sexta-feira, 15 de outubro de 2021

PROPAGANDA: ESPERANÇA - IBCC.ORG.BR - COM GABARITO

 Propaganda: Esperança

 Fonte de imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh04wsutsMrgziXY1baNX-uJvZBJlvS7JfI6pXxwkJ3PRmT6_fE1oatml1Qio4NfUytCLTbjmb7Fy_rAyRUBkt3FiJDnF4bXkmCsL58rN8D-R2-o36TlTj-VcLTwEd0P-NE4XZMO70YR4I/s190/ESPERAN%25C3%2587A.jpg

         Sem a sua ajuda, as vítimas do câncer têm muito mais a perder. Acesse www.Ibcc.org.br e faça a sua doação.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 178.

Entendendo a propaganda:

01 – Observe a parte visual do texto e responda às questões.

a)   Que palavra ilustra essa propaganda?

A palavra “Esperança”.

b)   Como essa palavra parece ter sido escrita?

Ela parece ter sido escrita com cabelos.

02 – Agora, releia a parte verbal do texto.

a)   De que forma a palavra que ilustra a propaganda está relacionada ao texto que a acompanha?

Geralmente, as pessoas que fazem tratamento contra o câncer perdem os cabelos. Além disso, se não tiverem condições de fazer o tratamento, elas também os perderão.

b)   Que palavra utilizada no texto da propaganda estabelece essa ligação entre a parte verbal e a parte visual?

A palavra “perder”.

03 – Esse texto pretende convencer seu público a “comprar” um produto?

      Não.

04 – Explique qual é o objetivo dessa propaganda.

      Ela pretende convencer o público a comprar a ideia de que é importante fazer doações para ajudar no tratamento das vítimas do câncer.

PROPAGANDA: VIDA URGENTE/FUNDAÇÃO THIAGO DE MORAES GONZAGA - COM GABARITO

 Propaganda: Vida Urgente / Fundação Thiago de Moraes Gonzaga


Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYSNyeRyixbfEYgFiGXcaEINjRbpbigrqBuhT9kbWxEgyrLYz7Ix4jOS3agtxbZe5XLATXGcNQ8eZ__QEYmB6kcEqG2YhD38TKR_E0_8uawV-_Ap7YxqsKg4aZHmhdMlD1umFwIaBw4Lg/s277/BANDEIRA.jpg

Que este feriado seja de independência e vida. Se for dirigir, não beba.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 177.

Entendendo a propaganda:

01 – A propaganda usa como imagem a bandeira do Brasil.

a)   O que há de diferente nessa bandeira em relação à original?

Nessa bandeira, no lugar das estrelas aparecem cruzes, e no lugar do lema “Ordem e Progresso” aparece a frase “Estrelas demais já se apagaram em acidentes de trânsito.”.

b)   O que as cruzes estão representando?

As cruzes representam as mortes causadas no trânsito.

c)   O que o substantivo “estrelas” está simbolizando?

O substantivo “estrelas” está simbolizando as vidas que se perderam em acidentes.

02 – Releia esta frase, situada no canto inferior direito da imagem:

        “Que este feriado seja de independência e vida.”

·        A expressão “independência e vida” usada nesse enunciado é uma referência a qual frase histórica? Quando ela foi dita?

Essa expressão refere-se ao grito dado por Dom Pedro I na Independência do Brasil: Independência ou morte!.

03 – A que feriado o texto se refere? Que elementos nos permitem chegar à essa conclusão?

      O feriado é o de 7 de Setembro, da Independência do país. Elementos como a bandeira brasileira e a expressão “independência e vida” possibilitam essa conclusão.

04 – É possível afirmar que essa propaganda tem por objetivo vender um produto? Por quê?

      O objetivo dessa propaganda não é vender um produto, mas sim conscientizar a população sobre os perigos do trânsito, sobretudo sobre não dirigir embriagado.

 

PROPAGANDA - ELEMENTOS VERBO-VISUAIS - COM GABARITO

 Texto: Propagandas

 

  




Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 172-5.

Entendendo as propagandas:

01 – A propaganda é composta por elementos verbais, por elementos visuais ou por elementos verbo-visuais?

      Por elementos verbo-visuais.

02 – Observe a parte visual da propaganda.

a)   Mencione alguns dos elementos que compõem o segundo plano da imagem.

Folhas de coqueiro, folhas de samambaia, tapeçaria, artesanato em palha, bananas, conchas, penas, pele de cobra, tecido de chita e sandálias (chinelos).

b)   Cite, no mínimo, sete cores utilizadas na propaganda.

Azul, preto, branco, vermelho, verde, amarelo, rosa, lilás, marrom, etc.

c)   Quais dessas cores predominam?

Verde e amarelo.

d)   Em sua opinião, por que há predominância dessas cores?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Embora haja variedade de cores, representando a diversidade nacional, aquelas que simbolizam o Brasil recebem destaque porque se trata de um produto brasileiro que é mundialmente conhecido.

03 – Agora, releia a parte verbal da propaganda e, em seu caderno, indique quais termos utilizados no texto se referem aos temas a seguir:

a)    Frutas: Seriguela, umbu, cajá, graviola, jabuticaba, banana, tamarindo, pitomba, caju, limão.

b)    Comida ou bebida: Pé de moleque, caipirinha.

c)    Arte, música, dança: Samba, bossa nova, capoeira, baião, forró, arrasta-pé.

d)    Esportes: Futebol, vôlei.

·        Por que esses elementos são citados na propaganda?

Porque eles estão relacionados àquilo que costuma representar o Brasil, que é, conhecidamente, um país de mistura de etnias, culturas, nacionalidades, crenças, costumes, etc., onde vários elementos se misturam.

04 – Que palavra bastante utilizada na propaganda representa uma parte de um todo?

      Pé.

a)   De que todo essa palavra é parte?

É parte de uma pessoa. No contexto da propaganda, relaciona-se ao brasileiro.

b)   Explique por que essa palavra foi tão usada na propaganda.

Porque o produto anunciado as sandálias é para ser usado nos pés.

05 – Essa palavra aparece com sentidos diferentes. Em sua opinião, esse uso desperta o interesse do público? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, pois os termos são utilizados na propaganda de forma criativa e, além disso, são expressões populares com as quais a maior parte do público se identifica.

06 – Releia este trecho do texto:

        Tem pé-quente.

        Pé-frio não tem, que não combina

        nem com sandália nem com a vida.

a)   Que palavra utilizada no trecho confirma a ideia de que pé-frio não combina com a sandália e com a vida?

A palavra “nem”.

b)   Por que, segundo a propaganda, pé-frio não combina com sandália?

Além de se referir à sandália como um produto de verão, que combina com pé-quente, a propaganda relaciona esse produto à sorte do brasileiro, pois sugere que no Brasil não existe pé-frio. Assim, nem o brasileiro nem a sandália combinam com o azar. Professor, chame a atenção dos alunos para o fato de que essa sugestão pretende criar uma identificação entre o consumidor e a sandália.

07 – Releia o trecho a seguir:

        Tem um pé de seriguela. Outro de umbu.

        De cajá. De graviola, jabuticaba, banana,

        tamarindo, pitomba, caju.

a)   Por que não é preciso repetir a palavra pé para se fazer referência aos frutos mencionados?

Porque é possível compreender o texto sem essa palavra. Pela sequência e pelo contexto, essa ausência não causa dificuldade de compreensão, de forma que a repetição da palavra se torna desnecessária.

b)   A ausência de repetição da palavra pé, nesse trecho, altera o ritmo, a sequência ou o sentido do texto? Explique.

Há uma cadência no texto e rimas nesse trecho. A ausência da repetição, nesse caso, permite que o ritmo do texto fique mais acelerado.

08 – O uso de qual termo sinaliza que o texto está sendo concluído?

      Da palavra “enfim”.

09 – Que palavras ou expressões utilizadas no final do texto enfatizam a ideia de que o brasileiro gosta de usar o produto anunciado? Justifique sua resposta.

      A palavra “mesmo” e a expressão “ah, se quer”, na frase “Mas o que esse pé brasileiro quer mesmo – ah, se quer – é calçar umas Havaianas”, pois reforçam a vontade, o desejo de calçar as sandálias anunciadas.

10 – Em sua opinião, essa propaganda parece eficiente? Ela mobiliza o público a comprar as sandálias anunciadas? Por quê?

      Professor, espera-se que os alunos percebam que a propaganda tende a ser eficiente, pois apresenta um conjunto de elementos verbais e visuais que representam positivamente o Brasil e os brasileiros, buscando motivar a identificação entre o potencial consumidor e a imagem construída e levá-lo à compra do produto anunciado. É importante que os alunos percebam que essa construção é intencional e planejada.

11 – Em sua opinião, os elementos utilizados na construção dessa propaganda são facilmente percebidos pela maioria do público leitor?

      Resposta pessoal do aluno. Professor, espera-se que os alunos respondam que não e que notem que, geralmente, o leitor não percebe os pormenores da construção da linguagem persuasiva da propaganda, apenas deixa-se levar por ela.

12 – Você considera importante conhecer os recursos usados para elaborar textos como a propaganda lida? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Professor, espera-se que os alunos respondam que sim e percebam que conhecer os recursos usados na construção da propaganda é uma forma de lê-la mais criticamente.

 

 

CONTO: KHOLSTOMÉR (FRAGMENTO) - LIEV TOLSTÓI - COM GABARITO

 Conto: Kholstomér (fragmento)

           Liev Tolstói

        [...] Era inverno, época de festas. Não me deram nem de comer nem de beber durante o dia inteiro. Fiquei sabendo depois que aquilo acontecera porque o cavalariço estava bêbado. Naquele mesmo dia, o chefe veio à minha baia, deu pela falta de ração e foi-se embora xingando com os piores nomes o cavalariço, que não estava ali. No dia seguinte, acompanhado de um peão, o cavalariço trouxe feno à nossa baia; notei que ele estava especialmente pálido, abatido, tinha nas costas longas algo significativo que despertava piedade. Ele atirou feno por cima da grade, com raiva; eu ia metendo a cabeça em seu ombro, mas ele deu um murro tão dolorido no meu focinho, que me fez saltar pra trás. E ainda por cima chutou-me a barriga com a bota.

        -- Não fosse esse lazarento, nada disso tinha acontecido.

        -- Mas o que aconteceu? – perguntou o outro cavalariço.

        -- Os potros do conde ele não inspeciona, mas este ele examina duas vezes por dia.

        -- Será que deram o malhado mesmo pra ele?

        -- Se deram ou venderam, só o diabo sabe. O certo é que você pode até matar de fome todos os cavalos do conde, e nada acontece, mas você se atreva a deixar o potro dele sem ração... Deita aí, diz ele, e tome chicotada. Não tem senso cristão. Tem mais pena de animal do que de homem; logo se vê que não usa cruz no pescoço... ele mesmo contou as chicotadas que me deu, o bárbaro. O general não bate assim, ele deixou as minhas costas em carne viva... pelo visto, não tem alma cristã.

        Eu entendi bem o que eles disseram sobre os lanhões e o cristianismo, mas naquela época era absolutamente obscuro para mim o significado das palavras meu, meu potro, palavras através das quais eu percebia que as pessoas estabeleciam uma espécie de vínculo entre mim e o chefe dos estábulos. Não conseguia entender de jeito nenhum o que significava me chamarem de propriedade de um homem. As palavras “meu cavalo”, referidas a mim, um cavalo vivo, pareciam-me tão estranhas quanto as palavras “minha terra”, “meu ar”, “minha água”.

        No entanto, essas palavras exerciam uma enorme influência sobre mim. Eu não parava de pensar nisso e só muito depois de ter as mais diversas relações com as pessoas compreendi finalmente o sentido que atribuíam àquelas estranhas palavras. Era o seguinte: os homens não orientam suas vidas por atos, mas por palavras. Eles não gostam tanto da possibilidade de fazer ou não fazer alguma coisa quanto da possibilidade de falar de diferentes objetos utilizando-se de palavras que convencionam entre si. Dessas, as que mais consideram são “meu” e “minha”, que aplicam a várias coisas, seres e objetos, inclusive à terra, às pessoas e aos cavalos. Convencionaram entre si que, para cada coisa apenas um deles diria “meu”. E aquele que diz “meu” para o maior número de coisas é considerado o mais feliz, segundo esse jogo. Para que isso, não sei, mas é assim. Antes eu ficava horas a fio procurando alguma vantagem imediata nisso, mas não dei com nada.

        Muitas das pessoas que me chamavam, por exemplo, de “meu cavalo” nunca me montavam; as que o faziam eram outras, completamente diferentes. Também eram bem outras as que me alimentavam. As que cuidavam de mim, mais uma vez, não eram as mesmas que me chamavam “meu cavalo”, mas os cocheiros. Os tratadores, estranhos de modo geral. Mais tarde, depois que ampliei o círculo de minhas observações, convenci-me de que, não só em relação a nós, cavalos, o conceito de “meu” não tem nenhum outro fundamento senão o do instinto vil e animalesco dos homens, que eles chamam de sentimento ou direito de propriedade. O homem diz: “minha casa”, mas nunca mora nela, preocupa-se apenas em construí-la e mantê-la. O comerciante diz: “meu bazar”, “meu bazar de lãs”, por exemplo, mas não tem roupa feita das melhores lãs que há no seu bazar. Existem pessoas que chamam a terra de “minha”, mas nunca a viram nem andaram por ela. Existem outras que chamam de “meus” outros seres humanos, mas nenhuma vez sequer botaram os olhos sobre eles, e toda a sua relação com essas pessoas consiste em lhes causar mal. Existem homens que chamam de “minhas” as suas mulheres ou esposas, mas essas mulheres vivem com outros homens. As pessoas não aspiram a fazer na vida o que consideram bom, mas a chamar de “minhas” o maior número de coisas. Agora estou convencido de que é nisso que consiste a diferença essencial entre nós e os homens. É por isso que, sem falar das outras vantagens que temos sobre eles, já podemos dizer sem vacilar que, na escada dos seres vivos, estamos acima das pessoas; a vida das pessoas pelo menos daquelas com as quais convivi traduz-se em palavras; a nossa, em atos. E eis que foi o chefe dos estábulos que recebeu o direito de me chamar de “meu cavalo”; por isso açoitou o cavalariço. Essa descoberta me deixou profundamente impressionado e [...] levou-me a me tornar o malhado ensimesmado e sério que eu sou.

TOLSTÓI, Liev. O diabo e outras histórias. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 167-9.

Entendendo o conto:

01 – O primeiro parágrafo do texto situa o leitor. De que maneira ele faz isso?

      Esse parágrafo indica o tempo em que a narrativa se desenrola (“Era inverno, época de festas”), e localiza o leitor a respeito de onde ocorreram os fatos e explica em quais condições o cavalo vivia.

02 – Que tipo de narrador esse conto apresenta? Quem é ele?

      Narrador-personagem. Ele é assumido pela figura de um animal, um cavalo.

03 – Releia o trecho a seguir, em que a personagem principal expõe suas ideias:

        “[...] O homem diz: “minha casa”, mas nunca mora nela, preocupa-se apenas em construí-la e mantê-la. O comerciante diz: “meu bazar”, “meu bazar de lãs”, por exemplo, mas não tem roupa feita das melhores lãs que há em seu bazar. Existem pessoas que chamam a terra de “minha”, mas nunca a viram nem andaram por ela. Existem outras que chamam de “meus” outros seres humanos, mas nenhuma vez sequer botaram os olhos sobre eles, e toda a sua relação com essas pessoas consiste em lhes causar mal. [...]”

a)   Nesse trecho, que ideia é reforçada pela repetição das expressões “O homem diz”, “O comerciante diz”, “Existem pessoas” e “Existem outras”?

Os exemplos que o cavalo apresenta mostram como a postura dos seres humanos se repete, corroborando a teoria da personagem sobre a necessidade humana de ter, de possuir. A repetição dessas expressões ajuda a construir a argumentação do cavalo e também dá a ideia de generalização.

b)   Em seu caderno, indique qual das frases a seguir, retiradas do texto, corresponde à ideia apresentada no trecho:

I. E aquele que diz meu para o maior número de coisas é considerado o mais feliz [ ].

II. As pessoas não aspiram a fazer na vida o que consideram bom [...].

III. [ ] já podemos dizer sem vacilar que, na escada dos seres vivos, estamos acima das pessoas [ ].

04 – Era o dono do cavalo quem cuidava dele? O que o cavalo pensava a respeito desse fato?

      Não. O cavalo estranhava o comportamento do dono, sentia a ausência de seus cuidados e julgava estranha a maneira como os humanos lidavam com questões de propriedade, pois aquele que o chamava “meu” não era o mesmo que cuidava dele.

05 – O que o cavalo percebeu a respeito do uso que os humanos faziam da palavra meu? Que relação ele estabeleceu entre essa palavra e o conceito de felicidade?

      Ele percebeu que o uso dessa palavra era atribuído à noção de propriedade e de felicidade, ou seja, era considerado mais feliz aquele que dissesse “meu” para o maior número de coisas.

06 – O cavalo conseguia compreender esse tipo de comportamento? Em seu caderno, transcreva um trecho que comprove a sua resposta.

      Não. “Para que isso, não sei, mas é assim. Antes eu ficava horas a fio procurando alguma vantagem imediata nisso, mas não dei com nada.”

07 – Que sentido a palavra “meu” tinha para o cavalo? O que ele argumenta sobre isso?

      Para o cavalo, a palavra “meu” só fazia sentido em uma relação próxima, concreta, de afetividade. Ele argumenta que quem era seu dono não o alimentava nem montava, e isso o decepcionava.

08 – É possível afirmar que, no texto, a personagem do cavalo foi humanizada? Por quê?

      Sim, pois o cavalo apresenta sentimentos e atitudes normalmente atribuídos a seres humanos, visto que faz reflexões no decorrer do conto.

09 – No conto, há uma inversão entre o que é humano e o que é animal. Explique essa afirmação.

      O cavalo, um animal, aparece na história repleto de características que o humanizam, enquanto o ser humano é apresentado de maneira animalizada em consequência do significado que atribui à palavra “meu”, do modo como entende o conceito de propriedade e de como se relaciona com o outro e com aquilo que lhe pertence.

10 – Estabeleça relação entre o conto e o título deste capítulo: “Entre o ser e o ter”.

      O conto nos mostra que o primordial não está no “ter”, mas no “ser”.

 

CARTA AO LEITOR: OS NOVOS REVOLUCIONÁRIOS - VEJA - COM GABARITO

 Carta ao leitor: Os novos revolucionários

      Os jovens dos anos 60 e 70 saíram de casa para protagonizar uma revolução de costumes jamais vista até então. Fizeram do rock’n’roll o gênero mais importante da música popular, descobriram as drogas e inventaram o amor livre. Esses revolucionários cresceram, casaram-se, viraram papais e mamães e… surpresa! Estão acompanhando atônitos outra revolução de costumes, completamente diferente daquela da qual eles participaram, mas igualmente jamais vista. Ela tem como protagonistas seus próprios filhos e ocorre onde? Dentro de suas próprias casas. […]

        Para traçar o perfil dos novos revolucionários, VEJA preparou esta edição especial sobre a juventude. Comandada pelo editor especial João Gabriel de Lima e pelo subeditor Ariel Kostman, uma equipe de 27 repórteres teve acesso a dezenas de pesquisas e trabalhos acadêmicos. Entrevistou psicólogos, sociólogos e educadores. E conversou, principalmente, com os jovens de hoje e os jovens de antigamente. […]

        Esta edição oferece dois presentes ao leitor. Um deles é esta versão interativa na internet. Todas Editoria de Arte as reportagens possuem uma complementação em formato multimídia. Uma vez plugado ao site, é possível ouvir trechos de entrevistas, ter acesso a trailers de filmes e a videoclipes, fazer testes e até montar uma rádio própria. A outra surpresa é o Jogo Veja da Verdade, que está disponível apenas na edição impressa. Elaborado por Milton Célio de Oliveira, responsável por alguns dos grandes sucessos de uma fábrica de brinquedos, o jogo se destina a testar quanto os filhos conhecem os pais e vice-versa. Pode ser jogado também entre ami- gos. Boa leitura, boa viagem na internet e bom jogo.

Carta ao leitor. Veja. Fonte: <http:// veja.abril.com.br/especiais/jovens/ carta_leitor.html>. Acesso em: 27 mar. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 160-1.

Entendendo a carta ao leitor:

01 – Como você deve ter percebido, esse texto também é uma carta.

a)   Quem a escreveu?

Apesar de não estar explícito, pode-se depreender que é alguém responsável pela publicação da revista, como o editor-chefe, por exemplo.

b)   A quem ela se dirige?

Aos leitores da edição especial da revista.

02 – A carta ao leitor visa justificar a edição especial da revista. Que argumentos são apresentados para isso?

      A carta ao leitor afirma que os pais dos jovens estão acompanhando, atônitos, uma revolução de costumes e que, por isso, procurou-se traçar um perfil da juventude atual, o qual foi publicado na edição especial da revista.

03 – Que outros atrativos descritos na carta procuram convencer o leitor a ler a edição especial da revista?

      No último parágrafo, o texto informa ao leitor que a edição é acompanhada de uma versão interativa na internet e de um jogo, disponível apenas na versão impressa.

04 – Com base na leitura do texto anterior e também do texto 4, explique as semelhanças e as diferenças entre uma carta do leitor e uma carta ao leitor. Depois, compartilhe suas observações com os colegas.

      Sugestão: A carta do leitor é um texto que o leitor envia para a redação de um jornal ou revista com a intenção de emitir sua opinião a respeito de algum conteúdo publicado em uma das edições. Já a carta ao leitor, inversamente, é um texto dirigido aos leitores de um jornal ou revista, produzido por um representante da redação, com o objetivo de justificar a publicação de determinados conteúdos, esclarecer polêmicas, apresentar o posicionamento do veículo a respeito de algum tema etc. Ambas são publicadas em seção específica.

CARTA DO LEITOR: CARTAS COMPORTAMENTO - CARTAS. ÉPOCA - COM GABARITO

 Carta do leitor: Cartas Comportamento

(341/2004) Aprenda a dizer não

        A reportagem tratou sobre o consumismo, um assunto muito importante, principalmente no período natalino. Jovens e crianças são atraídos pelo marketing muito bem construído para que consumam e deixam os pais sem saber o que fazer, como agir e como dizer “não” sem ferir os filhos. No entanto, os pais devem impor limites, devem dialogar e explicar o que podem e o que não podem fazer.

S. F. S., CaICÓ, RN

        Dizer não é realmente uma arte. Estamos numa época em que 90% dos pais dizem que tudo pode. Filho sem limite significa: criança bater a cabeça na parede ou se jogar no chão de um supermercado e adolescentes fugirem de casa, entrar para as drogas ou, pior ainda, matar.

S. a. C. S., SÃO PAULO, SP

        Sou mãe e professora, e sei bem quanto dizer não é importante, mas ao mesmo tempo sofrido. A reportagem abordou vários elementos e soube respeitar tanto os pais quanto as crianças e os adolescentes. Aos pais, cabe a educação moral dos filhos e isso está sendo deixado para a escola, o que certamente traz consequências negativas para todos. Essa reflexão é importante para a sociedade, pois, a partir dela, pode-se pensar em um futuro melhor, com pessoas mais altruístas e conscientes.

S. M. P. G., CAMPINAS, SP

Cartas. Época. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT872734-2119,00.html>. Acesso em: 27 mar. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 159-160.

Entendendo a Carta do leitor:

01 – Você já tinha lido textos como esses?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Qual é o assunto tratado nessas cartas do leitor?

      A necessidade de os pais dizerem “não” aos filhos.

03 – A qual reportagem as cartas se referem? Como você percebeu isso?

      À reportagem “Aprenda a dizer não”. Professor, espera-se que os alunos cheguem a essa conclusão por meio da leitura das informações que aparecem antes das cartas.

04 – Em qual das cartas o leitor não menciona diretamente a reportagem?

      Na segunda carta.

05 – Os leitores se manifestam positiva ou negativamente em relação à reportagem? Justifique sua resposta.

      Embora não seja possível saber com certeza qual era o teor da reportagem, percebe-se que os leitores se manifestam positivamente em relação ao conteúdo.

06 – Em sua opinião, qual dos leitores foi mais convincente ao expor seu posicionamento?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Releia o início da terceira carta:

        “Sou mãe e professora, e sei bem quanto dizer não é importante, mas ao mesmo tempo sofrido.”

a)   De que forma a leitora se caracteriza nesse trecho?

Como mãe e professora.

b)   Em sua opinião, por que ela pode ter escolhido iniciar a carta dessa forma?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Iniciando a carta desse modo, a leitora mostra conhecer, de algum modo, o assunto abordado pela reportagem, podendo opinar sobre ele.

c)   Você concorda com a opinião da leitora nesse trecho? Resposta pessoal do aluno.

08 – A primeira carta enfoca um tópico relacionado ao tema da reportagem que não é citado pelos outros leitores.

a)   Qual é ele?

O consumismo.

b)   Você concorda com o medo como o leitor relaciona esse tópico à necessidade de os pais dizerem “não”?

Resposta pessoal do aluno.

REPORTAGEM: PROPAGANDAS MOSTRAM "FORÇA JOVEM" NO CONSUMO - FERNANDA MENA - COM GABARITO

 Reportagem: Propagandas mostram “força jovem” no consumo

        Seja para vender cartões de crédito, celulares, roupas, refeições, cerveja, refrigerante ou até bebidas estimulantes, todas as propagandas querem falar diretamente com o jovem. Para isso, se apropriaram da atitude, dos sons, dos esportes, da linguagem e dos ícones admirados pela juventude brasileira para chegar mais perto do universo adolescente. A conclusão é só uma: você, jovem, é o público-alvo. Ou, na linguagem especializada, o target. […]

        O alvo é você!

        Você pode até pensar que sim, mas não é à toa que Gisele Bündchen e Rodrigo Santoro já foram os garotos-propaganda de uma bandeira de cartão de crédito, que Marcelo D2 fez um show para promover uma marca de roupas em uma loja de patricinhas e que Charlie Brown Jr. era a banda queridinha de uma marca de refrigerantes. […]

        Se você viu algo familiar nessas campanhas e eventos, não está maluco: todas elas querem falar diretamente com o jovem […].

        “Tenho uma só coisa para falar a respeito desse target: congestionamento”, brinca Rita Almeida, diretora de planejamento da agência de publicidade AlmapBBDO. “O jovem é um público 100% importante hoje, aquele que todo mundo deseja. Além de ter um poder de consumo crescente, ele exerce uma grande influência no consumo de sua família”, explica. “Com o fenômeno da mãe, da dona de casa, passar a trabalhar fora, as crianças ganharam mais liberdade. Quando elas viraram adolescentes, começaram a se comportar como adultos em termos de decisão e de consumo.”

        “O jovem é o mercado atual e o futuro. É onde você vai plantar uma semente para que ele compre mais futuramente”, avalia Luciane Robic, professora de marketing da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). “Até os bancos têm campanhas para jovens hoje.” Para Cláudio Felisoni de Ângelo, coordenador do Programa de Administração de Varejo da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, essa corrida pelo mercado jovem começou em 1994, com a queda da inflação.

        “O jovem, assim como outros segmentos de baixa renda da sociedade, ganhou poder de compra nessa época”, explica. “Como o jovem de hoje já cresceu com uma melhor percepção do valor dos produtos que adquire, as agências têm de se desdobrar para ganhá-lo.”

        Para isso, os marqueteiros precisaram fazer um raio X dos hábitos e do comportamento jovem. Baseados em muitas pesquisas, eles escanearam várias tribos e sabem de cor o que toda uma geração supostamente pensa, gosta e faz. “A vida da propaganda é estudar o jovem como principal referência”, admite Almeida.

        Novo referencial

        Tanta badalação publicitária em cima do jovem acabou mudando a cara das campanhas. “Tudo ficou absurdamente mais jovem. A grande ginástica é conseguir falar com o jovem naturalmente, entendendo sua cultura”, afirma Almeida.

        “Para transmitir sua mensagem a um grupo, a publicidade tem necessariamente de se apropriar de todos os seus códigos, referências e ícones”, revela Sérgio Godinho, diretor de criação da agência África. “Muitas vezes, pinceladas desses ícones e referências acabam sendo utilizados em campanhas para outros públicos, exatamente em busca de um frescor ou da modernização da marca.”

        Vale dizer então que, além de o jovem ser público-alvo, a sua própria cultura, rebelde e “alternativa”, virou recurso para ajudar na comercialização de produtos e de serviços. Virou lugar-comum.

        Experiência

        Quando, na publicidade, o assunto é jovem, o conceito de experiência é a alma do negócio. Por isso, as grandes marcas martelam seus valores em comerciais para depois convidarem o jovem a experimentá-los em megaeventos de cultura, esporte e interação (ou, de preferência, de tudo isso junto) patrocinados por elas.

        “A comunicação tradicional, de um bom filme publicitário, não é mais tão importante. Esses eventos, que promovem experiências com a marca, acontecem em ambientes em que os jovens estão muito expostos aos produtos”, explica Robic. “Na hora de optar, o jovem preferirá o produto cuja marca lhe proporcionou uma experiência positiva.”

        Ou seja, todo mundo quer ficar bem na fita com o jovem para arrematar mais consumidores e, o melhor, aqueles que ainda têm uma vida inteirinha pela frente para comprar, comprar e comprar.

        Vazio

        A construção desse mundo de fantasia, onde tudo é perfeito, atraente e pisca por todos os lugares para onde o jovem olha, produz diferentes opiniões entre a juventude. Há quem adore o colorido da publicidade. Há quem desconfie, atento a seu poder manipulador.

        “O principal efeito da pressão pelo consumo, sobretudo a que se utiliza de imagens da juventude ligadas à rebeldia e à transgressão, é produzir entre os jovens um enorme conformismo, já que não há nenhum gesto de rebeldia que não seja transformado em norma pela publicidade. Do conformismo a uma certa depressão, é só um passo. Muitos jovens, hoje, queixam-se de vazio, de falta de perspectivas”, avalia a psicanalista Maria Rita Kehl. “O espaço para a manifestação da rebeldia jovem reduz-se à escolha da grife, da cerveja, do carro: atos de compra. O jovem contestador é um segmento do mercado, como os mauricinhos de shopping center e os viciados em video game. Parece que todas as escolhas de vida convergem para o shopping center: O que muda é a marca que você vai escolher.”

Fonte: MENA, Fernanda. Folha de S. Paulo. Disponível em: http://www2.uol.com.br/ aprendiz/n_noticias/consumo/id271003.htm#1. Acesso em: 23 mar. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 150-3.

Entendendo a reportagem:

01 – O que mais chamou sua atenção nesse texto?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Você concorda que existe uma “força jovem” no consumo?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – De acordo com o texto, de que modo a propaganda se aproxima dos jovens consumidores?

      A partir da observação de atitudes, hábitos, gostos e rotina dos mesmos.

04 – Identifique e transcreva em seu caderno os dois motivos pelos quais o público jovem é alvo das propagandas.

      “Além de ter um poder consumo crescente, ele exerce uma grande influência no consumo de sua família.”

05 – Segundo o texto, por que as crianças ganharam mais liberdade e, consequentemente, na adolescência, passaram a tomar decisões e a consumir como se fossem adultos?

      Porque as mães deixaram de ser donas de casa e passaram a trabalhar fora.

06 – Você se identifica com o perfil de jovem que é traçado pelo texto? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Releia o trecho a seguir.

        “O jovem é o mercado atual e o futuro. [...]”

a)   Explique-o em seu caderno.

Hoje os jovens já consomem muito e serão, consequentemente, adultos consumistas.

b)   Você concorda com essa afirmação?

Resposta pessoal do aluno. Professor, espera-se que os alunos posicionem-se criticamente diante da afirmação feita pelo texto.

c)   De acordo com esse trecho, por que é importante para as marcas conquistar os consumidores desde cedo?

Porque, dessa forma, as marcas fidelizam um consumidor que ainda tem a vida inteira para comprar seus produtos.

08 – Segundo o texto, em que época se iniciou esse interesse dos jovens pelo consumo? Por que isso ocorreu?

      Começou em 1994, com a queda da inflação.

09 – Explique por que as agências de publicidade têm de lutar para conquistar o jovem de hoje.

      O jovem já cresceu com uma percepção maior do valor dos produtos, uma vez que, desde criança, participa das decisões familiares.

10 – Qual é o esforço que a publicidade faz para se aproximar desse consumidor?

      A publicidade tem de conseguir falar com o jovem naturalmente, entender sua cultura, conhecer os seus códigos, referências e ícones.

·        Você percebe esse esforço nas propagandas que chegam até você? Justifique sua resposta com alguns exemplos.

Resposta pessoal. Professor, espera-se que os alunos percebam que sim e que citem alguns exemplos de propagandas que utilizam elementos próprios da juventude para se aproximar desse público.

11 – Por que os grandes eventos culturais ou esportivos são muito importantes para a divulgação de produtos voltados para os jovens?

      Porque, segundo o texto, se o jovem experimentar um determinado produto em uma situação agradável, fará uma associação que tornará mais fácil ele consumir esse mesmo produto posteriormente.

12 – No trecho intitulado “Vazio”, encontramos duas visões a respeito do posicionamento dos jovens diante da fantasia criada pela publicidade. Em seu caderno, explique quais são elas.

      De um lado, jovens que gostam da bela imagem das propagadas; de outro, jovens que estão mais atentos às influências da publicidade, que desconfiam de sua influência.

a)   Você se identifica com algum desses posicionamentos?

 Resposta pessoal do aluno.

b)   É possível dizer que nesse trecho são apontados contrapontos àquilo que é apresentado no restante do texto. Você concorda com esses contrapontos?

Resposta pessoal do aluno.