sábado, 25 de abril de 2020

TEXTO: NÃO COMPLIQUEM O NOSSO IDIOMA - DAD SQUARISI - COM GABARITO

Texto: NÃO COMPLIQUEM O NOSSO IDIOMA
         
    Dad Squarisi

     Na bolsa, só cheque e cartão de crédito. Cadê dinheiro para pagar o estacionamento? Recorri ao personal banking. No drive thru, a primeira máquina estava out of order. Fui à segunda. Nada feito: sistema off line. Liguei para o hot line. Expliquei meu aperto à operadora. "Vamos estar providenciando o conserto do caixa. A senhora pode acessar sua conta em outro terminal. O mais próximo fica no shopping." Fui lá. O sistema estava on line. Embolsei R$ 100 cash.
        O inglês invadiu as instituições bancárias. Antes, timidamente. Restringia-se ao traveller’s check, ao Credicard e a aplicações inacessíveis aos comuns dos mortais. Depois, ficou atrevido. Foi deixando o português para trás. Para chegar lá, trilhou dois caminhos. Um cuidadosamente traçado pelo marketing. Os bancos passaram a oferecer produtos na linguagem do cliente. Ou melhor: na linguagem que impressiona o cliente. Embalar o serviço na língua do Tio Sam valoriza a oferta. Dá-lhe status. Telemarketing, personal manager, phone banking & cia. são filhotes dessa estratégia. 
        Deu a mão? A gringa avançou pro braço. Sem convite, foi além das meras palavras. Chegou à estrutura da língua. Fincou pé nos verbos. Exemplos não faltam. Um deles: substituir o futuro "providenciarei" pelo "vamos estar providenciando". Outro: trocar o pretérito "foi desligado" pelo "tem sido desligado". 
        De onde vêm os monstrengos? Das traduções malfeitas. O inglês tem muitas formas verbais compostas. É o caso do "I’ll be sending". Três verbos para dizer nosso simples "enviarei", traduzido por "vou estar enviando". Há também o past perfect. "The telephone has been desconected" quer dizer, simplesmente, "o telefone foi desligado". Não tem nada a ver com "tem sido desligado", que indica uma ação que começou no passado e continua no presente. Com o avanço da informática e do marketing a coisa piorou. A literatura dessas novidades é praticamente em língua inglesa. Nós consumimos as traduções. 
        Invasão de língua estrangeira tem várias razões. Uma é o prestígio. O inglês avançou nas nossas fronteiras porque é falado pela maior potência do planeta, que vende como ninguém sua música, seu cinema, sua televisão, sua literatura, sua tecnologia e o american way of life. Outra é a receptividade. Nós, já dizia Glauber Rocha, temos complexo de vira-lata. O que vem de fora é melhor. 
        O inglês deita e rola. O disque virou disk. Do disk-pizza. ao disk-entulho, passando pelo disk-sushi e disk-bombeiro. Liquidação é sale. Moda, fashion. Camiseta, t-shirts. Relatório, paper. Acampar, camping. Revisão médica, check-up. Por que os bancos ficariam pra trás? Fundo se naturalizou fund. Taxa de risco, spread. Loan, empréstimo.
        O inglês na vida tupiniquim não é novidade. Vem de longe. Mas se firmou graças a Hollywood, à Segunda Guerra Mundial e ao avanço tecnológico. Ava Garner, Greta Garbo, Clark Gable, Rodolfo Valentino, James Dean, Elvis Presley e cia. deram asas à imaginação deste país colonizado. Bom ser bonito e famoso como eles. Mascar chicletes, tomar Coca-Cola, fumar Camel e usar óculos Rayban viraram obsessão.
        A guerra trouxe os gringos até aqui. Vivíamos a política da boa vizinhança com os Estados Unidos. Natal, Recife, São Luís, Belém foram invadidas pelo povo do norte em nome da sagrada aliança contra Hitler, Mussolini e todas as forças do mal encarnadas no Eixo.
        Inventaram que aí nasceu a palavra forró. Os gringos promoviam festas para si. Eram privacy. Volta e meia, abriam. Aí era for all, para todos. Nossos caboclos, analfabetos em português e duplamente em inglês, simplificaram a pronúncia. For all virou o nordestíssimo forró. Puro folclore. Forró é redução de forrobodó. Mas a versão tem sido tão insistentemente repetida que virou verdade.
        A familiaridade com o inglês deixou-nos ousados. Hoje aportuguesamos termos que nem sonhavam figurar no Aurélio. Muito menos no Vocabulário Ortográfico. A informática serve de exemplo. Com ela, nossa criatividade alça vôos. E ultrapassa os limites da máquina. Deletar tomou a vez do velho apagar. Printar expulsou o imprimir. Startar cassou o começar.
        É isso. Quem não aderiu se tornou out. Que corra atrás do prejuízo. Peça help. E vire in.
               SQUARISI, Dad. Revista Exame, 18 nov. 1998. p. 170.
Fonte: Linguagem Nova. Faraco & Moura. Editora Ática. 8ª série. p. 136-40.
Entendendo o texto:

01 – O primeiro parágrafo do texto é predominantemente narrativo, dissertativo ou descritivo? justifique sua resposta.
      É predominantemente narrativo, pois a autora relata uma situação em que necessitava de dinheiro e como o conseguiu.

02 – Embora a situação exposta nesse primeiro parágrafo seja comum, cotidiano, é uma situação especial para o assunto que vai ser desenvolvido no texto. Por quê?
      Porque está relacionada aos serviços bancários, onde o inglês predomina. Esse fato permite à autora empregar inúmeros termos nessa língua e mostrar sua influência no português.

03 – “Embalar o serviço na língua do Tio Sam valoriza a oferta.” Tio Sam é referência a que país?
      Aos Estados Unidos.

04 – “Deu a mão? A gringa avançou pro braço.”
a)   Como a autora explica o “avançar para o braço”?
A influência do inglês não ficou só nas palavras; chegou à estrutura da língua.

b)   Que recurso ela usa no texto para provar essa afirmação?
A exemplificação.

05 – Você conhece pessoas que dizem: “vou estar enviando” em vez de “vou enviar” ou qualquer expressão similar? Procure observar, anote alguns exemplos e reescreva-os, empregando a forma verbal mais adequada. Em São Paulo, esse uso é bastante comum.
      Resposta pessoal do aluno.

06 – No quinto parágrafo, uma das razões apontadas para a invasão da língua estrangeira é que o inglês “é falado pela maior potência do planeta”. Relacione essa afirmação com os termos do inglês empregados nos dois primeiros parágrafos.
      Devido ao poder econômico dos Estados Unidos, “maior potência do planeta”; a influência do inglês se faz sentir grandemente na terminologia relativa aos serviços das instituições bancárias, guardiães da moeda.

07 – Na linha 17, que expressão a autora emprega em lugar de etc.? Explique esse emprego.
      A autora usa a expressão “& cia.”, que faz parte da linguagem comercial (= e companhia). Esse emprego reforça, no texto, de modo bem-humorado, a ideia do fator econômico como um determinante da invasão da língua inglesa.

08 – A influência do inglês no Brasil não é recente, tem raízes históricas, segundo a autora. Quais são essas raízes?
      Influência do cinema hollywoodiano, da Segunda Guerra Mundial – que trouxe norte-americanos para cá – e do avanço tecnológico.

09 – Que atitudes trazidas pelo cinema hollywoodiano foram identificadas, na imaginação dos brasileiros, ao american way os life, segundo o texto?
      Mascar chicletes, tomar Coca-Cola, fumar Camel e usar óculos Rayban.

10 – A autora afirma que a origem que se divulga da palavra forró como derivada do inglês é “invenção”, “puro folclore”. Por que, ao expor seus argumentos, ela usou o adjetivo nordeste no superlativo: nordestíssimo?
      Provavelmente, quis acentuar o absurdo de se atribuir uma palavra tão característica da cultura do Nordeste à influência americana.


quarta-feira, 22 de abril de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): AMOR DE ÍNDIO - BETO GUEDES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Amor de Índio

              Beto Guedes

Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo o cuidado
Meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com o arco da promessa
Do azul pintado
Pra durar

Abelha fazendo o mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor
E ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for
E ser tudo

Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado
Meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver

No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo

                         Composição: Beto Guedes / Ronaldo Bastos

Entendendo a canção:

01 – Como o eu lírico se coloca nesta canção?
      Ele se entrega a sua amada, pois acredita que devemos ser inteiro em tudo que fazemos.

02 – O que se entende por este verso. “Tudo que move é sagrado”?
      O eu lírico canta o motor da luz (o sagrado), pois a única certeza estável é a de que tudo muda.

03 – Qual o significado de “todo amor é sagrado”. E na canção?
       Aponta para as várias formas de amar, afinal, qualquer maneira de amor vale a pena.

04 – Como eu lírico nos mostra o amor de índio nos seguintes versos: “Enquanto a chama arder / Todo dia te ver passar / Tudo viver a teu lado / Com o arco da promessa / Do azul pintado / Pra durar”?
      E esse amor entre eles é eterno, enquanto a chama da vida arder no interior de cada um deles. O arco para o índio sim, todo amor é sagrado, sua defesa. Já o arco da promessa é uma referência ao arco-íris, que colore o horizonte azul, como o símbolo da promessa duradoura que Deus fez com os homens.

05 – Que expressam estes versos: “Todo dia é de viver / Para ser o que for / E ser tudo.”?
      Expressam o lado primitivo e puro que ainda havia em cada uma das pessoas, como um canto de louvor à vida.

06 – Você concorda com o eu lírico quando diz que o sono é sagrado?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: sim, ele é essencial que, além de descansar o corpo e a mente, faz com que a pessoa pense melhor e também emagreça. Quando dormimos bem, estamos contribuindo para prevenir o aparecimento de doença, além de promover o rejuvenescimento.

07 – No último verso o eu lírico cita as estações do ano, com que intenção?
      Para mostrar que quem vive constantemente em contato com a natureza, cada mudança climática é percebida. Os índios e as pessoas mais sensíveis observam melhor as estações e podem senti-los em toda plenitude.

08 – Em que versos o eu lírico fala que o amor entre os indígenas é tão puro e sublime que é determinado pelo encontro ocorrido entre eles desde o nascimento, segundo a configuração das estrelas no firmamento, no exato momento em que vieram a existir, como homem e mulher, pois já crescem sabendo dessa predestinação e se enamoram, e se casam, e são felizes para sempre.
      “O destino que se cumpriu / De sentir seu calor / e ser todo.” / “Sim, todo amor é sagrado”.


POEMA: O CAÇADOR E A LEITEIRA - PIERRE JEAN DE BÉRANGER - COM GABARITO

Poema: O Caçador e a Leiteira
          
Pierre Jean de Béranger

Com doces cantos a calhandra alegra
Do almo dia o vermelho despontar;
O amante caçador segue, oh! leiteira,
Meigas falas de amor hás de escutar;
Da primavera as orvalhadas flores
Vamos, oh! bela, para ti colher.
- Não, caçador, de minha mãe hei medo,
E o meu tempo não posso aqui perder.

Tua mãe por detrás d'aquele oiteiro
Co'a mimosa ovelhinha longe está.
Olha, aprende, oh! leiteira, esta modinha,
Tão bonita na Corte outra não há;
A moça, que lograr saber cantá-la,
Os mais volúveis poderá prender.
- Também sei, caçador, modinhas ternas,
E o meu tempo não posso aqui perder.

Porque o possas contar, o triste caso
Aprende de um barão mui furibundo,
Que de cioso arrasta a pobre esposa,
Viva e bem viva, para o outro mundo;
História que, narrada em noite escura,
Faz quem ouve de medo estremecer.
- Também sei, caçador, contos mui tristes,
E o meu tempo não posso aqui perder.

Quero ensinar-te uma oração mui santa
Com que aplaques o lobo esfomeado,
Com que possas zombar das feiticeiras,
Livrar-te de quebranto, ou mau olhado.
Bem pode alguma velha malfazeja
Vis malefícios contra ti fazer.
- Não tenho, oh! caçador, o meu rosário?...
E o meu tempo não posso aqui perder.

Pois bem, vês esta cruz?... Como é brilhante,
Cravada de rubins de grão valor!...
Da moça que ela ornar, ao lindo seio
Os olhos chamará... cegos de amor.
Será tua, apesar do alto preço;
Mas, vê lá... o que em troca hei de querer!...
- Sou vossa, caçador, quanto é formosa!...
E o meu tempo não posso mais perder!

O Caçador e a Leiteira, de Pierre Jean de Béranger, em tradução de 
Trajano Galvão, publicado no livro Sertanejas (1898).
Entendendo o poema:
01 – De que trata o poema?
      Fala da persistência do caçador para conquistar sua amada.

02 – Quem são as personagens do poema?
      O caçador, a leiteira e a mãe dela.

03 – Em relação à estrutura poética, há quantas estrofes e quantos versos?
      Há cinco estrofes e quarenta versos.

04 – Ao final de cada estrofe a leiteira respondia algo ao caçador, como forma de quê?
      Era uma desculpa para não aceitar a corte dele.

05 – Qual o desfecho do poema?
      Ao final a leiteira cede aos encantos do caçador; como está nos últimos versos. “- Sou vossa, caçador, quanto é formosa!... / E o tempo não posso mais perder!”.

06 – Nos versos: “Os olhos chamará... cegos de amos.” Que figura de linguagem há neste verso?
      Personificação.

TEXTO: POR QUE A INTERNET ASSUSTA OS PAIS - LUCIANA VICARIA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: Por que a internet assusta os pais
         
   LUCIANA VICÁRIA

 Já se foi o tempo em que a televisão era vista como vilã. Pesquisas mostram que agora os pais têm mais medo da internet que dos programas da TV. Eleita a grande ameaça para as crianças com 85% dos votos, a internet se tornou a mídia mais perigosa da atualidade, de acordo com uma pesquisa americana do Insight Media Group publicada na última semana. Na opinião de 78% dos entrevistados, os sites de relacionamento não são lugares seguros para fazer novos amigos. Essa pesquisa é o retrato do medo contemporâneo dos pais. Será que ele é justificado?
        Quando os pais de hoje eram crianças, os adultos tinham medo da TV. Vários livros e artigos de educadores foram escritos debatendo a possível influência negativa de filmes violentos ou programas eróticos na formação das crianças. A discussão se dava em torno das cenas de amor na novela das 8, consideradas picantes demais para o horário, ou sobre o comprimento da saia de apresentadoras infantis, considerado insinuante demais. Institutos denunciavam que crianças eram expostas a cenas de violência. Hoje, aquele medo parece inocente diante dos perigos que a rede oferece.
        Para os pais, a internet é muito mais difícil de controlar que a TV porque abre as portas de casa. As crianças podem entrar em sites adultos e travar contatos com estranhos em comunidades como o Orkut. Podem trocar informações, endereços e até vídeos e fotos. Muitos adultos nem sabem como funcionam os sites de relacionamento. Um estudo da ONG de segurança on-line infantil i-Safe America, dos Estados Unidos, revelou que 40% das crianças não conversam com os pais sobre a segurança na internet. A pesquisa mostra ainda que uma em cada quatro crianças já foi exposta à pornografia na rede. Cerca de 20% já receberam propostas sexuais on-line. Uma em cada 33 crianças já foi convidada a se encontrar pessoalmente com alguém que tenha conhecido na web. "Quando se trata de uma mídia interativa, como a web, o mau uso pode colocar em risco a própria vida da criança", afirma Teri Schroeder, presidente do i-Safe America.
        Casos de adolescentes que marcam pela rede encontros com pessoas que não conhecem são cada vez mais comuns. Alguns têm final trágico. No Brasil, uma adolescente baiana de 12 anos foi estuprada e morta em janeiro deste ano, possivelmente por um colega virtual. O caso ainda não foi esclarecido, mas a polícia do Estado da Bahia recuperou trechos de um bate-papo virtual suspeito no computador da vítima. Histórias tristes como essa criam um sentimento de repulsa à internet. "Ela faz mal, deturpa valores e atrai as crianças para a pedofilia", diz a mãe Maria do Carmo Oliveira. Ela registrou boletim de ocorrência no dia 27, depois que monitorou a conversa de sua filha de 11 anos com adultos em salas de bate-papo. "Perguntavam se ela era virgem e insistiam em um encontro real, até que, pressionada, Isabela passou o telefone e o endereço de casa", afirma.
        Mas responsabilizar o computador por todas essas angústias pode ser um erro. E privar crianças das mídias interativas pode prejudicar sua formação. A tecnologia tem mais vantagens que riscos. A rede já se consagrou como ferramenta indispensável no aprendizado dos jovens profissionais do futuro. É um lugar para entretenimento, mas também para debate de temas e pesquisas escolares. A única saída é alertar os mais novos sobre os riscos da interatividade e monitorar o uso quanto for possível. "É preciso orientar o contato com a internet sem privar a liberdade da criança", diz o educador Celso Antunes. Os pais terão de aprender a lidar com a rede.
                      Luciana Vicaria. Revista Época. 03 de junho de 2006.

Entendendo o texto:

01 – Assinale o trecho que traduz o assunto abordado no texto.
a)   Institutos denunciavam que crianças eram expostas a cenas de violência.
b)   Essa pesquisa é o retrato do medo contemporâneo dos pais. Será que ele é justificada?
c)   Casos de adolescentes que marcam pela rede encontros com pessoas que não conhecem são cada vez mais comuns.
d)   É preciso orientar o contato com a internet sem privar a liberdade da criança.

02 – Hoje, a internet atrai muito mais os jovens que a TV. Assinale o fatos que, segundo o texto, NÃO justifica essa afirmativa.
a)   A grande quantidade de informações amplia o aprendizado.
b)   As opções de entretenimento são praticamente ilimitadas.
c)   É possível interagir com pessoas e com informações.
d)   As pessoas se mantêm passivas em face das informações.

03 – Sobre as razões da preocupação dos pais em face do uso da internet pelos filhos, marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas.
(V) Os filhos podem ter acesso a informações e imagens prejudiciais a sua formação.
(V) Sites de relacionamentos expõem informações pessoais que podem comprometer a vida do filho e da família.
(V) Os filhos sempre conhecem mais que os pais como funcionam os sites de relacionamentos.
(F) A internet propicia espaço para jogos e lazer e auxilia em pesquisas escolares.
Assinale a sequência correta:
a)   V, F, V, F.
b)   V, V, V, F.
c)   F, F, V, V.
d)   F, V, F, V.

04 – Sobre os argumentos dos pais para evitar que os filhos sejam expostos a materiais ou sites indevidos na internet, considere:
I – Dados da família fornecidos a estranhos podem ser usados impropriamente.
II – Privar os filhos de usar a internet resolve as preocupações e não traz prejuízos.
III – Nem todo conteúdo da internet é verdadeiro.

São argumentos pertinentes:
a)   I e III, apenas.
b)   I, II e III.
c)   II e III, apenas.
d)   I e II, apenas.

05 – Antigamente a TV causava medo aos pais, hoje acontece o mesmo com a internet. Isso porque ambas, de certa maneira, têm a capacidade de:
a)   Influenciar a postura educacional.
b)   Levar ao sonho e a um mundo irreal.
c)   Exibir informações desligadas da realidade.
d)   Modificar o comportamento social.

06 – No último parágrafo, a autora do texto defende a internet. Qual argumento NÃO corrobora sua defesa?
a)   Já que muitos pais trabalham fora e não podem monitorar os filhos o dia todo, estes escolhem em quais sites navegar e com quem interagir.
b)   Há mais ganhos que perdas na utilização da internet de forma equilibrada e consciente, pois contribui com informações e lazer.
c)   Se os jovens forem proibidos de usar a rede, os pais se sentirão mais tranquilos, mas os filhos perderão em conhecimentos.
d)   Os pais devem orientar devidamente o uso da rede pelos filhos em função da relevância dela na preparação de seu futuro.

07 – O texto pertence ao gênero artigo jornalístico, pois:
a)   Destaca parecer de autoridade sobre fatos obtidos em pesquisas.
b)   Sustenta uma opinião com afirmações generalizadas para persuadir o leitor.
c)   Expressa valor a respeito de fato controverso ou situação social da atualidade.
d)   Adota uma postura bem humorada para comentar situações do cotidiano.


quinta-feira, 16 de abril de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): FLORES EM VIDA - ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Flores em Vida

                  Zezé Di Camargo e Luciano

Quero o seu amor agora
Não a saudade depois
Seu carinho pela vida afora
Antes que o fim pare entre nós dois

Quero a sua companhia
Caminhar na mesma direção
Exceto que um certo dia
A vida nos separe em alguma estação

Quero flores em vida
Seu sorriso a me iluminar
As lágrimas de despedida
Não estarei por perto para enxugar

Eu quero viver a vida, Quero flores em vida
Colhidas no jardim do amor, Do nosso amor

Quero flores em vida
Seu sorriso a me iluminar
As lágrimas de despedida
Não estarei por perto para enxugar

Eu quero viver a vida, Quero flores em vida
Colhidas no jardim do amor, Do nosso amor.
                                                Zezé  Di Camargo e Luciano

Entendendo a canção:

01 – A música "flores em vida" do Zezé Di Camargo e Luciano, conta que tipo de história pra você?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Na música diz que ele quer viver a vida, flores em vida, ou seja, ele quer flores enquanto a vida segue, pois normalmente as flores só chegam quando estamos dentro de um caixão, na tristeza. 

02 – O título de um texto é sempre o primeiro a levantar expectativas quanto ao seu conteúdo. A partir dele fazemos uma série de suposições iniciais que depois podem ser modificadas ou confirmadas. Que emoções e ideias foram despertadas pela leitura da canção? Comente.
      Flores em vida é amar ao próximo, é dar ao próximo um pouco do seu amor, é ser simples, é ser amoroso, caridoso. Se amamos mesmo alguém, gostamos muito dela, devemos a presentear com flores em vida, como diz a canção.

03 – Em todos os versos, nota-se a marca da:
a)   1ª pessoa do singular.
b)   3ª pessoa do plural.
c)   1ª pessoa do plural.
d)   2ª pessoa do singular.

04 – As repetições utilizadas favorecem a construção da canção?
      Sim, a repetição melhora por causa da atratividade, raridade, proximidade, ênfase e frequência.

05 – Que estrofe do poema expressa mais claramente o entusiasmo e paixão do eu lírico pela pessoa amada?
      A primeira estrofe.
      “Quero o seu amor agora
      Não a saudade depois
      Seu carinho pela vida afora
      Antes que o fim pare entre nós dois.”

06 – Em que versos podemos encontrar a figura de linguagem antítese?
      “Quero o seu amor agora
      Não a saudade depois...”



FILME(ATIVIDADES): BAILE PERFUMADO - LÍRIO FERREIRA, PAULO CALDAS - COM QUESTÕES GABARITADAS

Filme(ATIVIDADES): BAILE PERFUMADO

Data de lançamento 26 de julho de 1997 (1h 33min)
Nacionalidade Brasil

SINOPSE E DETALHES

        Amigo íntimo do Padre Cícero (Jofre Soares), o mascate libanês Benjamin Abrahão (Duda Mamberti) decide filmar Lampião (Luís Carlos Vasconcelos) e todo seu bando, pois acredita que este filme o deixará muito rico. Após alguns contatos iniciais ele conversa diretamente com o famoso cangaceiro e expõe sua ideia, mas os sonhos do mascate são prejudicados pela ditadura do Estado Novo.

Entendendo o filme:

01 – Qual seria o tema central do filme “Baile Perfumado”?
      Um dos melhores filmes de 1997, "Baile Perfumado" mostra à relação do fotógrafo Benjamim Abrahão (Duda Mamberti) com o notório cangaceiro Lampião (Luís Carlos Vasconcelos), quando o libanês se embrenhou no sertão nordestino para revelar, em um documentário, a rotina do bando do temido e admirado Virgulino Ferreira. O fato histórico gera uma película de cores vivas, na qual a audácia e tino comercial de um homem conduzem-no a uma aventura repleta de perigos e seduções. O documentário de Abrahão capta Lampião em momentos comuns de fé e demonstração de liderança e confraternização com os outros bandoleiros. No entanto, o filme de Lírio Ferreira e Paulo Caldas focaliza um Lampião cruel, severo, mas capaz de simpatia e deleitamento com a beleza e a música. 

02 – Qual foi o papel de Padre Cícero nesta história?
      Ele se tornou o responsável pelo então repercutido encontro entre o eminente bando de Lampião e Benjamim Abrahão.

03 – Que interesse tinha o libanês em acompanhar o bando de Lampião?
      Interessado para registrar através de filmagem o estilo de vida do grupo e poder comercializar depois.

04 – É um filme muito inovador na forma, pois se inicia com um plano sequência (sem corte), onde o filme começa com Padre Cícero agonizando e como termina a cena?
      Termina com ele imediatamente já morto, no velório. Não seria possível alguém filmar uma cena assim na realidade.

05 – Benjamim Abrahão, foi o único a conseguir tirar fotos de Lampião e seu bando e algo interessante acontece na trama é o modo como ele “transforma” o carrasco e sanguinário Lampião. Em quê?
      Um Lampião mais pop, deslumbrado com o uísque escocês, o perfume francês e a máquina fotográfica.


POEMA: MENINOS - MURILO MENDES - COM GABARITO

Poema: Meninos
          
    Murilo Mendes

Sentado à soleira da porta
Menino triste
Que nunca leu Júlio Verne
Menino que não joga bilboquê
Menino das brotoejas e da tosse eterna

Contempla o menino rico na varanda
Rodando na bicicleta
O mar autônomo sem fim.

É triste a luta de classes.

Fonte d imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuLavCYDFXW84ky-ptRtB8DbeHgGjtdpsSicbEmJoJ1kT1vyUgEBuWTaVHu5zcjn0QDmLI8jZVRWjTjuhFVcLKuoelApNxz2IcYQw3-prGM5np_4p_AcdVYSZxx4MgbXvgYMk9bCDpWtc/s1600/MENINOOO.jpg

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o poema, é certo dizer que:
a)   O menino está triste, porque nunca leu Júlio Verne.
b)   O menino é triste, pois está na luta das classes.
c)   O menino triste é pobre e adoentado.
d)   O menino não brinca de bilboquê, devido a tosse eterna.

02 – Explique o sentimento do eu lírico ao comparar os dois meninos.
      O poema fala sobre a desigualdade social, fazendo referência a forma como vivem os meninos.

03 – Descreva o lugar onde ocorreu o fato.
      À soleira da porta.

04 – Quem são as personagens do poema?
      O menino triste e o menino rico.

05 – Existe uma relação entre os meninos do poema e os meninos do nosso dia-a-dia?
      Sim, pois a desigualdade social é um mal que assola nosso país.

06 – Que tipo de narrador há no poema?
      Narrador-onisciente (conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo).