quarta-feira, 5 de março de 2025

TEXTO: A GRUTA DE LASCAUX - ALBERTO ALEXANDRE MARTINS - COM GABARITO

 Texto: A gruta de Lascaux

         Alberto Alexandre Martins

        No dia 12 de setembro de 1940, quatro garotos e um cachorro passeavam pelas colinas rochosas da região da Dordogne, na França, quando o cão subitamente desapareceu por uma fenda nas pedras provocada pela queda de um grande pinheiro. No seu encalço, Marcel Ravidar, Jacques Marsal, Georges Agnel e Simon Coencas esgueiraram-se pela passagem estreita até alcançar uma enorme sala mergulhada na escuridão.

FONTE: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN5RMMVp776SZ-UAJRKrySZFZV5FXkKFITgedKYWGkNFTmWqJ5K1b1Pv6DMdHjAgoizG32tHCqGJL6TVsxtfakjIRPnZFVliWlnsUoo-scsWXW1Qjb8l6mj_I0L8oHawxy3dHRrNoREcX2-8RhD2KeFvv_0EGyyuDDMswq4sGWSiqRiPoryJYG2vYCHIs/s320/Arte-pre-historica-lascaux-fran%C3%A7a-france-4.jpg


        À luz trêmula de um lampião de querosene, eles distinguiram, nas imensas paredes de pedra calcária, fortes traços e pinturas coloridas de grandes animais, dispostos desordenadamente em movimentos contínuos. Vacas vermelhas, cavalos amarelos, veados e touros negros agitavam-se numa atmosfera mágica e misteriosa. Vocês podem imaginar a emoção de participar, por acaso, de uma das descobertas mais geniais do nosso século: a gruta de Lascaux, repleta de pinturas feitas há 17 mil anos.

        Logo a notícia correu mundo, atraindo milhares de especialistas, cientistas, arqueólogos, turistas e curiosos para a gruta. Formada por duas salas amplas e numerosas galerias, Lascaux revela aos visitantes cerca de 1500 gravuras e seiscentos desenhos pintados em amarelo, marrom, vermelho e preto, representando touros, bisões, cavalos, auroques (ancestrais das nossas vacas), veados, cabritos-monteses, mamutes, felinos, uma rena, um urso, um rinoceronte e um animal fantástico. Além dessa maravilha fauna pré-histórica, há vários sinais enigmáticos inscritos nas paredes: pontos, linhas pontilhadas, flexas, triângulos e outros motivos geométricos. Em meio a tantas representações de animais e sinais indecifrados, vê-se uma única figura humana, feita com traços simples, inclinada, na parede de um poço de oito metros de profundidade.

        Estudando atentamente esses desenhos e todos os vestígios encontrados na gruta: ossos, lamparinas, joias, esculturas, armas, artefatos líticos, restos de alimentos, etc., ficamos sabendo que os artistas de Lascaux foram os homens de Cro-Magnon, que viveram no período Paleolítico Superior, entre 35 mil e 10 mil anos atrás. Nessa época, o clima da Europa era muito frio e os nossos ancestrais moravam em cavernas, vestiam roupas confeccionadas compeles de animais, coletavam frutos da estação e eram exímios caçadores.

        Na condição de artistas, os homens de Cro-Magnon desenvolveram técnicas bastante requintadas. As cores têm origem em diversos pigmentos à base de óxidos minerais existentes no solo local. O óxido de ferro criou o amarelo, o vermelho e o marrom; o dióxido de manganês ou o carvão produziu o peto. Reduzidos a pó, transformados em pedras-lápis de cor ou ainda misturados a outras substâncias, esses minerais eram aplicados com os dedos, com pincéis confeccionados com pelos, crina de cavalo e fibras vegetais ou com esponjas e molde feitos de pele. Também foram empregados instrumentos de sílex para cortar, gravar e esculpir as pedras. E, para iluminar a escuridão da gruta, os homens pré-históricos utilizavam lamparinas á base de gordura animal.

        Mas qual o sentido de tudo isso? Ainda não sabemos ao certo. É bem possível que não se tratasse de um simples passatempo. Há indícios de que as imagens dos animais estavam associadas a rituais e cerimônias religiosas. Ao captar no desenho a forma ou o movimento de uma rena, de um cavalo, de um auroque, os nossos caçadores-artistas acreditavam que estavam também capturando a alma desses animais, o que lhes facilitaria as caçadas seguintes. Mas se trata apenas de uma hipótese. O fato é que os homens que desenharam em Lascaux (como aqueles que desenharam em cavernas brasileiras) viviam em estreito contato com os animais e a natureza. Observadores atentos, conheciam até mesmo as rotas e a época das migrações dos grandes rebanhos. Os grandes rebanhos encantados que povoam as paredes de Lascaux e as páginas deste livro.

MARTINS, Alberto A. In: GIRARDET, Sylvie & Salas, Nestor. A gruta de Lascaux. Trad. De Eduardo Brandão. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000, p. 7-9.

 Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 218-219.

Entendendo o texto:

01 – Como foi descoberta a gruta de Lascaux?

      A gruta de Lascaux foi descoberta em 12 de setembro de 1940 por quatro garotos e um cachorro que passeavam pelas colinas rochosas da região da Dordogne, na França, quando o cão desapareceu por uma fenda nas pedras.

02 – O que os garotos viram ao entrarem na gruta de Lascaux?

      À luz trêmula de um lampião de querosene, os garotos viram nas paredes imensas de pedra calcária pinturas coloridas de grandes animais, como vacas vermelhas, cavalos amarelos, veados e touros negros.

03 – Qual foi a importância da descoberta da gruta de Lascaux?

      A descoberta da gruta de Lascaux é considerada uma das mais geniais do século, pois revelou pinturas feitas há 17 mil anos.

04 – Quais são as principais representações encontradas nas pinturas da gruta de Lascaux?

      As pinturas representam touros, bisões, cavalos, auroques, veados, cabritos-monteses, mamutes, felinos, uma rena, um urso, um rinoceronte e um animal fantástico.

05 – Quantas gravuras e desenhos a gruta de Lascaux contém aproximadamente?

      A gruta de Lascaux contém cerca de 1500 gravuras e seiscentos desenhos pintados em amarelo, marrom, vermelho e preto.

06 – Quem eram os artistas responsáveis pelas pinturas da gruta de Lascaux?

      Os artistas responsáveis pelas pinturas da gruta de Lascaux eram os homens de Cro-Magnon, que viveram no período Paleolítico Superior, entre 35 mil e 10 mil anos atrás.

07 – Quais técnicas e materiais foram utilizados pelos homens de Cro-Magnon nas pinturas?

      Os homens de Cro-Magnon usaram pigmentos à base de óxidos minerais, aplicados com os dedos, pincéis feitos de pelos, crina de cavalo e fibras vegetais, além de esponjas e moldes de pele. Instrumentos de sílex eram usados para cortar, gravar e esculpir as pedras.

08 – Como os homens de Cro-Magnon iluminavam a gruta durante a criação das pinturas?

      Os homens de Cro-Magnon utilizavam lamparinas à base de gordura animal para iluminar a escuridão da gruta.

09 – Qual é uma hipótese sobre o significado das pinturas na gruta de Lascaux?

      Uma hipótese é que as imagens dos animais estavam associadas a rituais e cerimônias religiosas, onde os caçadores-artistas acreditavam capturar a alma dos animais através dos desenhos, facilitando as caçadas seguintes.

10 – Como os homens de Cro-Magnon viviam e quais eram suas principais atividades?

      Os homens de Cro-Magnon viviam em cavernas, vestiam roupas de pele de animais, coletavam frutos da estação e eram exímios caçadores, vivendo em estreito contato com os animais e a natureza.

 

NOTÍCIA: O ORGULHO ESTÁ DE VOLTA - REVISTA ÉPOCA - COM GABARITO

 Notícia: O orgulho está de volta

        O ano letivo começa em todo o país com uma novidade a ser aplaudida no desgastado cenário da educação brasileira. Depois de décadas de menosprezo e abandono, o professor volta a ter sua importância reconhecida. Até o salário, antes uma fonte permanente de reclamações e dor de cabeça, já não é mais tão decepcionante – embora todos reconheçam que ainda precise melhorar muito. Em consequência, o país vê-se diante de um fenômeno curioso: a autocomiseração de antes cede lugar a certo orgulho. Há quem diga o inimaginável no tempo das greves dos anos 80: vale a pena ser professor.

FONTE: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIO_WYMKY3TTGLIyNbDSVp_HjhjgD6UxQ8JkZ32jSimU2Gj36re-JLzBE1VnevXEJLwnmREQ-oP_09qS1i9iHrPGcZRsT-cckNuhmJCWhozSvc8xeLAXoXB9zOoJsgOfIdOTedT1PCTGUjUp8WF6imlqVWevwhVrt2SqJelfcDOYvsw1Y0qXd9l1fI3U0/s1600/EDUCACAO.jpg


        Essa nova fase do ensino no país é mais visível no universo das escolas particulares, sendo motivada naturalmente pela concorrência atrás da clientela dos melhores alunos. Os donos das escolas sabem que precisam oferecer boas condições de trabalho e, consequentemente, pagar mais para atrair professores qualificados. Já é comum encontrar colégios que investem pesado na reciclagem de seus profissionais pagando cursos, hospedagem em congressos e até viagens ao exterior com o objetivo de conhecer escolas e métodos de ensinos diferentes.

        A realidade da escola pública é obviamente diversa. Faltam recursos e os salários são mais baixos que os da rede privada. Mas até entre esses profissionais o fenômeno da revalorização é incontestável.

Revista Época. São Paulo: Globo, 1º fev. 1999, p. 59.

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 236-237.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é a novidade a ser aplaudida no cenário da educação brasileira?

      A novidade é o reconhecimento da importância do professor, que volta a ser valorizado após décadas de menosprezo e abandono. Além disso, os salários, que antes eram uma fonte constante de reclamações, já não são tão decepcionantes, embora ainda precisem melhorar.

02 – Como essa nova fase do ensino é mais visível no universo das escolas particulares?

      Nas escolas particulares, a nova fase é motivada pela concorrência atrás dos melhores alunos. Os donos das escolas sabem que precisam oferecer boas condições de trabalho e pagar mais para atrair professores qualificados. É comum encontrar colégios que investem em cursos, congressos e até viagens ao exterior para reciclagem profissional.

03 – Qual é a diferença entre a realidade das escolas particulares e das escolas públicas?

      A realidade nas escolas públicas é diversa das particulares. Faltam recursos e os salários são mais baixos. No entanto, mesmo entre esses profissionais, o fenômeno da revalorização dos professores é incontestável.

04 – Qual era a situação dos professores durante as greves dos anos 80?

      Durante as greves dos anos 80, havia um clima de autocomiseração entre os professores. A profissão era vista com desânimo e insatisfação, e os salários eram uma fonte permanente de reclamações e dor de cabeça.

05 – Quais medidas têm sido adotadas pelas escolas particulares para atrair e reter professores qualificados?

      As escolas particulares têm adotado medidas como oferecer boas condições de trabalho e salários mais altos. Além disso, investem na reciclagem dos profissionais, pagando cursos, hospedagem em congressos e até viagens ao exterior para conhecer escolas e métodos de ensino diferentes.

 

 

ANEDOTA: NÃO VENDEMOS SÓ BEBIDAS - COM GABARITO

 Anedota: Não vendemos só bebidas


        Um rapaz entra, lê o cartaz, senta-se a uma mesa e pede
ao garçom:

        -- Por favor, um suco de abacaxi.

 FONTE:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYSr2cpH7asdVhZ8KoqQXqS6__4QDrt2WZ2PUE-EyzZiW9OQZ-73LIjaUJTOFDuokNP2v3Q_v3AqY66FqoyMM23oqRL482jLcgzhBAQnbFGvo5fwg59nqYW_WtSxDqoVDzM4kZYMT3Ku0oJ7FgFm4id8SJtR9taClsg4BWGd2FwiXlJJPu5yuHIOHPk4o/s1600/SUCO.jpg


        O garçom esclarece:

        -- Se você não for comer alguma coisa, não poderei servir
-lhe o suco. Você leu o aviso?

        -- Li. – Responde o rapaz. – Ele é óbvio e, por isso, inútil.

        -- Desculpe – argumenta o garçom – mas você não leu corretamente o cartaz.

        -- Li, sim. – diz o rapaz. – Vocês é que não o escreveram
corretamente.

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 427.

Entendendo a anedota:

01 – Qual é a principal situação de conflito na anedota?

      A principal situação de conflito é que o rapaz quer pedir um suco de abacaxi, mas o garçom informa que ele precisa comer algo para ser servido, e há uma discordância sobre a leitura e interpretação do cartaz.

02 – Qual é a resposta do rapaz quando o garçom pergunta se ele leu o aviso?

      O rapaz responde que leu o aviso e acha óbvio e, portanto, inútil.

03 – Como o garçom justifica a negativa ao pedido do rapaz?

      O garçom justifica a negativa dizendo que, se o rapaz não for comer alguma coisa, ele não pode servir o suco, sugerindo que o rapaz não leu o cartaz corretamente.

04 – Qual é a crítica implícita que o rapaz faz ao cartaz?

      A crítica implícita que o rapaz faz ao cartaz é que ele acha que a mensagem do cartaz é óbvia e, portanto, desnecessária, sugerindo que a forma como foi escrito não é eficaz.

05 – Qual é a reação do rapaz à afirmação do garçom de que ele não leu o cartaz corretamente?

      O rapaz insiste que leu o cartaz corretamente e argumenta que o problema está na forma como o cartaz foi escrito, não na sua leitura.

 

CONTO: E A HISTÓRIA ERA ASSIM.... MOACYR SCLIAR - COM GABARITO

 Conto: E a história era assim...

           Moacyr Scliar

        Em todos os tempos, sempre existiram guerreiros para defender reinos, territórios e países. Na Idade Média (500-1540), os guerreiros mais corajosos recebiam do rei o título de “cavaleiro”.

        Para ser cavaleiro, era preciso saber lutar com várias armas: espada, escudo, lança, clava e punhal. Os cavaleiros enfrentavam seus inimigos montados a cavalo e vestidos com armaduras e capacetes. Como esses equipamentos eram pesados, eles viajavam acompanhados de ajudantes: os pajens e escudeiros.

 FONTE:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpTcsWRMjgNeT1QgyNptUWOhB1cGyrpM-F4M3DukUzpmHfXlt-vS0EBPsTeWB-azOIC8woGehH9-4OeNqMoTWLOcb7Di-OiY_EvKBLK3KPlO7JtZ4ape2ymSqXPhEQhBAtgvXNmOCVrlUgrqZSgTgRZqaezL5K0L02PT36UXQtAeaiP9SeBsPgt9B-1KY/s1600/CAVLEIRO.jpg


        O dever de todo cavaleiro era proteger crianças, mulheres e pobres, obedecendo a um código de honra chamado de “leis de cavalaria”. Também caçavam e participavam de torneios, lutas organizadas nobres e reis.

        No século XVII, época em que Dom Quixote foi escrito, histórias de cavaleiros estavam na moda. Eram os romances de cavalaria.

        Na Inglaterra, quase todos conheciam “Os feitos do rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda”. Na Alemanha, havia a lenda de Rolando, o valoroso cavaleiro, e, na Espanha e na França, as aventuras de Carlos Magno, o rei guerreiro.

        Os heróis dessas aventuras eram homens maravilhosos que nasciam em lugares maravilhosos e que se apaixonavam por mulheres ainda mais maravilhosas. Possuíam armas e inimigos fantásticos, como dragões, bruxos e gigantes.

        Mas Dom Quixote era um cavaleiro trapalhão. Seu cavalo de batalha, Rocinante, era velho e magro. Seu escudeiro, Sancho Pança, não era nobre nem jovem e, ainda por cima, viajava montado num pequeno burro. Nada era mágico ou maravilhoso na vida de Dom Quixote.

        Quando ele saiu de sua casa para viajar pelo mundo em busca de aventura, tudo deu errado. Em sua primeira aventura, confundiu uma comitiva de cavalariços com guerreiros inimigos e os atacou. Foi derrotado e humilhado. Libertou, por engano, um grupo de ladrões e avançou contra moinhos de vento pensando que fossem gigantes.

        Dom Quixote, o Cavaleiro da Triste Figura, jamais conseguiu ser um herói como os dos romances que leu. E, talvez por ter sido apenas um homem simples, cheio de boas intenções e uma coragem que raramente usou, tornou-se uma das personagens mais encantadoras de toda a literatura ocidental, transformando seu criador, Miguel de Cervantes, num escritor de uma história clássica.

Scliar, Moacyr. Vice-versa ao contrário. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 2001, p. 19.

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 16.

Entendendo o conto:

01 – Qual era o título dado aos guerreiros mais corajosos na Idade Média?

a) Soldado.

b) Cavaleiro.

c) General.

d) Escudeiro.

02 – Quais armas um cavaleiro precisava saber usar?

a) Espada, escudo, lança, clava e punhal.

b) Arco e flecha, espada, lança.

c) Espada, escudo, arco e flecha.

d) Lança, clava, arco e flecha.

03 – Quem acompanhava os cavaleiros em suas viagens?

a) Soldados e generais.

b) Pajens e escudeiros.

c) Reis e rainhas.

d) Magos e bruxos.

04 – Qual era o dever de todo cavaleiro?

a) Proteger o rei.

b) Proteger crianças, mulheres e pobres.

c) Conquistar novos territórios.

d) Caçar dragões.

05 – O que eram os romances de cavalaria?

a) Histórias sobre reis e rainhas.

b) Histórias sobre cavaleiros e suas aventuras.

c) Histórias sobre magos e bruxos.

d) Histórias sobre dragões e gigantes.

06 – Qual era a lenda conhecida na Alemanha?

a) Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda.

b) Rolando, o valoroso cavaleiro.

c) As aventuras de Carlos Magno.

d) Dom Quixote.

07 – Como era o cavalo de batalha de Dom Quixote?

a) Forte e rápido.

b) Velho e magro.

c) Pequeno e ágil.

d) Grande e poderoso.

08 – Quem era o escudeiro de Dom Quixote?

a) Rolando.

b) Sancho Pança.

c) Carlos Magno.

d) Rei Arthur.

09 – O que Dom Quixote confundiu com guerreiros inimigos em sua primeira aventura?

a) Um grupo de ladrões.

b) Moinhos de vento.

c) Uma comitiva de cavalariços.

d) Dragões.

10 – Por que Dom Quixote se tornou uma das personagens mais encantadoras da literatura ocidental?

a) Por ser um herói perfeito.

b) Por ser um homem simples, cheio de boas intenções e coragem.

c) Por derrotar todos os seus inimigos.

d) Por possuir armas mágicas.

POEMA: MUNDO MUDO - DONIZETE GALVÃO - COM GABARITO

 Poema: Mundo mudo

            Donizete Galvão

salta, mundo,

        desse caroço

        de pedra

FONTE: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc5YJk-6hWFlx3LW6-oRaUfpxLamipQE7lKtiGSaZ5aiLDm0bAg69kT7gKKFf0uQVdXGRMKA9DGg68aWfPAW8X2qApZ1G8aDCBMGWJ_opXAE5m8UkCXzQe_nt2cBmCBKsI7pmzpRJxN0N8mC_9Xa-YrNV1fxNxa0IsNp50_nrtRCSRqaTToIWk0AfEjVs/s320/MUNDO.jpg


em que estás aprisionado

toda rua termina

em muro

toda palavra representa

uma falha

 

salta, mundo,

        desse caroço

de pedra

        vence

as camadas de aluvião

        para que aflore

        um grão

        um broto

        um grito

para quem está exausto

        de auscultar teu corpo

ferido.

Mundo mudo. São Pulo: Nankin Editorial, 2003.

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 322.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a metáfora principal utilizada no poema?

      A metáfora principal é o "caroço de pedra" que simboliza a condição aprisionada e estagnada do mundo.

02 – O que o poeta está pedindo ao mundo nas primeiras linhas do poema?

      O poeta está pedindo ao mundo para saltar e se libertar da sua prisão, representada pelo "caroço de pedra".

03 – Qual é a consequência de toda rua terminar em muro, de acordo com o poema?

      A consequência é a sensação de barreiras e limitações, indicando que não há escape ou progresso fácil.

04 – O que o broto e o grão representam no poema?

      O broto e o grão representam esperança, renovação e novos começos, surgindo depois de vencer as dificuldades (camadas de aluvião).

05 – Como o poema descreve a palavra e sua eficácia na comunicação?

      O poema descreve a palavra como representando uma falha, sugerindo a dificuldade e imperfeição na comunicação e expressão humana.

 

 

MÚSICA (ATIVIDADES): DOM QUIXOTE - RITA LEE - COM GABARITO

 Música (Atividades): Dom Quixote

             Rita Lee

A vida é um moinho
É um sonho, um caminho
Do Sancho, o Quixote
Chupando chiclete
O Sancho tem chance
E a chance é o chicote
É o vento e a morte

FONTE: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq8NTTpGvSp4s5ycmyPh2Q7tUL_6QLnNQ6a6hm3eXTWl3CMPeTRgk3PhN5Pu9Ld0vh8E2AFvvnHwnUrIpMcmVz4otUQjolySWhS069Mq_Tt1TL7xvZ1tY8pW1QKGNrRwP3cwXcPChl-pcTHWlosSUGzMiPFuxn-Lah_SaNdIOSjKtG6FxlpFm4JHttWfw/s320/RITA.jpg


Mascando o Quixote
Chiclete no Sancho
Moinho sem vinho
Não corra, me puxe
Meu vinho, meu "Crush"
Que triste caminho
Sem Sancho ou Quixote
Sua chance em chicote
Sua vida na morte

Vem devagar
Dia há de chegar
E a vida há de parar
E os jornais todos a anunciar
Dulcinéia que vai se casar

Vê, vê que tudo mudou
Vê, o comércio fechou
E o menino morreu
Vê, vê que tudo passou
E os jornais todos a anunciar
Armadura e espada a rifar
Dom Quixote cantar
Na TV vai cantar
Vai subir!

Compositores: Arnaldo Dias Baptista (Arnaldo Baptista), Rita Lee Jones Carvalho (Rita Lee).

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 18.

Entendendo a música:

 

01 – Qual é o tema principal da música "Dom Quixote" de Rita Lee?

      O tema principal da música é a vida como uma jornada cheia de desafios e sonhos, representada pelas figuras de Dom Quixote e Sancho Pança.

02 – Quem são os personagens mencionados na música?

      Os personagens mencionados são Dom Quixote, Sancho Pança e Dulcinéia.

03 – O que simboliza o moinho na música?

      O moinho simboliza os obstáculos e desafios que encontramos na vida.

04 – Qual é a relação entre Sancho e o chicote na letra?

      O chicote representa a chance ou oportunidade que Sancho tem, sugerindo que ele precisa enfrentar desafios para alcançar seus objetivos.

05 – Como a música retrata a passagem do tempo?

      A música retrata a passagem do tempo mostrando mudanças na vida, como o fechamento do comércio e a morte de um menino, além de mencionar que "tudo mudou" e "tudo passou".

06 – Qual é o significado da frase "E os jornais todos a anunciar Dulcinéia que vai se casar"?

      A frase sugere um evento importante e inesperado, simbolizando mudanças significativas na vida e no destino dos personagens.

07 – Como a música "Dom Quixote" de Rita Lee se relaciona com a obra literária de Miguel de Cervantes?

      A música faz referência aos personagens e temas da obra "Dom Quixote" de Miguel de Cervantes, utilizando-os como metáforas para explorar a jornada da vida, os sonhos e os desafios enfrentados.

ARTIGO DE OPINIÃO: O QUE É NEOLOGISMO - FRAGMENTO - NELLY CARVALHO - COM GABARITO

Texto Artigo de opinião: O que é neologismo – Fragmento

           Nelly Carvalho

        A evolução da sociedade nas últimas décadas tem sido tão vertiginosa em todos os setores, que se torna para nós um desafio acompanhá-la [...]. Mas não acompanhar esse ritmo significa ficar de fora, desconhecer as informações mais recentes. [...]

  FONTE:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmsayrmVYF47XaL-YAy0pd0rbHtDhX4tTX4vNIia8RnzhdXxnGCwLhuNvX6nlI_BhTfk_gpCsfcaaEiGpzIuXSwtY1NWoD1RKjOiiTj404Z2jMAOE6DHmC3UXmKm0w5jKf6UY9hrbT7W5kWVbw5OIsQ6SCYIrcqXg-9Jy4NHTwVXDgEke7lyXo9Je9vpo/s1600/ZAPI.jpg


        A língua, espelho da cultura, reflete essa busca frenética de novidade, evoluindo rapidamente, introduzindo novos termos, logo aceitos. Se os vocábulos novos foram considerados pelos gramáticos “vícios” da linguagem, hoje em dia são aclamados e consagrados, de imediato.

        São eles os neologismos, termo que significa nova palavra [...]. Estão os neologismos ligados a todas as inovações nos diversos ramos de atividade humana, seja na arte, técnica, ciência, política ou economia.

        [...]

        Falando em neologismo, os pontos de referências serão sempre mudança, evolução novidade, novo, criação, surgimento, inovação.

        Daí o neologismo ser algo tão ligado à sociedade atual, algo tão ao gosto do homem de hoje, sequioso de mudanças e novidades.

        Ao incorporá-los a meu vocabulário ativo incluí-los na minha linguagem, sinto-me participante do mundo, das suas evoluções e seus problemas.

        Nelly Carvalho, O que é o Neologismo. Coleção Primeiros passos. São Paulo: Brasiliense, 1984.

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 352-353.

Entendendo o texto:

01 – Por que acompanhar a evolução da sociedade é considerado um desafio?

      Acompanhar a evolução da sociedade é considerado um desafio porque ela tem sido muito rápida e vertiginosa em todos os setores, tornando difícil acompanhar todas as novidades e informações mais recentes.

02 – Como a língua reflete a busca frenética de novidade da sociedade?

      A língua reflete essa busca frenética de novidade ao evoluir rapidamente, introduzindo novos termos que são logo aceitos, servindo como um espelho da cultura e das mudanças sociais.

03 – O que são neologismos e como eram vistos pelos gramáticos no passado?

      Neologismos são novas palavras introduzidas na língua. No passado, os gramáticos os consideravam "vícios" da linguagem, mas atualmente são aclamados e consagrados rapidamente.

04 – Em quais ramos de atividade humana os neologismos estão presentes?

      Os neologismos estão presentes em diversos ramos de atividade humana, como na arte, técnica, ciência, política e economia, refletindo inovações e mudanças em cada área.

05 – Qual é a relação entre neologismos e a sociedade atual?

      Os neologismos estão intimamente ligados à sociedade atual, pois representam mudança, evolução, novidade, criação e inovação. Eles são algo que agrada ao homem de hoje, que está sempre em busca de mudanças e novidades.

 

 


CONTO: SOCORRINHO - MARCELINHO FREIRE - COM GABARITO

 Conto: Socorrinho

           Marcelinho Freire

        Moço, não, sua mão, suando, grito no semáforo, em contramão, suada, pelos carros, sobre os carros, carros, moço, não, viu sua mãe e a cidade, nervosa, avançando o meio-dia, dia de calor, calor enorme, ninguém que avista, Socorrinho, algumas buzinas, céu de gasolina, ozônio, cheiro de álcool, moço, não, parecido sonho ruim, dor de dente, comprimido, pernilongo, extração de ouvido, o ônibus elétrico, esquinas em choques, paralelepípedos, viagens que não conhece – hoje desaparecida menina de seis anos, ou sete, trajada de camiseta, sapatinhos ou chinelos, fita crespa no cabelo, azul forte ou infinito, moço, não, aquele grito franzino, miúdo, a polícia que alega estupro, magia negra, sequestro, mastiga um fósforo, a mãe de Socorrinho acende velas, incenso, chorando a Deus justiça divina, justiça duvidosa, viver agora o que seria se já não era, se por um descuido já se foi um dia sem ela, dois, Socorrinho, céus e preces, moço, não, Maria do Socorro Alves da Costa, mulatinha, sumiu misteriosa, diz uma testemunha que um negro levou sua filha embora, revolta da família, vizinho, jornal, televisão, igreja, depois de dois meses, moço, não, boneca, foto de batizado, festinha no bairro, tudo que pudesse trazer Socorrinho de volta para a memória, peito, o quarto morto, as horas puxando apreensão, suor, desesperança, batida de polícia em favelas, rodoviárias, botecos, matagais, tudo isso feito e desfeito, a mãe de Socorrinho ouvia boatos, silenciava à base de comprimidos, o marido já enlouquecido e internado, que miséria, agonia de cidade, moço, não, gente ruim, sem sentimento, pra que deixar sofrendo uma mãe humilde, o bairro, a câmera de TV que treme aquela realidade de cão, mundo, cachorro, já noitinha de outra noite, mais outra, notícia mais nenhuma, nunca, Socorrinho desaparecida, amor quando vai embora, quando vira fé, chamado, súplica, saudade, a filha fosse devolvida, a felicidade, moço, não, gritava três meses, cinco, infinitamente, crônica policial, fichário, esquecida realidade, extraí-la do sonho para sempre, no horizonte, trajada de camiseta, sapatinhos ou chinelo, descalça, fita crespa no cabelo, azul forte ou infinito, moço, não, descaso, não escuto, moço, não, quero ir pra casa, não, moço não, o homem arreava as calças, mais o grito, moço, não, não, Socorrinho chorava, Socorrinho esperneava, Socorrinho mais não entendia aquele mundo estranho, aquele desmaio de anjo.

FONTE: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijYacYfa3bkYdB9jFweCKtdrBTKVU9XBHCWJbcld1e-s2Lj_hPlsc0HDNPL_sf49pC1AMHzdCDWvBkY4RvGBibfg0a9m5aN_kyrmKxWkwJVk6_8Amx4oeE2pwcJL8Cl7gXvQIfI8iN_OGhBuhJ3seSYouZqvxMBJY0LANH-nrB7xl-WA3JrE084Lb4y1s/s1600/MULTID%C3%83O.jpg


FREIRE, Marcelino. Angu de Sangue. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 324-325.

Entendendo o conto:

01 – Qual é o tema central do conto "Socorrinho"?

      O tema central do conto é o desaparecimento de uma menina chamada Socorrinho e o sofrimento de sua família e comunidade diante dessa tragédia.

02 – Como o autor descreve a cidade e o ambiente em que a história se passa?

      O autor descreve a cidade como um lugar caótico e opressivo, com calor intenso, trânsito confuso e uma atmosfera de desespero e violência.

03 – Qual é a reação da mãe de Socorrinho ao desaparecimento da filha?

      A mãe de Socorrinho reage com desespero e dor, acendendo velas e incensos, chorando e pedindo justiça divina, enquanto lida com boatos e a ausência de notícias sobre a filha.

04 – Como a comunidade e a mídia reagem ao desaparecimento de Socorrinho?

      A comunidade e a mídia reagem com revolta e preocupação, com a família, vizinhos, jornais, televisão e igreja se mobilizando para tentar encontrar a menina e trazer à tona a realidade cruel do desaparecimento.

05 – Quais são as possíveis causas do desaparecimento de Socorrinho mencionadas no conto?

      O conto menciona várias possíveis causas para o desaparecimento de Socorrinho, incluindo estupro, magia negra e sequestro, além de boatos e alegações de testemunhas.

06 – Como o autor utiliza a repetição da frase "moço, não" ao longo do conto?

      A repetição da frase "moço, não" ao longo do conto serve para enfatizar o desespero e a impotência diante da situação, criando um ritmo angustiante e reforçando a sensação de urgência e sofrimento.

07 – Qual é o impacto do desaparecimento de Socorrinho na vida de sua família?

      O desaparecimento de Socorrinho tem um impacto devastador na vida de sua família, com a mãe recorrendo a comprimidos para silenciar a dor, o pai enlouquecendo e sendo internado, e a família vivendo em constante agonia e desesperança.

 

 

NOTÍCIA: O MULTIVERSO - REVISTA NATIONAL GEOGRAPHIC - COM GABARITO

 Notícia: O MULTIVERSO

        A cada dia o universo torna-se mais e mais complexo. 

        Os tempos mudam, as teorias evoluem e os astrônomos descobrem novos objetos – mas o universo sempre acaba se mostrando mais vasto do que se suspeitava. Uma nova teoria sustenta que ele é apenas um dentre inúmeros universos – como uma bolha em um enorme tanque borbulhante de cerveja, em que cada uma das outras bolhas seria outro universo.

FONTE: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhI-plH7wvAKCElnfBO9lORh5KORBFduoRsL2DIssKU7NBNWMjwnN_e0C5C_XiCLS7W-TUCZxs0Ph169MKn48fFbODhFdpDgsPvgOK400MVRe-Fr3otBVpZ6NbmMooDrxZjdS9W9P6y5hnh1o31wkeJYvBSD3z5-woCiO95Vw2vCKgq1dbaoyE6lhkggU/s320/UNIVERSO.jpg


        [...] Esse multiverso contém incontáveis bolhas – universos, e algumas das quais certamente abrigam observadores inteligentes tentando entender seu próprio cosmo louco.

         Mas a teoria do multiverso é de difícil comprovação. “Ainda não é ciência”, diz Michael Turner, da Universidade de Chicago.

Revista National Geographic Brasil, agosto / 2003.

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 365.

Entendendo a notícia:

01 – O que a nova teoria sugere sobre o universo?

      A nova teoria sugere que o nosso universo é apenas um dentre inúmeros outros universos, comparável a uma bolha em um enorme tanque de cerveja borbulhante, onde cada bolha representa um universo.

02 – Como os astrônomos e cientistas têm contribuído para a complexidade do entendimento do universo?

      Os astrônomos e cientistas têm contribuído para a complexidade do entendimento do universo ao descobrir novos objetos e formular novas teorias, tornando o universo sempre mais vasto do que se imaginava.

03 – O que são considerados "bolhas" no contexto do multiverso?

      No contexto do multiverso, as "bolhas" são consideradas universos individuais, cada uma contendo seu próprio conjunto de leis físicas e condições únicas.

04 – Por que a teoria do multiverso é difícil de comprovar?

      A teoria do multiverso é difícil de comprovar porque atualmente não há métodos ou evidências científicas concretas que possam validá-la, como mencionado por Michael Turner da Universidade de Chicago.

05 – Qual é a opinião de Michael Turner sobre a teoria do multiverso?

      Michael Turner afirma que a teoria do multiverso "ainda não é ciência", indicando que, apesar de ser uma ideia interessante, ela ainda não possui fundamentação científica suficiente para ser considerada uma teoria científica aceita.

 

 

POEMA: CONFISSÃO - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: CONFISSÃO

             Carlos Drummond de Andrade 

Não amei bastante meu semelhante,

não catei o verme nem curei a sarna.

Só proferi algumas palavras,

melodiosas, tarde, ao voltar da festa.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjudpKDpfBzuSlpUdE3bh6CXAsm3IW8nb-QmLzeFzstOCx8RP1uP0ERnErthLTCiIrnm-JI7OV8ecknRJc77ZKcvAOu9mQIcyZ6amZpZU6_naqfbmoSfUXMD_4z3UbJqzM1E634bqYanGH5L8yIcfZzh6YCuVBP8ksZ7rl91wnqcm7R0JDeeHvVYodDPtM/s320/amor-relacionamento-casal-paixao-apaixonados-1607980291163_v2_4x3.jpg


 

Dei sem dar e beijei sem beijo.

(Cego é talvez quem esconde os olhos

embaixo do catre.) E na meia-luz

tesouros fanam-se, os mais excelentes.

 

Do que restou, como compor um homem

e tudo que ele implica de suave,

de concordâncias vegetais, murmúrios

de riso, entrega, amor e piedade?

 

Não amei bastante sequer a mim mesmo,

contudo próximo. Não amei ninguém.

Salvo aquele pássaro – vinha azul e doido –

que se esfacelou na asa do avião.

Carlos Drummond de Andrade. Reunião. Rio de Janeiro: José Olympio, 1976.

Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. 5ª série – 17ª ed. 3ª impressão – São Paulo – Editora Ática – 2003. p. 516.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a principal confissão do poeta no poema?

      A principal confissão do poeta é que ele não amou o suficiente seus semelhantes, nem a si mesmo. Ele reconhece suas falhas em expressar amor e compaixão.

02 – Como o poeta descreve suas ações em relação ao amor e à generosidade?

      O poeta descreve suas ações como superficiais e insuficientes. Ele menciona que "deu sem dar" e "beijou sem beijo", indicando uma falta de verdadeira entrega e sinceridade.

03 – Qual é o significado da metáfora do "cego que esconde os olhos debaixo do catre"?

      A metáfora sugere que aqueles que evitam enfrentar a realidade ou esconder suas imperfeições são cegos em sentido figurado, incapazes de ver e agir com clareza e honestidade.

04 – O que o poeta questiona ao refletir sobre o que restou de suas experiências?

      O poeta questiona como pode compor um homem com as experiências que restaram e tudo o que isso implica de suave, incluindo risos, entrega, amor e piedade. Ele reflete sobre a complexidade da condição humana.

05 – Qual é o único ser que o poeta admite ter amado no poema?

      O único ser que o poeta admite ter amado é um pássaro que "vinha azul e doido" e se esfacelou na asa de um avião. Esse amor é apresentado de forma trágica e efêmera.