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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

POEMA: DOR DE DENTE - PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

POEMA: DOR DE DENTE

Tô com dor de dente,
dor de dente,
dor  de dente...

Como dói o dente,
dói o dente,
dói o dente...
.
Falar com a mamãe?
Jamais!
O dentista dói muito mais!
.
Pedro Bandeira

(Cavalgando o arco-íris. São Paulo, Moderna, 2002. )
Fonte: Livro – Ler, entender, criar – Português – 6ª Série – Ed. Ática, 2007 – p.21.

Entendendo o poema
1)   Nesse trecho do poema existe uma repetição de alguns versos. Quais? Transcreva-os.
“dor de dente,/dor de dente...”, “dói o dente,/dói o dente...”

2)   Na sua opinião, por que Pedro Bandeira repetiu esses versos?
Para reforçar a ideia da intensidade e da continuidade da dor.

3)   Quando alguém percebe a existência da dor?
Quando a sente.

4)   Como alguém percebe um dente?
Olhando-o, tocando-o.



quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

CONTO: EU NUNCA VOU TE DEIXAR - (FRAGMENTO) - PEDRO BANDEIRA

Conto: Eu nunca vou te deixar - Fragmento
           Pedro Bandeira

       Fazia frio naquela noite. Muito frio.
      Debaixo de um viaduto qualquer, num cantinho mais escuro, Beto e Vô Manduca aconchegavam-se em meio ao monte de papelões que os dois haviam empilhado dentro da carrocinha, depois de todo um dia a empurrá-la pelos quarteirões dos depósitos e dos armazéns, o melhor lugar para encontrar boas pilhas de papelão.
        Logo que amanhecesse, aquilo tudo seria vendido a alguma fábrica de papel e eles teriam dinheiro para sobreviver por mais um dia. Mais um dia para empurrar novamente a carrocinha, catando mais papelão para vender e sobreviver por mais um dia, para catar mais papel...
        No meio do papelão amontoado na carrocinha, o frio quase não penetrava, e Beto começou a adormecer, ouvindo os mesmos sons de todas as noites, o barulho dos carros que passavam, o tempo todo, ao lado e em cima do viaduto sob o qual estava estacionada a carrocinha.
        Em noites como aquela, costumava haver mais um hóspede dentro da carrocinha: um gato. Um gato qualquer, pobre e sujo como eles. Qualquer gato fosco, de indefinida cor e sem nome, que às vezes aparecia para filar uns restos do jantar e acabava pegando uma carona no meio dos trapos, dos papelões e dos dois seres humanos que o acolhiam.
        Quase todas as noites, Beto procurava arranjar um gato como aquele. De manhã ele sumiria, como sempre somem os gatos sem dono. Mas pelo menos durante a noite teria sido uma companhia para ele. Um pedaço vivo, magrelo, quente. Um brinquedo bom de acariciar enquanto o sono não vinha.
        Muitas vezes, principalmente quando fazia frio, abraçado com o gato vagabundo que acolhera, Beto sonhava com um gato só dele:
        – Sabe, vô Manduca? Eu queria um gato que ficasse com a gente. Um gato que aprendesse a me reconhecer. Que todos os dias comesse na minha mão. Que olhasse para mim quando eu o chamasse pelo nome. O nome que eu mesmo daria para ele...
        Vô Manduca sorria seu sorriso sem dentes, acariciava a carapinha do menino e mostrava sua sabedoria das ruas:
        – Durma, Beto. Gatos vagabundos não faltam. Enquanto você tiver algum resto de comida para oferecer, sempre encontrará um gato para comer na sua mão.
        [...]
                               Pedro Bandeira. Eu nunca vou te deixar. In: Byron Stuart Gottfried. Sete faces do destino. São Paulo, Moderna, 1996.
Fonte: Livro – Ler, entender, criar – Português – 6ª Série – Ed. Ática, 2007 – p. 77.

Entendendo o texto:

01 – Releia com atenção as frases em que aparecem as palavras destacadas. Responda as questões abaixo:
a)   O pronome demonstrativo aquela retoma qual ideia exposta anteriormente pelo narrador?
O pronome refere-se à noite fria, com barulho de carros que passavam próximo ao viaduto sob o qual Beto dormia em uma carrocinha cheia de papelão.

b)   O pronome pessoal eles refere-se a quem?
Refere-se ao Beto e ao vô Manduca.

c)   O pronome demonstrativo aquele e os pronomes pessoais ele e o referem-se a um ser já mencionado no texto. Qual?
Esses pronomes referem-se ao gato.


quinta-feira, 13 de junho de 2019

CONTO: UM PROBLEMA DIFÍCIL - PEDRO BANDEIRA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Conto: Um problema difícil 
                    
         Pedro Bandeira 

      Era um problema dos grandes. A turminha reuniu-se para discuti-lo e Xexéu voltou para casa preocupado. Por mais que pensasse, não atinava com uma solução. Afinal, o que poderia ele fazer para resolver aquilo? Era apenas um menino!
        Xexéu decidiu falar com o pai e explicar direitinho o que estava acontecendo. O pai ouviu calado, muito sério, compreendendo a gravidade da questão. Depois que o garoto saiu da sala, o pai pensou um longo tempo. Era mesmo preciso enfrentar o problema. Não estava em suas mãos, porém, resolver um caso tão difícil.
         Procurou o guarda do quarteirão, um sujeito muito amigo que já era conhecido de todos e costumava sempre dar uma paradinha para aceitar um cafezinho oferecido por algum dos moradores.
        O guarda ouviu com a maior das atenções. Correu depois para a delegacia e expôs ao delegado tudo o que estava acontecendo.
         O delegado balançou a cabeça, concordando. Sim, alguma coisa precisava ser feita, e logo! Na mesma hora, o delegado passou a mão no telefone e ligou para um vereador, que costumava sensibilizar-se com os problemas da comunidade.
        Do outro lado da linha, o vereador ouviu sem interromper um só instante. Foi para a prefeitura e pediu uma audiência ao prefeito. Contou tudo, tintim por tintim. O prefeito ouviu todos os tintins e foi procurar um deputado estadual do mesmo partido para contar o que havia.
        O deputado estadual não era desses políticos que só se lembram dos problemas da comunidade na hora de pedir votos. Ligou para um deputado federal, pedindo uma providência urgente. O deputado federal ligou para o governador do estado, que interrompeu uma conferência para ouvi-lo.
        O problema era mesmo grave, e o governador voou até Brasília para pedir uma audiência ao ministro.
        O ministro ouviu tudinho e, como já tinha reunião marcada com o presidente, aproveitou e relatou-lhe o problema.
        O presidente compreendeu a gravidade da situação e convocou uma reunião ministerial. O assunto foi debatido e, depois de ouvir todos os argumentos, o presidente baixou um decreto para resolver a questão de uma vez por todas.
        Aliviado, o ministro procurou o governador e contou-lhe a solução. O governador então ligou para o deputado federal, que ficou muito satisfeito. Falou com o deputado estadual, que, na mesma hora, contou tudo para o prefeito. O prefeito mandou chamar o vereador e mostrou-lhe que a solução já tinha sido encontrada.
        O vereador foi até a delegacia e disse a providência ao delegado. O delegado, contente com aquilo, chamou o guarda e expôs a solução do problema. O guarda, na mesma hora, voltou para a casa do pai do Xexéu e, depois de aceitar um café, relatou- lhe satisfeito que o problema estava resolvido.
        O pai do Xexéu ficou alegríssimo e chamou o filho.
        Depois de ouvir tudo, o menino arregalou os olhos:
         – Aquele problema? Ora, papai, a gente já resolveu há muito tempo!

                                                                        Pedro Bandeira

Entendendo o conto:

01 – “(...) Afinal, o que poderia ele fazer para resolver aquilo? Era apenas um menino!” Apesar de pensar assim no início, ao final do conto Xexéu e sua turma conseguem resolver o “grande problema”. A atitude das crianças se diferencia da atitude dos adultos diante esse problema. Segundo o conto nos relata, como os adultos agem para resolver o problema?
a)   Os adultos agem de maneira irracional, apaixonada. Ao invés de proporem uma solução ao problema, pela sua forma irrefletida de agir, eles acabam complicando ainda mais toda situação. 
b)   Os adultos acreditam na rígida hierarquia social, que subordinada uma autoridade a outra, e esperam que, ao delegar o problema para pessoas de maior autoridade, esse seria um bom caminho para resolvê-lo. 
c)   Os adultos não confiam nas crianças para resolverem seus próprios problemas, e por isso as obrigam a esperar que elas cresçam e adquiram uma outra uma visão sobre como encarar as dificuldades da vida. 
d)   Devido à sua grande experiência, os adultos acreditam que o melhor caminho para resolver problemas é se apoiarem no conhecimento da comunidade e da tradição, e se esse caminho funcionou muitas vezes então deve funcionar todas as vezes. 

02 – “Aliviado, o ministro procurou o governador e contou-lhe a solução. O governador então ligou para o deputado federal, que ficou muito satisfeito. Falou com o deputado estadual, que, na mesma hora, contou tudo para o prefeito. O prefeito mandou chamar o vereador e mostrou-lhe que a solução já tinha sido encontrada. (...)” O conto de Pedro Bandeira é escrito a partir de uma estrutura que vai se repetindo, de uma maneira lúdica e interessante, que nos prende até o final da história. Se fôssemos caracterizar essa estrutura do conto com uma imagem, uma metáfora, qual poderia ser essa imagem?
a)    Poderia ser um labirinto. Pois parece que, quando uma pessoa relata o problema para outra, esta relata para outras pessoas mais, como se um caminho fosse se desdobrando em outros novos caminhos, de maneira cada vez mais complexa.
b)   Poderia ser uma corrida. Pois, para o resolver o problema da maneira mais rápida possível, todas as pessoas envolvidas se valem de todos os meios à sua disposição. É uma forma de competição. Quem conseguir resolver o problema com mais rapidez é o vencedor. 
c)   Poderia ser a brincadeira de telefone sem fio. Pois, quando uma pessoa relata o problema para outra pessoa, esta compreende de maneira imperfeita, e passa a mensagem para uma outra pessoa que também entende imperfeitamente, e assim por diante, até que no final a mensagem inicial já foi completamente distorcida e o problema não precisa mais ser resolvido. 
d)   Poderia ser uma escada. Pois o problema é relatado de uma autoridade a outra, seguindo a estrutura da hierarquia estatal. E assim como o relato do problema sobe por essa estrutura, ao final, quando a solução é encontrada, ela também precisa descer. 

03 – “(...) Aquele problema? Ora, papai, a gente já resolveu há muito tempo!” A fala de Xexéu ao final do conto revela que a solução para o “grande problema” não precisava acontecer do modo como os adultos encontraram a solução. Segundo o conto, por que o modo dos adultos de resolver o problema parece inadequado?
a)   Porque os adultos, devido a suas responsabilidades no trabalho, possuem pouco tempo para resolver o “grande problema” que Xexéu lhes apresenta. A crianças se viram melhor quando agem sozinhas. 
b)   Porque os adultos não compreendem o que as crianças dizem para eles. Portanto, quando as crianças relatam seus problemas para os adultos, estes compreendem outra coisa, e não podem ajudá-las. 
c)   Porque o caminho que os adultos tomaram para resolver o problema é complicado e demorado. É possível que aquele problema específico não precisava seguir todo esse caminho para ser resolvido. 
d)   Porque o “grande problema”, assim como todos os problemas fundamentais da vida, tem sua solução numa forma de agir simples e descomplicada. As crianças, por estarem mais próximas da simplicidade, são as que conseguem melhor resolver problemas. 

04 – O conto de Pedro Bandeira, ao mesmo tempo em que apresenta um enredo coerente e bem humorado, permite diversas camadas de interpretações, que descortinam alguns de seus elementos. Entre as interpretações abaixo, qual delas é incorreta, e não pode ser feita acerca do conto de Pedro Bandeira?
a)   As autoridades só se comunicam com seus subordinados e superiores imediatos, de modo que, até percorrer toda a cadeia hierárquica entre as autoridades, o problema apresentado por Xexéu e sua turma demora muito para encontrar uma solução. 
b)   Os adultos, que representam a obediência a regras e a ordens hierárquicas, estão de certa forma limitados por essa obediência. As crianças, por outro lado, por estarem relativamente livres de obedecer a regras e hierarquias, podem dispor de criatividade e astúcia para resolver seus problemas. 
c)   O governo é incapaz de resolver os problemas da população, pois, até que a voz do povo chegue aos governantes que podem fazer algo, os problemas já foram resolvidos pela própria população e já deixaram de existir. 
d)   Por não sabermos que problema é esse proposto por Xexéu e sua turma, torna-se mais extraordinário o fato de que eles tenham resolvido esse problema sozinhos e antes de todas as autoridades. 

05 – Qual é a tipologia predominante no conto:
(X) Narrativa.
(   ) Argumentativa.
(   ) Descritiva.

06 – Em relação ao discurso das personagens. Presença de discurso:
(   ) Direto.
(X) Indireto.

07 – Dentro deste tipo textual (conto) há que narrador?
(X) Narrador-personagem.
(   ) Narrador-observador.
(   ) Narrador-onisciente.





quarta-feira, 27 de março de 2019

POEMA: VAI JÁ PRA DENTRO, MENINO - PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

Poema: VAI JÁ PRA DENTRO, MENINO


Vai já pra dentro, menino!
Vai já pra dentro estudar!
É sempre essa lengalenga
quando o que eu quero é brincar...

Eu sei que aprendo nos livros,
eu sei que aprendo no estudo,
mas o mundo é variado
e eu preciso saber tudo!

Há tanto pra conhecer,
há tanto pra explorar!
Basta os olhos abrir,
e com o ouvido escutar.

Aprende-se o tempo todo,
dentro, fora, pelo avesso,
começando pelo fim,
terminando no começo!

Se eu me fecho lá em casa,
numa tarde de calor,
como eu vou ver uma abelha
a catar pólen na flor?

Como eu vou saber da chuva,
se eu nunca me molhar?
Como eu vou sentir o sol,
se eu nunca me queimar?

Como eu vou saber da terra,
se eu nunca me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
sem aprender a gostar?

Quero ver com os meu olhos,
quero a vida até o fundo,
quero ter barro nos pés,
eu quero aprender o mundo
                                                       Pedro Bandeira
Entendendo o poema:

01 – “Vai já pra dentro, menino! / Vai já pra dentro estudar!” Onde o menino provavelmente está?
      Provavelmente ele está na rua.

02 – O menino reconhece a importância dos livros e dos estudos? Copie do texto os versos que comprovam sua resposta.
      “Eu sei que aprendo no estudo,
      Mas o mundo é variado.”

03 – Copie verso da 2.ª ou da 3.ª estrofe que expliquem a causa ou o motivo de o menino não querer ficar dentro de casa.
      “Eu sei que aprendo nos livros,
       Eu sei que aprendo no estudo.”
      “E eu preciso saber tudo!”
     “Basta os olhos abrir,
      E com o ouvido escutar.”     

04 – Pinte da mesma cor as palavras que rimam no poema.
      Estudar / brincar.
      Calor / flor.
      Molhar / queimar.
      Sujar / gostar.
      Fundo / mundo.


sexta-feira, 23 de novembro de 2018

POEMA: PONTINHO DE VISTA - PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

Poema: Pontinho de vista
                          Pedro Bandeira


Eu sou pequeno, me dizem,
E eu fico muito zangado.
Tenho de olhar todo mundo
Com o queixo levantado.

Mas, se formiga falasse
E me visse lá do chão,
Ia dizer, com certeza:
— Minha nossa, que grandão!

                     Pedro Bandeira. Por enquanto eu sou pequeno. São Paulo: Moderna, 2002.

Entendendo o poema:
01 – Qual é o título do poema?
      Pontinho de vista.

02 – Quantas estrofes e quantos versos possui o poema?
      Possui 02 estrofes e 08 versos.

03 – Quem é o autor?
      Pedro Bandeira.

04 – Por que o menino diz que precisa olhar todo mundo com o queixo levantado?
      Porque ele ainda é pequenino.

05 – Se uma formiga visse você lá do chão e ela pudesse falar, será que ela diria que você é grande? Por quê?
      Sim. Porque eu serei sempre maior que uma formiga.

06 – Dentro da tua casa, perto de quem você é grande?
      Resposta pessoal do aluno.


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

POEMA PARA SÉRIES INICIAIS: GRANDE OU PEQUENO? PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

Poema: GRANDE OU PEQUENO?


Se eu me meto na conversa,
para ouvir do que é que falam
os adultos e os parentes,
lá vem bronca da mamãe:
"Não, não, não! Já para fora!
Você é muito pequeno
para ouvir nossa conversa".


Mas seu eu faço algum errinho,
qualquer coisinha malfeita,
ou alguma reinação,
lá vem bronca do papai:
"Mas você não tem vergonha?
Isso é coisa que se faça?
Você já está muito grande
para coisas como essa"!

Afinal, QUEM É QUE EU SOU?
Ou eu sou muito pequeno,
ou sou grande até demais!
Ora, TENHAM PACIÊNCIA!
Deixem-me crescer em paz !

Pedro Bandeira. Mais respeito, eu sou criança!
São Paulo: Moderna, 1994 p. 9.
Entendendo o poema:

01 – Leia com atenção o poema e responda:
a)   Quantos versos há na primeira estrofe?
07 versos.

b)   Quantos versos há na segunda estrofe?
08 versos.

c)   E quantos versos há na terceira estrofe?
05 versos.

d)   Ao todo quantos versos há no poema?
Total de 20 versos.

e)   E quantas estrofes há no poema?
O poema possui 03 estrofes.

02 – Qual estrofe representa a conclusão do menino?
      É a terceira estrofe.

03 – O poema tem a finalidade de:
a)   /divertir.
b)   Emocionar.
c)   Informar.

04 – No verso: “Lá vem bronca da mamãe”, a palavra sublinhada significa:
a)   Conversa.
b)   Elogio.
c)   Advertência.

05 – No trecho: “— Mas você não tem vergonha?” o travessão indica:
a)   Uma emoção.
b)   Uma fala.
c)   Um pensamento.

06 – E o que indica o ponto de interrogação no trecho acima?
      Indica uma pergunta.

07 – Você concorda com título ou qual deveria ser na sua opinião?
      Resposta pessoal do aluno.


terça-feira, 31 de julho de 2018

POESIA: NAMORO DESMANCHADO - PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

POESIA: Namoro Desmanchado
                  Pedro Bandeira

Já não tenho namorada
e nem ligo para isso
é melhor ficar sozinho
namorar só dá enguiço.


Eu conheço meus colegas
sei que vão argumentar
que pra não ser mais criança
é preciso namorar. 

Mas a outra só gostava
de conversa e de passeio
e queria que eu ficasse
de mãos dadas no recreio! 

E ali, sentado e quieto
no recreio da escola
de mãos dadas feito bobo
vendo a turma jogar bola!

Gosto mesmo é de brincar
Faça chuva ou faça sol
namorar não quero mais.
Eu prefiro o futebol!
                                                 BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o Arco-íris.
São Paulo, Moderna, 1985.
Entendendo o texto:
01 – Porque o menino prefere ficar sozinho a ter uma namorada?
      Porque namorar só da enguiço.

02 – Que argumentos os colegas do menino usam para justificar que não são mais crianças?
      Que eles tem que namorar, só assim vão provar que não são mais crianças.

03 – O que a namorada do menino gostava de fazer durante o recreio?
      Ficar passeando e conversando de mãos dadas.

04 – O que deixava o menino aborrecido durante o recreio?
      Ter que ficar quieto e sentado sem poder jogar bola.

05 – O que o menino escolheu para se sentir bem?
      Escolheu o futebol em vez de namorar.

06 – Na sua opinião, o menino fez uma boa escolha?
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Qual a mensagem que o título do texto traz?
      Que não compensa namorar, porque perde totalmente a liberdade.

08 – Quem é o autor? Onde foi publicado e em que ano?
      Pedro Bandeira. Foi publicado na Moderna em 1985.

09 – Qual é a sua opinião sobre o namoro?
      Resposta pessoal do aluno.

10 – De acordo com o texto o eu poético é:
      (  ) Narrador.
      (X) Narrador personagem.
      (  ) Personagem.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

CONTO: QUEM SOU EU - PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

Conto: Quem sou eu


Eu às vezes não entendo!
As pessoas têm um jeito
De falar de todo mundo
Que não deve ser direito.

Em cada lugar que eu vou,
Na escola, na rua também,
Ouço dizerem assim,
Quando se fala de alguém:
-- Você conhece Fulano,
Que chegou de uma viagem?
-- O pai dele é muito rico,
Tem dois carros na garagem!
-- E o Maneco, lá do clube?


Pensa que é rico também?
Precisa ver que horrível
O tênis que ele tem!

Aí fico pensando
Que isso não está bem.
As pessoas são quem são,
Ou são o que elas têm?
Eu queria que comigo
Fosse tudo diferente
Se alguém pensasse em mim,
Soubesse que eu sou gente.
Falasse do que eu penso,
Lembrasse do que eu falo,
Pensasse no que eu faço,
Soubesse por que me calo!

Porque eu não sou o que visto.
Eu sou do jeito que estou!
Não sou também o que eu tenho.
Eu sou mesmo quem eu sou!

Pedro Bandeira. Palavras de encantamento. Maristela Petrili de Almeida, Pascoal Soto (coord.). São Paulo, Moderna, 2001.
Entendendo o conto:
01 – Quem é o autor do texto que você leu?
      Pedro Bandeira.

02 – De onde esse texto foi retirado?
      Do livro Palavras de encantamento.

03 – Complete:
O texto “Quem eu sou?” de Pedro Bandeira é um poema. Cada linha desse texto chama-se verso, e cada conjunto de versos chama-se estrofes.
A primeira, e a última estrofe possuem 4 versos. A segunda e a terceira estrofe possuem 12 versos.

04 – Ao ler o texto você percebeu som parecido nas palavras? Escreva essas palavras abaixo:
Jeito/direito
Também/alguém/tem/bem/têm
Viagem/garagem
Diferente/gente
Falo/calo
Penso/faço
Estou/sou

05 – Releia os versos abaixo:
“Eu às vezes não entendo!
As pessoas têm um jeito
De falar de todo mundo
Que não deve ser direito”.
Como você acha que a pessoa que fala no poema está se sentindo? Por quê?
      Ela não concorda com certas atitudes que as pessoas têm em falar de todo mundo. Ela não acha direito falar mal dos outros, pois cada um deve ser respeitado naquilo que é não por aquilo que possui.

06 – Observe o traço que inicia os versos 5,7 e 9. O que ele indica?
a) ele indica a fala da pessoa que fala no poema.
b) ele indica as falas de outras pessoas que comentam dos outros.

07 – Sua tarefa agora é encontrar palavras que tenha o mesmo som das palavras destacadas nos versos a seguir e escrevê-las nos espaços em branco. Peça a ajuda do seu colega!
a)”As pessoas têm um jeito”._________________ resposta pessoal
b)”Eu sou mesmo quem eu sou”.______________ resposta pessoal
c)”Que isso não está bem”. __________________ resposta pessoal
d)”Que chegou de uma viagem”.______________  resposta pessoal
e)”lembrasse do que eu falo”._________________ resposta pessoal
f)”de falar de todo mundo.”__________________   resposta pessoal

08 – Quem é Pedro Bandeira?
      Pedro Bandeira nasceu em Santos, no estado de São Paulo, em 1942. Além de escritor, é jornalista e publicitário.