domingo, 31 de julho de 2022

POEMA: O QUE É QUE EU QUERO PARA A VIDA? GONÇALO M. TAVARES - COM GABARITO

 Poema: O que é que eu quero para a vida?

             Gonçalo M. Tavares

25.
O que é que eu quero para a vida?
Oh, essa pergunta.

Quando era novo queria ser mais velho.
Depois comecei a querer ser mais novo.
Se pudéssemos ficar na idade em que não queremos ser mais
novos nem mais velhos, seria o ideal.
Mas nem sequer me lembro se essa idade existiu, quanto mais.

O que é que eu quero para a vida?
Logo de manhã a fazerem-me essa pergunta.
Se ma fizessem de noite eu sabia o que responder:
— Quero dormir!
Mas, assim, a fazerem-me a pergunta logo pela manhã, fico
sem palavras.

Voltem logo à noite, está bem?
Eu logo vos respondo.

TAVARES, Gonçalo M. O homem ou é tonto ou é mulher. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2005. p. 47.

             Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 198-9.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o tema do poema? 

      Dúvida e dificuldade em resolver questões existenciais; insatisfação do ser humano.

02 – De que forma o eu lírico trata o tema? 

      Com humor.

03 – Como você interpreta os versos a seguir? 

a)   "Oh, essa pergunta."

O eu lírico expressa que essa é uma pergunta recorrente. Pode expressar tédio, cansaço pela dificuldade em responde-la.

b)   "Mas nem sequer me lembro se essa idade existiu, quanto mais."

Expressa a dificuldade do eu lírico em se sentir satisfeito, pois nem consegue se lembrar de quando foi feliz.

04 – Qual é a diferença entre os poemas de José Craveirinha, Ondjaki e Gonçalo M. Tavares?

      Os poemas de José Craveirinha e Ondjaki apresentam dicção poética e temas africanos; o poema de Gonçalo M. Tavares tem caráter existencial/existencialista e, nesse sentido, reflete a dicção poética europeia, de Portugal.

05 – O poema apresenta marcas da literatura contemporânea? Justifique.

      Sim. A linguagem é prosaica, cotidiana, concisa; não há preocupação com a forma tradicional.

06 – Identifique características da língua portuguesa de Portugal no poema. 

      O uso do infinitivo: "Logo de manhã a fazerem-me essa pergunta."; "[...] a fazerem-me a pergunta logo pela manhã [...]". Emprego do pronome pessoal: "Se ma fizessem de noite eu sabia o que responder". 

07 – Você já fez esta pergunta: “O que é que eu quero para a vida?”.

      Resposta pessoal do aluno.

 

CONTO: O EDIFÍCIO - (FRAGMENTO) - MURILO RUBIÃO - COM GABARITO

 Conto: O edifício – Fragmento

            Murilo Rubião

“Chegará o dia em que os teus pardieiros se transformarão em edifícios: naquele dia ficarás fora da lei.”

Miqueias, VII, 11.

        Mais de cem anos foram necessários para se terminar as fundações do edifício que, segundo o manifesto de incorporação, teria ilimitado número de andares. As especificações técnicas, cálculos e plantas, eram perfeitas, não obstante o ceticismo com que o catedrático da Faculdade de Engenharia encarava o assunto. Obrigado a se manifestar sobre a matéria, por alunos insatisfeitos com o tom reticencioso do mestre, resvalava para a malícia afirmando tratar-se de “vagas experiências de outra escola de concretagem”.

        Batida a última estaca e concluídos os alicerces, o Conselho Superior da Fundação, a que incumbia a direção geral do empreendimento, dispensou os técnicos e operários para, em seguida, recrutar nova equipe de profissionais e artífices.

        1. A lenda

        Ao engenheiro responsável, recém-contratado, nada falaram das finalidades do prédio. Finalidades, aliás, que pouco interessavam a João Gaspar, orgulhoso como se encontrava de, no início da carreira, dirigir a construção do maior arranha-céu de que se tinha notícia.

        Ouviu atentamente as instruções dos conselheiros, cujas barbas brancas, terminadas em ponta, lhes emprestavam aspecto de severa pertinácia.

        Davam-lhe ampla liberdade, condicionando-a apenas a duas ou três normas, que deveriam ser corretamente observadas. A sua missão não seria somente exercer funções de natureza técnica. Envolvia toda a complexidade de um organismo singular. Os menores detalhes do funcionamento da empresa construtora estariam a seu cargo, cabendo-lhe proporcionar salários compensadores e constante assistência ao operariado. Competia-lhe, ainda, evitar quaisquer motivos de desarmonia entre os empregados. Essa diretriz, conforme lhe acentuaram, destinava-se a cumprir importante determinação dos falecidos idealizadores do projeto e anular a lenda corrente de que sobreviveria irremovível confusão no meio dos obreiros ao se atingir o octingentésimo andar do edifício e, consequentemente, o malogro definitivo do empreendimento.

        No decorrer das minuciosas explicações dos dirigentes da Fundação, o jovem engenheiro conservou-se tranquilo, demonstrando absoluta confiança em si, e nenhum receio quanto ao êxito das obras. Houve, todavia, uma hora em que se perturbou ligeiramente, gaguejando uma frase ambígua. Já terminara a entrevista e ele recolhia os papéis espalhados pela mesa, quando um dos velhos o advertiu:

        – Nesta construção não há lugar para os pretensiosos. Não pense em terminá-la, João Gaspar. Você morrerá bem antes disso. Nós que aqui estamos constituímos o terceiro Conselho da entidade e, como os anteriores, jamais alimentamos a vaidade de sermos o último.

        2. A advertência

        A mesma orientação que recebera dos seus superiores, o engenheiro a transmitiu aos subordinados imediatos. Nem sequer omitiu a advertência que o encabulara. E vendo que suas palavras tinham impressionado bem mais a seus ouvintes do que a ele as do ancião, sentiu-se plenamente satisfeito.

        3. A comissão

        João Gaspar era meticuloso e detestava improvisações. Antes de encher-se a primeira forma de concreto, instituiu uma comissão de controle para fiscalizar o pessoal, organizar tabelas de salários e elaborar um boletim destinado a registrar as ocorrências do dia.

        Essa medida valeu maior rendimento de trabalho e evitou, por diversas vezes, dissensões entre os assalariados.

        A fim de estimular a camaradagem entre os que lidavam na construção, desenvolviam-se aos domingos alegres programas sociais. Devido a esse e outros fatores, tudo corria tranquilamente, encaminhando-se a obra para as etapas previstas.

        De cinquenta em cinquenta andares, João Gaspar oferecia uma festa aos empregados. Fazia um discurso. Envelhecia.

        4. O baile

        Inquietante expectativa marcou a aproximação do 800º pavimento. Redobraram-se os cuidados, triplicou-se o número de membros da Comissão de Controle, cuja atividade se tornara incessante, superando dificuldades, aplainando divergências. Deliberadamente, adiou-se o baile que se realizava ao termo de cada cinquenta pisos concluídos.

        Afinal, dissiparam-se as preocupações. Haviam chegado sem embaraços ao octingentésimo andar. O acontecimento foi comemorado com uma festa maior que as precedentes.

        Pela madrugada, porém, o álcool ingerido em demasia e um incidente de pequena importância provocaram um conflito de incrível violência. Homens e mulheres, indiscriminadamente, se atracaram com ferocidade, transformando o salão num amontoado de destroços. Enquanto cadeiras e garrafas cortavam o ar, o engenheiro, aflito, lutava para acalmar os ânimos. Não conseguiu. Um objeto pesado atingiu-o na cabeça, pondo fim a seus esforços conciliatórios. Quando voltou a si, o corpo ensanguentado e dolorido pelas pancadas e pontapés que recebera após a queda, sentiu-se vítima de terrível cilada. De modo inesperado, cumprira-se a antiga predição.

        [...]

RUBIÃO, Murilo. In: SILVERMAN, Malcolm. O novo conto brasileiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. p. 231-238.

              Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 129-132.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Pardieiro: casa ou edifício velho, em ruínas.

·        Planta: mapa, projeto, esquema para a construção de um edifício ou casa.

·        Ceticismo: estado de quem duvida de tudo; descrença.

·        Pertinácia: persistência; obstinação, teimosia.

·        Octingentésimo: 800º = que ocupa, numa sequência, a posição do número oitocentos.

·        Malogro: fracasso; falta de êxito; insucesso.

·        Meticuloso: detalhista; que se preocupa com pormenores; minucioso, cuidadoso, cauteloso.

·        Dissensão: desentendimento; divergência de opiniões ou de interesse; desavença, dissidência; oposição.

02 – Você já ouviu falar em realismo fantástico ou realismo mágico?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Conhece as obras de representantes brasileiros dessa tendência literária, como Murilo Rubião e José J. Veiga?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Explique no caderno a alternativa que não se refere aos temas presentes no trecho que você leu.

a)   Aspectos absurdos e fantásticos da vida.

b)   Alienação motivada por trabalho mecânico e obsessivo.

c)   Possibilidade de controle da criação.

d)   Impossibilidade de mudar a realidade.

e)   Transmissão de obras para outras gerações.

Alternativa c: o conto revel a impossibilidade de controlar a criação.

05 – Que elementos desse trecho do conto “O edifício” extrapolam a realidade, ou seja, podem ser considerados fantásticos, absurdos ou extraordinários?

      O conto apresenta elementos simbólicos misteriosos, como a impossibilidade de terminar o edifício; a referência à maldição que se cumpre na conclusão do 800° andar; o fato de terem sido gastos mais de cem anos na construção das fundações do edifício; o número ilimitado de andares; o desconhecimento da finalidade da obra.

06 – Releia o terceiro parágrafo da parte 1, “A lenda”. Como você interpreta as exigências e recomendações feitas a João Gaspar pelos dirigentes da Fundação?

      Trata-se de uma ironia. As empresas, em geral, não têm como objetivo principal o bem-estar dos operários.

07 – Quantos andares foram concluídos até o trecho do conto que você leu?

      800 andares.

08 – Leia:

        Epígrafe, no contexto literário, é uma frase ou texto, geralmente de outro autor, colocado no início de um livro, capítulo, conto, poema etc. para lhe dar apoio temático ou resumir-lhe o sentido ou a motivação.

        Os contos de Murilo Rubião costumam ser precedidos de epígrafes bíblicas. No conto “O edifício”, a epígrafe é uma profecia, uma advertência. Com qual trecho da parte 4, “O baile”, a epígrafe do conto dialoga?

      “[...] sentiu-se vítima de terrível cilada. De modo inesperado, cumprira-se a antiga predição.”

09 – Muitos críticos e estudiosos consideram o conto “O edifício”, de Murilo Rubião, como uma metáfora da criação artística e uma narrativa metalinguística, pois reflete a respeito do ato de criação.

a)   Registre no caderno as características de uma obra de arte que podem ser inferidas pela leitura do conto.

I.             É coletiva e interminável.

II.           Cada geração dá sequência à obra iniciada anteriormente.

III.          É intertextual, pois dialoga com outros movimentos artísticos, com outras obras e com outros autores.

         Todas as alternativas estão corretas.

b)   Que trecho desse conto pode ser relacionado ao confronto entre inovação e tradição (escola tradicional ou acadêmica × escola de vanguarda)?

O trecho que fala do ceticismo do catedrático e da insatisfação dos alunos: “As especificações técnicas, cálculos e plantas, eram perfeitas, não obstante o ceticismo com que o catedrático da Faculdade de Engenharia encarava o assunto. Obrigado a se manifestar sobre a matéria, por alunos insatisfeitos como tom reticencioso do mestre, resvalava para a malícia afirmando tratar-se de ‘vagas experiência de outra escola de concretagem’”.

 

 

terça-feira, 26 de julho de 2022

FÁBULA: O LOBO E O CARNEIRO - ESOPO - COM GABARITO

 Fábula: O Lobo e o Carneiro

                ESOPO

   Um dia um lobo encontrou um carneirinho que se afastara do rebanho. O lobo precisava de uma boa razão para devorá-lo e ele disse:

        -- Você é o carneirinho que me insultou no ano passado!

        -- Não – disse o carneirinho. – No ano passado eu ainda não tinha nascido...

        -- Então você é o carneirinho que comeu a grama das minhas pastagens!

        -- Não – retrucou o carneirinho. – Sou tão pequeno que ainda não como grama.

        -- Então você é o carneirinho que bebeu no meu poço!

        -- Não – respondeu ainda o carneirinho. – Não preciso de água porque bebo o leite de minha mãe.

        O lobo saltou sobre o carneirinho, urrando:

        -- De qualquer modo, vou devorar você!

        Moral das História – “O tirano usa qualquer desculpa.".

           ESOPO. O lobo e o carneiro. In: FIGUEIREDO, Guilherme (Trad.). Fábulas de Esopo. São Paulo: Ediouro, 2005. p. 40.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 243-4.

Entendendo a fábula:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Pastagens: lugares no campo onde os animais se alimentam.

·        Urrando: berrando ou gritando muito forte.

02 – O que fez o lobo antes de devorar o carneiro?

      Apresentou motivos para justificar a ação dele.

03 – O carneiro reagiu à ação do lobo? O que ele fez?

      Sim, o carneiro reagiu, apresentando argumentos contrários às razões do lobo.

04 – As fábulas, normalmente, apresentam uma lição de moral a partir de uma pequena história. Pra você, qual seria outra moral dessa fábula?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Quem deseja fazer o mal usa qualquer desculpa.

05 – Releia o trecho a seguir:

        “Um dia um lobo encontrou um carneirinho que se afastara do rebanho. O lobo precisava de uma boa razão para devorá-lo e ele disse:

        -- Você é o carneirinho que me insultou no ano passado!”

a)   Em que tempo estão conjugados os verbos destacados? Copie a resposta correta no caderno.

Presente             --          Passado           --          Futuro.

b)   Quais palavras ou expressões no texto indicam:

I – O momento em que o lobo encontrou o carneirinho?

Um dia.

II – O momento em que o carneirinho o teria insultado?

No ano passado.

c)   Por quanto tempo o lobo precisou de uma razão para devorar o carneiro?

Durante todo o tempo da história.

d)   O que aconteceu antes: o encontro do lobo com o carneirinho ou o afastamento deste do rebanho?

O afastamento do carneirinho do rebanho.

e)   Considerando os verbos destacados no início desta questão, indique qual(is) deles transmite(m):

I – Uma ideia de ação pontual, que aconteceu num dado momento específico.

Encontrou e insultou.

II – Uma ideia de ação que se estende, se prolonga no tempo.

Precisava.

III – Uma ideia de ação ocorrida, mas anterior a outra que também aconteceu.

Afastara.

06 – Agora, releia outro trecho.

        “-- Então você é o carneirinho que bebeu no meu poço!

         -- Não – respondeu ainda o carneirinho. – Não preciso de água porque bebo o leite de minha mãe.”

·        Copie três verbos que foram usados nesse trecho para expressar acontecimentos permanentes ou ações que se repetem sempre.

É, preciso e bebo.

07 – Releia a última fala do lobo.

        “-- De qualquer modo, vou devorar você!”

·        De que outra forma ele poderia dizer “vou devorar”, usando apenas uma palavra?

Devorarei.

 

 

 

 

RESENHA: FILME -- OS VAMPIROS QUE SE MORDAM - COM GABARITO

 Resenha: OS VAMPIROS QUE SE MORDAM

 1 de outubro de 2010 No cinema / 1h 22min / Comédia

Direção: Jason Friedberg, Aaron Seltzer

Roteiro Jason Friedberg, Aaron Seltzer

Elenco: Jenn Proske, Matt Lanter, Ken Jeong

Título original Vampires Suck.

Twilight Fake

        Os fãs de Crepúsculo vão xingar muito o filme Os vampiros que se mordam no Twitter!

        Sabe aquelas comédias de Hollywood que tem tanta piada sem graça que você acaba rindo de tão bobas que são? Assim é “Os vampiros que se mordam”, uma paródia de Crepúsculo, Alice no País das Maravilhas, Black Eyed Peas e até da Lady Gaga. O melhor é que o Edward Cullen de mentira é interpretado pelo colírio Matt Lanter, o Liam de 90210 (Barrados no baile). Em todas as cenas, ele aparece falando quase dormindo com Bella (Jenn Proske) e usando muito (muito mesmo!) pó branco na cara, batom e delineador. É muito engraçado! Ainda rola uma briga feia entre fãs de Jacob e Edward e, em uma das cenas, o rosto de Bella vira um hambúrguer e a garota é atacada com garfo e faca pelos Cullen. Outro destaque é Jacob, interpretado por Chris Riggi, que aparece sem camisa o tempo inteiro. É de passar mal. Mas chega! Não vamos mais contar nada porque tem vááárias piadas legais.

        Talvez a única parte ruim é o filme não ter aquele ritmo agitado de comédias desse tipo, como Todo Mundo em Pânico. Mas é diversão garantida pra quem está a fim de dar risada com os amigos no cinema.

CRUZ, Phelipe. Capricho, São Paulo, ed. 1106, p. 90.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 241-2.

Entendendo a resenha:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Twilight: nome original da série Crepúsculo.

·        Fake: falso.

02 – Por que os fãs de Crepúsculo xingariam esse novo filme?

      Porque o novo filme é uma paródia do primeiro.

03 – O novo filme parodia apenas Crepúsculo?

      Não. Parodia também Alice no País das Maravilhas, a banda Black Eyed Peas e a cantora Lady Gaga.

04 – A leitura da resenha despertou em você a vontade de assistir a esse filme?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Com um colega, classifique os trechos abaixo de acordo com as seguintes ideias:

·        Algo que acontece sempre.

·        Algo que vai acontecer.   

        a)   “Os fãs de Crepúsculo vão xingar muito o filme Os vampiros que se mordam no Twitter!”

     Algo que vai acontecer.

b)   “Sabe aquelas comédias de Hollywood que têm tanta piada sem graça que você acaba rindo de tão bobas que são?”

    Algo que acontece sempre.

c)   “Mas é diversão garantida pra quem está a fim de dar risada com os amigos no cinema”.

      Algo que acontece sempre.

d)   “Não vamos mais contar nada [...]”.

Algo que vai acontecer.

06 – O que você observou para responder às questões da atividade anterior?

      Os verbos.

07 – Fizemos uma alteração no subtítulo da resenha. Observe.

        Os fãs de Crepúsculo vão xingar muito o filme Os vampiros que se mordam no Twitter!

        Os fãs de Crepúsculo xingaram muito o filme Os vampiros que se mordam no Twitter!   

a)   Qual dos dois subtítulos fala de algo que aconteceu no passado? E qual deles fala de algo que ainda vai acontecer no futuro?

O primeiro fala de algo que vai acontecer, e o segundo fala de algo que já aconteceu.    

b)   O que há no texto que ajudou você a perceber essa diferença? Justifique.

A locução verbal “vão xingar” (que dá a ideia de futuro) e o verbo “xingaram” (que indica passado).

08 – Observe o trecho em destaque:

        “Ainda rola uma briga feia entre fãs de Jacob e Edward e, em uma das cenas, o rosto de Bella vira um hambúrguer e a garota é atacada com garfo e faca pelos Cullen.”   

a)   Imagine as seguintes situações:

     I – O filme ainda será produzido num futuro próximo, mas você já sabe como será a cena descrita acima. Como descreveria essa cena a um amigo?

      “[...] em uma das cenas, o rosto de Bella vai virar (ou virará) um hambúrguer e a garota vai ser (ou será) atacada com garfo e faca pelos Cullen.”

     II – Você já assistiu ao filme e agora quer contar a um amigo como foi a cena descrita acima. Como a contaria?

      “[...] em uma das cenas, o rosto de Bella virou um hambúrguer e a garota foi atacada com garfo e faca pelos Cullen.”   

b)   O que mudou em seu modo de descrever a cena em cada uma dessas situações?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O uso de formas verbais em tempos diferentes.

NOTÍCIA: HÁ EXATOS 30 ANOS, NEVE SURPREENDIA MORADORES DA CAPITAL - ÉVELIN ARGENTA - COM GABARITO

 Notícia: Há exatos 30 anos, neve surpreendia moradores da Capital

Fenômeno em Porto Alegre aconteceu no dia 24 de agosto de 1984

ÉVELIN ARGENTA

        Um dia que está na memória de muitos porto-alegrenses. Há exatamente 30 anos, nevou em Porto Alegre. O fenômeno, que não ocorria há mais de 70 anos, foi registrado na tarde no dia 24 de agosto de 1984. Neste domingo (24), três décadas depois, uma onda de calor, que eleva as temperaturas aos 30°C, faz a história não parecer real.

        A neve foi destaque nas capas dos jornais do dia seguinte. Todos contavam com detalhes o momento do fenômeno. Pelos relatos da imprensa da época, o bairro mais atingido foi o Teresópolis, na zona sul da cidade.

        A neve durou cerca de meia hora e, em alguns pontos isolados, se estendeu por quase uma hora. Esse tempo foi o suficiente para que casas, carros e o chão ficassem cobertos por uma fina camada de gelo. Tempo suficiente para fazer brotar do chão bonecos de neve.

        A maioria das lembranças são de crianças e adolescentes, para quem o fato era inédito. A médica Patrícia Bianco lembra com detalhes o dia que nevou na Capital gaúcha. Morando há 4 anos em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ela conta como foi a experiência inédita para a menina que, na época, tinha 13 anos.

        "Estávamos no meio da aula quando começou a nevar. Não estava tão frio, mas estava úmido. Foi lindo! Fizemos tanto alvoroço que o professor liberou todo mundo para ir para o pátio. Ele não conseguiu retomar a aula depois", relembra.

        A arquiteta Vera Shultze lembra que a temperatura caiu bruscamente. "Nem estava tão frio. A temperatura caiu de uma hora para outra. Foi minha primeira pneumonia", conta.

        Quem recorda da neve fica admirado com as temperaturas da cidade nos últimos dias. Para o meteorologista da Rádio Gaúcha, Cleo Kunh, no entanto, não há estranheza.

        "Nós temos o costume de pensar que o tempo é cíclico e, na verdade, não é. Não podemos fazer projeções do futuro se baseando no passado, quando o assunto é previsão do tempo", explica.

        Para Cléo, as mudanças de temperatura nesses últimos 30 anos não podem ser relacionadas com o aquecimento global, por exemplo. "O aquecimento global é responsável pelas mudanças bruscas no comportamento do tempo, como tufões, furacões. As alterações de temperatura desse tipo tem muito mais a ver com os ciclos pelos quais a Terra passa. É completamente normal".

Publicado em: 24 ago. 2014. Disponível em: http://gaucha.clicrbs.com.br/rs/noticia-aberta/ha-exatos-30-anos-neve-surpreendia-mordores-da-capital-113480.html. Acesso em: 6 fev. 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 236-7.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é o assunto dessa notícia? Copie no caderno umas das opções a seguir.

   Economia.

·        Clima.

·        Esporte.

·        Educação.

02 – Copie no caderno a frase em que a palavra destacada expressa um fenômeno meteorológico.

·        “Há exatamente 30 anos, nevou em Porto Alegre”.

·        “A maioria das lembranças são de crianças e adolescentes [...]”.

·        “Ele não conseguiu retomar a aula depois”.

03 – Note que o jornalista usou a palavra liberou para informar que o professor fez algo par tentar acalmar a classe. O que essa palavra indica? Copie no caderno a opção adequada.

·        Estado.

·        Mudança de estado.

·        Ação.

·        Fenômeno meteorológico.

04 – Releia o trecho a seguir.

        “Um dia que está na memória de muitos porto-alegrenses.”. O que designa a palavra está? Copie no caderno a opção correta.

·        Estado.

·        Mudança de estado.

·        Ação.

·        Fenômeno meteorológico.

 

POEMA: NEM LUZ DE ASTRO NEM LUZ DE FLOR SOMENTE: UM MISTO... ALPHONSUS DE GUIMARAENS - COM GABARITO

 Poema: Nem luz de astro nem luz de flor somente: um misto ...

             Alphonsus de Guimaraens


Nem luz de astro nem luz de flor somente: um misto
De astro e flor. Que olhos tais e que tais lábios, certo,
(E só por serem seus) são muito mais do que isto...
Ela é a tulipa azul do meu sonho deserto.

Onde existe, não sei, mas quero crer que existo
No mesmo nicho astral entre luares aberto,
Em que branca de luz sublime a tenha visto,
Longe daqui talvez, talvez do céu bem perto.

Ela vem, (sororal!) vibrante como um sino,
Despertar-me no leito: ouro em tudo, — na face
De anjo morto, na voz, no olhar sobredivino.

Nasce a manhã, a luz tem cheiro... Ei-la que assoma
Pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce...
Oh sonora audição colorida do aroma!

Alphonsus de Guimarães. Obra completa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1960. p. 100.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 231-2.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Sororal: característico de sóror, isto é, de freira.

·        Sobredivino: mais que divino.

·        Ei-la: aí está ela; veja-a.

·        Assoma: aparece.

02 – Na terceira estrofe do poema, o eu lírico descreve sua amada. Copie no caderno três palavras dessa estrofe que remetem à religiosidade.

      Sororal, anjo, sobredivino.

03 – Copie no caderno a alternativa que resume melhor a descrição feita pelo eu lírico.

·        Ele descreve uma mulher de “carne e osso”, bem sensual.

·        Ele descreve uma mulher meio angelical, mais ligada às coisas do céu que às coisas da terra.

04 – Depois de ter sido despertado no leito pela amada, o eu lírico observa a manhã nascendo.

I – Na sua descrição que ele faz desse momento, aparece uma das figuras de linguagem que estudamos neste capítulo. Qual? Explique.

      Aparece a sinestesia, porque o eu lírico afirma que a luz tem cheiro. A figura torna-se ainda mais marcante no último verso, em que ele exclama: “Oh sonora audição colorida do aroma!”, misturando audição com visão e olfato.

II – Em sua opinião, em uma manhã luminosa, quando se está ao lado da pessoa amada, que cheiro a luz pode ter?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Um cheiro doce, um cheiro de alegria, um cheiro divino, etc.