quarta-feira, 2 de março de 2022

ANÚNCIO: MULHER GRÁVIDA - VEJA - SÃO PAULO - METONÍMIA - COM GABARITO

 Anúncio: Mulher grávida

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Veja São Paulo, 7/5/1997.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 132-3.

Entendendo o anúncio:

01 – Observe a imagem do anúncio. As mãos e o formato da barriga nos levam a crer que se trata de uma mulher grávida. Portanto, do ponto de vista da mulher e da família, o que significa essa barriga?

      Significa a maternidade, o papel de mãe que essa mulher em breve vai assumir.

02 – Observe estas relações:

        Barriga (parte) – mãe (todo).

        Barriga (efeito) – bebê (causa).

        Barriga (continente) – bebê (conteúdo).

        Qual é a figura de linguagem que utiliza esse tipo de mecanismo, ou seja, estabelece entre dois elementos uma relação de inclusão ou de implicação?

      A metonímia.

03 – Observe agora a parte verbal do anúncio. Ela apresenta ambiguidade, isto é, mais de um sentido, tanto no emprego da palavra presente quanto no da expressão “o que vem depois”.

a)   Que sentidos pode ter a palavra presente no contexto?

Ela tanto pode significar “este momento” (tempo) quanto “brinde”, “objeto doado”.

b)   Pelos elementos do anúncio, o que você supõe que seja “o que vem depois”?

Entre outras possibilidades, pode ser o próprio bebê, fisicamente; ou as alegrias que ele vai trazer; os presentes que ele dará à mãe no futuro, etc.

04 – A palavra presente, tomada como brinde, substitui outra palavra, implícita.

a)   Qual é ela?

O bebê.

b)   Qual é a figura de linguagem que utiliza esse tipo de mecanismo, ou seja, emprega uma palavra com o sentido de outra, pois há entre elas uma intersecção?

A metáfora.

05 – Os anúncios publicitários divulgados na época da comemoração do Dia das Mães normalmente se dirigem aos filhos, procurando envolve-los emocionalmente e, ao mesmo tempo, supervalorizar as ações das mães.

a)   O anúncio em estudo não se volta para o filho da mulher fotografada, uma vez que ele ainda não nasceu. A quem então pretende atingir como consumidor?

Aos maridos cujas esposas estão grávidas (elas já são meio mães); aos filhos em geral; por fim, a todos os homens e mulheres, que um dia também estiveram na barriga da mãe.

b)   Na sua opinião, o anúncio tem um apelo emocional ou não? Justifique.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O anúncio é menos apelativo do que outros, mas não deixa de ter certo apelo emocional ao expor a barriga materna.

c)   Por que, nesse anúncio, o consumidor – como filho – também é valorizado?

Porque o anúncio afirma que o melhor é “o que vem depois”, e uma das possibilidades de leitura, como foi visto, é de que essa expressão se refira ao filho ou à filha, ou seja, a todos nós.

06 – Esse anúncio não divulga um produto especificamente, mas promove um shopping center numa época de grande movimento comercial. Na parte inferior do anúncio, vemos o logotipo do shopping e o seguinte slogan publicitário: “Continental Shopping: cada vez melhor”. Troque ideias com os colegas e interprete: Que relações há entre esse slogan, a imagem e o texto verbal do anúncio?

      O slogan “cada vez melhor” também remete à ideia de futuro, assim como a imagem e o enunciado principal. É como se o anúncio sugerisse: Estamos prontos para servir bem agora, no Dia das Mães, e também no futuro, quando seu bebê houver nascido e você precisar de produtos para ele.

07 – Volte aos comentários iniciais dos publicitários entrevistados por Nelly de Carvalho. O anúncio estudado confirma ou não o comentário deles a respeito dos recursos de linguagem utilizados na publicidade? Por quê?

      Confirma, pois o anúncio foi construído essencialmente a partir do uso de metáfora e metonímia.

 

CAMPANHA: IGNORÂNCIA É FOGO. E CINZAS - FOLHA DO POVO DE MS - COM GABARITO

 Campanha: Ignorância é fogo. E cinzas


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        Ainda tem gente que acha que fogo ajuda a devolver força à terra e viço às pastagens. Jogue um balde de água fria nessa ideia. Afinal, é preciso muita piromania para achar que fogo faz bem à Natureza. Se fosse assim, o tronco calcinado aí da foto ainda seria uma árvore.

Folha do Povo de Mato Grosso do Sul, 20/9/2001.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 130-1.

Entendendo a campanha:

01 – O texto faz parte de uma campanha pública de conscientização.

a)   Qual é o tema dessa campanha?

Trata-se de uma campanha contra a prática de pôr fogo nas pastagens com a finalidade de fortalecer a terra.

b)   Observe o nome do jornal e verifique o Estado em que foi publicado. Quem é o interlocutor que o texto pretende atingir?

Os agricultores da região de Mato Grosso do Sul.

02 – No enunciado em destaque, lemos “Ignorância é fogo”. Essa frase apresenta dois sentidos possíveis.

a)   Quais são esses sentidos?

O sentido de que “ignorância não é fácil”, ou “ignorância é de difícil trato” e o de que “a ignorância leva ao fogo, à destruição”.

b)   Em qual deles a palavra fogo constitui uma metáfora?

No segundo caso, pois está aproximando dois elementos diferentes: ignorância e fogo.

03 – Compare:

        “Ignorância é fogo”.

        “E (ignorância é) cinzas”.

a)   Que figura de linguagem a aproximação entre ignorância e cinzas constitui?

Uma metáfora.

b)   A palavra cinzas representa o efeito de uma causa. Que causa é essa?

O fogo ou a destruição causada por ele.

c)   Que figura de linguagem se verifica nessa relação entre a causa e o efeito?

Uma metonímia.

04 – No texto ao lado da foto, lemos:

        “Ainda tem gente que acha que fogo ajuda a devolver força à terra e viço às pastagens. Jogue um balde de água fria nessa ideia.” Qual é o sentido da expressão balde de água fria, no contexto?

      Desistir dessa ideia.

05 – As figuras de linguagem não existem apenas na linguagem verbal. Elas também podem ocorrer em linguagens não verbais, como o cinema, a música, a fotografia, o código de trânsito, etc. Observe a foto que acompanha o texto.

a)   Com que o tronco queimado se parece?

Ele se parece com um jacaré.

b)   A imagem é parte de um todo e representa o efeito de uma causa. De acordo com o sentido global do texto, qual é a causa ou o todo que o tronco representa?

Ele é parte da queimada (ou da destruição provocada pelo fogo), assim como o resultado dela.

c)   Portanto, que figura de linguagem essa imagem constitui?

Uma metonímia.

06 – Considerando a finalidade desse texto de campanha pública, você acha que os recursos utilizados, tanto na linguagem verbal quanto na linguagem visual, atingem o objetivo pretendido? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, pois o texto e imagem chocam o leitor e mostram (inclusive pela imagem) como a falta de informações pode levar à destruição da fauna, da flora e do solo.

POEMA: AMOR À PRIMEIRA VISTA - ROSEANA MURRAY - COM GABARITO

 Poema: Amor à Primeira Vista

             Roseana Murray


Amor à primeira vista

É alma trocando de corpo

feito pássaro de ninho

é sede repentina

sede da água do outro.

Fruta no ponto. São Paulo: FTD, 1991. p. 13.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 123-4.

Entendendo o poema:

01 – Nos textos conceituais, é comum o autor utilizar uma linguagem objetiva e científica. O poema é uma tentativa de conceituar o amor. Sua linguagem é objetiva e científica, ou é figurada, conotativa?

      É figurada, conotativa.

02 – Em seus textos, os poetas geralmente utilizam imagens, isto é, ao se referirem às coisas, não falam diretamente, mas sugerem-nas por meio de associações e comparações.

a)   Nos versos “Amor à primeira vista / é alma trocando de corpo”, explique o sentido dessa imagem.

É o desejo de ser o outro, de fundir-se ao outro num único ser.

b)   O verso “feito pássaro de ninho” estabelece uma comparação. Que elementos são comparados?

A comparação é estabelecida entre alma trocando de corpo e pássaro de ninho; a comparação sugere nascimento. Delicadeza, graça, movimento, liberdade, etc.

03 – Nos versos finais, o poeta utiliza outra imagem para conceituar o amor:

      Amor à primeira vista é sede repentinasede da água do outro.

a)   Explique o sentido da imagem sede repentina.

É uma necessidade urgente, que precisa ser satisfeita.

b)   O que significa água do outro no contexto?

Esse tipo de sede só pode ser satisfeito com a “água” (correspondência, amor, carinhos) que o outro pode oferecer.

04 – A linguagem poética consegue dizer com suas imagens aquilo que às vezes é indizível na linguagem comum. Faça uma experiência: tente reescrever o poema numa linguagem comum, denotativa. Depois, compare o resultado com o texto original e veja se o sentido se manteve.

      Resposta pessoal do aluno.

 

FOLHETO: DENGUE CRIANDO O PERIGO - COM GABARITO

 Folheto: Dengue Criando o perigo




Exterminando o perigo



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Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 116-7.

Entendendo o folheto:

01 – Na a página do folheto, lê-se: “Exterminando o mosquito da dengue”.

a)   O emprego do gerúndio exterminando transmite a ideia de uma ação que chegou ao fim ou de uma ação continua, que está ocorrendo no momento em que o leitor está lendo o folheto?

Transmite a ideia de uma ação contínua, que está ocorrendo no momento em que o leitor está lendo o folheto.

b)   Leia estes títulos de notícias, publicadas no jornal O Estado de S. Paulo, em 2002.

“Rio pode ter dia D no combate à dengue” (19/2/02).

“Hemorrágica: 1ª morte por vírus do Estado de SP” (19/2/02).

“Briga atrapalha combate à dengue, diz ministro” (25/2/02).

“Um brasileiro que sabe tudo dobre o mosquito. Nos EUA” (25/2/02).

“50 mil saem às ruas contra a dengue no Rio” (9/3/02).

Comparando a data em que o folheto foi distribuído com as datas dos títulos das notícias, o emprego do gerúndio ainda é, nos dias de hoje, adequado? Por quê?

      Sim, porque o extermínio do mosquito ainda não ocorreu e continua sendo um problema de saúde pública.

02 – A página do interior do folheto divide-se em duas partes: “Criando o perigo” e “Exterminando o perigo”. Na 1ª parte, são mostrados os locais onde o mosquito pode ser criado. Observe a a parte.

a)   O texto que ela apresenta é científico, argumentativo ou instrumental? Por quê?

É institucional, porque ensina como exterminar os criatórios do mosquito da dengue.

b)   Observe as formas verbais empregadas nessa parte. Em que modo elas estão? Por que, na sua opinião, foi empregado esse modo verbal no folheto?

Elas estão no imperativo; esse modo verbal foi empregado pelo fato de ser o que expressa uma ordem ou pedido.

03 – Ao se produzir o texto, leva-se em conta a situação de produção. Embora o folheto faça parte de uma campanha de combate à dengue, em nenhum momento ele explica o que é dengue nem como ela é transmitida.

a)   Por que você acha que isso acontece?

Como a campanha contra a dengue já é antiga e tem sido amplamente divulgada pela imprensa escrita e falada, quem produziu o folheto conta com o conhecimento prévio da população sobre o que é a doença e como ela é transmitida.

b)   Por que o folheto insiste em instruir sobre os cuidados com a água?

Porque o mosquito da dengue é criado em águas paradas.

c)   O folheto faz uso da linguagem verbal e não verbal. Que elemento não verbal do folheto indica a causa e a forma de transmissão da doença?

O desenho do mosquito.

d)   Com base nas informações veiculadas pelo noticiário e outras fontes, troque ideias com os colegas: O que é dengue? Como ela é transmitida e quais são seus sintomas?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É uma doença infecciosa produzida por vírus, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e caracterizada por cefaleia, dores musculares, comprometimento de vias aéreas superiores, febre, etc.

 



CRÔNICA: LIBERDADE, OH, LIBERDADE - DANUZA LEÃO - COM GABARITO

 Crônica: Liberdade, oh, liberdade

                  Danuza Leão

        Todo mundo quer ser livre; a liberdade é o bem mais precioso, almejado por homens e mulheres de todas as idades, e a luta para conquistá-la começa bem cedo.

        Desde os primeiros meses de idade, você só pensa em uma coisa: fazer apenas o que quer, na hora que quer, do jeito que quer.

        Crianças de meses rejeitam a mamadeira de três em três horas, mas choram quando têm fome – querem comer na hora que escolherem –, e quando um pouco mais grandinhas brigam para não vestir a roupa que a mãe escolheu. Ficam loucas para ir sozinhas para o colégio, e quando chegam em casa além do horário previsto, ai de quem perguntar onde elas estiveram. "Por aí" é o que respondem, quando respondem – e as mães que enlouqueçam.

        Quando adolescentes, as coisas pioram: querem a chave do carro (e a de casa), e quando começam a sair à noite e os pais tentam estabelecer uma hora para chegar, é guerra na certa, com as devidas consequências: quarto trancado, onde ninguém pode entrar nem para fazer uma arrumação básica. Naquele território ninguém entra, pois é o único do qual ele se sente dono – e, portanto, livre. A partir dos 12 anos, o sonho de todos os adolescentes é morar num apart –sozinhos, claro.

        Mas o tempo passa, vem um namoro mais sério, e quem ama não é – nem quer ser – livre (para que o outro também não seja). Dá para quem está namorando sumir por três dias? Claro que não. Se for passar o fim de semana na casa da avó, que mora em outra cidade, vai ter que dar o número do telefone – e isso lá é liberdade? E dos celulares, melhor nem falar.

        Aí um dia você começa a achar que, para ser livre mesmo, é preciso ser só; começa a se afastar de tudo e cancela o amor em sua vida – entre outras coisas. Ah, que maravilha: vai aonde quer, volta na hora em que bem entende, resolve se o almoço vai ser um sanduíche ou na-da, sem ninguém para reclamar da geladeira vazia, trocar o canal de televisão ou reclamar porque você está fumando no quarto. Ah, viver em to-tal liberdade é a melhor coisa do mundo. Mas a vida não é simples, e um dia você acorda pensando em se mudar de casa; fica horas pesando os prós e contras, mas não consegue decidir se deve ou não. Pensa em refrescar a cabeça e ir ao cinema, mas fica na dúvida – enfrentar a fila, será que vale a pena? Vê a foto de uma modelo na revista e tem vontade de cortar o cabelo – mas será que vai ficar bem? Acaba não fazendo nada, e depois de tantos anos sem precisar dar satisfação da vida a ninguém, começa a sentir uma estranha nostalgia.

        Como seria bom se tivesse alguém para dizer que é uma loucura fazer uma tatuagem; alguém que te aconselhasse a não trocar de carro agora – pra que, se o seu está tão bom? Que mostrasse o quanto você foi injusta com aquela amiga e precipitada quando largou o marido, o quanto foi rude com a faxineira por uma bobagem. Que falasse coisas que iam te irritar, desse conselhos que você iria seguir ou não, alguém com quem você pudesse brigar, que te atormentasse o juízo às vezes, para você poder reclamar bastante. Alguém que dissesse o que você deve ou não fazer, o que pode e o que não pode e até mesmo te proibisse de alguma coisa.

        E que às vezes notasse suas olheiras e falasse, de maneira firme, que você está muito magra e talvez exagerando na dieta; alguém que percebesse que, faltando dez dias para o final do mês, você só tem 50 reais na carteira e perguntasse se você não está precisando de alguma coisa. E que dissesse sempre, em qualquer circunstância, "vai dar tudo certo".

        Que falta faz um pai.

Danuza Leão. Folha de S. Paulo, 3/3/2002.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 113-5.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Almejado: desejado ardentemente.

·        Apart: o mesmo que apart-hotel (apartamento-hotel), espécie de apartamento com regalias de hotel: arrumadeira, lavanderia, cozinheira, manobrista, etc.

02 – A autora defende um ponto de vista a respeito da importância que tem a liberdade na vida das pessoas. Qual é esse ponto de vista e em que fases da vida o ser humano aspira pela liberdade?

      Ela defende o ponto de vista de que a liberdade é o bem mais desejado pelo ser humano em todas as fases da vida.

03 – No 4° parágrafo do texto, a autora diz que, na adolescência, “as coisas pioram”.

a)   Por que há conflitos entre pais e adolescentes?

Os conflitos ocorrem porque os adolescentes se rebelam contra as normas impostas pelos pais, como as de horário para chegar em casa.

b)   Que palavras empregadas pela autora reforçam a ideia de que o lar se transforma num campo de batalha?

As palavras guerra e território, que sugerem lutas e demarcação de espaços e fronteiras.

c)   Se o quarto é o único espaço do qual o adolescente se sente o dono, deduza: Que envolvimento ele tem com o restante da casa e com os problemas do lar?

Nenhum envolvimento; geralmente não se sente dono nem responsável pelo resto da casa; também não se interessa pelos problemas gerais da família.

04 – De acordo com o texto, “o sonho de todos os adolescentes é morar num apart – sozinhos, claro”.

a)   Das regalias que há no lar, quais o adolescente encontraria num apart-hotel?

Comida, roupa lavada e faxina.

b)   O adolescente tem condições concretas de manter um apart-hotel?

Não.

05 – Segundo a autora, a fase do “namoro mais sério” modifica a visão que até então a pessoa tinha de liberdade. “Quem ama”, diz ela, “não é – nem quer ser – livre”.

a)   Explique essa contradição.

Se a pessoa quer a sua liberdade, então precisa dar liberdade ao outro. Por amor, o ser humano começa a sacrificar sua liberdade para garantir a fidelidade do outro.

b)   Levante hipóteses: Por que, a respeito dos telefones celulares, a autora diz “melhor nem falar”?

Porque os celulares põem fim a certa “liberdade” do indivíduo, pois permitem que alguém, a distância, controle tudo o que o outro está fazendo.

06 – Morar sozinho é uma das etapas na conquista da liberdade. De acordo com o texto:

a)   Que vantagens há em morar sozinho?

A pessoa tem liberdade total para fazer o que deseja, sem dar satisfações a outra pessoa.

b)   E quais são as desvantagens?

A falta de um interlocutor para trocar ideias, para opinar sobre as mínimas coisas: corte de cabelo, ir ao cinema, etc.

07 – Releia este trecho:

        “[...] depois de tantos anos sem precisar dar satisfação da vida a ninguém, começa a sentir uma estranha nostalgia.” Veja alguns dos sentidos que a palavra nostalgia tem no dicionário:

        Nostalgia: s.f. 1 melancolia profunda causada pelo afastamento da terra natal [...] 3 saudades de algo, de um estado, de uma forma de existência que se deixou de ter; desejo de voltar ao passado.

Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

a)   No texto em estudo, a nostalgia se deve à falta de quê?

De conselhos, broncas, proibições e consolo.

b)   Que outro sentido ganha, nesse momento, tudo aquilo que antes parecia insuportável ao adolescente?

Ganha um sentido de carinho, de preocupação, de companheirismo, etc.

08 – Comparada com o início do texto, a frase: “Que falta faz um pai”, do final, é surpreendente.

a)   A palavra pai foi empregada conotativamente. Que sentidos ela apresenta no contexto?

Representa a família como um todo: a mãe, os irmãos, a companhia, a solidariedade, o companheirismo, etc.

b)   Levante hipóteses: Até alguém chegar a essa nova forma de ver o mundo, quantos anos terão se passado?

Parece que a cronista se refere a adultos com mais de 30 anos, que já passaram por muitas experiências.

c)   O reconhecimento, nesse estágio da vida, de que “sente falta do pai”, indica que o ser humano amadureceu? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestões: Sim, pois esse reconhecimento significa que as coisas estão sendo vistas de vários ângulos, que a pessoa aprendeu a ponderar, a ser mais tolerante, etc. Ou: Não, porque revela carência.

09 – Em sua trajetória de vida, o ser humano sofre profundas mudanças. De acordo com o texto, essas mudanças fazem com que ele deixe de valorizar a liberdade? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Não, ele apenas passa a ter uma visão diferente, menos radical, de liberdade. Passa a ver, por exemplo, que ser livre não é necessariamente ser só e que as demais pessoas sem sempre exercem opressão sobre nós. Sua preocupação pode ser, inclusive, uma forma de amor.

 

 

CAMPANHA: PREVENÇÃO AO CÂNCER DE MAMA - COM GABARITO

 Campanha: Prevenção ao câncer de mama


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Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 106-7.

Entendendo a campanha:

01 – O anúncio faz parte de uma campanha de prevenção ao câncer de mama. Dessa campanha, participam vários artistas, como a atriz Glória Pires. Na parte superior do anúncio, lemos o enunciado “Se toque”. No contexto, essa frase é ambígua, isto é, apresenta duplo sentido.

a)   Considerando que o anúncio tem a finalidade de alertar as mulheres sobre o risco do câncer de mama, que sentido tem esse enunciado?

Equivale a dizer “Fique atento”; “Cuidado”.

b)   Observe o gesto que a atriz está fazendo com as mãos. Considerando o gesto da atriz, que outro sentido tem o enunciado?

O de que as mulheres se toquem nos seios, a fim de observar se notam algo de diferente, como um nódulo, por exemplo, que possa ser sinal da doença.

02 – Tanto num sentido quanto no outro, o enunciado “Se toque” é dirigido ao leitor.

a)   Qual é a pessoa gramatical da palavra se?

3ª pessoa.

b)   Portanto, o sujeito de toque é eu, tu ou você?

Você.

03 – Abaixo da expressão “Se toque”, lemos: “Nas próximas páginas, você vai ver como ajudar a prevenir o câncer de mama no Brasil”. Compare a forma verbal toque à locução verbal vai ver. Considerando que as ações verbais podem expressar.

Certeza – Dúvida ou possibilidade – Ordem ou pedido.

a)   A qual desses sentidos a locução verbal vai ver corresponde?

Ao sentido de certeza, isto é, o leitor vai, com certeza, ver como ajudar a prevenir o câncer de mama.

b)   E a forma verbal toque?

Ao sentido de ordem ou pedido.

TIRA: GARFIELD CANSADO - JIM DAVIS - COM GABARITO

 Tira: Garfield cansado

         Jim Davis

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Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 91-2.

Entendendo a tira:

01 – No 1° balão, em “Estou cansado”?

a)   Qual é o tipo de sujeito dessa oração?

Sujeito desinencial.

b)   Qual é a função sintática do adjetivo cansado?

Predicativo do sujeito.

02 – Observe agora o texto de 2° balão: “Não só não consigo manter meus olhos abertos...”.

a)   Qual é o tipo de sujeito dessa oração?

Desinencial (eu).

b)   Qual é a predicação do verbo manter? Se ele tiver objeto(s), destaque-o(s).

Verbo transitivo direto; objeto direto: meus olhos.

c)   A palavra abertos desempenha nessa oração o papel de adjetivo, pois indica uma característica, o estado em que se encontra certo substantivo. Qual é esse substantivo?

Olhos.

03 – Leia agora o texto do 3° balão: “... como mal consigo manter abertos os olhos dos outros!”.

a)   Qual é o objeto do verbo manter?

Os olhos dos outros.

b)   Com que substantivo está concordando o adjetivo abertos?

Olhos.

MINI TEXTO: HORA DO MARINHEIRO PARTIR - CLARICE LISPECTOR - COM GABARITO

 Mini texto: Hora do marinheiro partir

                Clarice Lispector

        -- Você compreende, não é, mamãe, que eu não posso gostar de você a vida inteira.

Para não esquecer. São Paulo: Siciliano, 1992. p. 46.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª edição - Atual Editora -1998 – p. 88-9.

Entendendo o mini texto:

01 – O corpo do texto é formado por uma única fala de uma personagem. Em que tipo de discurso essa fala é apresentada?

      No discurso direto.

02 – Quem você acha que é o locutor dessa fala?

      Uma criança (provavelmente um menino) ou um adolescente.

03 – Justifique o título do texto.

      O título dá a entender que o filho já pensa no relacionamento com outras mulheres ou com outras pessoas, ou sair de casa.

04 – Agora compare a fala da personagem a esta outra forma, em discurso indireto:

        “Ele disse à mãe que ela compreendia, mas ele não podia gostar dela a vida inteira.”

a)   Na passagem do discurso direto para o discurso indireto, que alterações sofreram os verbos compreender e poder quanto ao tempo?

Passaram do presente ao pretérito imperfeito do indicativo: compreendia e podia.

b)   E os pronomes?

O pronome você foi substituído por ela e o pronome eu por ele.

c)   Que verbo novo foi utilizado para introduzir a fala do locutor?

O verbo dizer.