sábado, 12 de junho de 2021

REPORTAGEM: QUAL O DEBATE EM TORNO DA PUBLICIDADE FEITA POR YOUTUBERS MIRINS - CAMILO ROCHA - COM GABARITO

 Reportagem: Qual o debate em torno da publicidade feita por youtubers mirins

                       Para especialistas, falta de delimitação entre propaganda e entretenimento confunde crianças e viola direitos

Camilo Rocha 28 mar. 2018 (atualizado 12 abr. 15h19)

        A boneca [...] é um brinquedo que vem dentro de uma esfera de plástico. Para ter acesso à boneca e aos acessórios que vêm com ela, é preciso se livrar de várias etapas da embalagem. Fabricada pela empresa Candide, a boneca [...] representou um marco na indústria de brinquedos brasileira: é o primeiro produto de sucesso cuja estratégia publicitária não contemplou a televisão. Sua mídia foram os vídeos gravados por youtubers crianças e adolescentes. A essa categoria é dado o nome genérico de “youtubers mirins”.

        Pesquisadores também usam as categorias “mirim” para conteúdo direcionado a crianças entre 2 e 8 anos e “teen” para material que tem como alvo a faixa etária entre 9 e 12. Incluem canais muito populares, como o da menina Júlia Silva, de 11 anos, com 3,4 milhões de inscritos, ou de Felipe Calixto, de 17 anos, e 1,4 milhão de inscritos. Muitos deles gravam vídeos em que exibem produtos como roupas e brinquedos, falam sobre marcas e dão dicas de uso. Uma prática comum em vídeos de youtubers é o chamado “unboxing”, em que se filma a abertura da embalagem de um produto novo, mostrando em detalhes seus itens e características.

        “O modelo de publicidade mudou, a sociedade se reinventou, os usos e apropriações que se fazem nas plataformas são diversos.” (Luciana Correa, ESPM Media Lab).

        Calixto gravou inúmeros vídeos com a boneca [...] em que aparece desempacotando vários de seus modelos. Com suas “camadas” de embalagem, o brinquedo é feito sob medida para esse tipo de vídeo, como já explicou seu criador, o iraniano-americano Isaac Larian.

        “Havia uma época em que você colocava o brinquedo num comercial de TV e isso vendia o brinquedo”, afirmou Larian à Forbes em 2017.

        “Esses dias se foram.” Especialistas têm debatido as implicações no público infantil de um conteúdo que promove marcas e produtos sem regulação, em um ambiente que mistura entretenimento, informação e publicidade sem limites claros.

        “O youtuber mirim é um fenômeno muito interessante, porque abre espaço para a criança se comunicar, mas por outro lado, as empresas têm se utilizado dele para fazer merchandising, o que mostra a falta de ética de muitos anunciantes que se aproveitam da vulnerabilidade infantil para veicular publicidade”, explicou Pedro Hartung, advogado do instituto Alana, em entrevista de 2016.

As crianças no YouTube

        Em três anos, a presença de conteúdo infantil no YouTube cresceu e se multiplicou. Se em 2015, um terço dos 100 canais mais populares era de conteúdo infantil, em 2017 essa proporção passou para mais da metade. O Media Lab da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) analisa conteúdo infantil no YouTube desde 2015. Sua pesquisa divide o material em sete categorias:

·        Minecraft e games: incluindo vídeos de usuários jogando e vlogs de games.

·        TV: com programação que também pode ser encontrada na televisão convencional.

·        Não TV: conteúdo com linguagem de desenhos da TV, mas que não passa na TV convencional.

·        Youtubers teens.

·        Youtubers mirins.

·        Unboxing: vídeo-brincadeiras e programa (velada ou não) de produtos.

·        Educativo.

[...]

        Os youtubers mirins, cujo público-alvo são crianças de 2 a 8 anos, têm aproximadamente 5,8 bilhões; os youtubers teens, para público entre 9 e 12, somam 3,5 bilhões. A categoria das propagandas de brinquedos ultrapassou 6 bilhões de visualizações em 2016.

        [...]

        Em resposta a e-mail do Nexo, o Google, responsável pelo YouTube, disse ser uma “plataforma aberta e destinada a adultos, como está observando em nossos termos de serviço. Seu uso por crianças deve sempre ser feito num contexto familiar e em companhia de um adulto responsável”. O texto diz que usuários são responsáveis pelo material que compartilham e que “marcas e anunciantes devem seguir nossas diretrizes e estar em conformidade com a legislação brasileira”. Casos de violação que forem denunciados podem resultar em remoção.

O que dizem os especialistas

        [...]

        “Em primeiro lugar vem a publicidade direcionada ao público infantil que é, na maior parte das vezes, camuflada. A criança não tem ainda capacidade de discernir o que é propaganda ou não é. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, é um tipo de conteúdo que pode ser considerado abusivo”, Claudia Almeida, ESPM Media Lab. [...]

ROCHA, Camilo. Qual o debate em torno da publicidade feita por youtubers mirins. Nexo, São Paulo, 12 abr. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2E77VDS. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 217-219.

Fonte de imagem - https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fgruposwhats.app%2Fgroup%2F43999&psig=AOvVaw3ndO2Qa7QxMu5tJrOmkDC0&ust=1623618730258000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCKi9mcCBk_ECFQAAAAAdAAAAABAJ


Entendendo a reportagem:

01 – Que fato originou a reportagem?

      Muitos canais de plataforma apresentam produtos e marcas em vídeos de entretenimento voltados a crianças de forma camuflada.

02 – Releia o título e o subtítulo da reportagem.

a)   Explique o questionamento feito no título.

O título evidencia que há uma polêmica envolvendo youtubers mirins.

b)   O subtítulo pode ser uma resposta ao questionamento feito no título? Explique.

Sim. Porque não se questiona o fato de existirem youtubers mirins, mas de essas crianças estarem no centro da discussão sobre publicidade infantil camuflada que não delimita o anúncio publicitário do entretenimento.

03 – Releia o primeiro parágrafo:

a)   Você já tinha ouvido falar dessa nova forma de publicidade? Comente.

Resposta pessoal do aluno.

b)   Essa estratégia de publicidade pode ser considerada ilegal de acordo com a resolução 163 do Conanda? Por quê?

Fazer publicidade voltada para crianças é ilegal, mas dessa forma camuflada é mais abusiva ainda, porque a pressiona, involuntariamente, ao consumo.

04 – Segundo os pesquisadores brasileiros que têm investigado a estratégia publicitária na plataforma de compartilhamento de vídeos:

a)    Como é categorizada a publicidade infantil nessa mídia?

Minecraft e games incluindo vídeos de usuários jogando e vlogs de games; TV: com programação que também pode ser encontrada na televisão convencional; Não TV: conteúdo com linguagem de desenhos da TV, mas que não passa na TV convencional; Youtubers teens; Youtubers mirins; Unboxing: vídeo-brincadeiras e propaganda (velada ou não) de produtos; Educativo.

b)   Qual é o alcance desses anúncios por essa mídia?

Muito grande, pois esses canais têm milhares de seguidores e tiveram, somente em 2016, mais de 6 bilhões de visualizações.

c)   Como são feitos os anúncios das marcas e produtos?

Muitos deles gravam vídeos em que exibem produtos como roupas e brinquedos, falam sobre marcas e dão dicas de uso.

d)   Uma das categorias pesquisadas é o unboxing. Você sabe o que é? Você conhecia esse tipo de anúncio?

A prática de unboxing consiste em filmar a abertura da embalagem de um produto novo, mostrando em detalhes seus itens e características. A segunda resposta é pessoal.

05 – Releia as opiniões dos especialistas na reportagem:

a)   Qual é a opinião unânime de todos os especialistas sobre essa nova forma de fazer publicidade?

Todos são totalmente contrários a essa prática e a consideram abusiva, porque engana a criança.

b)   Você concorda com alguma dessas opiniões? Qual ou quais? Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

06 – Entre as categorias de conteúdo para crianças de até 12 anos na internet. Responda:

a)   Qual delas você ou alguém de sua família já assistiu ou costuma assistir? Comente.

Resposta pessoal do aluno.

b)   Você considera que a forma como os produtos são anunciados por esses vídeos estimula o desejo de compra? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

07 – Volte ao texto e releia a resposta dada pela empresa responsável pela plataforma à reportagem.

a)   Na prática, você acha que o uso da plataforma por crianças e adolescentes é feito sob a supervisão de adultos? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

b)   Você concorda ou discorda da resposta dada pela empresa? Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

c)   Em sua opinião, qual é a responsabilidade da plataforma em relação a esse tipo de publicidade?

Resposta pessoal do aluno.

08 – Você discorda ou concorda do argumento de Claudia Almeida: “A criança não tem capacidade de discernir o que é propaganda ou não é”? Explique.

     Resposta pessoal do aluno.

 

NOTÍCIA: PROJETO DE LEI QUER PERMITIR QUE ALUNOS USEM CELULAR DENTRO DA SALA DE AULA NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE GOIÁS - MURILLO VELASCO - G1 GO - COM GABARITO

 Notícia: Projeto de lei quer permitir que alunos usem celular dentro da sala de aula nas escolas estaduais de Goiás

              Em tramitação na Assembleia Legislativa, proposta prevê que aparelhos sejam usados para fins educativos; professores defendem iniciativa, mas afirmam que categoria tem que se capacitar.

Por Murillo Velasco, G1 GO – 11/05/2018 – 06h00

        Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) quer permitir o uso do celular dentro das salas de aula nas escolas estaduais. A ideia é que os equipamentos sejam usados exclusivamente para fins educativos. A iniciativa é bem vista por professores. No entanto, eles observem que, para que a prática dê certo, a categoria precisa se capacitar.

        Atualmente, o uso de celulares é proibido dentro das escolas estaduais de Goiás. Em nota ao G1, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) informou que cumpre a Lei Nº 16.993, de 10 de maio de 2010, que proíbe o uso do equipamento na sala de aula.

        Já o Ministério da Educação (MEC) diz que “a educação básica é de gestão dos estados e dos municípios” e que “não cabe ao MEC interferir neles sob pena de passar por cima da autonomia garantia pela Constituição e pelo Pacto Federativo”.

        [...]

Tecnologia na educação

        O presidente do Conselho Estadual de Educação, Marcos Elias, defendeu a liberação do uso do celular, com a mediação feita pelos educadores. Para ele, a lei que proíbe é um “equívoco”, mas a aprovação deste projeto deve chamar atenção para as regras e contexto em que o equipamento seria utilizado.

        “Hoje, grande parte do conhecimento humano está acessível pelo celular. Ele pode e deve ser um instrumento de aprendizagem. O que define como este objeto vai ser usado é o projeto pedagógico, o que dificilmente é definido por meio de uma lei. É melhor autorizar, nestes moldes, do que proibir. Mas a questão não pode ser assim, do tipo: agora está autorizado”, disse.

        Segundo ele, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional permite que, no processo de ensino, sejam utilizadas diferentes metodologias, incluindo o uso de equipamentos eletrônicos.

        “Se o celular pode ser um instrumento, e as pesquisas mostram que pode sim ser um instrumento de aprendizagem, ele pode ser usado com métodos e formas que sejam adequadas, que neste caso só a escola pode definir”, destacou.

Realidade escolar

        Os estudantes Sara Christine de Souza Portes, de 17 anos, e Gustavo Dias Santana Soares, de 18, estudam juntos no Colégio Estadual Jardim América, em Goiânia. Como a maioria dos jovens da faixa etária dos dois, eles têm o celular como um aliado na comunicação e, muitas vezes, como ferramenta de pesquisa.

        No entanto, os dois destacam que o uso do equipamento dentro da sala de aula, atualmente, é um obstáculo para o processo de ensino. “As pessoas só ficam nas redes sociais, tirando foto, ouvindo música. Isso enquanto o professor explica o conteúdo, então, a gente entende que atrapalha bastante desse jeito”, disse Gustavo.

        Sara afirma que o celular pode deixar as aulas mais dinâmicas em alguns momentos, mas acredita que o uso em excesso pode atrapalhar o convívio social. “Eu vejo que algumas horas pode ser importante, para a gente entrar em algum site, para ler juntos, mas precisamos ter um padrão, para não usar enquanto o professor estiver explicando, por exemplo”, disse a adolescente.

        A coordenadora pedagógica do colégio, Sandra Maria de Oliveira, que também é professora universitária, avalia a proposta como “bem-vinda”, mas teme que os professores não estejam preparados para mediar o uso do celular. Segundo ela, junto com a aprovação do projeto, é necessário traçar uma estratégia para capacitar os educadores sobre o uso das tecnologias.

        “Um dos problemas é a falta de formação dos professores que já estão há muito tempo na docência, porque os que formam hoje lidam com disciplinas que utilizam a tecnologia como ferramenta de educação. Passa pela formação, sobre como usar as tecnologias na sala de aula”, disse.

        Sandra afirma que, apesar de poder ser benéfico ao processo de aprendizagem dos alunos, o celular atualmente é utilizado de forma indisciplinada pelos estudantes.

        “Além da formação de professores, nós temos que trabalhar a disciplina e respeito dos alunos. Hoje, eles usam o celular para fazer cola, pra fazer bullying, invadem, muitas vezes, a rede do colégio. Tiram fotos e criam páginas de crítica a colegas e professores. Então, como qualquer outra mudança, é necessário ponderar e fazer um planejamento bem feito”.

        “O uso do celular como ferramenta de ensino pode ser uma ótima estratégia para despertar o interesse dos alunos, mas passando pela formação dos professores e disciplina dos estudantes”, disse a coordenadora.

VELASCO, Murillo. Projeto de lei quer permitir que alunos usem celular dentro da sala de aula nas escolas estaduais de Goiás. G1, Goiás, 11 maio 2018. Disponível em: https://glo.bo/2qZboQR. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 194-7.

Entendendo a notícia:

01 – Releia o título e o subtítulo da notícia e responda:

a)   Que posição do jornalista ou do veículo de comunicação pode estar implícito no título com o uso da expressão quer permitir?

O uso da expressão quer permitir têm um caráter de julgamento ou crítica dessa ação. Por isso, essa escolha lexical pode demonstrar certa discordância implícita em relação ao projeto.

b)   Quais informações são antecipadas sobre esse fato no subtítulo?

O subtítulo explica que o projeto visa permitir o uso do celular para fins pedagógicos e que educadores são favoráveis, mas precisam de capacitação.

02 – Releia o primeiro parágrafo, o lide da notícia, que fornece ao leitor informações básicas sobre o conteúdo:

a)   Que fato deu origem à notícia?

A tramitação de um projeto legislativo que permite o uso de celular nas salas de aula pelos alunos.

b)   Quando e onde ocorreu o fato?

Na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e começou a tramitar em maio de 2018.

c)   De acordo com o projeto, o uso do celular seria liberado sem restrições? Explique.

Não seria liberado para todos os fins, apenas os pedagógicos.

03 – Em sua opinião, esse projeto é importante? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Quais informações foram dadas pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (Seduce) de Goiás e pelo MEC? Essas declarações apresentam algum posicionamento sobre o assunto? Explique.

      A Secretaria afirmou que cumpre a lei e não comenta projetos e o MEC não se envolve em questões discutidas pelos estados e municípios que têm autonomia para implementar suas políticas. Essas declarações não expressam opinião sobre a polêmica, apenas repetem o que está previsto em lei vigente.

05 – Educadores ouvidos têm opiniões parecidas sobre o assunto, mas com diferenças pontuais.

a)   Reproduza o quadro a seguir e preencha-o com as opiniões resumidas das entrevistas.

·        Marcos Elias (presidente do Conselho Estadual de Educação:

·        Sara (estudante):

·        Gustavo (estudante):

·        Sandra Maria de Oliveira (coordenadora):

Resposta pessoal do aluno.

b)   Destaque a diferença de opinião entre o presidente do conselho e a coordenadora.

Ambos são favoráveis, mas ele acredita que a escola precisa resolver as formas de disciplinar e os métodos de usos e que, antes de aprovar qualquer medida, precisa ter formação para os professores e planejamento para implementação.

c)   Destaque a diferença de opinião entre os alunos.

Sara considera que a ferramenta pode deixar as aulas mais dinâmicas, mas acha que pode atrapalhar o convívio. Gustavo acha que o convívio pode ficar pior, porque, mesmo sendo proibido, os alunos fazem uso inadequado, atrapalhando a aula.

 

Notícia: Projeto de lei permite e incentiva uso de celular nas salas de aulas em Goiás

10/04/2018 – 12h17

Por Marcelo Gouveia

Edição 2230

          Matéria de autoria do deputado Jean Carlo tramita na Assembleia Legislativa

        Projeto de lei de autoria do deputado estadual Jean Carlo (PSDB) prevê revogar a lei 16.993/2010, que proíbe o uso de telefone celular na sala de aula das escolas da rede pública estadual de ensino. Para Jean, a proibição é arcaica, pois o smartphone pode servir de ferramenta para auxiliar os estudos, “sendo possível a utilização de aplicativos de educação”.

        Segundo justificativa apresentada no projeto, Jean defende que o uso do celular nas salas de aula permite o acesso à informação. “É útil na realização de pesquisas e trabalhos a serem realizados pelos alunos”. A Proposição 1121/2018 está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em análise pelo relator deputado Simeyson Silveira.

        Para o parlamentar, a revogação da lei que proíbe o uso do smartphone vai fortalecer a autoridade do professor, pois ele poderá delimitar a utilização do aparelho. “O professor poderá disciplinar como será o uso do telefone celular dentro da sala. Assim, a cada atividade, ou momento, será possível delimitar o uso do aparelho. Dessa maneira, somente nos casos em que haja o uso indevido é que o celular poderá ser proibido, sempre pelo professor, conforme a sua autonomia dentro da sala de aula”, explica.

        Depois de passar e ser aprovado pelas comissões da Alego, o projeto precisa passar por duas votações em plenário, ser aprovado novamente, para ser levado à sanção do governador.

GOUVEIA, Marcelo. Projeto de lei permite e incentiva uso de celular nas salas de aulas de Goiás. Jornal Opção, Goiás, ed. 2230, 10 abr. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2DJzPtJ. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 194-7.

Entendendo a notícia:

01 – Em comparação com a notícia do G1, o uso dos verbos permite e incentiva no título pode indicar uma posição implícita sobre o assunto? Explique.

      Pode indicar uma posição implícita mais favorável à ideia de que a outra notícia.

02 – Leia o lide no primeiro parágrafo de notícia e responda:

·        Qual é o fato?

Projeto que prevê revogar a lei que proíbe o uso de celular em sala de aula.

·        Por que esse fato ocorreu?

Porque o deputado considera a proibição arcaica, pois o smartphone pode servir de ferramenta para auxiliar os estudos, sendo possível a utilização de aplicativos de educação.

·        Quem está envolvido?

O deputado estadual Jean Carlo (PSDB).

·        Onde e quando aconteceu?

Na Assembleia Legislativa de Goiás, em abril de 2018.

03 – Compare os lides das duas notícias e explique o enfoque dado por esses veículos de comunicação?

      No lide da notícia do portal G1 não é citado o proponente do projeto nem mesmo as razões que o levaram a encaminhá-lo. No entanto, diferentemente da notícia do jornal Opção, dá ênfase à opinião dos educadores sobre a aplicação dessa medida. No lide do jornal Opção, há a indicação do proponente, enfoque nas razões de o deputado propor essa medida e a indicação que os alunos poderiam usar os aplicativos do celular para fins pedagógicos.

04 – Se você recebesse essa notícia por mensagem de aplicativo ou em redes sociais, como verificaria sua veracidade?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Acesse algum site de checagem de fatos e pesquise se as notícias são verdadeiras ou falsas.

      Essas notícias são verdadeira, porque as URL estão corretas e foram publicadas em diferentes veículos confiáveis de comunicação.

06 – Releia a notícia observando os verbos nos títulos, subtítulos e no corpo do texto. Responda:

a)   Que tempo, pessoa e modo são usados?

Nos títulos e subtítulos são usados verbos no presente. No corpo do texto, a maioria dos verbos está na terceira pessoa do presente do indicativo.

b)   Qual é o objetivo do uso de verbos desse tempo verbal em títulos e subtítulos de notícias?

O objetivo é produzir sentido de atualidade ao fato noticiado.

07 – Na notícia, as informações aparecem de forma hierárquica e todas as escolhas lexicais reforçam o enfoque dado pelo jornalista ou veículo de comunicação:

a)   Quais informações aparecem na primeira parte da notícia? Quais pessoas e órgãos são ouvidos?

Informações gerais sobre o projeto em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás, uma prévia da opinião de educadores e o que falaram o MEC e a Secretaria da Educação.

b)   E na segunda e terceira parte da notícia?

Na segunda parte há o depoimento do Presidente do Conselho Estadual de Educação.

c)   Em sua opinião, por que a notícia do G1 não cita o nome do proponente do projeto de lei no lide, mas dá ênfase à opinião dos professores?

Resposta pessoal do aluno.

d)   Que posição assumida pelo editorial desse veículo é revelada por essas escolhas: hierarquização e ocultação de informações e ordem dos depoimentos de entrevistados?

Pode demonstrar que o jornal fez uma opção em não dar enfoque ao político proponente do projeto. Em vez disso, ouviu pessoas de diferentes níveis hierárquicos da educação: primeiro, o MEC e a Secretaria de Educação; em seguida, o Presidente do Conselho Estadual de Educação; e, por último, os alunos e uma coordenadora.

INFOGRÁFICO: FIQUE ATENTO - PEDRO MARCONI - COM GABARITO

Infográfico: Fique Atento

MARCONI, Pedro. Celular ou computador prejudica a visão das crianças? Folha de Londrina, Paraná, 23 jul. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2DGFTTK. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p.193.

Entendendo o infográfico:

01 – Que informações são veiculadas nesse infográfico? Qual é o objetivo de produção e leitura desse tipo de texto? Onde foi publicado?

      O infográfico veicula informações sobre a exposição de crianças a telas e os problemas de visão que essa exposição pode causar, bem como traz recomendações para evitar tais problemas. O objetivo é apresentar as informações de forma mais didática ao público leitor do jornal Folha de Londrina, onde foi publicado.

02 – Qual é a relação entre a imagem da criança e as informações sobre os principais problemas de visão?

      A imagem da criança exposta à tela do celular reitera os problemas gerados, conforme pesquisas: pontos secos, ardência, lacrimejamento, vermelhidão e miopia.

03 – Quais dados são divulgados que relacionam os problemas de visão ao uso abusivo de telas por crianças?

      70% das crianças e jovens fazem uso da internet pelo menos uma vez por dia e 20% das crianças em idade escolar apresentam pelo menos um problema de visão.

04 – Observe a oração: “Uso de tablets e celulares por crianças de 2 a 5 anos não deve ultrapassar uma hora por dia”.

a)   Qual é o sujeito dessa oração?

O sujeito é: “Uso de tablets e celulares por crianças de 2 a 5 anos”.

b)   Qual é a função da expressão uma hora por dia? Como se classifica essa expressão?

Função: complemento verbal; Classificação: objeto direto.

05 – Leia as dicas apresentadas no infográfico e classifique os verbos aproximar, manter e tirar que as compõem.

      Aproximar: verbo transitivo direto e indireto (bitransitivo); manter: verbo transitivo direto; tirar: verbo transitivo direto e indireto.

CAMPANHA: CONECTE-SE AO QUE IMPORTA - CAMPANHA DO PROGRAMA DEDICA - COM GABARITO

 Campanha: Conecte-se ao que importa


Campanha do Programa Dedica (Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), da Associação dos Amigos do Hospital das Clínicas em Curitiba (PR). Disponível em: https://bit.ly/2OMOfMF. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 189.

Entendendo a campanha:

01 – O que você vê na imagem? Qual é o slogan da campanha?

      Um homem, possivelmente pai, no celular e o filho ao lado pedindo atenção.

02 – Relacione a frase que compõe o cartaz e a imagem.

      Enquanto o pai fica conectado à internet, respondendo aos amigos da rede e não prestando atenção em seu filho, a frase acima da imagem afirma que tem gente solicitando a amizade dentro de casa.

03 – Que objetivo da campanha pode ser deduzido pelo cartaz? Por que é promovida por uma associação ligada a um hospital?

      O objetivo deduzido da campanha é a conscientização de pais, mães ou responsáveis sobre dar mais atenção e conectar-se mais aos filhos do que à internet.

04 – Que recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria pode se relacionar a essa campanha? Por quê?

      Os pais precisam desconectar, dialogar e aproveitar oportunidades para conviver com a família com afeto e alegria. Porque os pais precisam proteger integralmente a criança e isso ocorre pelo diálogo e atenção às necessidades de crianças e adolescentes. Além disso, não adianta colocar limites sem apresentar-se como modelo.

05 – Por que essa atitude do pai do cartaz pode ser prejudicial à saúde da criança de acordo com as informações do artigo de divulgação científica?

      Porque, ao não dar atenção à criança, ela fica desprotegida, o que demonstra outras prioridades dadas pelo adulto.

CHARGE: DIA DAS CRIANÇAS - BRUNO GALVÃO - COM GABARITO

 Charge: Dia das crianças



GALVÃO, Bruno. Dia das Crianças, 30 out. 2013. Disponível em: http://chargesbruno.blogspot.com/2013/10/. Acesso em: 28 ago. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 184.

Entendendo a charge:

01 – O que você vê na imagem? Que contraste de cores é possível perceber?

      Crianças vidradas em seus celulares, individualmente, e diferentes brinquedos no chão, com as quais elas poderiam brincar. Há um contraste entre as crianças em preto e branco e os brinquedos coloridos.

02 – Qual é o sentido da onomatopeia click na charge?

      A onomatopeia mostra que as crianças estão teclando com alguém pelo celular.

03 – Que crítica social é feita nessa charge?

      As crianças estão deixando de se divertir com brincadeiras mais tradicionais e interagir umas com as outras, face a face, para ficarem imersas e expostas na internet.

 

CHARGE: GERAÇÃO Z - FLAMIR - COM GABARITO

 Charge: Geração Z



FLAMIR. Geração Z. Disponível em: https://bit.ly/2zfuhTs. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 179.

Entendendo a charge:

01 – O que você observa na charge? A ilustração e o texto estabelecem relação de reiteração ou complementaridade? Explique.

      Uma mãe e um pai observando o filho chorar, com um tablete na mão, porque na escola nova não forneceram a senha do wi-fi. A relação entre a ilustração e o texto é de complementaridade, pois, mesmo observando o tablete na mão do menino, não seria possível saber a razão do choro.

02 – Qual é a crítica social apresentada na charge? Qual é a sua opinião sobre ela?

      O uso do celular ou tablete na escola com acesso à internet. Resposta pessoal do aluno.

03 – Além de apresentar crítica, o que pode provocar humor na charge?

      O fato de o menino chorar porque a escola não forneceu a senha do wi-fi.

04 – Você já presenciou cenas parecidas com essa? Em caso afirmativo, compartilhe a experiência com os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

TIRINHA: ARMANDINHO SAPO - ALEXANDRE BLECK - COM GABARITO

 Tirinha: Armandinho sapo

BLECK, Alexandre. Armandinho. Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 158.

Entendendo a tirinha:

01 – Do que trata essa tirinha?

      A tirinha fala sobre educação: o personagem Armandinho pergunta ao sapo quem está educando as pessoas.

02 – Que crítica social está implícita na pergunta de Armandinho? Qual é a sua opinião sobre isso?

      Sobre de quem é o papel de educar na sociedade.

03 – Qual é a transitividade do verbo educar? Qual é o complemento do verbo educar no primeiro quadrinho?

      Educar é verbo transitivo direto e o objeto direto é a gente.

04 – Como ficaria a oração quem está educando a gente na voz passiva analítica?

      Voz passiva analítica: A gente está sendo educado por quem? Ou A gente é educado por quem?



CHARGE: A ESCOLA E O FUTURO - IVAN CABRAL - COM GABARITO

 Charge: A escola e o futuro




CABRAL, Ivan. A escola e o futuro. Sorriso Pensante, 23 fev. 2016. Disponível em: https://bit.ly/2Teh8ms. Acesso em: 29 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 150-1.

Entendendo a charge:

01 – O que você vê na charge? O que é mostrado em primeiro e em segundo plano?

      Em primeiro plano, é possível observar um aluno com um livro embaixo do braço e o olhar indignado, questionando se “O futuro tá na escola, ou é a escola que tá no futuro?”. Em segundo plano (ao fundo), vê-se uma imagem mais apagada do que seria a escola e uma faixa escrito “Greve!”.

02 – Que crítica social é apresentada na fala do menino? O que você acha do questionamento feito por ele?

      O discurso de que a escola é o futuro para as crianças não se concretiza, pois não são oferecidas condições necessárias para que elas estudem hoje para construir seu futuro. Resposta pessoal do aluno.

03 – Em sua opinião, qual seria a resposta à pergunta do menino?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Você já passou pela situação apresentada na charge? Em caso afirmativo, compartilhe sua experiência?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Você também acha que a educação é o caminho para um mundo melhor? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Como você vê a escola onde estuda?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – O que você gostaria que fosse diferente em sua escola?

      Resposta pessoal do aluno

TIRINHA: MAFALDA E FELIPE - QUINO - COM GABARITO

 Tirinha: Mafalda e Felipe




    
QUINO. Toda Mafalda: da primeira à última tira. 2. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 8º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição – São Paulo, 2018, p. 140.

Entendendo a tirinha:

01 – A ideia que a tirinha pretende passar por meio da fala dos personagens Mafalda e Felipe é de humor ou de crítica? Explique.

      A ideia é de crítica, uma vez que esses personagens fazem uma avaliação desfavorável à humanidade no sentido de que não deu certo e que precisa começar de novo.

02 – Observe a expressão do interlocutor das crianças nos três quadrinhos. De que modo a expressão são desse personagem reflete o sentido produzido nas falas e posturas das crianças?

      No primeiro quadrinho, a expressão é de curiosidade e ele se mostra atento para saber sobre o que Mafalda e Felipe conversam. No segundo quadrinho, a expressão é de alegria associada ao fato de achar que as crianças estão brincando. No terceiro quadrinho, a expressão é de espanto por ter sido surpreendido com a resposta inesperada de Mafalda, não prevista para uma criança.

03 – No terceiro quadrinho, Mafalda emprega uma forma verbal na terceira pessoa do plural. Explique como se dá a concordância verbal na fala de Mafalda nesse quadrinho.

      Ao empregar a forma verbal estamos, Mafalda faz referência a ela e ao personagem Felipe. Trata-se de um sujeito composto e, em decorrência disso, o verbo precisou flexionar para concordar com esse sujeito. Equivale a: “Eu (Mafalda) e Felipe estamos falando da humanidade.”