sexta-feira, 15 de outubro de 2021

ANEDOTAS: PULGA SONHADORA E BEM EXPLICADO - BRASIL ALMANAQUE-CORNÉLIO PIRES - COM GABARITO

 Anedotas: Pulga sonhadora e Bem explicado

      Pulga sonhadora

        Duas pulgas conversando:

        – O que você faria se ganhasse na loteria?

        A amiga responde, com ar de sonhadora:

        – Eu comprava um cachorro só para mim!

Brasil Almanaque de Cultura Popular, n. 61, abr. 2004.

        Bem explicado

        Dizem que esta se deu em casa de conhecida, rica e antiga família paulista.

        Tendo enviuvado o Cel. Eulálio, deixou-lhe a esposa três filhinhos.

        Mais tarde casou-se com a viúva D. Eugênia, mãe de três pimpolhos.

        Do segundo casamento tiveram mais dois filhos.

        Certo dia, ao entrar em casa, ouviu o berreiro dos dois menores e perguntou à esposa:

        – Que aconteceu lá dentro?

        – Nada demais: teus filhos e meus filhos estão batendo em nossos filhos.

Pires, Cornélio. Mixórdia: contos, anedotas. São Paulo: Companhia editora Nacional, s.d.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 135-6.

Entendendo as anedotas:

01 – Na anedota “Pulga sonhadora”, que frase identifica quem está conversando?

      A frase: “Duas pulgas conversando”.

02 – O que provoca humor nessa primeira anedota?

      O elemento-surpresa dado pelo fato de a pulga ter um sonho de consumo, como se fosse um ser humano.

03 – Releia o trecho a seguir:

        “A amiga responde, com ar de sonhadora […].”

·        A construção do humor seria prejudicada se a expressão destacada fosse omitida? Explique.

Sim, porque a expressão destacada caracteriza o jeito de ser da personagem e mostra de que forma ela manifesta seu desejo. Se ela fosse retirada, provavelmente a anedota não teria tanta graça.

04 – A segunda anedota, “Bem explicado”, apresenta um tipo de introdução diferente da primeira. Releia-a a seguir:

        “Dizem que esta se deu em casa de conhecida, rica e antiga família paulista.”

a)   O que essa introdução revela a respeito da época em que se passam os fatos narrados?

Que os fatos narrados não se passam em uma época recente – informação reforçada pelo uso do título “coronel”, muito valorizado antigamente, atribuído à personagem Eulálio.

b)   Esse tipo de introdução poderia ser usado para contar um causo? Por quê?

Sim, porque vários causos têm origem desconhecida e sobrevivem da tradição oral.

c)   A história contada pode não ser verdadeira? Que expressão do texto confirma sua resposta?

Sim, ela pode não ser verdadeira. A expressão “Dizem que” atesta isso, pois não identifica quem contou, mas atribui o caso contado a pessoas anônimas, que foram passando a história de boca em boca.

d)   De que forma a expressão que você identificou no item anterior interfere na credibilidade da história?

Ao usar a expressão “Dizem que”, o narrador não se compromete com o fato de a história ser ou não verdadeira. Isso não impede, porém, que o leitor entre no clima da anedota e se divirta.

05 – Levante uma hipótese: Por que as anedotas costumam ser breves?

      Resposta pessoal. Sugestão: As anedotas costumam ser curtas e rápidas para conseguir o riso imediato do ouvinte ou leitor, efeito primordial nesse tipo de “contação”. Para que isso ocorra, é fundamental que o ouvinte ou o leitor não se desconcentre, não se distraia e não se canse.

06 – No geral, as anedotas provocam risos durante toda a “contação” ou mais ao final? Por que você acha que isso acontece?

      Geralmente, mais ao final, quando se apresenta o desfecho surpreendente, inesperado e criativo, que costuma provocar surpresa e humor.

07 – As anedotas que você leu foram elaboradas utilizando o discurso direto. Que efeito o uso desse recurso gera nesses textos?

      O uso do discurso direto torna a narração mais expressiva, contribuindo para o efeito cômico do texto.

08 – Em seu caderno, reescreva as falas das personagens das duas anedotas utilizando o discurso indireto.

      Sugestão: “Duas pulgas estavam conversando e uma delas perguntou à outra o que ela faria se ganhasse na loteria. A amiga respondeu, com ar de sonhadora, que compraria um cachorro só pra ela.”; “Certo dia, ao entrar em casa, ouviu o berreiro dos dois menores e perguntou à esposa o que havia acontecido. A esposa respondeu que não era nada demais: os filhos que eram só dela e os filhos que eram só dele estavam batendo nos filhos dos dois”.

a)   O efeito de humor das anedotas é o mesmo no discurso indireto?

Professor, espera-se que os alunos respondam que não.

b)   Em sua opinião, qual seria a melhor escolha para a construção de uma anedota: o discurso direto ou o indireto? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: as anedotas que utilizam o discurso direto são mais expressivas, mais engraçadas.

09 – Em sua opinião, o que é necessário para se contar uma boa anedota?

      Resposta pessoal. Sugestões: Conhecer muito bem a anedota que será contada, prender a atenção do ouvinte, manter um bom ritmo, saber o momento certo de fazer pausas, criar expectativa, etc.

10 – Você se lembra de alguma situação em que você ou outra pessoa foi contar uma anedota e esqueceu ou se atrapalhou com as palavras, provocando o riso pelo seu deslize e não por causa da piada? Foi engraçado? Conte para os seus colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

11 – Muitos dizem que não sabem contar anedotas. Em sua opinião, por que é considerado difícil provocar humor?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Na maioria das vezes, o humor não é gerado de forma espontânea ou improvisada. É preciso planejamento e preparo para contar uma anedota, além de técnicas próprias de uso da linguagem oral, que podem ser mais ou menos fáceis para cada pessoa. 

NOTÍCIA: POR QUE A LUA ESTÁ SE AFASTANDO DA TERRA? (FRAGMENTO) - BBC BRASIL. UOL NOTICIAS - COM GABARITO

 Notícia: Por que a Lua está se afastando da Terra? (Fragmento)

       Você certamente não percebeu, mas a Lua está se afastando de nós.

O satélite da Terra está atualmente dezoito vezes mais longe do que quando se formou, há 4,5 bilhões de anos.

        Sem a Lua, nosso planeta seria irreconhecível. Os oceanos quase não teriam marés, os dias teriam outra duração e nós poderíamos não estar aqui, de acordo com alguns cientistas que acreditam que a Lua foi fundamental para o início da vida em nosso planeta. […]

               BBC Brasil. UOL Notícias, 14 mar. 2015. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2015/03/14/por-que-a-lua-esta-se-afastando-da-terra.htm. Acesso em: 18 mar. 2015.

Entendendo a notícia:

01 – Que fato é apresentado nesse trecho da notícia?

      Que a Lua está se afastando da Terra.

02 – A expressão “em nosso planeta”, no final do trecho, está dando uma informação a respeito de onde a vida se iniciou.

a)    Que tipo de informação as outras palavras e expressões destacadas acrescentam ao trecho?

“Longe” e “aqui” acrescentam a ideia de lugar; e “há 4,5 bilhões de anos” acrescenta a ideia de tempo.

b)    Qual é a importância das palavras e expressões destacadas na construção do sentido do trecho?

Elas informam o leitor do tempo e do lugar em que os fatos ocorreram.

03 – Reescreva em seu caderno o segundo e o terceiro parágrafos do trecho lido, substituindo as palavras e expressões destacadas por outras com sentido semelhante.

      Resposta pessoal. Sugestão: Segundo parágrafo: “O satélite da Terra está atualmente dezoito vezes mais distante do que quando se formou, há 4,5 mil milhões de anos.” Terceiro parágrafo: “Sem a Lua, nosso planeta seria irreconhecível. Os oceanos quase não teriam marés, os dias teriam outra duração e nós poderíamos não estar neste lugar, de acordo com alguns cientistas que acreditam que a Lua foi fundamental para o início da vida na Terra.”

04 – Releia outro trecho da mesma notícia:

        “Esse afastamento se deve à fricção entre a superfície da Terra e a enorme massa de água que está sobre ela e faz com que, ao longo do tempo, a Terra gire um pouco mais lentamente sobre o seu eixo.”

   BBC Brasil. UOL Notícias, 14 mar. 2015. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2015/03/14/por-que-a-lua-esta-se-afastando-da-terra.htm>. Acesso em: 18 mar. 2015.

·        Em seu caderno, transcreva do trecho palavras e expressões que indiquem:

a)   Tempo.

“Ao longo do tempo”.

b)   Lugar.

“Entre a superfície da Terra e a enorme massa de água”, “sobre ela”, “sobre o seu eixo”.

CHARGE: KOIZAS DA VIDA - FABIANO DOS SANTOS - COM GABARITO

 Charge: Koizas da vida


 
Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZz_9t8hlsDKu3fT__g5XdR_YF5nTrho-hR7bGckjZbNCWKaDD3gQSvXL_Hg2bOREFW5Rly1t2RhrwlD4aLUkjWbjVXuxjPzRdB1tiBmej_8imLnCJBb9CrRTYsPUiXfXPWD058hbIaDk/s267/KOISAS.jpg

SANTOS, Fabiano dos. Koizas da vida. Disponível em: http://www.fabianocartunista.com/imagens/tirinhas. Acesso em: 19 jan. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 118-9.

Entendendo a charge:

01 – Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento ou fato social. Mais do que um simples desenho, esse gênero textual é uma crítica político-social em que o artista expressa seu ponto de vista sobre determinado assunto. É muito comum charges se originarem de notícias.

a)   Nessa charge, o que é criticado?

O chargista critica os problemas ambientais causados pelo ser humano.

b)   Possivelmente, que notícia pode ter gerado essa charge? Como você chegou a essa conclusão?

Provavelmente essa charge se originou de uma notícia sobre vida extraterrestre, pois há a presença de um disco voador com alienígenas.

02 – O elemento visual é característica presente em toda e qualquer charge e proporciona maior compreensão da crítica que o chargista pretende fazer. Em muitos casos, a linguagem verbal se alia à imagem para reforçar o discurso elaborado.

a)   No caso dessa charge, se não houvesse balões de fala, você acha que seria possível entender o que é criticado? Explique.

Espera-se que o aluno perceba que o texto verbal é apenas um acessório. A mensagem seria transmitida mesmo sem os balões, a crítica continuaria sendo em relação às más ações do ser humano e seu reflexo no meio ambiente.

b)   O chargista criou algumas representações para denunciar problemas socioambientais. Copie a tabela a seguir em seu caderno. Depois, complete-a, indicando de que forma cada problema foi representado.

Problema socioambiental             Representação

Desmatamento                                Árvores cortadas

Queimadas                                      Fogo

Poluição do ar                                 Fumaça de fábricas

Poluição marinha                    Vazamento de óleo de um                  navio/lixo

Lixo radioativo                                 Símbolo amarelo e preto

Falta de saneamento básico           Lixo nas águas

Poluição de mananciais             Fábrica despejando resíduos em um manancial

Especulação imobiliária nas áreas costeiras      Prédios na área costeira

Extinção de animais                       Baleia ferida.

03 – O chargista não completa a frase de um dos alienígenas. Porém, a partir da imagem, o leitor é capaz de pressupor a continuação.

a)   O que provavelmente seria dito pelo alienígena?

Provavelmente a frase seria completada com um “não”.

b)   Como a imagem nos induz a essa conclusão?

Pode-se concluir isso porque na imagem só são representadas atitudes negativas e pouco inteligentes do ser humano.

04 – Em seu caderno, copie a alternativa que melhor descreve o gênero “charge”:

a)   Texto predominantemente verbal que veicula críticas político-sociais.

b)   Texto predominantemente visual, caracterizado por sua imparcialidade.

c)   Texto que alia elementos verbais e visuais para expressar a visão do artista.

d)   Texto verbo-visual publicado apenas na internet.

TIRINHA: A NATUREZA - BILL WATERSON/CONRAD EDITORA - COM GABARITO

 Tirinha: A natureza

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFO8bnrGDbO-U-HdJof_kgeNZnp3q7c4t3R_SZExoJrV0Djz9E_o_B5RJHxAPNwfTcKbzELl2L0OSyKfJv_yC2_0tNLZNACIV1L7GDJyoiFtF0alNUaBIxDZWIWYJfJpmY56PmMebXIfQ/s376/NATUREZA.jpg

Bill Waterson/Conrad Editora

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 93.

Entendendo a tirinha:

01 – Em seu caderno, explique como pode ser caracterizada a atitude de Calvin em relação às flores, nos três primeiros quadrinhos.

      Calvin age de forma ameaçadora. O fato de ele possuir um regador cheio de água, algo de que as flores precisam, faz com que ele se posicione como se fosse superior a elas.

02 – Podemos afirmar que ocorre uma quebra de expectativa no último quadrinho. Em seu caderno, explique qual é ela.

      No último quadrinho, começa a chover. Esse fato frustra a intenção de Calvin de ser o único a ter a posse da água de que as flores precisavam.

03 – Em sua opinião, que tipo de crítica está presente nessa tirinha?

      Resposta pessoal. Professor, espera-se que a res- posta do aluno contemple a ideia de que a ambição do ser humano de controlar a natureza leva-o a desrespeitá-la. Seria interessante ampliar a discussão para toda a turma.

04 – Em seu caderno, transcreva apenas os verbos que aparecem nas frases do primeiro quadrinho.

      “Querem” e “tenho”.

05 – Agora, transcreva em seu caderno as expressões que complementam o sentido de cada um desses verbos.

      “Um pouco de água” e “bastante (água) aqui”.

06 – Se as expressões que complementam esses verbos fossem retiradas, o sentido seria mantido? Explique a importância desses complementos.

      Não haveria sentido, porque ambos precisam de complemento: quem quer, quer algo; quem tem, também tem algo.

07 – Em seu caderno, crie outros complementos para cada um desses verbos.

      Resposta pessoal do aluno

TEXTO: PREFÁCIO DE CODINOME DUDA - (LINGUAGEM INFORMAL) MARCELO CARNEIRO DA CUNHA - COM GABARITO

 Texto: Prefácio de Codinome Duda

       Contar a história do Duda foi legal pra mim, porque tem esse jeito dele, de guri, de contar tudo assim, rápido, bem videogame mesmo. Também foi um pouco difícil, porque existe o lance da linguagem vocês sabem, da diferença que muitas vezes existe entre a forma que a gramática diz que é correta (que também chamam de linguagem culta), e o jeito que a gente usa para falar. Assim, como quando a gente fala Tu foi? e devia escrever Tu foste?. Mas como eu queria escrever de um jeito que fosse a cara do Duda, preferi manter a linguagem bem parecida com o jeito que ele fala. Pode não ser lá como a gramática manda. Mas saber a gramática é uma coisa, e eu acho que é superimportante. Contar histórias é outra. Às vezes elas se juntam sem problemas. Às vezes não. Espero que todos curtam. Ou melhor: gostem.

CUNHA, Marcelo carneiro da. Codinome Duda (Prefácio). Porto alegre: Projeto, 1992.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 28-9.

Entendendo o texto:

01 – Que tipo de linguagem o autor emprega na fala das personagens?

      Uma linguagem informal, com a presença de marcas de oralidade.

02 – Que tipo de explicação você imagina que o autor vai dar para justificar o uso dessa linguagem?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – O autor do texto nos revela sensações opostas que vivenciou ao contar a história de Duda. Quais são elas?

      O autor ficou satisfeito ao contar a história da personagem. Por outro lado, o processo foi difícil por conta da linguagem que ele teve de utilizar.

04 – Que decisão o autor achou um pouco difícil de tomar quando escreveu o livro?

      A decisão sobre qual linguagem usar: a norma-padrão ou a maneira de a personagem falar.

05 – Por que o autor preferiu usar a linguagem da forma como o fez na obra?

      O autor preferiu manter a linguagem bem parecida com a fala, porque queria escrever de uma forma que fosse coerente com a personagem.

06 – A opção de uso da linguagem feita pelo autor na obra se aplica a qualquer situação? Explique.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Não, pois cada situação exige adequação da linguagem ao contexto de uso.

07 – Qual pode ter sido a intenção de quem produziu o prefácio?

      Apresentar a obra ao leitor. Nesse caso, o prefácio foi escrito pelo próprio autor do livro, que justifica o tipo de linguagem que usou para escrevê-lo.

08 – Em sua opinião, é importante o autor de um livro fazer considerações sobre a obra? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O prefácio é uma maneira eficaz de se estabelecer um vínculo com o leitor e de despertar nele o interesse pela obra.

09 – No prefácio, o autor usa a linguagem no registro formal ou informal? Em sua opinião, por que ele utilizou esse registro?

      Informal. Provavelmente por ser equivalente à linguagem que optou usar no livro.

10 – Que palavras do texto revelam que o autor está escrevendo sobre uma experiência que já vivenciou?

      O uso de verbos no passado.

11 – Em que trecho do prefácio o autor demonstra suas expectativas em relação à avaliação que o leitor fará da obra? Transcreva-o em seu caderno.

      No final do texto, ao dizer: “Espero que todos curtam. Ou melhor: gostem.”

12 – Esse tipo de conversa com o leitor costuma aparecer em outros prefácios de livros?

      Professor, caso o aluno não tenha tido a oportunidade de ler outros prefácios de livros, seria interessante ler para eles o modelo que está disponível no Manual. Só depois da leitura eles terão condições de responder à questão. Esse é o momento de pedir a eles que consultem os prefácios dos livros que trouxeram (conforme recomendação feita no início do capítulo).

13 – O texto lido apresenta algumas gírias. Identifique-as.

      “Legal”, “lance”, “cara”, “superimportante”, “curtam”.

CHARGE: ELEITOR - (SUJEITO DA ORAÇÃO) - IVAN CABRAL - COM GABARITO

 Charge: Eleitor

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5EkUpHtJ0K1it-ZNauKEw13Wt5luevY3e4G44EK_TA0uHO4L-CgUkwDEf7hnJ5ouJ11TPhpCABx7uyXlViBYofTtOsQeegaVo81M2IaaG4UhyAIw1Yet4rvV7KIfFk1BsF_K3iDav_HU/s251/eleitor.jpg

Ivan Cabral. Charge O eleitor confia na honestidade dos políticos.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 214.

Entendendo a charge:

01 – Considerando o contexto, que significado tem a palavra “sujeito” na fala da professora?

      Na fala da professora, “sujeito” é o termo sobre o qual se informa algo na oração e a que se liga o verbo, mantendo com ele concordância.

02 – Considerando a resposta do menino, observa-se que a palavra “sujeito” ganhou outro sentido. Que sentido é esse?

      Na fala do menino, o termo “sujeito” refere-se a uma pessoa que confia na honestidade dos políticos.

03 – Qual é a resposta esperada pela professora?

      “O eleitor”.

04 – Quem é o sujeito da frase que compõe a fala do menino? Classifique-o.

      O sujeito é “o sujeito” e é desinencial.

REPORTAGEM: REDUTO DE DIFAMAÇÃO NA WEB, SECRET FAZ VÍTIMAS EM LONDRINA - TATIANE SALVÁTICO - COM GABARITO

 Reportagem: Reduto de difamação na web, Secret faz vítimas em Londrina

              Apesar de não ter recebido denúncias formais, Polícia Civil afirma que adolescentes são o principal alvo do aplicativo. Diante da situação, escolas discutem e orientam sobre uso do app com alunos

        Disponível no Brasil desde maio deste ano, o aplicativo Secret começa a fazer as primeiras vítimas em Londrina. De acordo com os usuários ouvidos pelo JL, as difamações ganharam força em agosto, especialmente entre adolescentes da cidade. Até a tarde desta terça-feira (12), a Polícia Civil não havia registrado denúncias formais que envolvam o aplicativo na cidade. “Mas alguns colégios particulares já nos procuraram para receber orientações e repassar aos alunos”, conta o investigador-chefe da 10ª Subdivisão de Polícia Civil, Márcio Ilkiu.

        Diante da popularidade do app, algumas escolas e professores já se adiantaram e levaram a discussão sobre o uso do aplicativo para a sala de aula. O professor Nilson Castilho, do Colégio Marista de Londrina, conta que discute em meio à disciplina de Língua Portuguesa a tecnologia disponível do dia a dia dos alunos.

        “Quando comecei a receber relatos sobre o Secret preparei uma aula para gente debater o aplicativo. O ponto principal foi reforçar para os alunos que por mais que o aplicativo assegure o anonimato, não existe identidade preservada na internet. A partir do momento que você se cadastra, oferece seus dados para o administrador”, lembra o professor.

       A estudante Camilla Carine, de 15 anos, conta que é usuária do Secret, mas que, até agora, não foi citada no aplicativo. No entanto, Camilla afirma que algumas de suas amigas já foram vítimas dos comentários que circulam pela internet. “Conheço pessoas vítimas de cyberbullying diferentes. Tem desde vítimas de mentiras até amigas que tiveram fotos nuas divulgadas no aplicativo.”

        Márcio Ilkiu pontua que assim como em situações anteriores, os adolescentes são as principais vítimas da difamação on-line. “No começo do ano tivemos aquele problema das selfies e agora esse Secret. Não temos estatísticas sobre isso, mas novamente observamos que esta faixa etária é a mais afetada.”

        A professora e coordenadora Márcia Chireia defende que apesar de, aparentemente, as meninas serem as mais afetadas pela difamação na internet, a questão atinge a todos. “Existem casos que focam na sexualidade ou na aparência desses adolescentes. De qualquer forma, ofende e muito.”

        Márcia pontua que a escola e os pais devem manter o trabalho contínuo de conscientização dos riscos oferecidos na rede. “Por mais que esses adolescentes vivam conectados parece que eles ainda não entenderam a proporção da internet, que é a rede mundial de computadores. Fazer uma foto sensual não é uma questão que vai ficar entre quatro paredes, mas algo que pode se incansavelmente divulgado.”

        Para o professor Castilho, o acesso fácil e abundante dos adolescentes aos aplicativos é o principal motivo para que eles sejam vítimas frequentes da difamação on-line. Ele defende que além da própria escola, os pais devem estar atentos aos aplicativos utilizados pelos filhos. “Os pais têm que se informar sobre o conteúdo dos aplicativos para poder instruir os filhos sobre o uso dessa tecnologia. Se o pai desconhece a finalidade dos aplicativos, não conseguem estabelecer uma política clara de uso para os adolescentes”, opina.

        Cyberbullying pode ser pior que o bullying “real”, diz psicóloga

        Mariana*, de 16 anos, de Porto Alegre, ficou sabendo por intermédio de amigos que o tamanho do seu nariz tinha virado assunto no aplicativo Secret. “Fiquei chocada. Me senti mal. Minha autoestima já é baixa. É uma covardia, uma agressão”, relata a adolescente.

        Psicóloga do Grupo de Estudos Sobre Adições Tecnológicas e do Centro de Estudos, Atendimento e Pesquisa da Infância e Adolescência, Aline Restano destaca que essa fase do desenvolvimento é marcada pela impulsividade. Ainda em formação, muitas vezes o jovem age sem pensar, o que na internet pode ter consequências imprevisíveis.

        “O cyberbullying é considerado pior do que o bullying ‘real’ porque as vítimas têm a sensação de que todo mundo sabe, não adianta mudar de escola ou cidade para ter uma nova chance. O impacto é muito maior. Algumas se isolam, têm depressão ou até se suicidam”, alerta Aline.

        Superexposição

        Entusiasta das redes sociais por fortalecerem os laços entre famílias e escola, o professor de Filosofia Betover Santos costuma debater os riscos da superexposição. Recentemente, aproveitou conceitos previstos no plano de aula da disciplina, como ética e moral, para orientar turmas de Ensino Médio sobre o comportamento on-line.

        “Quais as consequências daquilo que torno público? Tudo no mundo virtual, mesmo que anônimo, possui implicações morais e éticas. As redes exigem uma relação de zelo, cuidado, reciprocidade. Posso postar qualquer coisa, mas isso está passível de inúmeras interpretações. Qual o limite do que posso tornar público? O que ainda precisa permanecer no privado? Quanto mais idôneo, consciente, racional eu for, melhor será o uso da internet na minha vida”, analisa o professor de Filosofia.

     SALVÁTICO, Tatiane. Reduto de difamação na web, Secret faz vítimas em Londrina. Gazeta do Povo, 19 ago. 2014.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 208-210.

Entendendo a reportagem:

01 – Uma reportagem ou matéria jornalística deve ser importante para o público a que se destina, envolvendo-o, informando-o e, muitas vezes, convencendo-o de algo. Para isso, apresenta exemplos ou depoimentos que podem dar credibilidade ao que é informado.

a)   Qual é o tema da reportagem lida?

         O uso do aplicativo Secret.

b)   O tema da reportagem relaciona-se ao público adolescente. A linguagem utilizada no texto também é destinada a esse público? Explique.

Não. Espera-se que o aluno perceba que, apesar de o tema da reportagem relacionar-se ao público adolescente, a linguagem do texto é voltada ao público adulto.

c)   De modo geral, qual é o objetivo dessa reportagem?

Convencer o leitor de que o aplicativo Secret é uma ferramenta de difamação.

d)   Na reportagem, aparecem depoimentos de um policial, de uma psicóloga e de alguns professores. Com que intenção o discurso deles foi usado?

Os depoimentos foram usados para embasar ou dar validade ao que é dito sobre o aplicativo, conferindo credibilidade à matéria.

02 – O título da reportagem afirma que o aplicativo Secret fez vítimas em Londrina. Essa afirmação é confirmada no primeiro parágrafo do texto? Explique.

      Ela não é confirmada. Ao contrário, no primeiro parágrafo afirma-se que a Polícia Civil não havia registrado denúncias formais na cidade que envolvessem o aplicativo.

03 – Segundo o texto, o que levou as escolas a discutirem e orientarem os alunos sobre o uso do aplicativo?

      O fato de os adolescentes serem o principal alvo de difamação.

04 – De acordo com o professor Nilson Castilho, por que os adolescentes são as principais vítimas de difamação on-line?

      De acordo com o professor, os adolescentes têm acesso abundante aos aplicativos e isso os torna mais passíveis de serem vítimas de tais difamações.

 05 – Em uma reportagem, é muito comum haver entretítulos, ou seja, títulos que separam as informações e ajudam o leitor a organizar sua leitura. Releia o texto que acompanha o entretítulo “Cyberbullying pode ser pior que o bullying ‘real’, diz psicóloga”. De que forma o texto justifica a informação trazida pelo entretítulo?

      O texto mostra que o cyberbullying é pior que o bullying real porque a vítima tem a sensação de que todo mundo sabe sobre seu problema, o que faz com que se sinta ainda mais humilhada.

06 – Releia o trecho a seguir:

        Márcia pontua que a escola e os pais devem manter o trabalho contínuo de conscientização dos riscos oferecidos na rede. “Por mais que esses adolescentes vivam conectados, parece que eles ainda não entenderam a proporção da internet, que é uma rede mundial. Fazer uma foto sensual não é uma questão que vai ficar entre quatro paredes, mas algo que pode ser incansavelmente divulgado.”

a)   De acordo com o trecho, por que a escola e os pais devem conscientizar os adolescentes sobre os riscos oferecidos pela rede?

Porque os adolescentes parecem não ter consciência da proporção da internet, eles parecem desconhecer os riscos da exposição.

b)   A opinião de Márcia confirma ou contradiz o que é exposto no texto que acompanha o entretítulo “Superexposição”? Explique.

Essa opinião confirma o que é dito no texto que acompanha o entretítulo “Superexposição”, porque ambos deixam claro o perigo de se expor demais.

07 – O que é cyberbullying?

      É o bullying, um crime, que envolve a internet.

08 – Releia as perguntas feitas pelo professor Betover Santos:

“Quais as consequências daquilo que torno público? [...]”

“Qual o limite do que posso tornar público? [...]”

“O que ainda precisa permanecer no privado?”

·        Como você as responderia?

Resposta pessoal do aluno.

 

 

NOTÍCIA: MPT FAZ CAMPANHA NO CARNAVAL CONTRA O TRABALHO INFANTIL - CRISTINA INDIO DO BRASIL - COM GABARITO

 Notícia: MPT faz campanha no Carnaval contra o trabalho infantil

Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil –

Rio de Janeiro – Edição: Aécio Amado

https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=947316&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=947316&o=node        Com o slogan “Trabalho infantil não é legal”, o Ministério Público do Trabalho (MPT) fará campanha no Rio de Janeiro, na Bahia, em Pernambuco e São Paulo, estados com grande presença de foliões no carnaval, para combater o trabalho infantil. A campanha, que será feita até o dia 28 de fevereiro, chama a atenção da sociedade para a responsabilidade de cada um na luta contra a exploração de crianças e adolescentes, e, ainda, para os males causados pelo trabalho infantil, prática que, de acordo com o MPT, é cada vez mais recorrente em grandes eventos.

        As peças de propaganda mostrarão crianças em atividades do dia a dia, como engraxate, limpador de para-brisas ou vendedor de doces e terão como destaque a expressão “Não Compro”. A intenção do MPT é alertar as pessoas que adquirir esses serviços contribui para incentivar a violação dos direitos de crianças e adolescentes.
 
        Para a procuradora do trabalho Sueli Teixeira Bessa, a ideia é usar a informação para mudar a cultura da sociedade em relação à aceitação da prática. “[Queremos] alertar sobre a importância de cada cidadão, e não apenas das autoridades, para erradicação desse tipo de violação, inclusive por ocasião de grandes eventos, como o carnaval”, disse a procuradora que é representante da Coordenadoria de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes do MPT no Rio de Janeiro.

        Na capital fluminense, locais de grande circulação, como o Aeroporto Santos Dumont, a Central do Brasil, totens, paradas de ônibus e bancas de jornais do centro da cidade, receberam painéis da campanha, que vai usar ainda inserções em rádio e no Facebook.

        Os recursos para isso saíram de multas aplicadas a empresas por descumprimento de termo de ajuste de conduta firmado com o MPT e em ação civil pública proposta pelo órgão. A Constituição Federal proíbe qualquer tipo de trabalho para menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. Também é vedada o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos.

        O MPT citou que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2013 indicou que, apesar da queda de 12,3% registrada em relação ao ano anterior, ainda existiam 3,1 milhões crianças e jovens entre 5 anos e 17 anos trabalhando no Brasil. Do total, 486 mil tinham menos de 13 anos. Já os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontaram168 milhões de crianças no mundo em alguma atividade de trabalho. O número corresponde a 11% da população infantil.

BRASIL, Cristina Indio do. MPT faz campanha no Carnaval contra o trabalho infantil. Agência Brasil on-line, 12 fev. 2015. Disponível em: http://agenciabrasil,ebc.com.br/geral/noticia/2015/mpt-faz-campanha-no-carnaval-contra-o-trabalho-infantil. Acesso em: 15 fev. 2015.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª edição São Paulo 2015 p. 206-7.

Entendendo a notícia:

01 – Observe atentamente o texto, sua forma de apresentação e a indicação de fonte e responda: Em qual veículo ou suporte essa notícia foi publicada originalmente? Como você concluiu isso?

      Originalmente, a notícia foi publicada no site de notícias Agência Brasil. O texto não é muito longo, os parágrafos são curtos e separados por um espaçamento. Não há colunas como em um jornal impresso. Logo abaixo do título, há a data, o horário e o local da publicação. 

02 – Identifique na notícia as informações que respondem às perguntas a seguir e anote-as em seu caderno:

a)   Quem?

O Ministério Público do Trabalho (MPT).

b)   O quê?

Fará campanha contra o trabalho infantil.

c)   Quando?

No Carnaval.

d)   Onde?

Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

e)   Por que ou para quê?

Para chamar a atenção da sociedade para a responsabilidade de cada um na luta contra a exploração de crianças e adolescentes e para os males causados pelo trabalho infantil.

 

03 – Elabore uma linha-fina para essa notícia.

      Resposta pessoal do aluno.