segunda-feira, 1 de novembro de 2021

ARTIGO DE OPINIÃO: CIÊNCIA BRASILEIRA, ÚLTIMOS SUSPIROS? HELENA NADER E LUIZ DAVIDOVICH - COM GABARITO

 Artigo de opinião: Ciência brasileira, últimos suspiros?

        Helena Nader e Luiz Davidovich

        Há 30 anos, uma semente de soja plantada no solo do Mato Grosso, se germinasse, não floresceria. Neste ano, o Estado produzirá 30 milhões de toneladas da oleaginosa.

        Na década de 1940, a produtividade média do plantio de soja no Brasil era de 700 kg por hectare; hoje, é de 3.000 kg/h, e há produtores que já conseguem extrair 8.000 kg/h.

        Milagre? Não, ciência e tecnologia. Pesquisadores da Embrapa e de nossas universidades conseguiram fazer a soja, originária de regiões de clima temperado, produzir em abundância em regiões de baixas latitudes e clima quente. O Brasil é vice­-líder na produção, com 108 milhões de toneladas.

        No mar, não foi diferente. A Petrobras ultrapassou a camada pré-­sal e descobriu petróleo em profundidades jamais alcançadas. Vidência? Não, ciência e tecnologia.

        Cientistas e engenheiros do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), somados a colegas de universidades brasileiras, são os primeiros artífices do sucesso da empresa em águas superprofundas e, portanto, protagonistas da autossuficiência brasileira no setor.

        Na década de 1940, o então tenente­ coronel Casimiro Montenegro Filho dava os primeiros passos para a construção da indústria aeronáutica no país. O Brasil nem sequer fabricava bicicletas, mas já começava a esboçar a Embraer, hoje terceira maior fabricante de aviões do planeta. Premonição? Não, ciência e tecnologia.

        As raízes da Embraer estão no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), duas instituições baseadas no conhecimento idealizadas por Montenegro há mais de 70 anos.

        Histórias de sucesso como essas não se repetirão em nosso país: os recentes cortes no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações terão como consequência o desmonte dessas atividades no país.

        O aperto do cinto orçamentário começou em 2014, aumentou em 2015 e se agravou em 2016. Em 2017, piorou ainda mais: nossa ciência será tratada a pão e água.

        Os cortes anunciados pelo governo federal em 30 de março estabelecem o orçamento do ministério neste ano em R$ 3,275 bilhões para custeio e investimentos. Esse valor representa uma volta a 2005, quando o orçamento executado foi de R$ 3,249 bilhões.

        A diferença é que nesses 11 anos nosso sistema de ciência e tecnologia cresceu exponencialmente. Em 2006 publicamos 33.498 artigos em periódicos científicos indexados; em 2015, foram 61.122, o que fez o Brasil subir duas posições no ranking mundial de produção científica, alcançando o 13º lugar.

        Em 2006, nossos cursos de doutorado tinham 46.572 alunos e titularam 9.366 deles. Em 2015, foi o dobro: 102.365 e 18.625, respectivamente. Os programas de pós-graduação passaram de 2.266 para 3.828. Os grupos de pesquisa, em 2006, eram 21.024 e abrigavam 90.320 pessoas. Em 2016, passamos para 37.460 e 199.566, respectivamente.

        Essa evolução foi sustentada por um orçamento crescente. Em valores corrigidos pelo IPCA até 2016, o orçamento praticado no ano de 2005 foi de R$ 6,467 bilhões. O orçamento atual do ministério, após os cortes, corresponde a cerca de 50% desse valor, com o agravante de que agora estão inclusas as despesas do extinto Ministério das Comunicações.

        Como pesquisa e desenvolvimento não se fazem com milagres, clarividências ou premonições, mas sim com investimentos constantes, a ciência brasileira caminha para a ruína.

        Teremos um país talvez com um ajuste fiscal perfeito, mas com um atraso econômico e social digno de uma república de bananas ­exatamente o contrário dos países com economia moderna, baseada em ciência e tecnologia, como EUA, Alemanha, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul e China.

HELENA NADER, professora titular de biologia molecular da Unifesp, é presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

LUIZ DAVIDOVICH, professor titular do Instituto de Física da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, é presidente da Academia Brasileira de Ciências.

NADER, Helena; DAVIDOVICH, Luiz. Ciência brasileira, últimos suspiros? Folha de S. Paulo: São Paulo, 12 abr. 2017. Opinião, p. A3.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 332-340.

Entendendo o artigo de opinião:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Ajuste fiscal: processo em que se busca reequilibrar as receitas e as despesas de um governo, por meio da redução de gastos e/ou do aumento da arrecadação de impostos.

·        Artífice: trabalhador; quem cria ou inventa algo, autor.

·        Clima temperado: em que a temperatura não é muito alta nem muito baixa.

·        Exponencialmente: em grande quantidade.

·        Embrapa: sigla da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, uma instituição pública de pesquisas agropecuárias vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e fundada em 1973.

·        Hectare: unidade de medida agrária que corresponde a 10 mil m².

·        IPCA: sigla de Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, criado para medir a variação de preços para o consumidor final e, assim, verificar a inflação de um período. Ele é medido mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

·        Regiões de baixa latitude: regiões próximas da linha do Equador.

02 – Retome as ideias que você levantou antes da leitura do texto e comente com seus colegas e professor.

a)   Sua hipótese sobre a ideia defendida no texto se confirmou?

Resposta pessoal do aluno.

b)   A leitura do artigo de opinião atendeu à sua expectativa de antes da leitura? Justifique.

Resposta pessoal do aluno.

03 – Aponte qual trecho extraído do texto indica o fato que motivou a escrita do artigo de opinião.

I – Nesse ano, o Estado produzirá 30 milhões de toneladas de oleaginosa.

II – Como pesquisa e desenvolvimento não se fazem com milagres, clarividências ou premonições [...].

III – Os cortes anunciados pelo governo federal em 30 de março estabelecem o orçamento do ministério neste ano em R$ 3,275 bilhões para custeio e investimentos.

IV – Teremos um país talvez com um ajuste fiscal perfeito [...].

NADER, Helena; DAVIDOVICH, Luiz. Ciência brasileira, últimos suspiros? Folha de S. Paulo: São Paulo, 12 abr. 2017. Opinião, p. A3.

·        Por que os demais trechos são respostas incorretas? Explique.

A alternativa I é incorreta porque apresenta um fato secundário que serve à argumentação principal desenvolvida no artigo. Já os trechos II e IV representam a opinião dos autores sobre o tema em discussão.

04 – Os artigos de opinião costumam abordar assuntos e/ou acontecimentos atuais polêmicos, que foram noticiados e têm interesse público.

a)   Esse texto trata de que acontecimento relevante no âmbito social?

O texto lido trata de um acontecimento, relevante socialmente, que estava em pauta na época da publicação do artigo: a questão dos valores destinados ao investimento em Ciência e Tecnologia, pois impacta no desenvolvimento do país.

b)   Por que esse acontecimento pode ser considerado controverso?

Esse acontecimento pode ser considerado controverso porque o montante desse investimento não é um consenso. Há quem defenda que, em momentos de crise econômica, o governo deve remanejar essas verbas para outros setores.

05 – O artigo de opinião é um texto assinado que expressa um ponto de vista pessoal ou de um grupo.

a)   Quem são os autores do artigo de opinião lido?

Helena Nader e Luiz Davidovich.

b)   Que informações é possível obter sobre esses autores? Como é possível obtê-las?

É possível saber qual é a profissão e os cargos que eles ocupam nas instituições ligadas à Ciência. No final do artigo há uma breve apresentação que destaca as informações sobre cada autor.

c)   Qual é a relação dos autores com o tema abordado no artigo?

Os dois autores são professores universitários, pesquisadores e lideram instituições que congregam membros da comunidade científica brasileira.

06 – Sobre a recepção do artigo de opinião, responda:

a)   Os autores se dirigem a qual perfil de leitor? Justifique sua resposta.

A um perfil de leitor que costuma acompanhar o noticiário, pois os autores não apresentam muitos detalhes sobre o que levou ao corte orçamentário, pressupondo, assim, que os leitores tenham algum conhecimento sobre o tema em discussão.

b)   Com qual finalidade os autores apresentam essa discussão aos leitores?

Os autores apresentam a discussão a fim de sensibilizar os leitores para sua causa (contra os cortes orçamentários).

07 – O artigo de opinião é um gênero argumentativo que defende uma tese, ou seja, uma ideia central em torno da qual o texto se organiza.

a)   Como os autores se posicionam frente ao fato que motiva o texto?

Eles são contra os cortes feitos no orçamento destinado à área de pesquisa e tecnologia.

b)   Transcreva o parágrafo em que a tese do artigo lido fica evidente.

“Histórias de sucesso como essas não se repetirão em nosso país: os recentes cortes no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações terão como consequência o desmonte dessas atividades no país.”

08 – Releia os três primeiros parágrafos do artigo de opinião.

a)   Os autores demonstram que a produção de soja no Brasil cresceu enormemente ao longo do tempo. Que dados eles utilizam para comprovar isso?

Dados a respeito da produção de soja no estado do Mato Grosso há trinta anos e hoje, e da produtividade do plantio de soja no Brasil na década de 1940 e hoje.

b)   A que se atribui o aumento de produtividade?

Ele é atribuído à ciência e à tecnologia, especialmente às pesquisas desenvolvidas pela Embrapa sobre a produção de soja.

c)   A que se refere a palavra oleaginosa no primeiro parágrafo?

Refere-se à soja.

09 – Releia os parágrafos 1° ao 7° do artigo de opinião.

a)   Em quais outros setores o Brasil se destacou, além da produção de soja?

O Brasil se destacou na exploração de petróleo a altíssima profundidade e na fabricação de aviões.

b)   Com que finalidade esses setores são destacados no texto?

Com a finalidade de exemplificar a importância da ciência e da tecnologia para o desenvolvimento do país e mostrar que o desmonte dessas atividades, causado pelos cortes orçamentários, traria graves consequências para a nação.

10 – As frases a seguir foram retiradas desse artigo de opinião. Observe que há uma estrutura de pergunta-resposta que se repete três vezes, de maneira diferente.

I – Milagre? Não, ciência e tecnologia.

II – Vidência? Não, ciência e tecnologia.

III – Premonição? Não, ciência e tecnologia.

NADER, Helena; DAVIDOVICH, Luiz. Ciência brasileira, últimos suspiros? Folha de S. Paulo: São Paulo, 12 abr. 2017. Opinião, p. A3.

a)   Qual é o efeito dessa repetição no texto?

Ela dá ênfase à posição de que descobertas que beneficiam o país economicamente não são fruto de milagre, vidência ou premonição, mas sim da ciência e da tecnologia.

b)   Em que outro momento, no texto, a ideia expressa por essa repetição é retomada?

No parágrafo “Como pesquisa e desenvolvimento não se fazem com milagres, clarividências ou premonições, mas sim com investimentos constantes, a ciência brasileira caminha para a ruína.”

c)   Qual é o efeito dessa retomada de ideia?

Ao retomar essa ideia, os autores sintetizam a discussão feita no artigo e reforçam, na conclusão do artigo, sua tese de que é preciso investir nas áreas de ciência e tecnologia.

11 – Releia o trecho a seguir.

        “O aperto do cinto orçamentário começou em 2014, aumentou em 2015 e se agravou em 2016. Em 2017, piorou ainda mais: nossa ciência será tratada a pão e água.”

NADER, Helena; DAVIDOVICH, Luiz. Ciência brasileira, últimos suspiros? Folha de S. Paulo: São Paulo, 12 abr. 2017. Opinião, p. A3.

a)   Transcreva duas expressões que aparecem com linguagem figurada nesse trecho.

São as expressões aperto do cinto e a pão e água.

b)   De acordo com o contexto, qual é o sentido de cada uma dessas expressões?

A expressão apertar o cinto significa reduzir gastos e a pão e água significa com pouquíssimos recursos.

c)   Por que os autores optaram pelo uso da linguagem figurada?

Ao optar pela linguagem figurada, os autores deixam explícito seu posicionamento a respeito dos cortes e também seu julgamento sobre o modo como o governo lida com a política pública para C&T.

d)   Esse trecho ainda apresenta uma gradação. Identifique e explique o efeito de sentido que esse recurso expressivo provoca.

A gradação ocorre com a enumeração dos verbos começou, aumentou, se agravou e piorou. Essa construção e a escolha lexical fazem com que o leitor atente para a posição levantada pelos autores: a crescente piora da situação orçamentária para C&T.

12 – Por que razão os autores utilizam diversos dados numéricos referentes à produção científica nacional?

      Para comprovar que o sistema de ciência e tecnologia cresceu nos últimos 11 anos em razão de os valores para a área terem sido corrigidos pelo IPCA nesse período.

13 – A partir da apresentação dos dados numéricos e das porcentagens, é possível chegar a qual conclusão?

      A conclusão de que a ciência brasileira só pode continuar progredindo se o governo corrigir o orçamento de acordo com a inflação. Com o corte de investimentos pela metade, não será possível avançar no setor.

14 – Há vários tipos de argumento que podem ser usados para comprovar uma tese.

·        Observe o quadro e preencha-o, associando o tipo de argumento aos parágrafos correspondentes no texto, observando como os autores organizam seus argumentos.

Tipo de argumentoParágrafoscomentário

Causa-consequência: 1° ao 7° -- Os autores trazem histórias de sucesso ligadas à ciência para afirmar que a falta de investimento causará o desmonte do setor.

Comparação: 15° -- Os autores comparam o Brasil aos países desenvolvidos que, ao contrário do Brasil, investem em C&T.

Exemplificação: 11° e 12° -- Os autores exemplificam, com números, a produção cientifica nacional entre 2005 e 2011.

15 – Releia o penúltimo parágrafo do texto.

a)   Copie uma construção metafórica presente no parágrafo.

A construção metafórica é “a ciência brasileira caminha para a ruína”.

b)   Essa construção metafórica retoma qual ideia apresentada? Com qual finalidade?

Essa construção retoma a ideia já explicitada no título (“últimos suspiros”) e na tese (“desmonte do país”) de que, sem ciência, o país sofre grandes perdas, ou seja, se desestrutura por completo.

 

 

POEMA: CONSIDERAÇÃO DO POEMA (FRAGMENTO) - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: Consideração do poema (Fragmento)

              Carlos Drummond de Andrade

Não rimarei a palavra sono 

com a incorrespondente palavra outono.

Rimarei com a palavra carne
ou qualquer outra, que todas me convém.
As palavras não nascem amarradas,
elas saltam, se beijam, se dissolvem,
no céu livre por vezes um desenho,
são puras, largas, autênticas, indevassáveis.

Uma pedra no meio do caminho
ou apenas um rastro, não importa.
Estes poetas são meus. De todo o orgulho,
de toda a precisão se incorporaram
ao fatal meu lado esquerdo. Furto a Vinícius
sua mais límpida elegia. Bebo em Murilo.
Que Neruda me dê sua gravata
chamejante. Me perco em Apollinaire. Adeus, Maiakovski.
São todos meus irmãos, não são jornais
nem deslizar de lancha entre camélias:
é toda a minha vida que joguei.

Estes poemas são meus. É minha terra
e é ainda mais do que ela. É qualquer homem
ao meio-dia em qualquer praça. É a lanterna
em qualquer estalagem, se ainda as há.
— Há mortos? há mercados? há doenças?
É tudo meu. Ser explosivo, sem fronteiras,
por que falsa mesquinhez me rasgaria?
Que se depositem os beijos na face branca, nas principiantes rugas.
O beijo ainda é um sinal, perdido embora,
da ausência de comércio,
boiando em tempos sujos.

[...]

ANDRADE, Carlos Drummond de. Consideração do poema. In: _________. Nova reunião: 23 livros de poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 103.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 389-391.

Entendendo o poema:

01 – Uma das características da poesia de Drummond é a metalinguagem, isto é, o fato de que ele utiliza a língua par falar sobre o uso que faz dela no poema.

·        Destaque trechos em que há metalinguagem no poema.

Nos versos: “Não rimarei a palavra sono / com a incorrespondente palavra outono. / Rimarei com a palavra carne / ou qualquer outra, que todas me convém.”.

02 – É possível dizer que o título resume o poema. Por quê?

      Sim, pois Drummond faz uma consideração sobre aquilo que traz em suas obras / poemas.

03 – Releia o trecho:

        As palavras não nascem amarradas,
         elas saltam, se beijam, se dissolvem,
         no céu livre por vezes um desenho,
         são puras, largas, autênticas, indevassáveis.”

·        É possível dizer que há uma personificação de “palavras” no poema? Por quê?

      Ao dizer que elas saltam e se beijam atribuem-se ações humanas e algo inanimado.

04 – Releia os últimos versos do trecho:

        “O beijo ainda é um sinal, perdido embora,
         da ausência de comércio,
         boiando em tempos sujos.”

a)   O que esses versos querem dizer?

Querem dizer que o beijo – ou o amor – representa algo diferente daquilo com que a sociedade está acostumada, como o comércio.

b)   O beijo, nesse trecho, está sendo usado em sentido metafórico. Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

 

 

 

TIRINHA: CALVIN VERBOS - BILL WATTERSON - COM GABARITO

 Tirinha: Calvin verbos

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WATTERSON, Bill. O melhor de Calvin. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 5 fev. 2017. Caderno 2, p. C4.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 384.

Entendendo a tirinha:

01 – O que está acontecendo na tirinha?

      Calvin está fazendo diversas ações que parecem não agradar muito a ele.

02 – De que maneira as atividades realizadas por Calvin são marcadas na tirinha?

      São marcadas com os verbos no infinitivo, indicando ações habituais, à exceção do último quadrinho em que Calvin fala a melhorar, em que ele expressa sua convicção uma ação futura possível. 

03 – O que justifica a fala de Calvin no último quadrinho?

      O fato de ele ter saído da escola e estar chegando em casa.

04 – Podemos dizer que há aliteração na forma como as falas acontecem. Por quê?

      Sim, pois há a repetição do som consonantal ao final dos verbos.

HAICAI: GESTAÇÃO - HELENA KOLODY - COM GABARITO

 Haicai: Gestação

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KOLODY, Helena. Gestação. In:_______. Viagem no espelho: e vinte e um poemas inéditos. Curitiba: Criar, 2001. p. 6.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 386.

Entendendo o haicai:

01 – O título condiz ou não com o que traz o texto? Por quê?

      Sim, porque há a ideia de gerar/gestar algo com o tempo.

02 – O último verso, “o carbono acorda diamante”, indica uma reação química. De que forma podemos compreendê-la com base no poema?

      Podemos compreender como o período de formação e crescimento de um ser vivo (vegetal, animal ou mineral), até o momento em que encontra o mundo.

03 – No haicai, há características e ações que não são típicas dos elementos químicos. Quais são?

      Ter um sono longo e acordar.

04 – Com base na resposta da alternativa 3, essas características e ações são geralmente atribuídas a quem?

      Geralmente, são atribuídas aos seres humanos.

HAICAI: SINO - PAULO LEMINSKI - REPETIÇÃO DE SONS - COM GABARITO

 Haicai: Sino


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LEMINSKI, Paulo. [Haicai]. Melhores poemas: Paulo Leminski. São Paulo: Global, 2015. p. 27.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 385.

Entendendo o haicai:

01 – Qual é o assunto tratado nesse poema? Que elementos do texto marcam isso?

      O assunto é o som do sino, e os elementos que marcam isso são o léxico escolhido e a repetição dos sons que indicam os produzidos por um sino.

02 – A sonoridade do poema se dá pela repetição dos sons. Quais sons estão sendo repetidos nele?

      O som da consoante s e das vogais i e o.

HAICAI: CIGARRAS - MATSUO BACHÔ - PAULO LEMINSKI - ALITERAÇÃO - COM GABARITO

 Haicai: Cigarras


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BACHÔ, Matsuo. A lágrima do peixe. In: LEMINSKI, Paulo. Vida; Cruz e Souza, Bashô, Jesus e Tróski. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 93.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 384.

Entendendo o haicai:

01 – O que produz a sonoridade desse haicai?

      A repetição consonantal dos sons, como o som do /s/ na palavra som e cigarras e do /p/ em penetra e pedras.

02 – Como chamamos essa figura de linguagem?

      Chamamos de aliteração.

 

HAICAI: CEREJEIRA - ALICE RUIZ - METONÍMIA - COM GABARITO

 Haicai: Cerejeira


 
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RUIZ, Alice. [Haicai]. Jardim de Haijin. São Paulo: Iluminuras, 2012. p. 16.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 391.

Entendendo o haicai:

01 – Do seu ponto de vista, de que forma uma cerejeira florida pode interromper uma conversa?

      Através da sua beleza ou pelo perfume que ela exala.

02 – Quais figuras de linguagem estão presentes nesse haicai? Justifique com elementos do texto.

      Metonímia. “Passeio no Ibirapuera”; personificação: “cerejeira florida/interrompe a conversa”.

HAICAI: ABELHAS - THAÍS GINÍCOLO - COM GABARITO

 Haicai: Abelhas



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        Pardas gotas de mel / Voando em torno de uma rosa / Abelhas.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 387.

Entendendo o haicai:

01 – A que se refere o primeiro verso?

      O primeiro verso refere-se às abelhas.

02 – As palavras usadas no haicai pertencem ao mesmo campo semântico, ou seja, há uma relação de significado entre elas. Por quê?

      Todas se relacionam às abelhas e à forma como o mel é produzido.

domingo, 31 de outubro de 2021

TIRINHA: HAGAR HAMLET E HÉRNIA - DIK BROWNE - CONJUNÇÃO MAS - COM GABARITO

 Tirinha: Hagar Hamlet e Hérnia

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BROWNE, Dik. Hagar. Folha de S. Paulo, São Paulo, 12 abr. 2003. Ilustrada p. E9.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 298-9.

Entendendo a tirinha:

01 – A fala de Hérnia deixa subentendido o que se espera dos meninos vikings. Quais seriam, geralmente, suas características?

      Eles seriam, em sua maioria, rudes, grosseiros e mal-educados.

02 – A declaração da menina no último quadrinho é iniciada pela conjunção mas, que expressa oposição de ideias. Ao empregar essa conjunção, Hérnia quer dizer que considera positivas ou negativas as características de Hamlet?

      Considera negativas, pois quer dizer que, apesar de ele ser gentil e educado, ela gosta dele.

03 – Se ela tivesse dito por isso gosto de você, estaria considerando as características de Hamlet positivas ou negativas?

      Nesse caso, estaria considerando positivas, pois estaria expressando consequência com a conjunção por isso.

04 – Considere as ideias da tirinha para completar o período que segue. Copie-o, estabelecendo entre as orações uma relação de concessão.

        Embora você não seja como os outros meninos vikings, gosto de você mesmo assim/assim mesmo!

TIRINHA: CALVIN ESCOLA - BILL WATTERSON - EXPRESSÃO FISIONÔMICA - COM GABARITO

 Tirinha: Calvin escola


Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYyx1519LQ6dK-aHzarzZA5BOA2VV3ve0dzhnrZn4i16j8CC_yVP9kKHzUm-pGAkCrBLd6RxDHxzIxw7jG_-V09vk6DydhyjzDNl52EF466IRRGQ8EQm2ai4W2l7CJ3NgcyTWmfPebMpY/s400/ESCOLAA.jpg

WATTERSON, Bill. O melhor de Calvin. O Estado de São Paulo, São Paulo: 12 abr. 2012. Caderno 2, p. C6.

Fonte: Língua Portuguesa – Programa mais MT – Ensino fundamental anos finais – 9° ano – Moderna – Thaís Ginícolo Cabral. p. 298.

Entendendo a tirinha:

01 – Observe a expressão fisionômica de Calvin e complete o quadro a seguir com o sentimento por ele demonstrado na sequência de quadrinhos.

Segundo quadrinho: Alegria.

Terceiro quadrinho: Susto, preocupação.

Quarto quadrinho:  Desapontamento, tristeza.

02 – De que maneira Calvin tenta se sair bem diante da pergunta da professora?

      Respondendo o que sabe, tentando impressionar a professora com algo que ela não conhece.

03 – Copie o período em que Calvin explica por que não é burro.

      “É que o conhecimento que eu domino não tem utilização prática”.

04 – Nesse período, uma oração subordinada adjetiva é empregada por Calvin, para reforçar essa explicação. Identifique-a.

      A oração é: que eu domino.