sábado, 2 de abril de 2022

TEXTO: O ESPAÇO DO CIDADÃO - FRAGMENTO - MILTON SANTOS - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA -COM GABARITO

 Texto: O espaço do cidadão – Fragmento

    

Do indivíduo ao cidadão

        [...]

        Uma coisa é a conquista de uma personalidade forte, capaz de romper com os preconceitos. Outra coisa é adquirir os instrumentos de realização eficaz dessa liberdade. Sozinhos, ficamos livres, mas não podemos exercitar a nossa liberdade. Com o grupo, encontramos os meios de multiplicar as forças individuais, me diante a organização. É assim que nosso campo de luta se alarga e que um maior número de pessoas se avizinha da consciência possível, rompendo as amarras da alienação. É também pela organização que pessoas inconformadas se reúnem, ampliando, destarte, sua força e arrastando, pela convicção e o exemplo, gente já predisposta mas ainda não solidamente instalada nesses princípios redentores.

        [...]

        Como categoria política, a cidadania pode e deve submeter-se a diversas propostas de realização: estamos no terreno de uma ideia que busca, de um lado, a sua teoria e que, de outro, busca a sua prática possível. A resposta a essas indagações resultará de um jogo em que à filosofia até mesmo se podem misturar ou se opor interesses mesquinhos gastrintestinais. Trata-se, em última análise, de um debate em procura de uma lei e, por isso, a resposta obtida é única, fixa, estável, permanente, ainda que seja o fruto de um arranjo apenas momentâneo. Dele podemos discordar intimamente – e até mesmo exprimir publicamente a nossa inconformidade, mas sua eficácia durará até que o equilíbrio que a gerou ceda lugar a um outro novo.

        [...]

        A luta pela cidadania não se esgota na confecção de uma lei ou da Constituição porque a lei é apenas uma concreção, um momento finito de um debate filosófico sempre inacabado. Assim como o indivíduo deve estar sempre vigiando a si mesmo para não se enredar pela alienação circundante, assim o cidadão, a partir das conquistas obtidas, tem de permanecer alerta para garantir e ampliar sua cidadania.

        Lugar e valor do indivíduo

        “O espaço impõe a cada coisa um determinado feixe de relações, porque cada coisa ocupa um lugar dado”.

        Cada homem vale pelo lugar onde está: o seu valor como produtor, consumidor, cidadão, depende de sua localização no território. Seu valor vai mudando, incessantemente, para melhor ou para pior, em função das diferenças de acessibilidade (tempo, frequência, preço), independentes de sua própria condição. Pessoas, com as mesmas virtualidades, a mesma formação, até mesmo o mesmo salário têm valor diferente segundo o lugar em que vivem: as oportunidades não são as mesmas. Por isso, a possibilidade de ser mais ou menos cidadão depende, em larga proporção, do ponto do território onde se está. Enquanto um lugar vem a ser condição de sua pobreza, um outro lugar poderia, no mesmo momento histórico, facilitar o acesso àqueles bens e serviços que lhes são teoricamente devidos, mas que, de fato, lhe faltam.

        [...]

SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. In: SILVA, Elisane; NEVES, Gervásio Rodrigo; MARTINS, Liana (org.). Milton Santos: O espaço da cidadania e outras reflexões. Porto Alegre: Fundação Ulisses Guimarães, 2011. p. 159-161.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 128-129.

Entendendo o texto:

01 – Com base no que foi lido, debatam sobre a diferença entre indivíduo e cidadão.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É esperado que os alunos compreendam como indivíduo a pessoa humana e como cidadão o indivíduo que está inserido em um contexto social e histórico e, por isso, tem suas ações submetidas a sistemas de justiça.

02 – Milton Santos considera que o valor do indivíduo enquanto cidadão está diretamente ligado aos espaços que ele frequenta e habita. Vocês concordam com essa visão? Justifiquem suas opiniões levando em conta a definição de cidadania apresentada no glossário da página anterior.

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Expliquem a afirmação “Sozinhos, ficamos livres, mas não podemos exercitar a nossa liberdade”, considerando o que já sabem de justiça, direito, dever e cidadania.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Espera-se que os alunos compreendam que, sozinhos, podemos ir contra sistemas que restringem as liberdades, mas nós não teremos força suficiente para modificar essas estruturas.

04 – Vocês concordam com as afirmações do autor sobre a luta pela cidadania? Justifiquem.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Incentive os alunos a justificar suas opiniões e a apresentar exemplos que corroborem seus pontos de vista.

05 – Em quais espaços podemos exercitar a cidadania?

      Em todos os espaços.

TIRA: RELAÇÕES PÚBLICAS - MAFALDA - COM GABARITO

 Tira: Relações públicas

Fonte da imagem -  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvAuvvpi1xCs6YSOd0V3KHJerl7V_OOtNYETxlN_HU0tLAWSN9Z1zsR1NTyS01zzOtyfXyA9W03DW4rnx_kaPpDAoXHQEHQ0MtnIUq6BCw91FX8-n03lLOMWoJAbXZopo4C8lWXg5FULsngsYj-yz2p5sXHCjlwpKIuO6OFOO8qHh2DczRtojH89sS/s414/TIRA%20CARAMELO.jpg


Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1998. v. 1, p. 113.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 149.

Entendendo a tira:

01 – De que trata esta tira?

      Trata-se de como deve trabalhar um relações públicas da empresa.

02 – Quem são as personagens?

      Manuelito e Susanita.

03 – Em certos contextos, a palavra um é numeral; em outros, é artigo indefinido. No 3° quadrinho, a palavra um é artigo ou numeral? Por quê?

      É numeral. Como Susanita pega muitos caramelos do saquinho, Manuelito, ao gritar a palavra um, emprega-a com o sentido de “apenas um”.

04 – E no 2° quadrinho? Justifique sua resposta.

      É artigo, pois se refere a um caramelo qualquer.

05 – Explique a contradição existente na fala de Manuelito.

      Manuelito, colocando-se no papel de empresário, como seu pai, quer mostrar-se humano, mas acaba revelando-se egoísta.

RELATO: JUVENTUDE TRANSFORMADORA - CRIATIVOS DA ESCOLA - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Relato: Juventude transformadora

       [...] A voz de jovens que transformam suas realidades

        Todos os dias, os mais de 48 milhões de jovens brasileiros entre 14 e 29 anos enfrentam os desafios de viver, estudar e trabalhar em um país de proporções continentais, desigualdades abismais e culturas diversas como o Brasil. São jovens como Conceição, que faz licenciatura teatral; ou Rodrigo, que acorda às 6h40 para pegar ônibus e ir para a escola; ou ainda Brena, que toca um projeto sobre igualdade de gênero na sua comunidade. [...]

        A construção dessas pessoas enquanto sujeitos de direito, no entanto, é moderna; nas sociedades greco-romanas, crianças ou adolescentes eram considerados meros objetos de propriedade ou uma fase de “imperfeição” provisória; no Brasil colônia, a depender da classe social, crianças e jovens tinham que trabalhar tanto quanto os adultos, e não lhes era resguardado nenhum tipo de proteção.

        Hoje, longe de ser considerada como uma fase passageira ou sem direitos, a juventude é compreendida como uma condição social de intensas transformações, atravessada e moldada por onde esse jovem nasce, sua classe social, seu gênero e raça, sendo a geração que mais sente na pele a presença ou ausência de políticas públicas ou do Estado em si, mas também aquela que é capaz de alterar e transformar o seu entorno.

        Segundo o último censo do IBGE de 2010, a população brasileira é majoritariamente jovem, sendo que 52% tem entre 14 e 29 anos e mais de 80% deles vivem em áreas urbanas. É também uma juventude multirracial; quase 50% deles se declara negro ou pardo, enquanto 34% branco. [...]

        “O jovem está em constante transformação. Ele é a transformação”, relata Rodrigo Cardoso, 17, um dos idealizadores do projeto Xeque Mate, que usa o xadrez para recuperar a autoestima de uma escola em São Gonçalo (RJ). “Ele é uma transformação ambulante, pode mudar de opinião e a cada dia trazer uma ideia nova. Tem também uma boa capacidade de adaptação, consegue absorver conhecimento e botá-lo em prática. É bom incluir os jovens nesse momento de transformação da sociedade, porque é aí que ele mostra todo seu potencial”.

        O olhar inovador para as questões da atualidade é, para Conceição Soares, de 20 anos, uma das qualidades inerentes da juventude. Ela é uma das responsáveis pelo Ecomuseu de Pacoti, museu comunitário que valoriza os saberes locais da homônima cidade cearense.

        “A gente costuma dizer que os jovens são o futuro, mas isso significa que eles são deixados para depois. Estamos vivendo o agora, experimentando o presente. Temos que ser agentes do presente”, afirma a jovem, que hoje cursa licenciatura em teatro.

[...].

Criativos da Escola. Dia da juventude: a voz de jovens que transformam suas realidades. Porvir, 12 ago. 2019. Disponível em: https://porvir.org/dia-da-juventude-a-voz-de-jovens-que-transformam-suas-realidades/. Acesso em: 11 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 200.

Entendendo o relato:

01 – De que maneira vocês acham que o trecho de texto acima se relaciona com o título do capítulo?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É importante que os alunos discutam que o principal papel do jovem é seu potencial de transformar a sociedade, seja por meio da escola, seja após o Ensino Médio, no mercado de trabalho ou por meio de outra atividade.

02 – Vocês concordam que o jovem é um importante agente transformador da sociedade? Reflitam sobre os exemplos que vocês viram ao longo deste capítulo, as intervenções que vocês fizeram e os caminhos de futuro que pretendem percorrer.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Esse é o momento para retomar exemplos e ações que foram realizadas no decorrer da trajetória escolar da turma com o intuito de refletir sobre os impactos dessas ações na comunidade e reconhecer o poder de transformação da juventude e da colaboração.

03 – Independentemente dos pontos centrais de seus projetos de vida, vocês acham que podem contribuir como agentes transformadores para uma sociedade mais justa, inclusiva e democrática? Como?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, independentemente dos caminhos escolhidos, é possível trilhá-los com consciência crítica e responsabilidade, trabalhando de maneira colaborativa para uma sociedade melhor.

 

RELATO: SER A MUDANÇA QUE QUERO VER NO MUNDO BASTA? - SANDRA CASELATO - COM GABARITO

 Relato: Ser a mudança que quero ver no mundo basta?

         A mudança social só acontece se houver mudança pessoal. Mas apenas a mudança pessoal não é suficiente para que haja mudança social. 

        No cenário atual, em que enfrentamos o aquecimento global, o consumo desenfreado de recursos naturais não renováveis, a degradação de solos agricultáveis, o aumento do desmatamento, o ressurgimento de pensamentos xenófobos nacionalistas e fascistas pelo mundo, a concentração cada vez maior de riqueza, o aumento da pobreza e a banalização de tudo isso – torna-se cada vez mais urgente a conscientização sobre a importância de pensarmos coletivamente transformações estruturais, sociais e com novos padrões de consumo, partilha justa e cuidado com o planeta.

        Mudanças nos padrões estruturais e socioculturais só acontecem quando há transformações em comportamentos individuais. Porém, a mudança pessoal isolada não é suficiente para que haja mudanças sociais ou culturais. 

        [...]

        Sem dúvida, nossas ações pessoais são importantes para a construção da coletividade. [...] A soma do que cada um faz individualmente constitui a forma como nos organizamos socialmente, como interagimos e nos relacionamos, como estabelecemos nossas instituições sociais e como nossa cultura se forma. 

        Porém, apenas a mudança de um indivíduo não é suficiente para que haja mudança social. "Uma andorinha só não faz verão", como diz o ditado.

        Para que haja mudanças significativas e impactantes é necessário existir uma massa crítica, uma quantidade mínima de pessoas para que uma nova dinâmica social possa se dar em cadeia de modo autossustentável.

        Por isso considero essencial o engajamento, a influência ativa e a organização de ações coletivas em relação às questões públicas, sociais e ambientais que afetam a todos nós. Importante conhecermos nosso poder pessoal, capacidade e possibilidade de influenciar e nos engajarmos coletivamente expandindo nosso círculo de influência com ações estratégicas e planejadas. 

        Uma andorinha sozinha pode influenciar muitas outras e juntas fazer um belo verão! 

CASELATO, Sandra. Ser a mudança que quero ver no mundo basta? ECOA, 4 fev. 2020. Disponível em: https://sandracaselato.blogosfera.uol.com.br/2020/02/04/ser-a-mudanca-que-quero-ver-no-mundo-basta/. Acesso em: 5 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 189.

Entendendo o relato:

01 – Na opinião de você, como o trecho se relaciona com o título desta unidade?

      Resposta pessoal do aluno Sugestão: É preciso pensar no coletivo e em como cada um pode contribuir para esse coletivo, seja neste momento escolar, seja em seus planos futuros.

02 – Como você responderia à pergunta feita no título do texto?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: De acordo com o texto, a mudança pessoal pode ser um primeiro passo, mas não é suficiente para a mudança social. Incentive a reflexão sobre as diferenças entre o alcance e a efetividade de ações individuais e coletivas.

03 – Para você, qual é a importância de atuar de forma consciente e coletiva na comunidade?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Agir de maneira coletiva é o caminho para promover grandes transformações sociais e garantir uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

04 – Como a atuação na sociedade está relacionada ao projeto de vida?

      Independentemente do projeto de vida de cada um, todos podem contribuir para uma sociedade melhor. Para isso, ao planejar o projeto de vida, é importante que cada um considere necessidades individuais e coletivas e pense em como isso pode se traduzir em contribuições para a sociedade.

TEXTO: CONCEPÇÕES DE JUVENTUDE QUE ESTÃO PRESENTES NAS POLÍTICAS PÚBLICAS - VIVÊNCIAS- PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Texto: Concepções de juventude que estão presentes nas políticas públicas

        Etapa problemática ou risco social

        [...] Pauta-se nos comportamentos considerados de risco como, por exemplo, envolvimento com a violência, a criminalidade [...]. No Brasil, este foi o enfoque predominante nas ações governamentais dos anos 1980 e 1990 que se concentraram em programas nas áreas da saúde e da segurança pública. Tais ações têm como objetivo ocupar o tempo livre dos jovens e eram direcionadas para públicos que apresentam características de vulnerabilidade, risco ou transgressão [...].

        Período preparatório                                       

        Nesta abordagem, a juventude é entendida como um período de transição entre a infância e a vida adulta. [...] Os jovens são, portanto, desqualificados e definidos pelo o que não são. Esta abordagem desconsidera a juventude como portadora de conhecimentos e vivências anteriores. Além disso, passa a ideia de um mundo adulto estável, para o qual se deve preparar.

        Juventude: Futuro do país

        Esta perspectiva deposita na juventude a resolução dos problemas de exclusão social e de desenvolvimento do país. Aposta em uma contribuição construtiva dos jovens para a solução dos problemas que afetam as comunidades em que vivem, porém ignora as suas necessidades e demandas. No Brasil, esse enfoque foi muito difundido nos anos 2000, por meio das agências de cooperação internacional, organismos multilaterais e fundações empresariais.

VALLE, Ana Luiza Rocha do; AZAMBUJA, Andréa; CARPEGIANI, Fernanda. Juventudes e Ensino Médio. São Paulo: Projeto Faz Sentido, 2016. p. 13. Disponível em: https://fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/08/20190111-RelatorioEstudoJovem_Fazsentido.pdf. Acesso em: 4 fev. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 110.

Entendendo o texto:

01 – Um dos títulos dos trechos acima é “Juventude: Futuro do país”. O que vocês pensam sobre isso? Os jovens são o futuro do país? Expliquem.

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Qual dos três trechos, na opinião de vocês, mais se aproxima da visão que vocês têm do que é (ou são) a juventude (ou juventudes)? Por quê? Caso não se identifiquem com nenhum deles, proponham um trecho que se aproxime mais do que vocês pensaram.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Medeie o diálogo propondo questões norteadores sobre cada item, auxiliando os alunos a sistematizar suas linhas de raciocínio.

03 – Leiam o trecho a seguir. Vocês concordam com o panorama descrito? Por quê?

        A participação de jovens no mercado de trabalho no Brasil é marcada por vários desafios, como informalidade, baixa remuneração, alto índice de rotatividade, precarização da relação de trabalho e dificuldade de conciliação entre estudos, responsabilidades familiares e trabalho. O desemprego entre os jovens brasileiros é de duas a três vezes maior do que o desemprego entre os adultos.

ORGANIZAÇÃO Internacional do Trabalho. Emprego Juvenil no Brasil. Disponível em: www.ilo.org./brasilia/temas/emprego/WCMS_618420/lang--pt/index.htm. Acesso em: 4 fev. 2020.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Auxilia os alunos a relacionar o excerto com a seção de abertura desta unidade, refletindo sobre o impacto do desamparo estrutural aos jovens.

 

RELATO: TRANSFORMANDO A REALIDADE AO MEU REDOR - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

Relato: Transformando a realidade ao meu redor

          Jovens reduzem evasão escolar de um jeito diferente no sertão do Ceará

         De acordo com o Censo Escolar 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil possui 2 milhões de crianças e jovens fora da escola sendo que, desse total, cerca de 1,3 milhão são adolescentes entre 15 e 17 anos. Essa situação também era um problema presente na Escola Estadual Adrião do Vale Nuvens, em Santana do Cariri (CE): só em 2017, 79 alunos abandonaram as aulas. Preocupadas com as consequências dessa exclusão escolar para o futuro dos colegas, três alunas do 2º ano do Ensino Médio decidiram agir. Era a largada do projeto “Células motivadoras: conectando-se com o futuro”, um dos premiados na 5ª Edição do Desafio Criativos da Escola, de 2019, iniciativa do Instituto Alana.

        Para entender os reais motivos que levavam tantos adolescentes a desistirem da escola, as alunas conversaram com os colegas em exclusão escolar para escutar os motivos da desistência. A vulnerabilidade social, o baixo incentivo familiar, a falta de estrutura da escola e a dificuldade de transporte eram problemas identificados frequentemente. [...] Após essas descobertas, as estudantes sentiram necessidade de se aproximar desses colegas e, com o auxílio dos educadores, começaram a visitá-los para apoiar seu retorno às aulas. 

        As garotas criaram, ainda, as “Cartas Quentes”, mensagens de incentivo escritas pelos próprios alunos para os colegas que estavam fora da escola, e organizaram rodas de conversa e palestras para dialogar sobre a importância de seguir os estudos. Como resultado, o número de alunos evadidos caiu para 59, em 2018, e despencou para apenas um caso no primeiro semestre deste ano. Hoje, todas as turmas do colégio têm uma “célula motivadora”, um grupo de apoio feito de jovem para jovem para incentivar que todos continuem frequentando as aulas. O projeto segue a todo vapor e as meninas pretendem expandir a iniciativa para outras duas escolas municipais de Santana do Cariri.

        [...]                                           

           JOVENS reduzem evasão escolar de um jeito diferente no sertão do Ceará. Criativos da escola. Disponível em: https://criativosdaescola.com.br/jovens-reduzem-evasao-escolar-de-um-jeito-diferente-no-sertao-o-ceara/. Acesso em: 30 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 154.

Entendendo o texto:

01 – O que vocês acham do projeto relatado nesse trecho?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – O resultado desse projeto seria diferente se não tivesse sido realizado em conjunto, “de jovem para jovem”? Expliquem.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A realização conjunta do projeto foi determinante para os resultados obtidos.

03 – Vocês já participaram de algum projeto com o objetivo de solucionar algum problema compartilhado por um grupo?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Caso algum dos alunos já tenha participado, valorize seu relato e oriente os demais a praticarem a escuta ativa.

04 – Projetos como o relato no trecho de texto acima mostram a importância da colaboração coletiva para a transformação de sonhos em realidade. Vocês consideram possível uma sociedade baseada na colaboração? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível e desejável que a sociedade seja baseada na colaboração.

 

 


FILOSOFIA: O UBUNTU COMO UMA ÉTICA SOCIAL - NATHALIA DA LUZ - VIVÊNCIAS - PROJETO DE VIDA - COM GABARITO

 Filosofia: O Ubuntu como uma ética social

         Ubuntu: a filosofia africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência

        Rio – Uma sociedade sustentada pelos pilares do respeito e da solidariedade faz parte da essência de ubuntu, filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, umas com as outras. Na tentativa da tradução para o português, ubuntu seria “humanidade para com os outros”. Uma pessoa com ubuntu tem consciência de que é afetada quando seus semelhantes são diminuídos, oprimidos.

        – De ubuntu, as pessoas devem saber que o mundo não é uma ilha: “Eu sou porque nós somos”. Eu sou humano, e a natureza humana implica compaixão, partilha, respeito, empatia – detalha Dirk Louw, doutor em Filosofia Africana pela Universidade de Stellenbosch (África do Sul).

        Dirk conta que não há uma origem exata da palavra. Estudiosos costumam se referir a ubuntu como uma ética “antiga” que vem sendo usada “desde tempos imemoriais”. [...]

        – No fundo, este fundamento tradicional africano articula um respeito básico pelos outros. Ele pode ser interpretado tanto como uma regra de conduta ou ética social. Ele descreve tanto o ser humano como “ser-com-os-outros” e prescreve que “ser-com-os-outros” deve ser tudo. [...]

        Na esfera política, o conceito é utilizado para enfatizar a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão, bem como na ética humanitária.

        [...]

LUZ, Nathalia da. Ubuntu: a filosofia africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência. Por dentro da África, 24 set. 2014. Disponível em: www.pordentrodaafrica.com/cultura/ubuntu-filosofia-africana-que-nutre-o-conceito-de-humanidade-em-sua-essencia. Acesso em: 16 jan. 2020.

Fonte: Vivências – Projeto de vida. Volume único – Ensino médio. Isabella & Sofia. 1ª ed. São Paulo, 2020. Editora Scipione. p. 127.

Entendendo a filosofia:

01 – Vocês já conheciam a filosofia ubuntu? Em caso afirmativo, compartilhem o que sabem. Vocês concordam com ela? Expliquem suas opiniões.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que os alunos conheçam a filosofia por meio de músicas e artistas que a difundem. Caso isso ocorra, incentive-os a apresentar essas referências à turma.

02 – O trecho acima afirma que ubuntu poder ser compreendido como “uma regra de conduta ou ética social”. O que vocês entendem por ética?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Aproveite o momento para mapear os conhecimentos prévios da turma sobre ética.

03 – Em que medida vocês acham que fortalecer o conceito do ubuntu pode fortalecer a coletividade?

     Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É esperado que os alunos compreendam que, ao exercitar a ideia de “ser-com-os-outros”, as ações e as decisões coletivas se tornam mais fáceis e mais fortes.

04 – Como o princípio de “eu sou porque nós somos” se relaciona com a igualdade e com a equidade?

      Ao afirmamos “eu sou porque nós somos”, estamos também afirmando que nós somos iguais (princípio da igualdade) e que devemos agir para que esse status de igualdade seja alcançado por todos (princípio da equidade).



quarta-feira, 30 de março de 2022

RECEITA DE POEMA DADAÍSTA - TRISTAN TZARA - COM GABARITO

 Receita de poema dadaísta

                 Tristan Tzara


Pegue um jornal.

Pegue a tesoura.

Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.

Recorte o artigo.

Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam este artigo e meta-as num saco.

Agite suavemente.

Tire em seguida cada pedaço um após o outro.

Copie conscienciosamente na ordem em que as palavras são tiradas do saco.

O poema se parecerá com você.

E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

TZARA, Tristan. Receita de poema dadaísta. In: TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.

Faraco, Carlos Emílio Língua portuguesa : linguagem e interação / Faraco, Moura, Maruxo Jr. -- 3. ed. -- São Paulo : Ática, 2016.p.56.

Entendendo o texto 

 01.Os dadaístas propunham a abolição da lógica. Como se expressa essa ideia no texto?

Principalmente pela instrução Agite, que enfatiza o papel do acaso.

 02. O poema revela total indiferença pela participação do leitor. Que trecho dele evidencia essa ideia?

Os dois últimos versos.

 


LENDA: COMO O SOL CHEGOU AOS ANIMAIS (LENDA INDÍGENA NORTE-AMERICANA) - WILLIAN JOHN BENNET - COM GABARITO

 Lenda: Como o sol chegou aos animais(lenda indígena norte-americana)

            William John Bennet

Há muitos e muitos anos, o mundo era todo escuro. Os animais viviam se esbarrando uns nos outros e nunca sabiam onde estavam naquela escuridão. Resolveram se reunir em conselho para decidir como resolver o problema.

— Precisamos de luz — disse a Coruja. Ela presidia o conselho porque enxergava no escuro melhor que os outros bichos. — Muito bem! Apoiado!— gritaram todos.

— Mas como vamos arranjar luz?

— Não vai ser fácil — avisou a Coruja.

— Dizem que existe luz no outro lado do mundo, mas é muito, muito longe. A viagem é perigosa. Quem for lá pode nunca mais voltar.

— Então quem deve ir? — gritaram todos a uma só voz.

— Quem vai se arriscar na viagem? Houve um longo silêncio. No escuro, todos os bichos encolheram os ombros. Por fim, ouviu-se uma vozinha.

— Posso tentar — disse a Toupeira.

— Minha cauda é longa. Se eu achar a luz, posso pegar, esconder nos pelos da cauda e trazer para cá.

E lá se foi a Toupeira a caminho do leste. Andou dias e dias pela terra escura, sem saber bem onde estava, até que viu uma pequena claridade no céu.

Correu em direção à luz, que se tornava cada vez mais forte. A luz cresceu e ficou tão brilhante que o bichinho tinha que franzir os olhos para não ficar cego. Até hoje, quando a gente vê uma toupeira, repara nos olhos fechadinhos e pensa que ela está dormindo.

Andando até o outro lado do mundo, a Toupeira finalmente achou o sol. Pegou um pedacinho, rápido como quem furta, embrulhou na cauda peluda e tomou o caminho de casa.

 — Podemos tentar mais uma vez — disse uma vozinha sumida.

— Dessa vez eu vou. — Quem? — perguntaram os bichos. — Quem falou?

— Eu, a Velha Aranha. Sei que sou muito pequena muito lenta, mas talvez eu consiga. Antes de partir, a Velha Aranha pegou um punhado de argila e, com as oito mãos, fez um potinho.

— A Toupeira e o Corvo não tinham onde trazer o sol — disse ela.

— Vou levar este potinho. Depois teceu um fio e prendeu numa pedra, dizendo: — A Toupeira e o Corvo ficaram cegos com a luz do sol no caminho de volta. Eu vou seguir esse fio. E se pôs a caminho do leste, desenrolando o fio à medida que andava. Quando chegou ao sol, pegou um pedacinho e colocou no potinho de barro. Brilhava tanto que ela mal enxergava, mas, segurando o fio estendido, pegou o caminho de casa.

Mas a viagem de volta era longa e o pedacinho de sol era muito quente para a pobre Toupeira carregar. O solzinho queimou todo o pelo da cauda dela, que caiu no chão. Por isso é que hoje, quando a gente vê uma toupeira, repara no rabo pelado que ela tem.

— A Toupeira tentou e fracassou — disseram os bichos.

— Nunca mais teremos luz! — Eu vou tentar — disse o Corvo.

— Talvez essa viagem seja para quem tem asas. O Corvo voou para o leste e chegou ao sol. Deu um mergulho na luz e arrancou um pedacinho com as garras afiadas. “A Toupeira tentou trazer o sol na cauda e não deu certo”, pensou o Corvo. “Vou levar a luz na cabeça.” O Corvo pôs o pedacinho de sol na cabeça e tomou o rumo de casa, mas o sol era quente demais e queimou as penas da cabeça dele. O Corvo ficou tonto e começou a voar em círculos, até que o pedacinho de sol caiu. É por isso que os corvos não têm penas no alto da cabeça e estão sempre voando em círculos.

— Agora não tem mais jeito — lamentaram os animais.

— A Toupeira tentou; o Corvo tentou, e ninguém conseguiu.

A Velha Aranha viajou toda iluminada, parecendo o próprio sol. Até hoje a teia brilha como se guardasse a luz do sol.

Quando afinal chegou em casa, todos os bichos puderam ver o mundo pela primeira vez. Olharam para a Aranha, tão pequenininha, imaginando como ela pudera fazer a viagem sozinha. Quando viram o potinho de barro com o pedacinho de sol dentro, aprenderam a fazer potes de argila e pôr ao sol para secar.

Mas a Velha Aranha também sofreu com o sol. Por isso é que até hoje ela tece a teia nas primeiras horas da manhã, antes de o sol esquentar.

BENNET, William J. O livro das virtudes II: o compasso moral. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 354-356

Faraco, Carlos Emílio Língua portuguesa : linguagem e interação / Faraco, Moura, Maruxo Jr. -- 3. ed. -- São Paulo : Ática, 2016.p.45-48.

Entendendo o texto

01. Em narrativas de lendas, é comum a presença de animais que falam e agem como seres humanos, assim como a ocorrência de ações “mágicas” ou extraordinárias.

·        Formule uma hipótese que procure explicar essa característica das narrativas legendárias.

          Resposta pessoal.

02. Nas lendas é também frequente haver explicações para fenômenos da natureza, como a chuva, o vento, a sucessão dos dias e noites, as estações do ano.

a) Quais fenômenos naturais são explicados por essa lenda indígena norte-americana?

A existência do dia e da noite e certas características físicas e comportamentais dos animais que são personagens da lenda.

b) Desses fenômenos, qual seria o principal no contexto da lenda?

A existência do dia e da noite.

c) Em sua opinião, por que histórias lendárias procuram explicar fenômenos naturais?

Resposta pessoal.

Sugestão: Nas mais diversas culturas humanas, a explicação dos fenômenos naturais sempre foi motivo de inquietação. Quando o desenvolvimento científico não permitia ainda a formulação de leis e explicações científicas baseadas na observação e no levantamento de hipóteses, as histórias de mitos e lendas ajudavam — e ainda ajudam — a construir relações, mágicas, extraordinárias, capazes de justificar a existência dos fenômenos.

03. Nas lendas e histórias de tradição oral dos povos indígenas do Brasil, muitas vezes há personagens representadas por animais.

a) Das lendas indígenas brasileiras que você conhece, quais são os animais que aparecem com mais frequência?

Resposta pessoal.

Sugestão: Nas lendas brasileiras, os animais frequentes são aqueles que constituem a fauna do Brasil: macacos de diversas espécies, jacarés, cobras, tartarugas e outros répteis, sapos e rãs, aves típicas (o papagaio, a maritaca, o joão-de-barro, etc.), a onça-pintada e outros felinos das florestas e dos cerrados.

b) Por que a toupeira não aparece nas lendas indígenas brasileiras?

     Porque a toupeira não faz parte da fauna brasileira.

04.Indique o sentido da expressão a gente, que ocorre em vários trechos do texto. A quem essa expressão se refere?

A expressão refere-se à coletividade dos leitores e equivale à primeira pessoa do plural.

05. Os nomes dos animais, como Coruja, Toupeira, Corvo, Aranha aparecem grafados no texto com inicial maiúscula. O que justificaria esse emprego das maiúsculas no texto?

A inicial maiúscula transforma o substantivo em nome próprio, o que personaliza os animais. Na lenda, cada animal representa um valor humano.

06.Prosopopeia ou personificação é o nome da figura de linguagem por meio da qual se atribuem características humanas a seres não humanos. Explique.

Nas lendas, a ocorrência de prosopopeia está ligada ao universo mágico, ao mundo extraordinário, e permite que valores humanos sejam apresentados de forma coletiva e alegórica.

NOTÍCIA: UM BANHO DE LUA EM ENCÉLADO - SALVADOR NOGUEIRA - COM GABARITO

 NOTÍCIA: Um banho de lua em Encélado

Por Salvador Nogueira

       A espaçonave Cassini faz nesta quarta-feira (28) o seu mais espetacular sobrevoo da misteriosa lua Encélado, atravessando as plumas de água que emanam desse satélite natural de Saturno, em busca de sinais claros de um ambiente amigável à vida em seu interior.

      A sonda passará a apenas 49 km da superfície — distância quase comparável à de aviões comerciais, que voam rotineiramente a 12 km de altitude. (Já satélites artificiais não costumam estar abaixo dos 200 km.) Não é a aproximação máxima que a espaçonave não tripulada já fez de Encélado, 5 10 mas é o mais perto que se chegou das plumas que emanam do hemisfério sul da lua.

      Ao tomar esse literal “banho de lua”, a Cassini buscará mais pistas do que existe no oceano global de água líquida que se esconde sob a crosta de gelo. Estudos recentes demonstraram que esse mar oculto tem um leito similar ao terrestre, rochoso e com atividade hidrotermal exposta diretamente à água.

      Um novo trabalho científico, recém-publicado na Nature Communications, modelou a composição do interior de Encélado com base na detecção de partículas ricas em silício nas plumas de água e sugeriu que a composição rochosa do interior da lua é semelhante à de meteoritos primitivos, com a formação de minerais serpentina e saponita. Caso isso esteja certo, a implicação é que Encélado se formou em tempos muito antigos, concomitantes com a formação do próprio Sistema Solar, há 4,6 bilhões de anos.

       Esse modelo também implica que há produção de hidrogênio molecular nas fontes hidrotermais dos oceanos de Encélado, e é isso uma das coisas que a Cassini tentará confirmar no sobrevoo desta quarta-feira. Com o instrumento INMS (espectrômetro de massa neutra e iônica), a sonda fará uma detecção da quantidade de hidrogênio molecular presente, o que ajudará a confirmar o modelo proposto de composição interna. Além disso, a detecção será empolgante no contexto de busca por ambientes habitáveis no Sistema Solar — pela quantidade de hidrogênio será possível estimar o nível de atividade hidrotermal e, portanto, a quantidade de energia disponível para ecossistemas em Encélado. Sem falar que na Terra há muitos microrganismos que consomem hidrogênio molecular em seu metabolismo.

Química orgânica

       O sobrevoo também fará uso do detector de poeira da Cassini (CDA), que obterá espectros de partículas mais pesadas presentes nas plumas — incluindo, talvez, moléculas orgânicas complexas. Os pesquisadores enfatizam que não será possível determinar se elas têm origem biológica, ou seja, se são produto de vida, mas o fato de encontrá-las será, por si só, empolgante.

       Por fim, um terceiro objetivo é determinar a natureza das plumas, se vêm de fontes pontuais na superfície ou se distribuem como cortinas por fissuras no solo congelado. Esta será a penúltima passagem da Cassini por Encélado. Ainda há mais uma marcada para o fim do ano, mas bem mais distante. A missão em si, que já estuda Saturno e suas luas desde 2004, tem fim marcado para 2017. As primeiras imagens pós-sobrevoo são esperadas para o fim da quinta-feira (29).

Fique de olho!

NOGUEIRA, Salvador. Um banho de lua em Encélado. Disponível em: . Acesso em: jan. 2016.

Faraco, Carlos Emílio Língua portuguesa : linguagem e interação / Faraco, Moura, Maruxo Jr. -- 3. ed. -- São Paulo : Ática, 2016.p.17-20.

 

         01. O texto foi originalmente publicado no dia 28 de outubro de 2015, em jornal impresso e em site. A versão que reproduzimos anteriormente é a extraída de site.

             a) Por que a data da publicação é relevante para a compreensão do texto?

                 O texto menciona explicitamente um evento principal (a passagem da sonda Cassini sobre a lua Encélado, do planeta Saturno) a ocorrer nessa data e alerta para eventos posteriores.

            b) Que relação a data de publicação tem com o gênero do texto e de que forma ela é essencial ao funcionamento desse gênero?

                 Sempre nos textos jornalísticos relatam fatos, a localização da data de publicação que permite determinar as coordenadas enunciativas temporais do texto.

      02. Salvador Nogueira, o autor do texto, é um jornalista brasileiro que se dedica ao jornalismo científico. Essa informação sobre o autor do texto pode contribuir de que forma para sua compreensão?

             Conhecer o autor e ter informações sobre seu trabalho pode ajudar o leitor a antecipar características do texto (o gênero, o portador, a forma de publicação, etc.) bem como o tipo de informações que poderá encontrar num texto de sua autoria. Isso tudo contribui para a compreensão.

03.Pela primeira leitura integral do texto, que gênero é esse e com que finalidade normalmente ele é mobilizado?

O gênero em questão é a notícia, que tem por finalidade relatar acontecimento recente, de interesse social.

04. Em sua opinião, qual é a informação mais importante do texto? Com que objetivo ele foi escrito?

Resposta pessoal.

 

 

MÚSICA(ATIVIDADES): SAUDADE DE ITAPOÃ - DORIVAL CAYMMI - COM GABARITO

 MÚSICA(ATIVIDADES): SAUDADE DE ITAPOÃ

                                Dorival Caymmi

Entendendo a canção

01. Que palavras usadas na canção permitem concluir que Itapoã é uma paisagem de praia?

Areia – Morena(mulher) – vento que ondula as águas

02. Qual(is) verso(s) sugere(m) que o eu lírico está longe de Itapoã?

Sugerem distanciamento os versos: “Saudade de Itapoã me deixa/ Eu nunca tive saudade igual/ Me traga boas notícias daquela terra toda manhã.”

03. Que relações você estabeleceria entre a melodia, a entonação e o ritmo?

Resposta pessoal.

Sugestão: Esses elementos ajudam a reforçar essa sensação de distância.

04. Releia os versos seguintes, prestando atenção nos sons representados pelas letras destacadas.

          Oh vento que faz cantigas nas folhas 

                    No alto do coqueiral

                    Oh vento que ondula as águas

a)   Que relações vocês estabeleceriam entre a repetição desses sons com o que está sendo dito nesses versos?

A repetição desses sons sugere a imitação sonora do próprio vento, sua ação nas folhas e nas águas.

b)   Que sensações e imagens você associaria a esses versos?

Resposta pessoal.

domingo, 27 de março de 2022

TIRINHA: MAFALDA E FELIPE - QUINO - COM GABARITO

 Tirinha: Mafaldo e Felipe

  


 Quino, Mafalda. N. 3. São Paulo, Global, 1982.

Fonte: Aulas de Redação – Maria Aparecida Negrinho – 6° série – 8ª edição – editora Ática 1999. São Paulo – p. 81.

Entendendo a tirinha:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Cultura: conjunto de valores espirituais e materiais da sociedade.

·        Ingênua: simples, pura, sem malícia.

·        Extremista: quem quer solucionar problemas sociais por meios radicais.

02 – Quem do grupo considera Felipe extremista?

      O amigo deles, Manolito.

03 – Quem considera Felipe um ingênuo?

      A Mafalda.

04 – Quem pensa que Felipe tem razão?

      A Mafaldo, embora ache ingênua ao mesmo tempo acha louvável.

05 – Pra você, por que o amigo Manolito acha as ideias do Felipe perigosas?

      Resposta pessoal do aluno.