quinta-feira, 10 de maio de 2018

CRÔNICA: A PISCINA - FERNANDO SABINO - COM GABARITO

CRÔNICA: A PISCINA
                        Fernando Sabino


          Era uma esplêndida residência, na Lagoa Rodrigo de Freitas, cercada de jardins e tendo ao lado uma bela piscina. Pena que a favela, com seus barracos grotescos se alastrando pela encosta do morro, comprometesse tanto a paisagem.
          Diariamente desfilavam diante do portão aquelas mulheres silenciosas e magras, lata d’água na cabeça. De vez em quando surgia sobre a grade a carinha de uma criança, olhos grandes e atentos, espiando o jardim. Outras vezes eram as próprias mulheres que se detinham e ficavam olhando.
          Naquela manhã de sábado ele tomava seu gim-tônica no terraço, e a mulher um banho de sol, estirada, de maiô à beira da piscina, quando perceberam que alguém os observava pelo portão entreaberto.
          Era um ser encardido, cujos mulambos em forma de saia não bastavam para defini-la como mulher. Segurava uma lata na mão, e estava parada, à espreita, silenciosa como um bicho. Por um instante as duas mulheres se olharam, separadas pela piscina.
          De súbito, pareceu à dona da casa que a estranha criatura se esgueirava, portão adentro, sem tirar os olhos dela. Ergueu-se um pouco, apoiando-se no cotovelo e viu com terror que ela se aproximava lentamente: já transpusera o gramado, atingia a piscina, agachava-se junto à borda de azulejo, sempre a olhá-la, em desafio e agora colhia água com a lata. Depois, sem uma palavra iniciou uma cautelosa retirada, meio de lado, equilibrando a lata na cabeça – e em pouco sumia-se pelo portão.
          Lá no terraço, o marido, fascinado, assistiu a toda a cena. Não durou mais de um ou dois minutos, mas lhe pareceu sinistra como os instantes tensos de silêncio e de paz que antecedem um combate.
          Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa.

                 Fernando Sabino. A mulher do vizinho, Rio de Janeiro, 1976.

Vocabulário
Gim-tônica: bebida que consiste na mistura de gim, aguardente feita de cereais, com água tônica e limão.

Entendendo o texto:
I – Nas questões 1 a 7, marque a alternativa que é sinônimo da palavra ou expressão em negrito:
01 – “Era um ser encardido…”
a. (   ) encarnado                         b. (   ) feio       
c. (   ) velho                                  d. (X) sujo.

02 – “… estava parada, à espreita, silenciosa como um bicho.”
a. (   ) esperando                         b. (X) observando   
c. (   ) rindo                                  d. (   ) pensando.

03 – “… já transpusera o gramado…”
a. (   ) ganhara                             b. (   ) desviara    
c. (X) ultrapassara                       d. (   ) contornara.

04 – “… sempre a olhá-la, em desafio…”
a. (   ) desconfiada                       b. (   ) temerosa  
c. (   ) indiferente                          d. (X) provocante.

05 – “… iniciou uma cautelosa retirada…”
a. (   ) rápida                                b. (X) prudente      
c. (   ) temerosa                           d. (   ) vagarosa.

06 – “Lá no terraço, o marido, fascinado, assistiu a toda a cena.”
a. (X) deslumbrado                    b. (   ) temeroso  
c. (   ) entusiasmado                   d. (   ) furioso.

07 – “Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa.”
a. (   ) duplicidade                      b. (X) vacilação 
c. (   ) determinação                   d. (   ) convicção.

II – Marque a alternativa correta de acordo com o texto.
08 – No 1º parágrafo podemos perceber que a esplêndida residência situava-se:
a. (   ) num lugar desabitado
b. (X) próximo à encosta de um morro onde se alastrava uma favela
c. (   ) num bairro onde só havia residências luxuosas.
d. (   ) dentro da favela.

09 – No início do 2º parágrafo temos: Diariamente desfilavam diante do portão aquelas mulheres silenciosas e magras, lata d’água na cabeça. Disto podemos concluir que:
a. (   ) as mulheres vendiam água.
b. (   ) as mulheres gostavam de desfilar com latas na cabeça
c. (X) na favela não havia água
d. (   ) não havia água encanada na cidade.

10. Ao ver a mulher da favela entrar em seu jardim, a dona da casa ficou:
a. (   ) indiferente                       b. (   ) furiosa    
c. (X) aterrorizada                     d. (   ) alegre.

11 – Por que casa foi vendida?
      A casa foi vendida porque o incidente fez com que seus donos passassem a temer os habitantes da favela. Aquela pequena e rápida invasão poderia significar o início de uma série de invasões maiores.

SERMÃO: DISCURSO POLÍTICO-RELIGIOSO - Pe. ANTÔNIO VIEIRA - COM GABARITO

Sermão: DISCURSO POLÍTICO-RELIGIOSO
           O discurso político: recursos persuasivos.
           Defesa de ideologias política-religiosas
           Recursos da persuasão em campanhas sociais e políticas.

           Pe. Antônio Vieira: “Sermão pelo Bom Sucesso das Armas”.

           Tanto o “sempre foi assim” como o “todo governo faz isso” remetem ao axioma-mãe segundo o qual os políticos são todos iguais. Se não se acreditasse que todos são iguais, não se acreditaria que sempre foi assim nem que todo governo faz isso. Ora, acreditar que os políticos são iguais é, ao mesmo tempo, uma impossibilidade lógica e uma renúncia de direitos. Impossibilidade lógica porque nunca duas pessoas, mesmo que profissionais da mesma atividade, ou membros da mesma corporação, são iguais. Os advogados não são todos iguais, nem mesmo os bandidos. É uma renúncia de direitos porque o cidadão que assim pensa mentalmente rasga o título de eleitor. Se é tudo igual, para que votar? O cidadão em geral acredita que os políticos são iguais de boa-fé, mas com isso acaba fazendo o jogo dos piores. São eles os principais interessados em que se acredite que “é tudo farinha do mesmo saco”.
            A religião, embora trate de questões espirituais, de crença e de fé, não deixa de influenciar decisivamente na cultura de uma sociedade e no comportamento de seus indivíduos. Em várias épocas e em lugares do mundo, muitas instituições religiosas, em nome da fé e de seus valores, tomaram ou influenciaram decisões políticas.

  TOLEDO, Roberto Pompeu de. Farinhas do mesmo saco. In:
Veja, abril, São Paulo, abr. 1999.
 Entendendo o texto:
01 – Você já ouviu alguém comentar frase como as citadas: “político é tudo igual”, “Sempre foi assim”, “todo governo faz isso” para se referir aos problemas de corrupção no país?
      Resposta pessoal.

02 – Já ouviu outras frases com sentido semelhante para se referir à administração pública? Quais?
      Resposta pessoal. (Sugestão: isso não tem mais jeito, etc.).

03 – Por que pensamentos como “político é tudo igual” não contribuem para a democracia no país?
      Porque isso faz com que o cidadão renuncie a seus direitos e desista de tentar distinguir um candidato do outro. Ao fazer isso, acaba colaborando para manter uma situação negativa que poderia ser mudada. Manter determinadas situações é de interesse de muitos políticos, portanto, interessa igualmente a eles que o povo continue pensando que “políticos são todos iguais”.

04 – Por que pode-se dizer que a política de certa forma permeia todas as atividades humanas o tempo todo?
      Porque o político interfere na vida de cada um sempre e de várias maneiras: na elaboração das leis, nos assuntos relativos à educação, ao saneamento básico, saúde, transporte público, segurança, etc.

05 – Quais podem ser as consequências, para o próprio cidadão, da indiferença à política?
      O homem indiferente à política compreende mal o mundo em que vive e é facilmente manobrado por aqueles que detêm o poder.




TEXTO: CAÇADORES SÃO PRESOS NO PARQUE NACIONAL - GAZETA DO PARANÁ - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: CAÇADORES SÃO PRESOS NO PARQUE NACIONAL


Foz do Iguaçu – Em patrulhamento nas margens do Parque Nacional do Iguaçu, no município de Capitão Leônidas Marques, a Polícia Federal prendeu José Fortuna e o menor J.C.M., 16 anos, com diversas armas de fogo, aves abatidas e uma moto sem documentação.
Segundo os policiais, ao fazerem patrulhamento pela região da barra do Rio Gonçalves depararam com três pessoas, que ao avistarem os policiais empreenderam fuga, se embrenhando na mata. Em perseguição, a polícia conseguiu deter apenas dois, o terceiro ainda continua foragido. Durante a fuga, José Fortuna foi vítima de um disparo de sua própria arma.
Após ser liberado pelo hospital, os detidos foram conduzidos até a delegacia de Capitão Leônidas Marques e autuados em flagrante por porte ilegal de armas e dano à fauna. (...)

(Gazeta do Paraná, Caderno do Iguaçu, 9 de maio de 2001)

     Entendendo o texto:
     01 – O assunto principal da notícia é:
 a) Caçadores que foram presos por crime contra a fauna.
     b) Caçadores que fugiram da polícia florestal.
     c) Caçadores que passeavam pelo Parque Nacional do Iguaçu.
     d) Caçadores encontrados com diversas armas de fogo, aves abatidas e uma moto sem fiscalização.

     02 – Ao perceberem a presença dos policiais, os caçadores fugiram por quê?
a) Tiveram medo de serem confundidos com assaltantes.
     b) Sabiam que estavam errados, pois estavam cometendo crime contra a fauna.
     c) Confundiram os policiais com outros animais.
     d) Pensaram que os policiais fossem perigosos.

     03 – Assinale a alternativa verdadeira.
a) Os caçadores eram três e todos foram presos.
     b) Os caçadores eram três, mas um foi baleado e após ter alta do hospital foi preso com os demais.
     c) Os caçadores eram dois e ambos foram capturados.
     d) Os caçadores eram três, mas um foi baleado e permaneceu no hospital.




terça-feira, 8 de maio de 2018

FÁBULA: A HISTÓRIA DA RENOVAÇÃO DA ÁGUIA - AUTOR DESCONHECIDO - COM GABARITO

Fábula: A história da renovação da águia


   Renovação da Águia é uma das histórias/lendas mais conhecida e que muito pode tocar o ser humano pela resistência de mudanças necessárias durante o ciclo da vida. Não tenha medo da vida, ela é uma dádiva de Deus e devemos aproveitá-la ao máximo. Helena Ribeiro
     A Águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Vive cerca de 70 anos.
     Porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão.
     Aos 40 anos de idade, suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta.
     O bico, alongado e pontiagudo se curva, suas asas tornam-se pesadas em função da grossura de suas penas, estão envelhecidas pelo tempo.
     Já se passaram 40 anos do dia em que a jovem águia lançou voo pela primeira vez.
      Hoje, para a experiente águia, voar já é bem difícil!
      Nessa situação a águia só tem duas alternativas:
      Deixar-se morrer…ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias.
      Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá se recolher em um ninho que esteja próximo a um paredão.
      Um local Seguro de outros predadores e de onde, para retornar, ela necessite dar um voo firme e pleno.
      Ao encontrar esse lugar, a águia começa a bater o seu bico contra a parede até conseguir arrancá-lo, enfrentando, corajosamente, a dor que essa atitude acarreta. Pacientemente, espera o nascer de um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas.
      Com as novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas.
      Após cinco meses, “Esta Renascida”, sai para o famoso voo de renovação, certa da vitória e de estar preparada para viver, então, por mais 30 anos.
      Muitas vezes, em nossas vidas, temos que parar e refletir por algum tempo, e dar início a um processo de renovação.
      Devemos nos desprender dos pré-conceitos, dos maus costumes, de tudo aquilo que não é mais útil ou importante, para continuarmos a voar. Um voo de vitória.
      Somente Quando livres das barreiras e pesos do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.
      Destrua o bico do ressentimento, arranque as unhas do medo, retire as velhas penas de suas asas, permitindo o fluir de novos pensamentos.
      Alce um lindo voo para uma nova vida de sonhos e realizações.
      Tenha sempre uma meta: “Voe alto e seja Feliz”

                                                                    “Autor desconhecido”

       A história de Renovação da Águia é uma lenda, mas seu símbolo tornou-se referência e suas histórias são utilizadas em RH, é símbolo dos USA, entre outras analogias. Somos seres humanos racionais, porém capazes de alçar voos cada vez mais altos, vencer desafios, renovar, quebrar paradigmas…

      “A Águia com seu perfil austero, olhar focado para frente, sem deixar de ver o que está ao seu lado, atinge sempre seus objetivos e metas”.


Entendendo a fábula:
01 – Às vezes na vida é preciso refletir e dar início a um processo de renovação? Você concorda com essa ideia? Você renovaria o que em sua vida? Comente.
      Resposta pessoal do aluno.

02 – Qual é a longevidade da águia?
      Ela vive cerca de 70 anos.

03 – Para que ela viva os 70 anos, é preciso que ela tome uma difícil decisão. Em que idade e quais são as decisões?
      Quando chega aos 40 anos; ela precisa trocar o bico que se encontra mole, as unhas velhas e as penas.

04 – Qual é o tempo que a águia tem que enfrentar este doloroso processo de renovação?
      A duração é de 150 dias.

05 – O processo de renovação da águia é feita em três etapas, quais são elas?
·        Ela bate com o bico numa rocha até arrancá-lo.
·        Após o nascimento do novo bico, começa a arrancar as unhas velhas.
·        Com as unhas novas, ela começa a arrancar as penas velhas.

06 – De acordo com o texto: Qual é a relação que o autor faz entre os seres humanos e a águia, com relação a renovação?
      Que o ser humano, destrua o bico do ressentimento, arranque as unhas do medo, retire as velhas penas de suas asas, permitindo o fluir de novos pensamentos.

07 – A águia precisa enfrentar um duro processo de renovação para ganhar nova vida. Eleja três atitudes as quais você julga serem as mais importantes para o ser humano se livrar do pessimismo, das atitudes ruins e do preconceito. Após justifique sua escolha.
(X) ter humildade
(   ) respeitar o próximo
(   ) ser digno
(   ) cooperar com todos a sua volta
(   ) não ser individualista
(   ) ser amigo(a)
(   ) manter a paciência e a calma
(X) tratar as pessoas com carinho e atenção
(   ) ser educado(a)
(X) ter foco, fé, acreditar e lutar por uma vida digna.

      Justificativa:
      - A humildade, leva qualquer ser humano a andar pra frente.
      - Tratar as pessoas com carinho e atenção, nos traz apoio e companheirismo, para enfrentarmos as dificuldades.
      - Ter foco, fé, acreditar e lutar por uma vida digna, é a certeza de que nós iremos vencer todas as dificuldades encontrada pela vida, desde que não esqueçamos dos dois itens anterior.

08 – Qual lição a leitura do texto proporcionou para sua vida?
      Resposta pessoal do aluno.    
 
09 – Que tal fazer o mural da renovação? Selecione imagens e crie frases que apresentam atitudes positivas para a renovação em sua vida.
      Resposta pessoal do aluno. 



POEMA: O OUTRO BRASIL QUE VEM AI - GILBERTO FREYRE - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Poema: O outro Brasil que vem ai
                                                       Gilberto Freyre


Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
de outro Brasil que vem aí
mais tropical
mais fraternal
mais brasileiro.
O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
terá as cores das produções e dos trabalhos.
Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
terão as cores das profissões e regiões.
As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
terão as cores variamente tropicais.
Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil
que tenha olhos para ver pelo Brasil,
ouvidos para ouvir pelo Brasil
coragem de morrer pelo Brasil
ânimo de viver pelo Brasil
mãos para agir pelo Brasil
mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis
mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e norte-americanos a serviço do Brasil
mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).
mãos livres
mãos criadoras
mãos fraternais de todas as cores
mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos,
sem Irineus
sem Maurícios de Lacerda.
Sem mãos de jogadores
nem de especuladores nem de mistificadores.
Mãos todas de trabalhadores,
pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
de artistas
de escritores
de operários
de lavradores
de pastores
de mães criando filhos
de pais ensinando meninos
de padres benzendo afilhados
de mestres guiando aprendizes
de irmãos ajudando irmãos mais moços
de lavadeiras lavando
de pedreiros edificando
de doutores curando
de cozinheiras cozinhando
de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.
Mãos brasileiras
brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
tropicais
sindicais
fraternais.
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
desse Brasil que vem aí.

                           Poema escrito em 1926 e publicado no livro "Poesia Reunida", Editora Pirata –

                  Recife, 1980, que nos foi enviado pelo escritor Antônio Prata, a quem agradecemos.

Entendendo o Poema:
01 – O título do livro de Gilberto Freyre é O outro Brasil que vem aí. Em sua opinião, o poema do autor passa que visão do Brasil? Explique.
      Resposta pessoal do aluno.

02 – Qual é a ideia do autor sobre o Brasil?
      Ele impressionou o mundo, neste poema descrevendo a outros povos sobre a gente brasileira, rompendo com velhos pensamentos preconceituosos e dando uma aula sobre brasilidade.

03 – Segundo Freyre em seu poema diz que qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil. Quem são estes brasileiros?
      Lenhador – lavrador – pescador – vaqueiro – marinheiro – funileiro – carpinteiro.

04 – Cite os versos, em que o autor defende que a miscigenação das mulheres, associando ao clima tropical.
      “As mulheres do Brasil em vez das cores boreais terão as cores variamente tropicais.”

05 – Marque (X) no item abaixo, em relação à compreensão do poema esteja correta.
a)   O texto é uma apologia ao patriotismo, cujas exigências se baseiam inicialmente no trabalho e no amor à Pátria e a seu povo.
b)   De tom otimista, revela a crença do escritor em um Brasil menos justo e democrático.
c)   Com “Todo brasileiro poderá...”; “Todo brasileiro e não apenas...”, o poema expõe o seu desejo de que a equidade nem sempre supere as desigualdades.
d)   As qualidades necessárias para se chegar à presidência do país deixam de ser a cultura e a cor da pele e passam a ser os valores intrínseco a um cidadão patriota.
e)   Ao se referir aos “Brasis”, Gilberto Freyre não alude às tão diferentes realidades que formam este país.

06 – Autor brasileiro que entendia a construção do Brasil como a fusão de raças, regiões, culturas e grupos sociais decorrentes da formação colonial, em que os negros e mestiços teriam papel fundamental na formação da identidade cultural do povo.

Essa referência identifica:
a)   Gilberto Freyre.
b)   Caio Prado Júnior.
c)   Florestan Fernandes.
d)   Fernando de Azevedo.
e)   Sérgio Buarque de Holanda.

07 – O poema traz que defesa?
      Traz a defesa das singularidades nacionais que estão presentes em seus textos sobre a formação da sociedade brasileira e é uma amostra do dom literário que ele possuía.

08 – Freyre por ter-se dedicado aos estudos sobre a cultura e a sociedade brasileira, o que ele projetava para nossa nação?
      Projetava o desejo de ver o pleno desenvolvimento social, de estar numa terra onde pessoas de todas as origens sociais pudessem ser donas de seus próprios destinos.

09 – As obras de Freyre despertaram ondas de protestos em todas as camadas sociais, devido sua linguagem muitas vezes vulgar, chula. De que ele foi tachado?
      De anticatólico, comunista, anarquista, agitador, antilusitano, africanista, dentre outros alcunhas.

10 – Julgue os itens abaixo, em relação à compreensão e a interpretação do texto.

(V) O texto é uma apologia ao patriotismo, cujas exigências se baseiam inicialmente no trabalho e no amor à prática e a seu povo.

(V) De tom otimista, revela a crença do escritor em um Brasil mais justo e democrático.

(F) Com “Todo brasileiro poderá...” (l. 14), “Todo brasileiro e não apenas...” (l. 15), o poema expõe o seu desejo de que a equidade sempre supere as desigualdade.

(V) As qualidades necessária para se chegar à presidência do país deixam de ser a cultura e a cor da pele e passam a ser os valores intrínsecos a um cidadão patriota.

(F) Ao se referir aos “Brasis” (l.32), Gilberto Freyre alude às tão diferentes realidades que formam este país.

11 – Julgue os itens seguintes, em relação à semântica e a estilística.

(V) A passagem do verso “de outro Brasil que vem aí” (l. 4), para “Desse Brasil que vem aí” (l.71), no quarteto repetido que abre e encerra o poema salienta o desejo de que a mudança esperada esteja em andamento.

(V) O termo “boreais” (l. 12) alude à cor mestiça das mulheres brasileiras.

(F) “Qualquer” (l. 17) tem, no texto, conotação pejorativa.

(V) A ação de cada profissional no seu trabalho é realçada no poema pelas formas pleonásticas e cognatas de verbos no infinitivo (l. 26-27) e no gerúndio (l.40 a 48).

(F) As “mãos” (l. 30, 31, 33 e 50) metonimicamente representam o labor e a solidariedade dos brasileiros.

(V) O termo “sindicais” (l. 66) está associado à consciência de classe dos trabalhadores brasileiros. 




TEXTO: CORPUS CHRISTI - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Texto: Corpus Christi


O Dia de Corpus Christi

        Durante este dia, as igrejas celebram missas e fazem procissões conduzidas por bispos ou padres. Com relação ao feriado, trata-se de um ponto facultativo
        Você já deve ter percebido que em determinada época do ano as ruas próximas às igrejas são cobertas por desenhos que representam cristo, a hóstia, o cálice outros símbolos da igreja católica. Esta tradição é oriunda dos povos europeus que utilizavam desta técnica para decorar os caminhos pelos os quais os fiéis passariam celebrando o dia de Corpus Christi.
        O nome desta festividade significa Corpo de Cristo e trata-se de um evento religioso institucionalizado pela igreja católica para celebrar o ministério da eucaristia. Em outras palavras, é uma comemoração remetendo-se ao sacramento do corpo e sangue de Jesus Cristo. Apesar de não ser um feriado nacional, tendo em vista que é definido como ponto facultativo pelo governo federal, muitas instituições e estabelecimentos fecham nesta data.
Institucionalização do Corpus Christi
        De acordo com a bíblia, no livro de Lucas, Jesus teria pedido aos apóstolos durante a última ceias, que eles partilhassem o pão e o vinho em memória de seu nome. Pois tais elementos iriam transforma-se em corpo e sangue do Salvador, respectivamente. Desde então, a igreja tem aplicado a entrega do pão aos fiéis nas missas, como uma forma de celebrar essa passagem.
        Todavia, em 1243, na cidade de Liège, na Bélgica, uma freira agostiniana chamada Juliana de Mont Cornillon disse ter visto Jesus. Na aparição, ela contou que o Messias teria lhe dito para que as celebrações de Corpos Christi fossem intensificadas. A freira então lutou para que este desejo fosse atendido e, em 1264, o papa Urbano IV consagrou uma data para toda a comunidade católica.
        Assim, o dia de Corpus Christi ocorre sempre após 60 dias do domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo dedicado a Santíssima Trindade. O dia é sempre uma quinta pois assim faz alusão ao dia que Jesus sentou com os apóstolos para a última ceia, segundo as passagens bíblicas de Lucas, e assim decretou aos companheiros a institucionalização da eucaristia.
O que ocorre neste dia?
        Durante o dia de Corpus Christi, as igrejas celebram missas e fazem procissões conduzidas por bispos ou padres. Desta forma, as instituições religiosas fazem referência ao povo peregrino, que é também o povo de Deus, levando em consideração as passagens bíblicas. Um fato interessante é que, neste dia os fiéis se organizam e montam tapetes coloridos no percurso em que será feita a procissão.
        Para enfeitar as passagens, são feitos desenhos que lembram os símbolos católicos, como a eucaristia, o cálice e até as imagens de Jesus Cristo. Esta tradição chegou ao Brasil através dos portugueses, mas foi iniciada na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Atualmente, o costume faz parte de todas as cidades brasileiras. E, mesmo que não enfeitem as ruas, acabam fazendo as procissões, uma vez que esta é uma recomendação do Código de Direito Canônico. Sendo uma forma de testemunhar a adoração e veneração ao Sacramento da Eucaristia.

Entendendo o texto:

01 – Quem teve poderes para tornar oficial a festa católica de Corpus Christi, no ano de 1264?
a)   O Papa Urbano 4°
b)   Um bispo italiano, que presenciou o milagre da transubstanciação.
c)   O Papa João Paulo 1°.
d)   A Freira Juliana Cornilon, canonizada no final do século 16.

02 – A eucaristia foi instituída, isto é, celebrada pela primeira vez quando?
      Na quinta-feira Santa, dia da Santa Ceia.

03 – A Igreja dedica duas grandes festa ao sacramento da Eucaristia, quais são?
      Quinta-feira Santa e Corpus Christi.

04 – Através da participação da confecção dos tapetes é uma forma de mostrarmos o quê?
      Que somos uma comunidade composta de irmãos que possuem dons distintos.

05 – Quando é celebrado Corpus Christi?
      Após as festas de Pentecostes e Santíssima Trindade. A festa acontece numa quinta-feira, 60 dias depois do domingo de Páscoa.

06 – O que significa Corpus Christi?
      Significa Corpo de Cristo.

07 – Qual o nome da transformação de pão e vinho em corpo e sangue do Senhor?
      Transubstanciação.

08 – A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo tem justamente a finalidade de quê?
      De ressaltar e ratificar a fé na presença real de nosso Senhor nas espécies de Pão e Vinho consagrados durante a Santa Missa.

09 – Na festa de Corpus Christi como filhos da Igreja levamos quem, presente no Pão pelas ruas do nosso bairro?
      Levamos o próprio Cristo.

10 – A festa de Corpus Christi tem dois grandes momentos. Quais são?
      A celebração da Santa Missa e a Procissão sobre os tapetes.



POESIA: OS PREGUIÇOSOS - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


Poesia: OS PREGUIÇOSOS



     Dois preguiçosos estão sentados, cada um na sua cadeira de balanço, sem vontade nem de balançar. Um deles diz:
           - Será que está chovendo?
           O outro:
           - Não sei.
           - Acho que está.
           - Será?
           - Não sei.
           - Vai lá fora ver.
           - Eu não. Vai você.
           - Eu não.
           - Chama o cachorro.
           - Chama você.
           - Tupi!
           O cachorro entra da rua e senta entre os dois preguiçosos.
            - E então?
            - O cachorro tá seco...

                                  Luís Fernando Veríssimo. Os preguiçosos. In: O Santinho.
                            By Luís Fernando Veríssimo. Rio de Janeiro: Editora Objetiva.

Entendendo a poesia:
01 – Os personagens do texto apresentam uma característica em comum. Qual é essa característica? Escreva uma atitude que a confirma.
       Ambas são preguiçosos. A preguiça era tanta que eles ficaram discutindo para ver quem iria levantar para verificar se estava chovendo.

02 – Considerando os lugares onde Tupi e os preguiçosos estavam, por que o nome do cachorro apareceu seguido de ponto de exclamação?
       Para indicar que os preguiçosos estavam chamado por ele.

03 – Com base no contexto da história, a fala em que os personagens chamam o cachorro possui sentido completo, isto é, comunica uma ideia? Explique.
       Sim. Os preguiçosos conseguem estabelecer comunicação com Tupi, pois o chamam, e este atende ao chamado.