segunda-feira, 18 de julho de 2022

ROMANCE: FLORES ARTIFICIAIS - FRAGMENTO - LUIZ RUFFATO - COM GABARITO

 Romance: Flores artificiais – Fragmento  

                  Luiz Ruffato

        [...] Na passagem do milênio, fui para o Brasil. Desembarquei no Galeão no dia 27 de dezembro de 1999, o apartamento estava limpo graças a dona Vera, que o areja de quinze em quinze dias. No começo da noite do dia 31, sentei na sala, enchi uma taça de vinho tinto, coloquei um CD de músicas antigas do Roberto Carlos, e preparei para esperar o século. A cidade fervia, foguetes estouravam, a vizinhança era um barulho só. Uma hora, cheguei na janela e de repente pessoas que nunca tinha visto me cumprimentavam, desejando Feliz Ano 2000.

        Sentei de novo na poltrona e comecei a pensar. O que tinha feito da vida? Não casei, não tive filhos, nunca mais tinha falado com meu irmão e nem com minhas irmãs. Não tinha amigos para conversar comigo. Quanto mais aproximava a meia-noite, mais angustiado ficava. Lembrei da minha mãe, que morreu quando eu tinha dezessete anos. Lembrei do meu pai, que na época ainda estava vivo, mas que eu não procurava há anos. Lembrei das mulheres que cruzaram o meu caminho. Parecia que naquela sala vazia estavam todos os meus fantasmas.

        Ouvi a contagem regressiva, jogado no sofá, de roupa e tudo, os olhos abertos, mas não vendo nada. Os barulhos da rua aumentaram, carros passaram buzinando, o som nos apartamentos vizinhos era ensurdecedor. Depois foi tudo diminuindo, e num momento determinado podia até ouvir a conversa do porteiro lá embaixo. O dia amanheceu e aos poucos a cidade foi acordando, deu meio-dia, veio a tarde, e de novo a noite, e eu deitado no mesmo lugar.

RUFATO, Luiz. Flores artificiais. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. p. 12-13.

                Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 53-5.

Entendendo o romance:

01 – A ação é um elemento fundamental em sequências narrativas. O trecho lido pode ser determinado em três partes, de acordo com o desenvolvimento cronológico das ações. Determine quando inicia e quando termina cada uma dessas partes.

a)   1ª parte (no dia 27 de dezembro).

De “[...] Na passagem” até “[...] de quinze em quinze dias” (1° parágrafo).

b)   2ª parte (no dia 31 de dezembro).

De “No começo da noite [...]” (1° parágrafo) até “[...] porteiro lá embaixo” (3° e último parágrafo).

c)   3ª parte (no dia seguinte ao ano novo).

De “O dia amanheceu [...]” até “[...] no mesmo lugar” (3° e último parágrafo).

d)   No 1º parágrafo, que formas verbais foram usadas para indicar as ações da personagem?

As formas verbais fui, desembarquei, sentei, enchi, coloquei, preparei, cheguei, comecei, etc. indicam a sequência das ações da personagem.

e)   Por que esses verbos estão no pretérito perfeito do indicativo?

Para indicar fatos que ocorreram antes do momento da narrativa.

02 – Releia estas duas passagens:

I. A cidade fervia, foguetes estouravam, a vizinhança, era um barulho só. Uma hora, cheguei na janela e de repente pessoas que nunca tinha visto me cumprimentavam, desejando Feliz Ano 2000.

II. O que tinha feito da vida? Não casei, não tive filhos, nunca mais tinha falado com meu irmão e nem com minhas irmãs. Não tinha amigos para conversar comigo. Quanto mais aproximava a meia-noite, mais angustiado ficava. Lembrei da minha mãe, que morreu quando eu tinha dezessete anos. Lembrei do meu pai, que na época ainda estava vivo mas que eu não procurava há anos. Lembrei das mulheres que cruzaram o meu caminho. Parecia que naquela sala vazia estavam todos os meus fantasmas.

Compare os trechos e responda:

a)   O trecho I apresenta uma descrição. Qual é o objetivo dela?

Mostrar que o cenário externo ao narrador-personagem é alegre e festivo.

b)   Em que tempo estão os verbos da descrição, no trecho I? Exemplifique.

Pretérito imperfeito: “A cidade fervia, foguetes estouravam, a vizinhança era um barulho só”; “[...] pessoas que nunca tinha visto me cumprimentavam [...]”.

c)   O trecho II, predominantemente narrativo, mostra uma reflexão do narrador. Sobre o que ele reflete?

Ele refere sobre a própria vida; faz uma retrospeção, um balanço dos fatos que viveu.

d)   No trecho II, que palavra resumo o estado de espírito do narrador-personagem?

A palavra angustiado: “Mais angustiado (eu) ficava”.

e)   Os acontecimentos narrados nos trechos I e II mantêm uma relação de causa e consequência. Que contraste podemos estabelecer entre eles?

À medida que se aproxima a virada do ano, enquanto a cidade e as pessoas vivem um clima de alegria e festa, pela passagem do ano (2000), o narrador-personagem reflete sobre a própria vida e se sente angustiado.

03 – Outra marca das sequências narrativas é o uso de palavras e expressões que indicam tempo e lugar. Identifique-as nos três parágrafos lidos. Copie a tabela a seguir no caderno e separe-as em dois blocos, preenchendo os espaços marcados com:

a)   Palavras e expressões que indicam TEMPO.

“Na passagem do milênio”; “no dia 27 de dezembro de 1999”; “de quinze em quinze dias”; “No começo da noite do dia 31”; “Uma hora”; “De repente”; “Ano 2000”; “Quanto mais aproximava a meia-noite”; “Quando eu tinha dezessete anos”; “Na época ainda estava vivo”; “há anos”; “contagem regressiva”; “depois”; “num determinado momento”; “O dia amanheceu”; “aos poucos”; “foi acordando”; “deu meio-dia”; “veio a tarde”; “e de novo a noite”.

b)   Palavras e expressões que indicam LUGAR.

“Brasil”; “Galeão”; “o apartamento”; “na sala”; “A cidade fervia”; “na janela”; “na poltrona”; “naquela sala vazia”; “jogado no sofá”; “barulhos da rua”; “nos apartamentos vizinhos”; “lá embaixo”; “a cidade”; “no mesmo lugar”.

 

TIRA: TURMA DA MÔNICA INTERNET - MAURÍCIO DE SOUSA - COM GABARITO

 Tira: Turma da Mônica Internet

 

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn0b4m92vd3SOCanfzIlaUHfVc97Gu9WYhh_CT1vcj_l2LmyKNJW9t6BmZQAB1BbAc61mumSRMYw1uF5Iu_b90CvMveRrb3k0mGVeTJVf0PypDxq8_yht8aU6_RafQEXAQhMBFXp5V01LgDJs8SoLk3ixz3ixbkRfpx5mmGFTaGA27JTKddQn1biV0/w424-h174/tira.jpg

SOUSA, Maurício de. Turma da Mônica. O Globo, Segundo Caderno, 13 maio 2009, p. 9.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 41-2.

        Navegar: v. (sXIV) 1 int. conduzir embarcação ou aeronave em segurança, entre pontos determinados <n. pelo rio Amazonas> <n. sobre o Atlântico> 2 t. d. cruzar (mar, espaço, etc.) em embarcação, aeronave, astronave, etc. <n. mares bravios> 3 int. fig. INF INTERN consultar sequencialmente diversos hipertextos, acionando os links neles contidos para passar de um para outro [...]

Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Objetiva, 2009.

Entendendo a tira:

01 – Em que consiste o humor da tira?

      No sentido atribuído por Chico Bento à palavra navegar.

02 – A qual acepção do verbete corresponde o sentido da palavra navegar, quando utilizada por Chico Bento? Justifique.

      Acepção 1: “Conduzir embarcação ou aeronave [...]”, porque ele aparece com um barco nas costas.

03 – No contexto da tira, a qual acepção do verbete deveria corresponder o sentido adequado?

      No contexto, o sentido adequado seria o da acepção 3: “Consultar sequencialmente diversos hipertextos, acionando os links [...]”.

04 – O que provocou a atitude da personagem Chico Bento?

      Ele desconhecia o outro significado da palavra navegar.

 

     

     

TEXTO: O CORPO FALA - DEMAIS - JOSÉ ANGELO GAIARSA - COM GABARITO

 Texto: O corpo fala – demais!

            José Angelo Gaiarsa

        Com Reich começamos a ampliar a noção de que o corpo fala tanto quanto a palavra. Na verdade sem este contexto, não-verbal, sem esta cara e gesto, sem este tom de voz, sem esta situação e personagens, a frase não terá sentido – este sentido. A análise da comunicação verbal feita levando-se em conta exclusivamente as palavras é tão inócua como estudar aerodinâmica na Lua – onde não há atmosfera e não pode existir avião como nós o conhecemos.

        O que dá sustentação, força e sentido aos pronunciamentos verbais é precisamente a cara, o tom de voz, o gesto e a posição. Tudo isso entra em cena, isto é, numa situação. (...)

        De tal forma a palavra engoliu a comunicação humana, que para a maior parte das pessoas ela é toda a comunicação. Mas tanto a observação atenta das pessoas como o cuidadoso registro cinematográfico das mesmas vão nos mostrando que qualquer diálogo envolve três conjuntos expressivos simultâneos – quando menos.

        Primeiro o que eu disse ou pensei – e que pode ser escrito. Depois o meu tom de voz e/ou a música da frase, que é inteiramente outra coisa, a revelar o tempo inteiro minha disposição emocional. Quando tristes, com raiva, interessados ou ressentidos, nossa voz revela o tempo todo os sentimentos que acreditamos secretos – ou que nem percebemos!

        Além da letra e da música da palavra, temos a encenação ou a dança gestual – as caras, as poses e gestos que acompanham a frase. Qualquer pronunciamento envolve todos esses elementos, e a alteração de qualquer um deles altera o sentido do que pretendemos comunicar. Sabemos todos que é assim, mas arrastados pelo sentido das palavras, quase nunca lembramos que é assim. Nem usamos – intencionalmente – o que sabemos.

        VAMOS ENTRAR

        Fizemos uma descrição da nossa capacidade expressiva vista por fora. Vamos tentar dizer alguma coisa sobre ela, conforme a percebemos interiormente.

        A imensa maioria das pessoas acredita, ao falar, que o importante é o rosário das palavras, que este rosário diz exatamente o que elas pretendem e, implicitamente, o que a música da voz e a dança dos gestos estarão completamente de acordo ou integradas às palavras ditas.

        Mas se fosse assim a pessoa não estranharia nada, nem a própria figura vista num teipe, nem a própria voz e suas inflexões ouvidas num gravador. Muito menos estranharia as reações dos outros “ao que ela disse!”.

        Nossa estranheza ante nossa imagem e nossa voz mede exatamente a distância ou a diferença entre o que pretendemos comunicar, e o que o outro recebe – ou entende.

        Como se percebe, é sempre o corpo que atrapalha! Quem manda ele não usar a voz certa ou fazer o gesto que cabe?

        É tal nossa inconsciência de nossa música vocal e do que ela insinua, dos nossos gestos e o que eles sugerem que, ao percebermos, que o outro não nos entendeu atribuímos a ele, invariavelmente, a culpa. Ele é que não prestou atenção, que não se interessa. Que está azedo ou com raiva, com inveja e quanto mais.

        Sempre ele, a culpa é sempre dele. Você conhece muito bem este refrão leitor – não conhece?

        Perceber o próprio corpo significa, em todas as situações, reconhecer todas as nossas intenções, tanto as que vão expressas nas palavras, como as que vão incluídas no tom da voz, nos gestos, nos olhares, na expressão da boca, no jeito do corpo... (...).

                 GAIARSA, José Ângelo. O que é corpo. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 14-25. Coleção Primeiros Passos.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 23 – 6.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Reich: Wilhelm Reich (1897-1957) foi um psicólogo e psicanalista austríaco.

·        Inócua: inocente, inofensiva; dispensável, desinteressante.

·        Aerodinâmica: estudo do ar e de outros gases em movimento.

·        Rosário das palavras: expressão de linguagem figurada que significa “muitas palavras pronunciadas de uma vez e sucessivamente”.

02 – O texto que você leu é um trecho do livro “O que é corpo”, de José Angelo Gaiarsa, que faz parte da coleção “Primeiros Passos”.

a)   De acordo com o título da coleção, a quem o texto se destina? Ou seja, qual é o seu público-alvo?

O público-alvo da coleção são pessoas não especializadas nos temas por ela trazidos, mas interessadas em conhece-los melhor.

b)   Em sua opinião, por que essa coleção tem esse nome?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A expressão “primeiros passos” sugere que o público a ser atingido não é especializado nos temas propostos. Trata-se de uma coleção que se propõe publicar sobre diversos assuntos para iniciantes.

03 – Entre as concepções e os pontos de vista apresentados a seguir há uma/um que não foi apresentado pelo autor. Registre-a/o no caderno.

a)   O enunciado verbal por si só nem sempre dá conta de expressar as intenções de quem fala/ouve.

b)   A linguagem corporal, junto com a verbal, constrói o sentido do que se quer comunicar na língua falada.

c)   Os diálogos orais se constroem simultaneamente com a linguagem verbal, a entonação e a linguagem gestual, em dada situação.

d)   Sem a expressão corporal e a entonação de voz, a palavra é destituída de sentido.

e)   Do mesmo modo que a palavra, a expressão corporal é capaz de produzir sentido.

04 – Registre no caderno a passagem em que o autor explica o que é contexto não verbal.

      A passagem do texto em que se encontra essa explicação está no início do primeiro parágrafo: “[...] o corpo fala tanto quanto a palavra. [...] sem esta cara e gesto, sem este tom de voz, sem esta situação e personagens, a frase não terá sentido – este sentido”.

05 – Registre no caderno a alternativa que não expressa um dos objetivos do texto.

a)   Apresentar informações a respeito da linguagem.

b)   Descrever o processo de interlocução.

c)   Apresentar conceitos.

d)   Dar instruções ao leitor, a fim de que ele melhore o seu desempenho linguístico.

06 – Em textos de divulgação científica, é comum o autor reescrever trechos sem alterar o sentido, ou seja, fazer uma paráfrase. A reescrita tem a finalidade de promover a clareza e facilitar a compreensão do texto.

a)   Leia:

        “Na verdade sem este contexto, não-verbal, sem esta cara e gesto, sem este tom de voz, sem esta situação e personagens, a frase não terá sentido – este sentido.”

a) Essa sentença, extraída do texto de José Angelo Gaiarsa, é paráfrase de outro trecho do mesmo texto. Identifique-o e registre-o no caderno.

      “O que dá sustentação, força e sentido aos pronunciamentos verbais é precisamente a cara, o tom de voz, o gesto e a posição. Tudo isso numa cena, isto é, numa situação”.

b)   Leia este outro trecho:

“[...] qualquer diálogo envolve três conjuntos expressivos simultâneos [...]”. Em que trecho do texto essa informação é paráfrase?

      No trecho seguinte: “Qualquer pronunciamento envolve todos esses elementos, e a alteração de qualquer um deles altera o sentido do que pretendemos comunicar”.

07 – Para organizar seus argumentos de forma didática, o autor enumera “três conjuntos expressivos simultâneos”, que, segundo ele, compõem o diálogo. Identifique-os e registre-os no caderno.

      Primeiro, a fala e/ou a escrita. Segundo, o tom de voz e/ou a música da frase. Terceiro, a encenação ou a dança gestual, a expressão corporal.

08 – Em algum(ns) dos trechos abaixo, o emprego da primeira pessoa do discurso representa o ponto de vista do autor e daqueles que compartilham de sua opinião. Registre esse(s) trecho(s) no caderno e justifique sua(s) escolha(s).

a)   Com Reich começamos a ampliar a noção de que o corpo fala tanto quanto a palavra.

b)   Fizemos uma descrição da nossa capacidade expressiva vista por fora.

c)   Primeiro o que eu disse ou pensei – e que pode ser escrito.

d)   Nossa estranheza ante nossa imagem e nossa voz mede exatamente a distância ou a diferença entre o que pretendemos comunicar e o que o outro recebe – ou entende.

      Trechos a e d. Em a, o uso da primeira pessoa do plural denota que o autor busca o aval nas teorias do psicanalista Wilhelm Reich e conta a adesão dos leitores, que certamente compartilham de seu ponto de vista. Em d, o autor se inclui entre aqueles que eventualmente vivem essa situação.

09 – Leia as afirmações a seguir:

 O processo interativo é uma encenação e os interlocutores são as personagens.

      A palavra é toda comunicação.

·        A falta de sintonia entre palavras, voz e gesto dificulta a interação.

·        O importante é o rosário de palavras       

      a)   Qual (ou quais) das afirmações representa(m) opiniões do autor? Registre-as no caderno.

O processo interativo é uma encenação e os interlocutores são as personagens. A falta de sintonia entre palavras, voz e gesto dificulta a interação.

b)   Qual (ou quais) das afirmações representa(m) opiniões do senso comum e é (são) contrária(s) à tese defendida pelo autor?

A palavra é toda comunicação. O importante é o rosário de palavras.

10 – Leia os recursos argumentativos expostos a seguir e registre no caderno aquele que não foi usado no texto.

a)   Citação de autoridade no assunto.

b)   Exemplificação e comparação.

c)   Contraposição de ideias.

d)   Enumeração de ideias.

e)   Uso de dados numéricos e estatísticos.

f)    Retomada de ideias usando o recurso da paráfrase (reescrita usando outras palavras).

11 – Você concorda com a tese do autor? Explique no caderno.

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

CARTUM: VEREDA TROPICAL - NANI - COM GABARITO

 Cartum: Vereda tropical

 

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   NANI. Vereda Tropical. Estado de Minas, Belo Horizonte, 27 ago. 2000. Cultura/Quadrinhos, p. 8.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 18.

Entendendo o cartum:

01 – No cartum “Vereda Tropical”, quem são os interlocutores? Justifique sua resposta com elementos do cartum.

      Um indígena e um homem de terno e gravata, que conversam entre si.

02 – Que pessoas ou grupos sociais a imagem e a fala de cada um deles pode representar? Justifique.

      A imagem de um indígena e a sua fala podem representar o povo oprimido, as minorias sociais marginalizadas, as classes pobres. A imagem do homem de termo e gravata e o seu comentário podem representar setores da elite, do poder, das classes sociais privilegiadas.

03 – Como você interpreta o comentário do segundo interlocutor?

      A fala do homem de terno e gravata parece negar a realidade denunciada pelo indígena.

04 – Qual dos interlocutores se refere a um contexto social e econômico mais amplo? E qual deles se refere a um contexto pessoal?

      O primeiro interlocutor referiu-se a um contexto social e econômico (“rico não fica preso”) mais amplo (“No Brasil”). O segundo referiu-se a um contexto pessoal (“Eu já fiquei preso”), referindo a dois elementos característicos da sociedade urbana: o trânsito e o elevador.

05 – De que se trata o cartum de Nani?

      No cartum um dos interlocutores refere-se a um contexto mais geral, a uma realidade mais ampla, enquanto o outro fala de um contexto pessoal para se referir ao lugar que ocupa na sociedade.

CARTUM: OS DESMANDAMENTOS - LOR - COM GABARITO

 Cartum: Os desmandamentos

 

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LOR. Os desmandamentos. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1992.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Trilhas e Tramas – Volume 1 – Leya – São Paulo – 2ª edição – 2016. p. 17-8.

Entendendo o cartum:

01 – Interlocutor é cada uma das pessoas que participam de uma situação de comunicação. No cartum que você leu, quem são os interlocutores? Justifique sua resposta com elementos do cartum.

      Os interlocutores são uma professora de História que dá aula a respeito da Revolução Francesa e seus alunos, que respondem à pergunta feita por ela.

02 – As respostas dos alunos foram as esperadas pela professora? Justifique.

      Não. Os alunos deram exemplos de fatos que contradizem o que passou a ser garantido como direitos do cidadão a partir da Revolução Francesa, enfatizando a desigualdade, o desrespeito, os privilégios e a impunidade que, segundo eles, caracterizam a realidade dos trabalhadores.

03 – Em que consiste o humor do cartum?

      O efeito humorístico é provocado pela quebra de expectativa entre a pergunta da professora e as respostas dos alunos.

04 – Em sua opinião, o que pode ter motivado os alunos a farem essas respostas?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os alunos podem ser suficientemente informados e “politizados” para fazer as críticas que fizeram ao capitalismo, ao sistema político e econômico, à justiça, ao funcionamento de determinadas instituições governamentais, etc. usando a ironia.

TEXTO: O RESISTENTE CAMELO - LEONORA E ARTHUR HORNBLOW - COM GABARITO

 Texto: O resistente camelo

           Leonora e Arthur Hornblow

        Há imensos desertos de areia na Arábia e na África.

        O clima ali é quente e seco. Existem longas extensões no deserto em que não há água. As pessoas não poderiam ir muito longe nele se não tivessem ajuda. Mas elas têm a ajuda do camelo.

        O camelo pode transportar uma pessoa, além de um fardo pesado. E ele não se importa de viver no deserto. Isso porque tem muitas vantagens que outros animais não têm.

        Às vezes, o vento sopra no deserto e a areia acaba entrando em tudo: por exemplo, nos olhos, ouvidos e nariz das pessoas. Mas não nos do camelo. Ele tem longos cílios que impedem a areia de entrar em seus olhos. Não entra nos ouvidos, porque ele possui pelos protegendo as orelhas. E tem a capacidade de fechar as narinas para que a areia não entre.

        A boca do camelo não é tão delicada quanto a dos outros animais. Ele é capaz de comer as plantas espinhosas do deserto sem machucá-la.

        As patas do camelo são grandes e chatas e não afundam na areia macia. Ele consegue andar trinta milhas num dia e passar vários dias sem comer nem beber.

        Mas é claro que, como todo mundo, ele também precisa de comida e água para viver. Só que não tão frequentemente quanto os outros animais. Quando tem comida, ele come muito. E guarda em sua corcunda. Quando tem água, também bebe um bocado. E conserva-a em outras partes do corpo.

        Depois vai usando a comida e a bebida à medida que vai necessitando.

        O camelo não é um animal amigável nem se importa com os seres humanos. Mas, para os povos do deserto, é um animal extremamente importante.

Leonora e Arthur Hornblow. Mamíferos. São Paulo: Melhoramentos. 1993.

Fonte: Língua portuguesa – Coleção Brasiliana – 5° ano – Ensino Fundamental – IBEP – 2ª ed. São Paulo – 2011. p. 57-9.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        África: um dos seis continentes que compõem o planeta.

·        Arábia: país da Ásia (continente), cujo nome oficial é Arábia Saudita.

02 – Quais são os adjetivos usados no texto para os substantivos abaixo: Exemplo: substantivo: camelo – adjetivo: resistente.

Desertos – clima – fardo – cílios – boca – plantas – patas – areia – animal.

      Substantivos: desertos – clima – plantas.

      Adjetivos: fardo: pesado; cílios: longos; boca: não é delicada; patas: grandes e chatas; areia: macia; animal: não é amigável; clima: quente e seco; desertos: imensos; plantas: espinhosas.

03 – Leia as frases abaixo observando as expressões destacadas:

·        A boca do camelo não é tão delicada quanto a dos outros animais.

·        O camelo é mais resistente do que os outros animais.

·        O camelo é menos amigável do que os outros animais.

Copie no caderno os adjetivos.

      Delicada – resistente – amigável.

04 – Conhecer os sufixos e saber que as palavras são derivadas pode nos ajudar, por exemplo, a saber se uma palavra é escrita com Z ou com S. Copie o exemplo e complete os quadros formando substantivos a partir de adjetivos e adjetivos a partir de substantivos.

        Rico – esperto – pobre – gentil. Adjetivo – substantivo

        Orgulho – atenção – medo – poder. Substantivo – adjetivo.

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Leia com atenção as seguintes informações e escreva outros exemplos, como as palavras formadas no exercício anterior.

a)   O sufixo –eza forma substantivos derivados de adjetivos.

Riqueza – esperteza – pobreza – gentileza.

b)   As palavras terminadas em –eza são palavras derivadas, formadas a partir de adjetivos: quem é belo tem beleza.

Rico – riqueza / esperto – esperteza / pobre – pobreza / gentil – gentileza.

c)   Palavras terminadas em –oso e –osa são adjetivos.

Orgulhoso – atencioso – medroso – poderoso.

d)   Os adjetivos terminados em –oso e –osa indicam que o ser tem uma qualidade em grande quantidade, como “quem tem muito orgulho é orgulhoso”.

Atenção – atencioso / medo – medroso / poder – poderoso.

TIRA: MINDUIM ÔNIBUS ESCOLAR - COM GABARITO

 Tira: Minduim ônibus escolar

 

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Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 285.

Entendendo a tira:

01 – O que as personagens parecem estar fazendo?

      As personagens estão aguardando o ônibus escolar.

02 – Encontre na tira uma frase com um verbo na voz passiva analítica.

      Cachorros não são permitidos no ônibus escolar.

03 – No último quadrinho, há uma fala inesperada. Que fala é essa?

      “Au”.

04 – Por que ela é inesperada?

      Porque é um latido.

05 – Qual a relação entre a fala do último quadrinho e a do quadrinho anterior?

      Elas se relacionam porque, ao latir, a personagem procura indicar que é um cachorro e que, se não são permitidos cachorros no ônibus escolar, ela não pode ir para a escola de ônibus.

domingo, 17 de julho de 2022

QUADRINHOS: CHICO BENTO - DITONGO/VERBO - COM GABARITO

 Quadrinhos: Chico Bento

 

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Maurício de Sousa. Chico Bento.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 303.

Entendendo os quadrinhos:

01 – Ao dizer, no primeiro quadrinho, que queria “um peixe bem fresco”, o que a senhora pretendia?

      Pretendia que Chico Bento escolhesse para ela um peixe bem fresco entre aqueles que estavam em sua banquinha, expostos à venda.

02 – Por que a reação de Chico Bento, no segundo quadrinho, é surpreendente e, por isso, pode provocar o riso?

      Porque quando alguém pede um peixe fresco não espera que o vendedor vá deixar seu trabalho e começar a pescar – atividade que pode, inclusive, ser demorada.

03 – Releia a fala de Chico Bento.

a)   A que classe gramatical pertence a palavra “deixa”? Qual sua grafia correta?

É um verbo. A grafia correta é deixa.

b)   Por que você acha que essa palavra não segue as regras ortográficas na fala de Chico Bento?

Ela foi grafada assim porque as tiras de Chico Bento retratam, de maneira exagerada ou estereotipada, a fala das pessoas que vivem na zona rural, ou seja, a fala “caipira”.

c)   E você? Como você fala essa palavra? Leia as frases a seguir rapidamente em voz alta, de maneira natural, e descubra: você pronuncia o i e o u destes ditongos?

·        Deixa comigo.

·        O laço está frouxo.

·        Põe o peixe na caixa.

Muito provavelmente, os alunos concluirão que não se pronunciam a semivogal nesses ditongos.

d)   Preste atenção à fala de pessoas que vivem em outras regiões. Por exemplo: apresentadores de TV, atores de novelas, radialistas, comunicadores da internet. Eles falam deixa ou “dexa”? Caixa ou “caxa”?

Provavelmente, nenhuma dessas pessoas pronuncia a semivogal; ou seja, quase todos falam “dexa” e “caxa”.

04 – Entre as frases a seguir, escolha a que apresenta uma conclusão mais adequada para a análise que você acaba de fazer. Então, copie-a no caderno.

·        Apenas as pessoas que vivem no interior do país falam “dexa” e “caxa”, em vez de deixa e caixa.

·        Independentemente da região onde mora, quase todo mundo fala “dexa” e “caxa”, em quase todas as situações. Mas isso não tem nenhuma relação com a regra ortográfica que estudamos nesta seção.

·        Nem sempre existe uma correspondência perfeita entre os sons da fala e as letras da escrita, por isso precisamos tomar cuidado na hora de identificar os ditongos e, assim, aplicar a regra para grafar a consoante que vem depois deles (s, ç ou x).