sexta-feira, 6 de setembro de 2024

REPORTAGEM: SAÚDE MENTAL DOS ADOLESCENTES PRECISA DE ATENÇÃO NO ISOLAMENTO: COMO CUIDAR - FRAGMENTO - COM GABARITO

 Reportagem: Saúde mental dos adolescentes precisa de atenção no isolamento: como cuidar – Fragmento

        O confinamento social tem se mostrado um dos meios de impedir a propagação do novo coronavírus. Porém, ficar em casa impôs uma nova forma de viver e se relacionar, e o prolongamento e a incerteza do fim do isolamento podem gerar ansiedade, angústia, tristeza e estresse. Tais danos psicológicos devem ser monitorados e controlados, sobretudo em adolescentes, que tiveram de se afastar compulsoriamente de sua rede socioafetiva: amigos, colegas de escola, pessoa amada e familiares. [...]

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9qE4ciyj8f2cv0lgpkgCauG3suOlWjrI3nUlSuIcbXrtwSl6DXa_d9jPCIUaAhZcbJXaPrEd4Koc4yQyrG7TnUlN3sZoPzN4RPpDQkSs8ZE3-Ou2uzRO5RPzqMSvsQHmRdXosjZ-YVfBLis0x-nG6-dAOzYg9R9UGQMtzB5S_1DbmwcgWqhCSZW-_2sU/s1600/saude-mental-300x200.jpg


         "O ser humano é social. O contato é estruturante na vida psíquica e, principalmente, do adolescente, que se expõe a experiências sociais com mais intensidade, seja em relação à família ou amigos. Uma mudança drástica pode ser fator de risco à saúde mental do jovem", afirma Elson Asevedo, psiquiatra e pesquisador do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). [...]

        Alterações de comportamento intensas em demasia podem ser uma indicação de desenvolvimento de pensamentos de risco, sendo o suicídio o desfecho mais trágico. Um estudo publicado no Brazilian Journal of Psychiatry constatou que, de 2006 a 2015, a taxa de casos de adolescentes que tiraram a vida aumentou 13%, em seis cidades brasileiras analisadas pelos pesquisadores. [...]

        Relações afetivas

        [...]

        "A rotina traz segurança. Os vínculos com a escola, o trabalho, a família e a internet estão sendo ressignificados. São naturais a ansiedade e o estranhamento, mas também uma oportunidade de se reaproximar e redescobrir as relações", explica Larissa Polejack, professora do Instituto de Psicologia da UnB (Universidade de Brasília). [...]

        1 – Converse sobre a doença

        Os pais devem conversar abertamente com os filhos, traduzindo de forma clara e simples a atual crise mundial. Para o adolescente, pode parecer injusto, já que não foi uma escolha, e sim uma imposição pela situação epidemiológica. Ele precisa compreender que o confinamento não significa castigo ou medida corretiva, mas uma demonstração de cuidado

        [...]

        2 – Mantenha a rotina

        A manutenção de hábitos sociais e emocionais saudáveis é importante para o bem-estar mental dos adolescentes, pois traz tranquilidade neste momento de incertezas e facilitará o retorno às atividades rotineiras ao final do isolamento social.

        Estabelecer o que fazer e os horários de cada tarefa ajuda a ter foco e a dar sentido aos afazeres. [...]

        3 – Boa convivência entre pais e filhos

        Por causa do isolamento social, os adolescentes estão vivendo uma convivência intensa e prolongada com os pais. A imposição de uma nova forma de relacionamento pode intensificar os conflitos que antes já existiam.

        Uma saída é engajar o adolescente na rotina da casa. De maneira construtiva, a formação de uma equipe dividindo tarefas, com o objetivo de cuidar um do outro, pode ser uma ferramenta para melhorar a relação. [...]

        4 – Compartilhe o dia a dia com amigos

        [...] O canal de comunicação e socialização deve ser mantido, por meio das redes sociais. Mas com limite e supervisão. O uso prolongado e próximo da hora de dormir causa insônia, estresse, entre outras alterações mentais e corporais.

        [...]

        5 – Monitore o comportamento

        Alterações bruscas de comportamento e de sociabilidade são sinais de alerta. Excesso de irritabilidade, aumento da agressividade, intensificação do isolamento e mudanças dos padrões de sono e alimentar podem indicar instabilidade emocional e até depressão.

        [...]

        6 – O papel de cada um na prevenção

        O adolescente tem de ficar atento às suas emoções, sentimentos e oscilações comportamentais. Caso perceba o surgimento de pensamentos negativos, deve procurar ajuda da família e até de profissionais. O importante é entender que ele não está passando pelas dificuldades sozinho.

        Do ponto de vista familiar, a atribuição dos pais é a de ajudar os filhos a manter a rotina escolar, os hábitos alimentares e de sono saudáveis, a prática de atividade física e de lazer e o contato com os amigos. [...]

        Já a escola é um canal de monitoramento não somente acadêmico, mas também psicológico ao se colocar como uma rede afetiva e solidária aberta a discussões. [...]

RAITH, Alexandre. Saúde mental dos adolescentes precisa de atenção no isolamento: como cuidar. UOL, 7 maio 2020. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/05/07/como-cuidar-da-saude-mental-do-adolescente-na-pandemia.htm. Acesso em: 30 jul. 2020.

Fonte: Linguagens em Interação – Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Juliana Vegas Chinaglia – 1ª edição, São Paulo, 2020 – IBEP – p. 247-248.

Entendendo a reportagem:

01 – Por que o confinamento social é necessário durante a pandemia de COVID-19?

      O confinamento social é necessário para impedir a propagação do novo coronavírus. No entanto, essa medida impôs uma nova forma de viver e se relacionar, gerando desafios psicológicos, especialmente para os adolescentes.

02 – Quais são os possíveis impactos do isolamento social na saúde mental dos adolescentes?

      O isolamento social pode causar ansiedade, angústia, tristeza e estresse, pois afasta os adolescentes de sua rede socioafetiva, incluindo amigos, colegas de escola e familiares.

03 – Por que o contato social é importante para a saúde mental dos adolescentes?

      O contato social é estruturante na vida psíquica, especialmente para os adolescentes, que se envolvem em experiências sociais com mais intensidade. A falta desse contato pode ser um fator de risco para a saúde mental dos jovens.

04 – Qual é a consequência mais trágica das alterações comportamentais intensas em adolescentes durante o isolamento?

      O desenvolvimento de pensamentos de risco, com o suicídio sendo a consequência mais trágica. A taxa de suicídios entre adolescentes aumentou 13% em seis cidades brasileiras entre 2006 e 2015.

05 – Como a rotina pode beneficiar a saúde mental dos adolescentes durante o isolamento?

      A manutenção de uma rotina traz segurança e tranquilidade, ajudando os adolescentes a se adaptarem ao isolamento e facilitando o retorno às atividades normais ao fim do confinamento.

06 – Qual é a importância da boa convivência entre pais e filhos durante o isolamento social?

      A convivência intensa e prolongada pode intensificar conflitos, mas também é uma oportunidade de melhorar as relações, por meio do engajamento dos adolescentes nas tarefas domésticas de forma construtiva.

07 – Como os adolescentes podem manter suas relações sociais durante o isolamento?

      Os adolescentes podem manter o contato com amigos por meio das redes sociais, mas é importante estabelecer limites e supervisão, especialmente em relação ao tempo de uso próximo da hora de dormir.

08 – Quais sinais de alerta indicam que um adolescente pode estar sofrendo emocionalmente durante o isolamento?

      Sinais como alterações bruscas de comportamento, irritabilidade excessiva, aumento da agressividade, intensificação do isolamento e mudanças nos padrões de sono e alimentação podem indicar instabilidade emocional ou depressão.

09 – Qual é o papel do adolescente na prevenção de problemas de saúde mental durante o isolamento?

      O adolescente deve ficar atento às suas emoções e comportamentos, buscando ajuda da família ou de profissionais se perceber pensamentos negativos, entendendo que não está passando pelas dificuldades sozinho.

10 – Como a escola pode ajudar na saúde mental dos adolescentes durante o isolamento?

      A escola pode atuar como um canal de monitoramento psicológico e afetivo, mantendo-se aberta para discussões e oferecendo suporte aos estudantes, além do acompanhamento acadêmico.

 

POEMA: UKA TANA, A GRANDE ESCOLA - MÁRCIA WAYNA KAMBEBA - COM GABARITO

 Poema: Uka Tana, A grande escola

             Márcia Wayna Kambeba

Na aldeia a educação

É um ato simples de ser

Se aprende com o ancião

Que a vida é um bem viver.

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWIgUA9Wd0gEEJJBODjwpUd1jA39cPYYxW8iTwYxCz33tN2-Eak1uGejHi8_LvXgyiwidArE6O5qYs-tfviNoofluuEHnRRdjJZXoQsCmlWM_iVup3VF6iMzTITsVSg1WeHHmRauASS789AUP8P7iEn-VJFA8iyHpHWg1rAytL_fVn2Vsg1onxnWJpe-8/s320/ANCIAO.jpg


Plantar macaxeira na roça

Ralar para o fani fazer

Comida do povo Kambeba

Que a anciã ensinou com prazer.

 

Banana verde é gostosa

Cozida e amassada para tomar com café

Pirão de farinha na cuia

Pirarucu assado com chibé.

 

Pegar peixe de anzol

Vendo a água se agitar

Aprender o ABC da natureza

Para cuidar, amar e conservar.

 

Essa educação é integral

Fortalecida na solidariedade

O pensamento de waimi ensina

A ser guerreiro na aldeia e na cidade.

KAMBEBA, Márcia Wayna. Uka Tana, a grande escola. Recanto das Letras, ago. 2020. Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/poesias-de-natureza/7055812. Acesso em: 7 set. 2020.

Fonte: Linguagens em Interação – Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Juliana Vegas Chinaglia – 1ª edição, São Paulo, 2020 – IBEP – p. 262.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Chibé: prato brasileiro típico da culinária amazônica, feito com a mistura de farinha de mandioca e água.

·        Pirarucu: um dos maiores peixes encontrados nos rios da Amazônia.

·        Fani: comida típica do povo Kambeba.

·        Uka Tana: nossa casa.

·        Waimi: anciã.

02 – O que representa a educação na aldeia, segundo o poema?

      No poema, a educação na aldeia é descrita como um "ato simples de ser", onde se aprende diretamente com os anciãos, valorizando a vida como um "bem viver". É uma forma de educação integrada à vida cotidiana e às tradições culturais do povo Kambeba.

03 – Como a anciã contribui para a educação na comunidade Kambeba?

      A anciã ensina com prazer as tradições da comunidade, como plantar macaxeira, preparar o fani e outras práticas alimentares que fazem parte da cultura Kambeba. Ela transmite conhecimentos essenciais sobre a vida e a alimentação tradicional.

04 – Qual é o papel da natureza na educação descrita no poema?

      A natureza é uma parte fundamental da educação no poema. Aprender "o ABC da natureza" envolve entender e respeitar o meio ambiente, aprendendo a pescar e a cuidar da natureza, o que é essencial para a vida e para a preservação das tradições.

05 – Que alimentos e práticas alimentares são destacados no poema?

      O poema destaca alimentos tradicionais como a macaxeira, o fani, a banana verde cozida e amassada, o pirão de farinha na cuia e o pirarucu assado com chibé. Essas práticas alimentares são ensinadas e valorizadas dentro da cultura Kambeba.

06 – Como a educação descrita no poema prepara os jovens para a vida na aldeia e na cidade?

      A educação na aldeia, conforme descrito no poema, é integral e baseada na solidariedade. O pensamento de "waimi" (que representa sabedoria e conhecimento) ensina os jovens a serem guerreiros, preparados tanto para a vida na aldeia quanto para enfrentar os desafios na cidade, preservando sua identidade cultural.

 

RESENHA CRÍTICA: "PANDEMIA": SÉRIE [...] É UMA ÓTIMA AULA PARA TEMPOS DE CORONAVÍRUS - FRAGMENTO - COM GABARITO

 Resenha crítica: Pandemia”: série [...] é uma ótima aula para tempos de coronavírus – Fragmento

        Sem ser alarmista, documentário exalta trabalho de cientistas e médicos ao redor do mundo, revelando desafios e esperanças na caçada aos novos germes

        [...] Produzida ainda em 2019, meses antes de o coronavírus ser divulgado pela China e se espalhar pelo mundo, a série chegou ao catálogo da plataforma no fim de janeiro e agora se mostra não só atualíssima e urgente, como revela que a Covid-19 era um mal há muito tempo esperado pelos cientistas. Instigante, sem causar alarme exagerado, o documentário é uma belíssima aula sobre a importância da ciência e sobre como uma “gripezinha” pode ser uma catástrofe mundial.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiauYCiX22K6-eS_8F-LGfVJSM5eobh4MI0-XhTgffM5Ammm9FmQ0CHz4cHh6Scgxfzm1pgw0qbkPaskQNXr0KRVnpNBXTfILd61W5mapBhbi9_83ypt5G_dgQfEr_meexmlEbcT6Ks8QB2UBHBpJXBDWogYd6iW8QTnyuRlCyteAYbdEtj6j4qbewZ260/s320/PANDEMIA.png

        “De vez em quando surge uma variante da gripe que representa uma ameaça existencial para nós como espécie”, diz o pesquisador Dennis Carroll, no documentário. Nas primeiras cenas, ele relembra a devastação deixada pela gripe espanhola, em 1918, que matou mais de 50 milhões de pessoas (estima-se que o número pode ter sido o dobro). [...]

        Ao longo de seis episódios, a série mostra o trabalho de médicos ao redor do mundo. Na África, representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) tentam frear o ebola. No Egito, no Vietnã e na Índia, os profissionais da saúde encaram a precariedade para combater variações da gripe aviária.

        Nos Estados Unidos, uma médica (a única de uma cidade pequena) faz o que pode para controlar uma epidemia de influenza local. Em paralelo, veterinários em diferentes pontos do mundo monitoram aves, patos e morcegos, colhendo amostras para tentar prever o próximo grande vírus – e traçar um plano de contenção.

        Em todos os casos, o dinheiro e o luxo passam longe da vida dos médicos, que abrem mão de tempo com a família e colocam até a própria vida em risco por um bem maior. “O ebola é o inimigo”, diz um médico ao enfrentar milicianos que tentam parar o trabalho dos postos de saúde na África.

        Outra semelhança entre os diferentes cenários é o dilema da desinformação. Em países africanos, espalha-se o boato de que a vacina contra o ebola é, na verdade, uma trama dos Estados Unidos para matar todos os africanos. Enquanto isso, nos Estados Unidos, grupos antivacina tornam difícil a erradicação de doenças, estimulando famílias inteiras a cultivar as mais variadas teorias da conspiração sobre a medicação.

        Entre as tramas, a mais interessante de se acompanhar é a da empresa Distributed Bio, em San Francisco, onde dois pesquisadores, Jacob Glanville e Sarah Ives, buscam a criação de uma vacina universal contra todos os tipos de gripe e suas futuras mutações. Para manter a independência em relação à indústria farmacêutica, a dupla se inscreve num programa de bolsas da Fundação Bill e Melinda Gates. O resultado de seus esforços é apresentado no último episódio.

        [...]

        Se até agora você fugiu da série por medo de sair dela mais assustado do que quando deu o play, fique tranquilo: o espectador sai de Pandemia é com esperança.

CARNEIRO, Raquel. “Pandemia”: série [...] é uma ótima aula para tempos de coronavírus. Veja, 25 mar. 2020. Disponível em: https://veje.abril.com.br/blog/tela-plana/pandemia-serie-da-netflix-e-uma-otima-aula-para-tempos-de-coronavirus. Acesso em: 30 jul. 2020.

Fonte: Linguagens em Interação – Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Juliana Vegas Chinaglia – 1ª edição, São Paulo, 2020 – IBEP – p. 252-253.

Entendendo a resenha:

01 – O que a série "Pandemia" destaca em relação ao trabalho de cientistas e médicos ao redor do mundo?

      A série exalta o trabalho de cientistas e médicos, revelando os desafios e as esperanças na luta contra novos germes, sem ser alarmista.

02 – Quando a série "Pandemia" foi produzida e qual sua relevância após o surgimento da Covid-19?

      A série foi produzida em 2019, antes do coronavírus ser divulgado pela China. Após a pandemia, ela se mostrou atualíssima, revelando que a Covid-19 era uma ameaça esperada pelos cientistas.

03 – Como a série aborda a questão da gripe e seu impacto na humanidade?

      A série aborda a ameaça existencial de variantes da gripe para a humanidade, lembrando a devastação causada pela gripe espanhola em 1918, que matou mais de 50 milhões de pessoas.

04 – Quais são os diferentes cenários apresentados ao longo dos episódios da série?

      A série apresenta cenários como a luta contra o ebola na África, o combate à gripe aviária no Egito, Vietnã e Índia, e uma médica nos EUA tentando controlar uma epidemia de influenza local.

05 – Qual é o papel dos veterinários na série "Pandemia"?

      Veterinários ao redor do mundo monitoram aves, patos e morcegos, colhendo amostras para prever o próximo grande vírus e traçar um plano de contenção.

06 – Quais dilemas relacionados à desinformação são retratados na série?

      A série retrata a desinformação na África, onde se espalha o boato de que a vacina contra o ebola é uma trama dos EUA, e nos EUA, onde grupos antivacina dificultam a erradicação de doenças.

07 – Qual é a sensação final que a série "Pandemia" busca deixar no espectador?

      Apesar dos desafios apresentados, a série deixa o espectador com uma sensação de esperança ao final.

 

TEXTO DIDÁTICO: MÓDULO 1 - NOSSA RELAÇÃO COM O DINHEIRO - BANCO CENTRAL DO BRASIL - COM GABARITO

 Texto didático: Módulo 1 – Nossa Relação com o Dinheiro

1.1.   – Relacionamento com o dinheiro

        Desde cedo, começamos a lidar com uma série de situações ligadas ao dinheiro. Para tirar melhor proveito do seu dinheiro, é muito importante saber como utilizá-lo da forma mais favorável a você. O aprendizado e a aplicação de conhecimentos práticos de educação financeira podem contribuir para melhorar a gestão de nossas finanças pessoais, tornando nossas vidas mais tranquilas e equilibradas sob o ponto de vista financeiro.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8U4Nk-FdBJ-yzuBi2rQixu4vc-E7ZEaXDDUihmtr6dR9gs2CWsb6F6hlgZYc3seMMgkgFbH-rWsQLYa3wJ4CQ4aYY4tfJq8CZHcdZdusefRqvwuVjFdF837rk9ipv-Lcvvr-y1lFULFokYTQFJin7BBtRqfTRoKk5xMMmHMwSrQ987eFOJnr1Dg2v0-Q/s320/educacao-financeira.png


        [...] A ausência de educação financeira, aliada à facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas ao endividamento excessivo [...]. Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas buscar informações que as auxiliem na gestão de suas finanças. Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou seja, uma preocupação da sociedade organizada em torno do tema. [...]

        [...] Pesquisas revelam que 3 em cada 4 famílias sentem alguma dificuldade para chegar ao fim do mês com seus rendimentos. E você, como lida com seu dinheiro? Quer aprender um pouco mais sobre como administrar melhor e mais eficientemente seus recursos financeiros?

        1.2.– Sonhos e projetos

        [...] O que o dinheiro tem a ver com meus sonhos? O ser humano é movido pelos sonhos. São eles que trazem esperança e motivação para todos nós. São os nossos sonhos que norteiam nossos desejos e anseios pelo futuro. É por meio dos sonhos que visualizamos aonde queremos chegar. [...]

        [...]

        Para melhor entender a diferença entre sonho e projeto, podemos assumir que o sonho é o desejo vivo, a aspiração, o anseio. Pode ser entendido como a ideia ou os objetivos que se quer alcançar. De outro modo, o projeto é o sonho colocado “no papel”, para que possamos visualizar melhor onde estamos em relação a nossas aspirações e quais os caminhos que devemos seguir para alcançá-las. O projeto implica um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo na direção do sonho ou dos objetivos que se quer concretizar. Como você pode ver, um é a complementação do outro.

        Os projetos se caracterizam pelos seguintes aspectos: (1) são temporários – têm início e fim definidos; (2) são planejados, executados e controlados; (3) geram produtos, serviços ou resultados exclusivos; (4) são desenvolvidos em etapas que se sucedem em uma sequência progressiva; (5) são realizados e gerenciados por pessoas; e (6) são executados com recursos limitados. Desse modo, o projeto é uma ação que viabiliza a realização dos sonhos, retirando-os do imaginário e trazendo-os ao mundo real.

        [...]

        1.3.– Escolhas: equilíbrio entre emoção e razão

        Você já deve ter notado que a realização de sonhos não acontece por acaso, mas é fruto de escolhas que fazemos para torná-los reais. A vida é feita de escolhas, sejam elas conscientes ou inconscientes. E mais, você já pensou que, pelo simples fato de não escolher, você já está fazendo uma escolha?

        O ser humano é o único que tem a capacidade de não se valer apenas dos instintos e das emoções para direcionar as suas escolhas. No entanto, há momentos em que tomamos atitudes ou efetuamos escolhas com base exclusivamente nas emoções. Não se pode dizer que isso, a princípio, seja bom ou ruim, mas, em regra, é importante cuidar para que nossas escolhas equilibrem emoção com razão.

        Vivemos em uma sociedade voltada para o consumo. Somos diariamente bombardeados com propagandas e artifícios criados com a finalidade de despertar nossas emoções e criar necessidades por produtos e serviços que, por vezes, nem mesmo precisamos ou queremos para nós, mas que simplesmente passamos a desejar.

        Entenda que não é errado você querer coisas que não sejam estritamente essenciais. É normal ter desejos e, dentro de suas posses, comprar produtos e serviços que satisfaçam esses desejos. Entretanto, é importante ter em mente que o consumo não pode ser movido apenas pela emoção, ou pior, pela emoção imposta por meio de propaganda ou de imposição social, como a necessidade de manter status e coisas do tipo.

        [...] devemos estar atentos e, em certos momentos, esforçar-nos para incluir a razão em nossas decisões financeiras, sempre lembrando que o objetivo não é excluir as emoções de nossas escolhas, mas apenas dar a elas o peso adequado. [...]

        1.4. – Troca intertemporal

        Do ponto de vista financeiro, podemos falar que, se você gasta muito dinheiro no presente, poderá ter problemas no futuro, ou, de forma contrária, você pode gastar menos dinheiro hoje para ter mais dinheiro amanhã.

        Podemos pensar nisso como uma escolha no tempo, daí o nome troca intertemporal.

        A expressão “troca intertemporal” está relacionada aos efeitos das escolhas que fazemos hoje (no presente) sobre nossas vidas amanhã (no futuro).

        Reflita sobre o que ocorre em cada parte do exemplo a seguir:

        Suponha que você deseje comprar um produto de informática no valor de R$1.000,00 e você possui apenas R$600,00, ou seja, faltam R$400,00 para que você possa comprá-lo.

        Você faz um estudo de seu orçamento para avaliar se é possível comprar esse produto e verifica que consegue poupar R$100,00 por mês. Seguindo esse planejamento, você levaria quatro meses para ter o dinheiro suficiente para adquirir o produto.

        Mas se você quiser comprar o produto imediatamente, há uma forma de “manipular” o tempo e adquirir o produto antecipadamente. Você pode buscar dinheiro em outras fontes, tomar um empréstimo no valor de R$400,00 e, com isso, adquiri-lo hoje. Simples, não? Sim... quase...

        A situação não é tão simples quanto parece porque, em geral, a antecipação de consumo traz consigo um custo chamado “pagamento de juros” sobre o valor emprestado que lhe permitiu adquirir o produto no presente. Nesse caso, como você antecipou o seu consumo, terá de pagar prestações de valor maior do que R$100,00 por mês ou pagar um número maior de prestações de R$100,00 do que pagaria se tivesse decidido poupar primeiro para depois comprar o produto. 

        Agora, imagine outra situação:

        Você deseja comprar o mesmo produto que custa R$1.000,00, verifica a sua conta e percebe que possui toda essa quantia.

        Nessa hipótese, você tem duas opções: comprar o produto hoje, gastando toda essa quantia, ou deixar para fazê-lo daqui a quatro meses.

        Se você escolhe deixar para comprar o produto daqui a quatro meses, você pode colocar o seu dinheiro na poupança ou em outro investimento e passar a receber um prêmio por ter postergado o consumo. [...] Daqui a quatro meses, você poderá comprar o produto e ainda lhe sobrará uma quantia. Nesse caso, a postergação do consumo traz consigo o recebimento de rendimentos.

        Perceba que possuímos, basicamente, duas opções ao lidar com o consumo no tempo. Essa é a escolha fundamental quando o assunto é gestão financeira: temos a opção de usufruir agora e pagar depois, assumindo uma posição devedora, ou seja, pagando juros; ou podemos optar por pagar agora e usufruir depois e assumir uma posição credora, recebendo juros.

        [...]

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Caderno de educação financeira: gestão de finanças pessoais, Brasília: BCB, 2013. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/content/cidadaniafinanceira/documentos_cidadania/cuidando_do_seu_dinheiro_gestao_de_Financas_Pessoais/caderno_cidadania_financeira.pdf. Acesso em: 17 ago. 2020.

Fonte: Linguagens em Interação – Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Juliana Vegas Chinaglia – 1ª edição, São Paulo, 2020 – IBEP – p. 300-302.

Entendendo o texto:

01 – Por que é importante aprender sobre educação financeira?

      A educação financeira é importante porque ajuda as pessoas a melhorarem a gestão de suas finanças pessoais, o que pode contribuir para uma vida mais tranquila e equilibrada financeiramente.

02 – Quais são as consequências da falta de educação financeira, segundo o texto?

      A falta de educação financeira, combinada com a facilidade de acesso ao crédito, pode levar ao endividamento excessivo.

03 – Por que muitas famílias têm dificuldade em chegar ao fim do mês com seus rendimentos?

      Muitas famílias enfrentam dificuldades porque não possuem conhecimentos adequados sobre gestão financeira e, por isso, não conseguem administrar seus recursos de maneira eficiente.

04 – Qual é a relação entre sonhos e dinheiro, de acordo com o texto?

      Os sonhos trazem motivação e esperança, e o dinheiro é um meio de transformar esses sonhos em realidade através de projetos bem planejados.

05 – Como o texto define a diferença entre sonho e projeto?

      Um sonho é uma aspiração ou desejo, enquanto um projeto é um plano concreto, com etapas definidas, que visa transformar o sonho em realidade.

06 – Quais são as características de um projeto, segundo o texto?

      Um projeto é temporário, planejado, executado e controlado; gera resultados exclusivos; é desenvolvido em etapas sucessivas; é gerenciado por pessoas; e é executado com recursos limitados.

07 – Como o texto sugere que devemos equilibrar emoção e razão nas nossas escolhas financeiras?

      Devemos equilibrar emoção e razão para evitar decisões impulsivas, especialmente em uma sociedade de consumo, onde a propaganda frequentemente desperta desejos que não são essenciais.

08 – O que é a "troca intertemporal" conforme descrito no texto?

      Troca intertemporal refere-se às escolhas que fazemos no presente que impactam nossas finanças no futuro, como decidir entre consumir agora ou poupar para consumir mais adiante.

09 – Quais são as duas opções principais que temos ao lidar com o consumo no tempo?

      As opções são: consumir agora e pagar depois, assumindo uma posição devedora (pagando juros), ou poupar agora e consumir depois, assumindo uma posição credora (recebendo juros).

10 – Qual é a principal escolha financeira que devemos fazer ao decidir sobre o consumo, de acordo com o texto?

      A principal escolha é entre antecipar o consumo e pagar juros ou postergar o consumo e receber juros, o que impacta diretamente na gestão financeira pessoal.

 

CONTO: A AVÓ, A CIDADE E O SEMÁFORO - MIA COUTO - COM GABARITO

 CONTO: A avó, a cidade e o semáforo

               Mia Couto

        Quando ouviu dizer que eu ia à cidade, Vovó Ndzima emitiu as maiores suspeitas:

        -- E vai ficar em casa de quem?

        -- Fico no hotel, avó.

        -- Hotel? Mas é casa de quem?

        Explicar, como? Ainda assim, ensaiei: de ninguém, ora. A velha fermentou nova desconfiança: uma casa de ninguém?

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCqliSHZim7Zwd1YDElnlt3Fxj5o87F8OwkugZ3y4Q_PCf1jNX-2D6WtCRW0dfPKUHvVhn74RABpdcd6rO-ogtLy2mrS-7xZYfSv2UWBBY_j1anVvgJAugmnFOcV9aJ_zr6oJ1mO4Y9Li7ni6BCDzpRK9HoqNIKzTCEN0oE-OWSD1NIq2E_Rc7ohGVryQ/s320/casa-de-av%C3%B3.jpg

        -- Ou melhor, avó: é de quem paga – palavreei, para a tranquilizar.

        Porém, só agravei – um lugar de quem paga? E que espíritos guardam uma casa como essa?

        A mim me tinha cabido um prêmio do Ministério. Eu tinha sido o melhor professor rural. E o prêmio era visitar a grande cidade. Quando, em casa, anunciei a boa nova, a minha mais-velha não se impressionou com meu orgulho. E franziu a voz:

        -- E, lá, quem lhe faz o prato?

        -- Um cozinheiro, avó.

        -- Como se chama esse cozinheiro?

        Ri, sem palavra. Mas, para ela, não havia riso, nem motivo. Cozinhar é o mais privado e arriscado ato. No alimento se coloca ternura ou ódio. Na panela se verte tempero ou veneno. Quem assegurava a pureza da peneira e do pilão? Como podia eu deixar essa tarefa, tão íntima, ficar em mão anônima? Nem pensar, nunca tal se viu, sujeitar-se a um cozinhador de que nem o rosto se conhece.

        -- Cozinhar não é serviço, meu neto – disse ela. – Cozinhar é um modo de amar os outros.

        Ainda tentei desviar-me, ganhar uma distração. Mas as perguntas se somavam, sem fim.

        -- Lá, aquela gente tira água do poço?

        -- Ora, avó...

        -- Quero saber é se tiram todos do mesmo poço...

        Poço, fogueira, esteira: o assunto pedia muita explicação. E divaguei, longo e lento. Que aquilo, lá, tudo era de outro fazer. Mas ela não arredou coração. Não ter família, lá na cidade, era coisa que não lhe cabia. A pessoa viaja é para ser esperado, do outro lado a mão de gente que é nossa, com nome e história. Como um laço que pede as duas pontas. Agora, eu dirigir-me para lugar incógnito onde se deslavavam os nomes! Para a avó, um país estrangeiro começa onde já não reconhecemos parente.

        -- Vai deitar em cama que uma qualquer lençolou?

        Na aldeia era simples: todos dormiam despidos, enrolados numa capulana ou numa manta conforme os climas. Mas lá, na cidade, o dormente vai para o sono todo vestido. E isso minha avó achava de mais. Não é nus que somos vulneráveis. Vestidos é que somos visitados pelas valoyi e ficamos à disposição dos seus intentos. Foi quando ela pediu. Eu que levasse uma moça da aldeia para me arrumar os preceitos do viver.

        -- Avó, nenhuma moça não existe.

        Dia seguinte, penetrei na penumbra da cozinha, preparado para breve e sumária despedida, quando deparei com ela, bem sentada no meio do terreiro. Parecia estar entronada, a cadeira bem no centro do universo. Mostrou-me uns papéis.

        -- São os bilhetes.

        -- Que bilhetes?

        -- Eu vou consigo, meu neto.

        Foi assim que me vi, acabrunhado, no velho autocarro. Engolíamos poeiras enquanto os alto-falantes espalhavam um roufenho ximandjemandje. A avó Ndzima, gordíssima, esparramada no assento, ia dormindo. No colo enorme, a avó transportava a cangarra com galinhas vivas. Antes de partir, ainda a tentara demover: ao menos fossem pouquitas as aves de criação.

        -- Poucas como? Se você mesmo disse que lá não semeiam capoeiras.

        Quando entramos no hotel, a gerência não autorizou aquela invasão avícola. Todavia, a avó falou tanto e tão alto que lhe abriram alas pelos corredores. Depois de instalados, Ndzima desceu à cozinha. Não me quis como companhia. Demorou tempo de mais. Não poderia estar apenas a entregar os galináceos. Por fim, lá saiu. Vinha de sorriso:

        -- Pronto, já confirmei sobre o cozinheiro...

        -- Confirmou o quê, avó?

        -- Ele é da nossa terra, não há problema. Só falta conhecer quem faz a sua cama.

        Aconteceu, depois. Chegado do Ministério, dei pela ausência da avó. Não estava no quarto, nem no hotel. Me urgenciei, aflito, pelas ruas no encalço dela. E deparei com o que viria a repetir-se todas tardes, a vovó Ndzima entre os mendigos, na esquina dos semáforos. Um aperto me minguou o coração: pedinte, a nossa mais-velha?! As luzes do semáforo me chicoteavam o rosto:

        -- Venha para casa, avó!

        -- Casa?!

        -- Para o hotel. Venha.

        Passou-se o tempo. Por fim, chegou o dia do regresso à nossa aldeia. Fui ao quarto da vovó para lhe oferecer ajuda para os carregos. Tombou-me o peito ao assomar à porta: ela estava derramada no chão, onde sempre dormira, as tralhas espalhadas sem nenhum propósito de serem embaladas.

        -- Ainda não fez as malas, avó?

        -- Vou ficar, meu neto.

        O silêncio me atropelou, um riso parvo pincelando-me o rosto.

        -- Vai ficar, como?

        -- Não se preocupe. Eu já conheço os cantos disto aqui.

        -- Vai ficar sozinha?

        -- Lá, na aldeia, ainda estou mais sozinha.

        A sua certeza era tanta que o meu argumento murchou. O autocarro demorou a sair. Quando passamos pela esquina dos semáforos, não tive coragem de olhar para trás.

        O verão passou e as chuvadas já não espreitavam os céus quando recebi encomenda de Ndzima. Abri, sôfrego, o envelope. E entre os meus dedos uns dinheiros, velhos e encarquilhados, tombaram no chão da escola. Um bilhete, que ela ditara para que alguém escrevesse, explicava: a avó me pagava uma passagem para que eu a visitasse na cidade. Senti luzes me acendendo o rosto ao ler as últimas linhas da carta: “... agora, neto, durmo aqui perto do semáforo. Faz-me bem aquelas luzinhas, amarelas, vermelhas. Quando fecho os olhos até parece que escuto a fogueira, crepitando em nosso velho quintal...”.

COUTO, Mia. A avó, a cidade e o semáforo. In: COUTO, Mia. O fio das missangas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 125-129.

Fonte: Linguagens em Interação – Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Juliana Vegas Chinaglia – 1ª edição, São Paulo, 2020 – IBEP – p. 258-260.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Capulana: pano utilizado tradicionalmente pelas mulheres de Moçambique e de outros países da África para diversas funções, como saia, adereço dos cabelos, toalha, cortina, entre outras.

·        Valoyi: na tradição moçambicana, são feiticeiras más que atormentam os indivíduos à noite.

·        Roufenho: fanho, que fala pelo nariz.

·        Ximandjemandje: ritmo musical.

·        Cangarra: cesto de palha.

·        Capoeira: terra preparada para cultivo.

02 – Qual foi a reação inicial da avó Ndzima ao saber que o neto ia para a cidade?

      A avó Ndzima ficou desconfiada e fez muitas perguntas, demonstrando preocupação com a segurança e os costumes do lugar onde o neto ficaria.

03 – Por que a avó Ndzima se preocupou com quem iria cozinhar para o neto na cidade?

      A avó Ndzima acreditava que cozinhar era um ato de amor e intimidade, e temia que um cozinheiro desconhecido pudesse colocar veneno na comida ou não preparar os alimentos com a devida ternura.

04 – O que o neto ganhou como prêmio e por que motivo?

      Ele ganhou um prêmio do Ministério por ter sido o melhor professor rural, que incluía uma visita à grande cidade.

05 – Por que a avó insistiu em acompanhar o neto na viagem à cidade?
      A avó Ndzima temia que o neto estivesse vulnerável em um lugar desconhecido e queria garantir que ele estivesse bem cuidado.

06 – Qual foi a reação do hotel em relação às galinhas que a avó levou?

      Inicialmente, a gerência do hotel não autorizou a entrada das galinhas, mas depois de muita insistência da avó, permitiram que ela as levasse.

07 – Por que a avó Ndzima se aproximou dos mendigos na cidade?

      A avó encontrou uma espécie de conforto e pertencimento entre os mendigos, sentindo-se mais próxima deles do que dos outros habitantes da cidade.

08 – O que a avó fez quando soube que o cozinheiro do hotel era da terra dela?

      Ela se tranquilizou, acreditando que, por ser da mesma terra, o cozinheiro prepararia a comida com o cuidado e o amor que ela julgava necessário.

09 – Por que a avó decidiu ficar na cidade em vez de voltar para a aldeia?

      A avó sentiu que estava mais sozinha na aldeia do que na cidade e que já conhecia bem os cantos do novo lugar.

10 – Qual foi a reação do neto ao saber que a avó queria ficar na cidade?

      Ele ficou surpreso e sem palavras, pois não esperava que a avó quisesse ficar sozinha na cidade.

11 – Qual o significado das luzes do semáforo para a avó no final da história?

      As luzes do semáforo a faziam lembrar da fogueira no quintal da aldeia, trazendo-lhe uma sensação de conforto e nostalgia, como se estivesse mais próxima de suas raízes.