domingo, 30 de dezembro de 2018

CRÔNICA: A ARTE DE SER FELIZ - CECÍLIA MEIRELES - COM QUESTÕES GABARITADAS


Crônica: A arte de ser feliz             
               Cecília Meireles

        Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.
        Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.
        Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.
        Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
        Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

                                   Cecília Meireles, no livro “Escolha seu sonho”

Entendendo a crônica:
01 – Considerando o texto acima, a que gênero literário pertence?
      Pertence ao gênero lírico, pois expressa sentimentos, emoções, desejos, conhecimentos, enfim, uma visão de mundo de alguém.

02 – Qual a temática tratada nesse texto?
      Fala sobre a felicidade que existe nas pequenas coisas cuja percepção depende da nossa capacidade de olhar.

03 – De acordo com a estrutura composicional, como esse texto foi escrito?
      O texto foi escrito em parágrafos.

04 – Cada texto que escrevemos se enquadra em um gênero. Isso devido às suas características estruturais, como também, principalmente pela sua função social. Após a leitura do texto de Cecília Meireles, informe a qual gênero ele pertence.
      Ele pertence a crônica lírica.

05 – Podemos dizer que esse texto está escrito em 3ª pessoa? Justifique a sua resposta.
      Não, porque o texto apresenta um narrador personagem, portanto está escrito em 1ª pessoa.

06 – Segundo o escritor Henry Ward Beecher, “A arte de ser feliz está no poder de extrair felicidade de coisas comuns.” Esta citação vem de acordo ao expressado no poema de Cecília Meireles? Justifique.
      Sim, a autora deixa claro que a felicidade pode ser encontrada nas coisas mais simples do nosso cotidiano, mas isso dependerá de como enxergamos as coisas ao nosso redor.

07 – Ao vir para a escola você já reparou no mundo ao seu redor? Que imagens ou atitudes te fazem sentir-se feliz como a autora? 
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Com base no texto lido, é CORRETO afirmar que a autora:
a)   Reflete, através de um texto poético, sobre a felicidade que existe nas pequenas coisas cuja percepção depende da nossa capacidade de olhar.
b)   Aborda sua própria experiência de vida, que se apresenta repleta de coisas banais, sem grande importância poética.
c)   Defende a ideia poética de que quem tem um jardim em casa tem uma maior probabilidade de ser feliz em função da beleza das flores.
d)   Apresenta uma visão poética com olhar infantil, já que se refere a gato, pardal, galo, avião e a personagens de Lope de Veja.
e)   Narra uma experiência poética vivida no Nordeste brasileiro, caracterizada pelas expressões “jardim quase seco”, “época de estiagem” e “terra esfarelada”.

09 – Assinale a opção que apresenta sinônimos para as palavras “estiagem”, “aspersão” e “espessas”, considerando-se o contexto no qual foram empregadas.
a)   Fome – neblina – opacas.
b)   Seca – dispersão – sólidas.
c)   Seca – respingo – densas.
d)   Poeira – borrifo – grossas.
e)   Estalagem – diversão – azuis.

10 – Com relação à acentuação da palavra “época” assinale a opção CORRETA.
a)   É acentuada porque se trata de paroxítona terminada em “a”.
b)   É acentuada porque se trata de oxítona terminada em “a”.
c)   É acentuada porque se trata de palavra proparoxítona.
d)   Trata-se de um acento diferencial, usado para diferenciá-la da palavra “época”.
e)   Não é acentuada porque todos conhecem a sua pronúncia cujo timbre é aberto (é).

11 – Assinale a opção CORRETA quanto à classe morfológica da palavra “completamente”.
a)   Advérbio.
b)   Adjetivo.
c)   Verbo.
d)   Substantivo.
e)   Pronome.

12 – Assinale a opção que apresenta o tempo verbal CORRETO da palavra “abria”.
a)   Pretérito perfeito.
b)   Pretérito mais-que-perfeito.
c)   Futuro do presente.
d)   Pretérito imperfeito.
e)   Futuro do pretérito.

13 – Considerando-se os estudos semânticos, a opção que contém duas palavras antônimas é:
a)   Avisto crianças que vão para a escola.
b)   Pardais que pulam pelo muro.
c)   Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
d)   Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
e)   Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Veja.

14 – A conjunção “mas” cumpre semanticamente uma função:
a)   Explicativa.
b)   Conclusiva.
c)   Aditiva.
d)   Adversativa.
e)   Alternativa.

15 – Nas palavras “olhava” e “plantas”, tem-se a seguinte sequência de letras e fonemas, respectivamente:
a)   6 – 5; 7 – 7.
b)   6 – 6; 7 – 6.
c)   5 – 6; 7 – 6.
d)   5 – 6; 6 – 7.
e)   6 – 5; 7 – 6.

16 – No trecho: “... para poder vê-las assim”, o termo em destaque retoma a expressão:
a)   “Pequenas felicidades certas”.
b)   “Minhas janelas”.
c)   “Aprender a olhar”.
d)   “Cada janela”.
e)   “Outros”.

17 – A palavra “giz” está grafada corretamente. Assinale a opção que apresenta uma palavra cuja escrita esteja ortograficamente INCORRETA.
a)   Atraz.
b)   Traz.
c)   Fiz.
d)   Lis.
e)   Cartaz.










CRÔNICA: REGRAS - EDUARDO GALEANO - COM GABARITO

CRÔNICA: Regras
                    Eduardo Galeano

        Chema brincava com a bola, a bola brincava com Chema, a bola era um mundo de cores e o mundo voava, livre e louco, flutuava no ar, rebotava onde queria, quicava para cá, para lá, de pulo em pulo; mas a mãe chegou e mandou parar.
        Maya López pegou a bola e guardou-a debaixo de sete chaves. Disse que Chema era um perigo para os móveis, para a casa, para o bairro e para a Cidade do México, e obrigou-o a calçar sapatos, sentar-se como se deve e a fazer o dever de casa.
        -- Regras são regras – disse ela.
        Chema ergueu a cabeça:
        -- Eu também tenho as minhas regras - disse. E disse que, na sua opinião, uma boa mãe deveria obedecer às regras do filho:
        -- Me deixar brincar enquanto eu quiser, e andar descalço, e não ir na escola nem nada parecido. E mudar de casa todo dia. E não me obrigar a dormir cedo.
        E olhando para o teto, como quem não quer nada, acrescentou:
        -- E você tem de ser minha noiva.
                                              Bocas do Tempo. Eduardo Galeano.
Porto Alegre: L&PM, 2010. p. 59.
Entendendo o texto:
01 – No texto, a mãe, para levar o filho a comportar-se como ela quer, afirma: “– Regras são regras”. Que estratégia o garoto adota par escapar às determinações da mãe?
      Ele contrapõe outras regras, estabelecidas por ele próprio, às regras defendidas pela mãe.

02 – Classifique o predicado destas orações:
a)   “A bola era um mundo de cores”. Predicado nominal.

b)   “O mundo voava, livre e louco”. Predicado verbo-nominal.

c)   “Chema era um perigo par os móveis.” Predicado nominal.

d)   “Regras são regras.” Predicado nominal.

e)   “Eu também tenho as minhas regras.” Predicado verbal.

f)    “Você tem de ser minha noiva.” Predicado nominal.

03 – No trecho: “– Me deixar brincar enquanto eu quiser, e andar descalço”:
a)   A quem se refere o termo descalço? Que função sintática ele desempenha?
Refere-se ao próprio menino. A função sintática de descalço é predicado do sujeito.

b)   Qual é a predicação do verbo andar?
Verbo intransitivo.

c)   Como se classifica o predicado da oração “e andar descalço”?
Predicado verbo-nominal.   

sábado, 29 de dezembro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): MEU PAÍS - IVAN LINS - COM GABARITO

Música(Atividades): MEU PAÍS

                      Ivan Lins

Aqui é o meu país
No seio da minha amada
Nos olhos da perdiz
Na lua da invernada
Nas trilhas, estradas e veias
Que vão do céu ao coração

Aqui é o meu país
De botas, cavalos, estórias
De yaras e sacis
Violas cantando glórias
Vitórias, ponteios e desafios
No peito do Brasil

Me diz, me diz
Como ser feliz em outro lugar?
Me diz, me diz
Como ser feliz em outro lugar?

Aqui é o meu país
Dos sonhos sem cabimentos
Aqui sou um passarim
Que as penas estão por dentro
Por isso aprendi a cantar, cantar
Voar, voar, voar

Me diz, me diz
Como ser feliz em outro lugar?
Me diz, me diz
Como ser feliz em outro lugar?

                              Composição: Ivan Lins e Vitor Martins

Entendendo a canção:
01 – Que sentimentos o autor demonstra pelo lugar em que vive?
      Um sentimento de grande afeto pelo seu país, lugar onde ele é feliz.

02 – Em sua opinião o que o autor quis mostrar quando disse: “Aqui é o meu país... / ... Nas trilhas, estradas e veias que vão / Do céu ao coração”.
      Ele quis mostrar que existe uma ligação direta entre as características do seu país e seus sentimentos.

03 – Identifique no texto um verso ou uma estrofe em que o autor reconhece a importância dos costumes para identificar seu país.
      “Aqui é o meu país / De botas, cavalos, estórias / De iaras e sacis / Violas cantando glórias”.

04 – Explique o que o autor quis dizer com a frase: “Me diz, me diz / Como ser feliz em outro lugar”.
      Que não consegue imaginar outro país onde pudesse ser feliz como é no seu país.

05 – Como é o seu país? Que sentimentos você tem por ele?
      Resposta pessoal do aluno.

CRÔNICA: UM JOGO QUE É UMA VERGONHA - FERNANDO BONASSI - COM GABARITO

Crônica: Um jogo que é uma vergonha
              Fernando Bonassi
  
          Um jogo deste jeito: o campo é de pedra bem pontuda e acontece num dia muito frio. Num time, os jogadores têm tênis e camisa de manga comprida e, no outro, os caras jogam descalços e só de calção.
         O time que tem tênis e camisa ganha fácil, dá aquela goleada! O outro fica a maior parte do tempo tomando cuidado pra não cortar os pés ou então esfregando o braço arrepiado de frio.
        Times iguais.
        Pra mim, a diferença da vida entre nós, que temos escola e casa e as crianças que não têm é um jogo assim. Quem não tem, perde sempre.
Não acho que todo mundo que tem as coisas é culpado por causa dos outros que não têm, mas isso não quer dizer que a gente não possa fazer nada. Porque pode.
Porque, se a gente quiser jogar um jogo justo, pode exigir que os dois times sejam iguais, para começar. Casa e escola.
Não acredito que as crianças de rua viveriam na rua se tivessem outro lugar melhor pra escolher. Se a gente não exigir que todo mundo tenha casa e escola, vai sempre ficar jogando esse jogo besta.
Ganhando de dez a zero de um time tão fácil, mas tão fácil, que não vai mais ter o gosto da vitória, vai ter só vergonha.

                                                                              Fernando Bonassi

Fonte:  (In Vida da gente – crônicas publicadas no Suplemento Folhinha de S. Paulo) - 07/02/97.

Entendendo a crônica:
01 – O texto “Um jogo que é uma vergonha” é uma crônica. Foi escrito a partir de uma situação da vida real, com o objetivo de fazer uma crítica a essa situação. Se o autor teve esse objetivo ao escrever, que objetivo tem em relação ao leitor?

(  ) que aceite suas ideias.
(  ) que rejeite suas ideias.
(X) que reflita sobre o assunto.
(  ) que se divirta com o assunto.

02 – O trecho: “Num time, os jogadores têm tênis e camisa de manga comprida” e, no outro, os caras jogam descalços e só de calção”. Significa que:

 ) um time toma cuidado para não cortar os pés, o outro time sente muito calor.
 ) um time têm tênis e o outro time tem camisa.
(X) um time é formado por jogadores bem equipados, o outro time por jogadores mal equipados.
 ) um time tem jogadores ganhadores, o outro têm jogadores que usam tênis e camisa comprida.

03 – Esta crônica, de fato, compara:

(X) a vida de pessoas que têm escola e casa com a vida de crianças que não têm escola e casa.
(  ) vida de crianças que têm casa com a vida de crianças que têm escola.
(   ) crianças que são culpadas com crianças que são inocentes.
(   ) crianças que podem fazer tudo com crianças que não fazem nada.

04 – Quando o autor diz:

Nós que temos escola e casa” e

“Isto não quer dizer que a gente não possa fazer nada”,

As palavras “nós” e “a gente” ocupam o lugar:

(X) do autor e de todos os leitores.
(  ) dos leitores que são conhecidos do autor.
(  ) dos ricos.
(  ) do leitor.

05 – De acordo com o autor da crônica, diante da situação que é discutida:

(   ) “a gente” não pode fazer nada.
(   ) “a gente” pode fazer uma aposta.
(   ) “a gente” pode jogar.
(X) “a gente” pode jogar um jogo justo.

06 – Quando o autor fala sobre “jogo justo”, ele quer dizer que:

(   ) as pessoas podem jogar mesmo sem saber.
(   ) as pessoas justas às vezes perdem.
(   ) as pessoas  jogam um jogo besta.;
(X) as pessoas podem ajudar a fazer justiça.

07 – O tema central da crônica é:

(X) desigualdade.
(   ) miséria.
(   ) futebol.
(   ) crianças de rua.

08 – O que faz deste texto uma crônica?
a) O autor descreve o que aconteceu com ele.
b) Percebemos que o autor escreve uma notícia, fazendo com que o leitor acredite nele.
c) Podemos percebe que ele conta fatos que acontecem no cotidiano, dando destaque para detalhes como a data e o local.
d) Podemos perceber que o autor conta sobre um assunto cotidiano, acrescentando o seu ponto de vista, fazendo com que o leitor reflita sobre o texto escrito.

09 – Ao ler esta crônica podemos refletir sobre:
a) Os pobres não tem nada porque não querem.
b) Pessoas que tem o que querem e pessoas que não querem nada.
c) Os ricos podem tudo.
d) Pessoas que tem muito e pessoas que não tem quase nada.

10 – Por que “Quem não tem, perde sempre”?
a) Porque não tem vontade de fazer as coisas.
b) Pois sempre estará em desvantagem contra quem pode ter tudo.
c) Pois não corre atrás do que deseja.
d) Eles não tem porque não querem.

11 – Por que o time tênis e camisa ganha fácil?
a) O outro time não precisa ganhar.
b) Eles estavam mais preparados e com mais equipamentos para jogar.
c) Eles já haviam treinado mais.
d) Eles tem mais vontade de jogar.










POEMA: MENINO MARINHEIRO - ELIAS JOSÉ - COM GABARITO

 Poema: Menino Marinheiro
           Elias José
                         

 O menino,
 marinheiro imaginário,
 navega pelos mares
 mais bravios
 em seu barco azul.

 O barco azul é cheio de luz,
 cheio de flores e doces
 e música que o vento traz.

 Nos dias quentes, vem o sol
 e amacia e aquece o balanço
 do barco e dos corpos.
 A noite fria traz gomos de céus,
 com traços de lua e estrelas
 pra enfeitar o barco do menino.

 Muitas vezes, leve, livre e sereno,
 sem pressa, sem rota, sem rumo,
 lá vai o barco azul.

 Outras vezes, o barco azul
 enfrenta tempestades,
 relâmpagos, raios e ventania.

 Quase sempre, há piratas e perigos
 e brigas e perdas e naufrágios.
 Mas o barco azul vence tudo e todos
 e segue sem pressa, sem rota e sem rumo.
 Forte e sempre sereno, o barco segue.

 O que leva de tão importante o barco?
 Leva flores, doces e colares de estrelas
 pra namoradinha imaginária
 do imaginário marinheiro.


                 Elias José. Forrobodó no forró. São Paulo: Mercuryo Jovem. 2006. p. 37.

Entendendo o poema:
01 – Em poemas, a pontuação nem sempre obedece às orientações que devem ser aplicadas aos textos em prosa. No poema a seguir isso não ocorre, pois seu autor pontuou-o como se fosse um texto em prosa. Mas, para fins de estudo, foram suprimidas propositalmente todas as vírgulas. Leia-o e depois faça o que se pede.
a)   Empregue, no poema, vírgulas onde convencionalmente elas deveriam ser utilizadas.
Estão marcadas no texto. (,)

b)   Troque ideias com os colegas e justifique o emprego das vírgulas nestes versos:
Muitas vezes, leve, livre e sereno,
Sem pressa, sem rota, sem rumo,
Lá vai o barco azul.
      As vírgulas separam termos que exercem a mesma função sintática em “leve, livre e sereno” (adjuntos adnominais de barco) e “sem pressa, sem rota” (adjuntos adverbiais de vai); e indicam deslocamento de adjunto adverbial em “Muitas vezes”, e “Sem rumo”.