros elementos são associados à cor azul na terceira estrofe?

      Na terceira estrofe, os talismãs, os mares e a leveza azul de um véu são associados à cor azul. As roupas do céu também são mencionadas como azuis.

04 – A quarta estrofe apresenta uma lista de coisas azuis. Cite pelo menos quatro desses elementos.

      A quarta estrofe apresenta como coisas azuis: balas de anis, água de piscina, calça jeans e luz de televisão. Outros exemplos incluem penas de gralha e canto do azulão.

05 – Que desejo infantil relacionado à cor azul é expresso na quinta estrofe?

      Na quinta estrofe, é expresso o desejo de um menino por uma bicicleta azul e o desejo de uma menina por azul em seu vestido.

06 – Que comparação inusitada é feita com as manhãs azuis na última estrofe?

      Na última estrofe, as manhãs azuis são comparadas às noites de Natal, também consideradas azuis.

07 – Qual o significado simbólico atribuído à cor azul no final do poema?

      No final do poema, a cor azul é associada à cor do bem, que luta contra o mal, sugerindo um significado simbólico de positividade e virtude.

 

 

NOTÍCIA: O PÁSSARO MAIS FALANTE - O LIVRO DOS RECORDES DA SUPER - COM GABARITO

 Notícia: O pássaro mais falante

        Está cansado de falar com as paredes? Arrume então uma papagaio-cinza-africano, a ave mais falante do planeta. Com média de 36 centímetros de altura e o corpo cinza-chumbo, penas mais claras na face, bico preto e rabo vermelho, ele vive normalmente em florestas savanas e mangues.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqYn4QpaabYFDrPU_GsSMUgyhMomlDP1424cit9lhiIXCBBmABj0ezqB6UqG4yaHH6eW1yqpOPYEuw5jHSUNxivDL93CtXdpc75fT9s9OP3SzUEnm5pIePliFWqCUI84fdYjr1lksg2vQC343IywIsPa-mKhqmSj8BK4UdlwdAWppIvYpZlmiuEKNpnoI/s320/PAPAGAIO.jpg

        Destaca-se por sua extraordinária capacidade de mudar o timbre e imitar vozes humanas.

        Assim como outras espécies de papagaio, ele reproduz os sons que escuta devido o formato do seu bico e a um órgão interno chamado seringe.

        Parece uma boa companhia? Prepare-se, no entanto, para ouvir o que não quer por muito tempo, esse papagaio vive até setenta anos.

O livro dos recordes da Super, dez. 2004, p. 30.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 101.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é a espécie de ave considerada a mais falante do planeta, de acordo com a notícia?

      De acordo com a notícia, a ave mais falante do planeta é o papagaio-cinza-africano.

02 – Quais são as características físicas descritas para o papagaio-cinza-africano na notícia?

      A notícia descreve o papagaio-cinza-africano como tendo uma média de 36 centímetros de altura, corpo cinza-chumbo, penas mais claras na face, bico preto e rabo vermelho.

03 – Em que tipo de ambiente o papagaio-cinza-africano vive normalmente?

      O papagaio-cinza-africano vive normalmente em florestas, savanas e mangues.

04 – Qual a habilidade notável que destaca o papagaio-cinza-africano, além de sua capacidade de reproduzir sons?

      Além de reproduzir sons, o papagaio-cinza-africano se destaca por sua extraordinária capacidade de mudar o timbre e imitar vozes humanas.

05 – Qual a expectativa de vida mencionada para essa espécie de papagaio, e qual a implicação dessa informação para quem considera tê-lo como companhia?

      A expectativa de vida mencionada para o papagaio-cinza-africano é de até setenta anos. A implicação dessa informação é que quem considera tê-lo como companhia deve se preparar para conviver com ele por um longo período.

 

 

NOTÍCIA: UM SACO PLÁSTICO COM ÁGUA REALMENTE AFASTA MOSCAS? FRAGMENTO - MUNDO ESTRANHO - COM GABARITO

 Notícia: UM SACO PLÁSTICO COM ÁGUA REALMENTE AFASTA MOSCAS? – Fragmento

        Afasta sim. Na verdade, um saco cheio de água funciona como um excelente repelente não apenas para moscas, mas contra qualquer inseto que voe. Isso acontece porque os bichinhos percebem o objeto como se fosse um espelho e mudam a trajetória de seu voo. Ao entrar em um lugar qualquer e topar com o saco cheio de água, a mosca vê sua imagem refletida no líquido. Aí, por instinto ou mesmo por susto, ela para e sai do ambiente. [...]

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYTzaM5sDzGZpXD81GM7jJSodew8tIDjmMh1gzuKN3wJOS3JvPSml6uN5fGGPxXbrb9yzXCSr8ChUdV6PY-ZDcL9TYphm2obfLukqlkbehr6xGEiIeKuT6k1TPFqQG6pZFz2eKGIT-erNg2abSjqt4iPdnALDDT987rsYFsJIy1oVWu-XsHZqiKtWKm3o/s1600/SACO.jpg


        A comprovação científica desse antigo hábito popular surgiu quando alguns pesquisadores da USP notaram o costume de bares e restaurantes usarem o tal saco d’água para afugentar os insetos. Intrigados, eles decidiram fazer vários testes com a mosca doméstica (Musca doméstica) para comprovar se havia ou não fundamento naquela prática. Não deu outra: depois de uma série de medições, os cientistas publicaram trabalhos em revistas acadêmicas especializadas validando a receita do povão, cerca de seis anos atrás.

Mundo estranho, n° 21. Editora Abril.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 119.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com a notícia, como um saco cheio de água age para afastar moscas e outros insetos voadores?

      Segundo a notícia, um saco cheio de água funciona como repelente porque os insetos percebem o objeto como um espelho e mudam a trajetória de seu voo ao verem sua imagem refletida na água, por instinto ou susto.

02 – Qual foi a motivação dos pesquisadores da USP para investigar a eficácia do saco de água contra moscas?

      A motivação dos pesquisadores da USP foi o costume observado em bares e restaurantes de usar o saco d’água para afugentar insetos, o que os deixou intrigados e os levou a realizar testes para comprovar se a prática tinha fundamento.

03 – Qual tipo específico de mosca foi utilizado nos testes realizados pelos pesquisadores da USP?

      O tipo específico de mosca utilizado nos testes realizados pelos pesquisadores da USP foi a mosca doméstica (Musca doméstica).

04 – Qual foi a conclusão dos pesquisadores da USP após realizarem os testes com o saco de água e as moscas?

      A conclusão dos pesquisadores da USP, após uma série de medições, foi que a prática popular de usar o saco de água para afastar moscas era válida, o que foi posteriormente publicado em revistas acadêmicas especializadas.

05 – Há quanto tempo, aproximadamente, a comprovação científica da eficácia do saco de água contra moscas foi publicada, segundo a notícia?

      Segundo a notícia, a comprovação científica da eficácia do saco de água contra moscas foi publicada cerca de seis anos atrás.

POEMA: RETRATO - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM GABARITO

 Poema: RETRATO

             CARLOS QUEIROZ TELLES

Já não sou

quem eu fui

nem sei

quem serei.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2zY8yfCs9KAfItN-3Eu4SSyLywmnH0tWjmPrYOQjlOs6b2GkWvaM_LOF_Ej9BCFIIkMaExmVW-BSmcAetkrfjzvdVy6XuBBBQPbjPb_3mDqUGR6X_ftMOru62C2ZAdy1WRv29fJG_kDsVMbrxDcH_oQi_WWAJd0L04eALprfLmGgEjqGgJkB4duwdbZA/s1600/RETRATO.png


 

Procuro a mão

que me ensine

o caminho

-- tudo em carinho,

nada em lição.

 

Já não sou

quem eu fui

não sei

quem serei.

 

Qual é a razão

para tamanha urgência

e tanta opção?

 

Se o tempo é problema

eu não sou a solução.

Sou somente o que sei

através da emoção.

Carlos Queiroz Telles. Sonhos, grilos e paixões. São Paulo: Moderna, 1990. p. 27.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 124.

Entendendo o poema:

01 – Qual a principal incerteza expressa pelo eu lírico logo nos primeiros versos do poema?

      A principal incerteza expressa pelo eu lírico nos primeiros versos é a sua própria identidade, afirmando não ser mais quem foi e não saber quem será.

02 – O que o eu lírico busca em relação ao seu caminho, e qual a maneira desejada para esse aprendizado?

      O eu lírico busca uma mão que o ensine o caminho, e a maneira desejada para esse aprendizado é "tudo em carinho, nada em lição", indicando uma busca por orientação suave e afetiva.

03 – Que questionamento o eu lírico apresenta em relação ao tempo e às escolhas?

      O eu lírico questiona a razão para tamanha urgência e tantas opções, demonstrando talvez uma sensação de pressão ou excesso de possibilidades.

04 – Como o eu lírico se posiciona em relação ao problema do tempo?

      O eu lírico se posiciona como não sendo a solução para o problema do tempo, sugerindo uma sensação de impotência ou de não conseguir lidar com a pressa.

05 – Qual a principal forma de conhecimento ou compreensão do eu lírico sobre si mesmo?

      A principal forma de conhecimento do eu lírico sobre si mesmo é através da emoção, indicando que suas experiências e sentimentos são a base de sua autopercepção.

 

 

 

POEMA: EU EM MIM - CRLOS QUEIROZ TELLES - COM GABARITO

 Poema: Eu em mim

             Carlos Queiroz Telles

Enfim,

esse é meu corpo,

flor que amadureceu.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtRr7WikXV_Rq6kA1VXLzD2HHW-X03C5NJ8NZ0R1Zs8xN3XoQQSXugCMqBrMS9MwybJDoBpBR-KbPb9BJd-gDk9i_99ygrozBD8GhQqo2pGCiFzwn7tlY_XvC3zJNsjSRkU-0XHr8rvFEinnC2y4dpv2TacN81_YawLKy70RY8NeOe5fGDa_D6mRgYJVw/s1600/EU.jpg



Estalo os dedos

é sonho.

Respiro fundo,

é brisa.


Estendo os braços,

é asa.

Libero as fibras,

é voo.


Esperança resolvida,

Verso que ficou pronto.

Meu corpo é assim.


Olho seu rosto,

Mistério.

Ouço sua voz,

Estrangeira.

Cheiro seu suor,

lembranças.

Sinto sua pele...

sou eu!

Sou eu

para a dor e o prazer,

para o sabor e o saber,

para a emoção de viver

viagem tão companheira...

Sou eu sim,

sou eu assim,

sou eu enfim,

com meu corpo

em mim.

Carlos Queiroz Telles. Sonhos, grilos e paixões. São Paulo: Moderna, 1990.  p. 22-23.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 130.

Entendendo o poema:

01 – Como o eu lírico descreve seu corpo na primeira estrofe?

      Na primeira estrofe, o eu lírico descreve seu corpo como uma "flor que amadureceu", sugerindo uma fase de plenitude ou desenvolvimento completo.

02 – Quais sensações e ações são associadas a imagens da natureza nas estrofes seguintes?

      Estalar os dedos é associado a "sonho", respirar fundo é associado a "brisa", estender os braços é associado a "asa", e liberar as fibras é associado a "voo".

03 – Que tipo de sentimento ou estado é expresso na frase "Esperança resolvida, / Verso que ficou pronto"?

      A frase "Esperança resolvida, / Verso que ficou pronto" expressa um sentimento de conclusão, satisfação ou realização de um desejo ou de uma expressão artística.

04 – Quais são as sensações que o eu lírico experimenta ao interagir com o "seu rosto", "sua voz" e "seu suor"?

      Ao olhar o rosto do outro, o eu lírico sente "mistério"; ao ouvir sua voz, sente algo "estrangeiro"; e ao cheirar seu suor, evoca "lembranças".

05 – Qual a forte identificação que o eu lírico sente ao tocar a pele do outro?

      Ao sentir a pele do outro, o eu lírico experimenta uma forte identificação, exclamando "sou eu!", indicando uma conexão profunda ou um reconhecimento de si mesmo no outro.

06 – Para que experiências o eu lírico se reconhece como sendo, na penúltima estrofe?

      Na penúltima estrofe, o eu lírico se reconhece como sendo para "a dor e o prazer, / para o sabor e o saber, / para a emoção de viver / viagem tão companheira...".

07 – Como o eu lírico conclui o poema em relação à sua própria identidade e seu corpo?

      O eu lírico conclui o poema reafirmando sua identidade ("Sou eu sim, / sou eu assim, / sou eu enfim") e sua total integração com seu corpo ("com meu corpo / em mim").

 

 

 

POEMA: TUDO, TODOS E O TODO - CARLOS RODRIGUES BRANDÃO - COM GABARITO

 Poema: Tudo, todos e o todo

             Carlos Rodrigues Brandão

Somos feitos de barro e do fogo
e por isso somos o desejo e o amor.
Fomos feitos de terra e de água
e assim somos eternos como a vida
e somos passageiros como a flor.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRITKPOh2d-fNklAgKV_rSx3LuN5x5pM51Pelfq0GZ7dPH0Ps-Q-6-7lFT_aZ9UKT4Z4JZViHP8KC1o8QE4LnsiOsHD2D__l43djfSv4MtfEU3w7zpopZfL-6H9OfBH-ntxREHsv7KrXbVTfOWnn6XilQCsWLJiejtwCvmw5S2yxIJMdGCWGJHcfSebcQ/s320/homem_de_barro_cores_da_terra.2.jpg


Somos a luz a sombra, o claro, a escuridão
a memória de deus, a história e a poesia.
Somos o espaço e o tempo, a casa e a janela
e a noite e o dia, e o sol e o céu e o chão.
Somos o silêncio e o som da vida.
O estudo, a lembrança e o esquecimento.
Somos o medo e o abandono.
A espera somos nós e somos a esperança.
Pois não somos mais e nem menos do que o todo
e nem somos menos e nem mais que tudo.
Somos o perene e o momento, a pedra e o vento
a energia e a paz, a vida criada e o criador.
Somos o mundo que sente, e irmãos da vida
somos a aventura de ser vida e sentimento.
E assim em cada ave que voa há nossa alma,
e em cada ave que morre, a nossa dor.

Carlos Rodrigues Brandão desenhou as palavras, Isis Zahara coloriu as imagens. O jardim de todos. Campinas: Autores Associados, 2004. p. 71.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 176.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com a primeira estrofe, quais são os elementos que nos constituem e quais qualidades são associadas a eles?

      Segundo a primeira estrofe, somos feitos de barro e do fogo, o que nos torna desejo e amor. Também somos feitos de terra e de água, o que nos torna eternos como a vida e passageiros como a flor.

02 – Que dualidades ou contrastes são apresentados na segunda e terceira estrofes para descrever a nossa natureza?

      Na segunda e terceira estrofes, somos apresentados como luz e sombra, claro e escuridão, memória de deus, história e poesia. Somos também espaço e tempo, casa e janela, noite e dia, sol e céu e chão.

03 – Quais experiências ou estados emocionais são atribuídos a nós na quarta e quinta estrofe?

      Na quarta e quinta estrofe, somos atribuídos ao silêncio e ao som da vida, ao estudo, à lembrança e ao esquecimento. Somos também o medo e o abandono, a espera e a esperança.

04 – Como o poema define a nossa relação com o "todo" e com "tudo" na sexta estrofe?

      Na sexta estrofe, o poema afirma que não somos mais nem menos do que o todo, e nem somos menos nem mais que tudo, enfatizando uma igualdade fundamental com a totalidade da existência.

05 – Que conexão é estabelecida entre nós e a natureza na última estrofe do poema?

      Na última estrofe, é estabelecida uma conexão profunda entre nós e a natureza, afirmando que em cada ave que voa há nossa alma, e em cada ave que morre, há nossa dor, sugerindo uma empatia e uma ligação espiritual com o mundo natural.

 

 

PIADA: EM UM SANATÓRIO - DONALDO BUTTWELL - COM GABARITO

 Piada: Em um sanatório

        Em uma sala de observação em um sanatório, vários loucos passavam por um teste para verificar se já estavam preparados para viver numa sociedade. De repente, um dos loucos desenha uma porta na parede e começa a agitar uma fuga:

        -- Pessoal, olha! Uma porta, vamos fugir!

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg32vDMtsM1ieLw5Vmh8Vbsuwle5PT7n-r3H6sAntW2IMG_q7xDl9PvZOdlKA1b-pVZMUsyC1ror_UXdGiUKbrhzVfiL8i0L0ZMH2z7ABepWdUPtbA1H531vvcibum3AzJUa7-se3tv2atlInzlVY5fXUybdbBNjTMrUTP6PQDesbUiB40wWHSkDAhlW7U/s320/PORTA.jpg


        Os loucos iam todos em direção à falsa porta e davam com a cara na parede. Nenhum deles escapou: O médico responsável, surpreso, virou-se para o louco que desenhou a porta e disse:

        -- Parabéns, você mostrou que é capaz de enganar as pessoas, e com isso percebo que você já está recuperado. O louco retruca:

        -- É verdade, doutor, eu enganei eles, a chave está comigo...

Donaldo Buttwell, org. cit., p. 113.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 5ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 198.

Entendendo a piada:

01 – Qual era o objetivo do teste realizado com os loucos na sala de observação do sanatório?

      O objetivo do teste era verificar se os loucos estavam preparados para viver em sociedade.

02 – Qual foi a ação de um dos loucos que chamou a atenção dos outros e do médico?

      Um dos loucos desenhou uma porta na parede e começou a incentivar os outros a fugirem por ela.

03 – Qual foi a reação dos outros loucos ao verem a "porta" desenhada na parede?

      Os outros loucos foram todos em direção à falsa porta e bateram com a cara na parede, sem conseguir escapar.

04 – Por que o médico responsável parabenizou o louco que desenhou a porta, e o que ele concluiu sobre a recuperação do paciente?

      O médico parabenizou o louco por mostrar ser capaz de enganar as pessoas, concluindo que essa habilidade indicava que ele já estava recuperado.

05 – Qual foi a resposta inesperada do louco ao elogio do médico, revelando a ironia da situação?

      O louco retrucou dizendo que era verdade que ele os havia enganado, e que a chave da falsa porta estava com ele, mostrando que ele ainda estava dentro de sua própria realidade distorcida.

 

 

quarta-feira, 9 de abril de 2025

MINICONTO: O POMBO - RUBEM BRAGA - COM GABARITO

 Miniconto: O pombo

                 Rubem Braga

        Vinícius de Moraes contava ter ouvido de uma sua tia-avó, senhora idosa muito boazinha, que um dia ela estava na sala de jantar, em sua casa do interior, quando um lindo pombo pousou na janela. A senhora foi se aproximando devagar e conseguiu pegar a ave. Viu então que em uma das patas havia um anel metálico onde estavam escritas umas coisas.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVQ-y1Ff8jF0pfM6wj4IfzmushOziH2gOEbHPU3EFwwHBWJnrG_wyLWH2CTykX5o7QPybt0OYRJ5sU0rXb7XmiobIRcjMrexOYfdtrtIfVPv1J31MWXzTmZqBshcTox8HKkkVcN95cB9lEhOkm9i78dYCAl_gg6EyqQC6W0kvrZaU6bczX4x8yGql4_qE/s320/istockphoto-1405625971-612x612.jpg


        — Era um pombo-correio, titia.

        — Pois é. Era muito bonitinho e mansinho mesmo. Eu gosto muito de pombo.

        — E o que foi que a senhora fez?

        A senhora olhou Vinícius com ar de surpresa, como se a pergunta lhe parecesse pueril:

        — Comi, uai.

 BRAGA, Rubem. O Recado de Primavera. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 1985. p. 76.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 7ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 1ª ed. 15ª reimpressão – São Paulo: Atual Editora, 2003. p. 21.

Entendendo o miniconto:

01 – Quem é o narrador da história dentro do miniconto?

      O narrador é Rubem Braga, que relata uma história contada por Vinícius de Moraes sobre uma tia-avó dele.

02 – Qual a principal característica da tia-avó de Vinícius de Moraes descrita no início do miniconto?

      Ela é descrita como uma senhora idosa muito boazinha.

03 – Que detalhe chamou a atenção da tia-avó no pombo que pousou em sua janela?

      Ela notou que o pombo possuía um anel metálico em uma de suas patas, com algumas coisas escritas nele.

04 – Qual a explicação de Vinícius de Moraes para o anel na pata do pombo?

      Vinícius explicou à tia que se tratava de um pombo-correio.

05 – Qual a reação inesperada da tia-avó ao ser questionada sobre o que fez com o pombo?

      Ela olhou para Vinícius com surpresa, como se a pergunta fosse infantil, e respondeu simplesmente que o comeu.

 

 

POEMA: SE UM POETA FALAR GATO - MÁRIO QUINTANA - COM GABARITO

 Poema: Se um poeta falar num gato

             Mário Quintana

Se o poeta falar num gato, numa flor,
Num vento que anda por descampados e desvios
E nunca chegou à cidade...
Se falar numa esquina mal e mal iluminada...
Numa antiga sacada... num jogo de dominó...
Se falar naqueles obedientes soldadinhos de chumbo
[que morriam de verdade...
Se falar na mão decepada no meio de uma escada de caracol...
Se não falar em nada
E disser simplesmente tralalá... Que importa?
Todos os poemas são de amor!

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuXMZ1bON9UQyI13q8x3dn7H3RlWYuDsHluJ2ciPr-eqgSEqRjQixX2Lb54Eh4cJcaikGJ-VkI-KR7WxPOU1AdOPym5DiySnQTHOYLJYaOvA0ky2XR4dKz_tfLBCpHZWMlZxxlbvFKjI79jENVMc7UV23F4fce9zvFisx9AHJtFhkuhB6CFfxcpxkOciU/s320/gato-para-colorir1.jpg


Antologia poética. Porto Alegre: Globo, 1972. p. 105.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 65.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o tema central do poema?

      O tema central do poema é a universalidade do amor na poesia. Mário Quintana sugere que, independentemente do assunto abordado, todos os poemas, em sua essência, são manifestações de amor.

02 – Que tipo de imagens o poeta evoca no poema?

      O poeta evoca imagens simples e cotidianas, como um gato, uma flor, o vento, uma esquina mal iluminada, uma sacada antiga, um jogo de dominó, soldadinhos de chumbo e uma escada de caracol. Essas imagens criam uma atmosfera nostálgica e melancólica.

03 – Qual o significado da expressão "tralalá" no poema?

      A expressão "tralalá" representa a liberdade poética. Mário Quintana sugere que, mesmo que o poeta não expresse nada concreto, a essência do poema ainda será o amor.

04 – O que o poema sugere sobre a relação entre a poesia e a vida cotidiana?

      O poema sugere que a poesia pode encontrar beleza e significado nas coisas mais simples da vida cotidiana. As imagens evocadas no poema são todas retiradas do dia a dia, mostrando que a poesia está presente em todos os lugares.

05 – Qual a mensagem principal que Mário Quintana transmite com esse poema?

      A mensagem principal é que o amor é a força motriz por trás de toda a criação poética. Mesmo quando os versos parecem tratar de assuntos diversos, o sentimento que os permeia é sempre o amor.

 

 

 

POEMA: INGREDIENTES - SÉRGIO TROSS - COM GABARITO

 Poema: INGREDIENTES 

           Sérgio Tross

Uma porta que se abre.

Um homem que ergue o braço, o dedo.

Um dedo que se move.

Uma luz que se acende.

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgotddmmd_LWEH0aosZxI-W_w5xZLVZ23UISm_7QJKvgSHsIgrNvjTe2V0IzrxfcHtUV3ij6CWe2d1kgIbYkS_bfM4SBKJ1GXqtXUPuWYp9EjR4ZsxKAUQz2RSO0RRwo8MRKOFluMEyVTE_uk9K-cKOjkQKho62jOquH4sGkWFEuK_sJlbec4rWXvvTr9w/s1600/LUZ%20ACESA.jpg

Um passo que é dado.

Um silêncio que estala.

Um gemido que se ouve.

Uma voz que resmunga.

 

Um rosto de mulher que se oculta na cama.

Um rosto de homem que se revela no hálito.

Uma interrogação que incomoda, feminina.

Uma resposta que não satisfaz, masculina.

Uma interrogação que se repete, feminina.

Uma resposta que agride, masculina.

Um palavrão que desabafa, feminino.

Um tapa que estala, masculino.

Um grito de dor, feminino.

Um bocejo, masculino.

 

Eis a receita. E o conto.

Sérgio Tross. Garfo e água fresca.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 67.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o tema central do poema?

      O poema aborda a complexidade das relações humanas, especialmente as tensões e conflitos presentes em um relacionamento. Através de uma sequência de imagens e ações, Sérgio Tross constrói uma narrativa que culmina em violência, sugerindo um ciclo de agressão e dor.

02 – Como o poema utiliza a linguagem para criar tensão?

      O poema utiliza uma linguagem concisa e direta, com frases curtas e objetivas que descrevem ações e reações. Essa simplicidade, paradoxalmente, intensifica a tensão, pois cada palavra carrega um peso significativo. A ausência de detalhes e explicações deixa o leitor com uma sensação de suspense e apreensão, culminando no clímax violento.

03 – Qual o significado da expressão "Eis a receita. E o conto"?

      A expressão final do poema, "Eis a receita. E o conto", sugere que as ações descritas anteriormente são ingredientes para uma narrativa, um "conto" de violência e dor. A palavra "receita" implica que há um padrão, uma fórmula para esses conflitos, enquanto "conto" os transforma em uma história com começo, meio e fim, mesmo que este fim seja trágico.

04 – Como a alternância entre vozes femininas e masculinas contribui para o significado do poema?

      A alternância entre vozes femininas e masculinas destaca o desequilíbrio de poder na relação. As interrogações femininas, que buscam compreensão, são recebidas com respostas masculinas que agridem, culminando no tapa e no grito de dor. Essa dinâmica reforça a ideia de um ciclo de violência, onde a mulher é subjugada e o homem exerce o poder de forma agressiva.

05 – Qual a crítica social presente no poema?

      O poema apresenta uma crítica social à violência doméstica e à desigualdade de gênero. Ao descrever um padrão de agressão e dor, Sérgio Tross expõe a fragilidade das relações humanas e a urgência de combater a violência contra a mulher. A conclusão do poema, "Eis a receita. E o conto", sugere que essa violência não é um evento isolado, mas sim um problema sistêmico que se repete.

POESIA: AMOR - PABLO NERUDA - COM GABARITO

 Poesia: Amor

           Pablo Neruda

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não querer-te chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHBQ6xAKMouVieum6xSCOLTafgoudrSFRwfCK1I9O525oeUsLoGwbBhz-nsY7EEPzxuyABnUD79SeeSVWTlXccW79DEUioc3jEVAYZ9TtzGnlm_b7v2P8e9jRTCQZzbrXW7axYOfCY2I_sV2Dp4dHtapovcZMS7628uR6FLTJi8KRj2kP03yTa4J0SlNc/s320/pngtree-cartoon-love-red-love-heart-shaped-dialog-png-image_368186.jpg



Quero-te só porque a ti te quero.
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te como um cego.

Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,

Nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor, a sangue e fogo.

Pablo Neruda. Tradução de Thiago de Mello. In: Presente de um poeta. 3. ed. São Paulo: Ver, 2003. p. 47.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 74.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central do poema?

      O tema central do poema é a natureza paradoxal do amor. Neruda explora a intensidade contraditória do sentimento, onde amor e ódio, presença e ausência, esperança e desespero se entrelaçam. O poema captura a essência de um amor que é ao mesmo tempo arrebatador e doloroso.

02 – Como o poema utiliza a linguagem para expressar a intensidade do amor?

      Neruda utiliza uma linguagem carregada de paradoxos e antíteses para expressar a intensidade do amor. Frases como "odeio-te sem fim e odiando te rogo" e "não te ver e amar-te como um cego" ilustram a contradição do sentimento. Além disso, o uso de imagens fortes, como "a sangue e fogo", intensifica a paixão avassaladora descrita no poema.

03 – Qual o significado da expressão "Nesta história só eu me morro"?

      A expressão "Nesta história só eu me morro" revela a natureza unilateral do amor descrito no poema. O eu lírico sente que está se consumindo nesse amor, que o está destruindo. Essa frase também pode sugerir um sentimento de solidão e desespero, onde o amor se torna uma experiência solitária e dolorosa.

04 – Como a imagem da "luz de Janeiro", contribui para o significado do poema?

      A imagem da "luz de Janeiro", simboliza a intensidade e o calor do amor, mas também sua capacidade de ferir. O "raio cruel" dessa luz sugere que o amor, apesar de belo e desejado, pode ser doloroso e destrutivo, consumindo o coração do eu lírico.

05 – Qual a mensagem principal que Pablo Neruda transmite com esse poema?

      A mensagem principal do poema é que o amor é uma força complexa e contraditória, capaz de gerar tanto prazer quanto dor. Neruda explora a intensidade desse sentimento, mostrando que o amor pode ser ao mesmo tempo apaixonado e destrutivo, e que muitas vezes leva a um sentimento de solidão.

 

POESIA: EU VEJO UMA GRAVURA - RENALDO JARDIM - COM GABARITO

 Poesia: Eu vejo uma gravura

             Reynaldo Jardim

Eu vejo uma gravura
grande e rasa.
No primeiro plano
uma casa.
À direita da casa
outra casa.
Lá no fundo da casa
outra casa.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYD6RkOo6yQHPLQkERcfED0mlqPxZZQpbrcsRvaiveIlmcUQ9TVsV0359I8vhaHJ0XNAEcfJOHC9WwAyOWkcGd3KY4WGoDqrhO-7cHM5gv6lTbwb_4aV6CHFTddROw01dQVRJ3tAKwDV0-thh0QW_rdxhiHkpbdDYHHXjqgrqNIpoK48BBQNETctaHKn0/s1600/CASA.png


Em frente da casa
uma vala:
onde escorre a lama
doutra casa.
E no chão da casa
outra vala:
onde escorre o esgoto
doutra casa.

Esta casa que eu vejo
não se casa
com o que chamamos
uma casa.
Pois as paredes são
Esburacadas
onde passam aranhas
e baratas.
E os telhados são
folhas de zinco.
E podem cair
a qualquer vento.
E matar uma mulher
que mora dentro.
E matar a criança
que está dentro
da mulher que mora
nessa casa.
Ou da mulher que mora
noutra casa.

É preciso pintar
outra gravura
com casas de argamassa
na paisagem.

Crianças cantando
a segurança
da vida construída
à sua imagem.

Joana em flor. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1965. p. 63.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 123.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central do poema?

      O tema central do poema é a crítica à precariedade da habitação e das condições de vida em áreas marginalizadas. Reynaldo Jardim utiliza a imagem da "gravura" para representar a realidade crua e desoladora dessas comunidades.

02 – Como a repetição da palavra "casa" contribui para o significado do poema?

      A repetição da palavra "casa" enfatiza a monotonia e a uniformidade das moradias precárias. Essa repetição cria um efeito de estranhamento, pois as "casas" descritas no poema não correspondem ao conceito tradicional de lar, mas sim a estruturas frágeis e insalubres.

03 – Qual o significado das "valas" mencionadas no poema?

      As "valas" representam a falta de saneamento básico e a precariedade da infraestrutura nas áreas marginalizadas. A lama e o esgoto que escorrem pelas valas simbolizam a insalubridade e o risco à saúde que os moradores dessas comunidades enfrentam.

04 – Como a imagem dos "telhados de zinco" contribui para a construção da crítica social?

      Os "telhados de zinco" simbolizam a fragilidade e a precariedade das moradias. A menção à possibilidade de os telhados caírem com o vento e matarem os moradores intensifica a sensação de insegurança e vulnerabilidade.

05 – Qual o significado do verso "Esta casa que eu vejo não se casa com o que chamamos uma casa"?

      Esse verso destaca o contraste entre a realidade das moradias precárias e o conceito idealizado de lar. As "casas" descritas no poema não oferecem segurança, conforto ou dignidade, e por isso não podem ser consideradas como verdadeiros lares.

06 – Como a proposta de "pintar outra gravura" se relaciona com a crítica social presente no poema?

      A proposta de "pintar outra gravura com casas de argamassa na paisagem" representa o desejo de transformar a realidade precária em um cenário de dignidade e segurança. Essa proposta expressa a esperança de construir um futuro melhor para as comunidades marginalizadas.

07 – Qual a mensagem principal que Reynaldo Jardim transmite com esse poema?

      Reynaldo Jardim transmite uma mensagem de denúncia e esperança. O poema expõe a dura realidade das moradias precárias, mas também expressa o desejo de construir um futuro mais justo e digno para todos.