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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

POEMA: RITUAL - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: Ritual 

        Carlos Queiroz Telles

Este corpo que agora me veste
ainda é casca
e casulo
de um outro bicho
que cresce.

Esta capa que me acompanha
desde os tempos
de criança
desce inútil aos meus pés.

Sou a ponte
que me liga.



Sou o gesto
que me une.

Sol e lua,
Noite e dia.

Sou o fui
e o serei.

Este tempo
que me guarda
para um outro
amanhecer
é lembrança e
é promessa,
recordação e
esperança,
morte e vida
enoveladas
na meada
das mudanças.

Carlos Queiroz Telles.  Sementes de sol. São Paulo: Moderna, 1992. p. 36-7.

Entendendo o poema:
01 – Leia estas afirmações:
l. Quanto às ideias que apresenta, esse texto pode ser dividido em duas partes.
II. A 1ª parte reúne as estrofes 1 e 2 e trata das transformações físicas do eu lírico.
III. A 2ª parte é formada apenas pela última estrofe, que trata da identidade do eu lírico em um momento de mudanças.
IV. Na 1ª parte, o eu lírico compara-se a um animal em transformação. Com base nessas afirmações, pode-se concluir que
A) apenas a III está correta.
B) III e IV estão corretas.
C) II e III estão corretas.
D) I, II e IV estão corretas.

02 – Na 2ª estrofe, o eu lírico faz referência a uma capa, que “desce inútil” a seus pés, como se ele estivesse se despindo de uma “roupa” que o acompanhara por longo tempo. De que tipo de roupa ele estaria se desfazendo?
A) Da “roupa” (ou do papel) de criança.
B) Dos sentimentos contraditórios.
C) Das mudanças.
D) Das recordações.

03 – Ao comparar-se a um animal em transformação, na 2ª parte do texto, o eu lírico tenta definir a si mesmo, fazendo uso de linguagem figurada. Nos versos “Sou o fui / e o serei”, os verbos destacados são substantivados. Que substantivos podem substituir esses verbos sem que haja mudança de sentido?
A) Passado e futuro.
B) Recordação e esperança.
C) Mudanças e lembrança.
D) Tempo e promessa.

04 – A que ritual se refere o texto?
a) A transformação da lagarta em outro animal.
b) O nascimento de uma criança
c) A adolescência, passagem da infância para a idade adulta.
d) A cerimônia de passagem da vida para a morte.
e) A passagem da infância para a adolescência.

05 – O poema é escrito na primeira pessoa: “Este corpo que me veste...  Esta capa que me acompanha... desce inútil dos meus pés... Sou a ponte... Sou o gesto...” Quem é o EU do poema?
a) Um ou uma adolescente
b) Lagarta.
c) Um adulto.
d) Uma criança.
e) Um ou uma pessoa idosa.

06 – O poema fala de um tempo que é ao mesmo tempo sol e lua, noite e dia, morte e vida.  Por que esse tempo de que fala o poema é um tempo de opostos, de contrários?
a) Porque o tempo urge, tudo passa.
b) Porque as lembranças o tempo não apaga.
c) Porque é um tempo de mudanças.
d) Porque o tempo é surpreendente com as pessoas.
e) Porque é um tempo de sentimentos confusos.









segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

POEMA: BOLETIM - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: Boletim 
                     Carlos Queiroz Telles

Chega uma hora
em que não dá mais
pra gente fugir do assunto.
Meio mundo da família,
pai e mãe, irmão e tia,
com olhares de cobrança,
pedem o troco da esperança
que jogaram sobre nós.

E então começa a guerra
É a equação conjugada
em português matemático
são matérias inexatas
e ciências desumanas



É a cara da professora
que brigou com o namorado.
São as noites mal dormidas
de estudo ou de medo.
É o tormento renovado
do semestre que se acaba
ou do ano que termina.

Tempo de unha roída
de culpa e de sofrimento.
Coração sempre apertado,
dias com dor de barriga,
noites com falta de ar.

A vida fica um sufoco
até a hora temida
em que a angústia vira nota.
Amanhã...hoje...agora!
O olhar sabe de cor
onde o nome está na lista.
E então...lá vamos nós
com a cara e a covardia.

Um, dois, três...não acredito!
Aquela nota é um oito!
Não é possível meu Deus!
É possível! É possível!
Aquele oito sou eu.

Entendendo o poema:

01 – Separe das palavras abaixo os antônimos, formando pares.
Felicidade, coragem, encorajador, tomento, covardia, exata, devolução, inexata, cobrança, temido.
      Felicidade, tormento.
      Coragem, covardia.
      Encorajador, temido.
      Exata, inexata.
      Devolução, cobrança.

02 – Empregue adjetivos equivalentes às locuções adjetivas:
a) É o tormento do semestre = Semestral.
b) É o perímetro de cidade = Urbano.
c) É um amor de mãe = Maternal.
d) É a prova do bimestre = Bimestral.
e) É a mesma faixa de idade = Faixa etária.
f) É o globo do olho = Ocular.

03 – Empregue adequadamente a vírgula.
Meio mundo da família,
Pai e mãe, irmão e tia,
Com olhares de cobrança,
Pedem o troco da esperança
Que jogaram sobre nós.

04 – O verso “com cara e a covardia” lembra uma expressão muito usada mas, o poeta fez uma troca dessa expressão por outras palavras. Por que o poeta fez essa troca?
      É “com a cara e a coragem”. Ele trocou as palavras tentando dizer que é covarde, não tem coragem.

05 – Quem escreveu o poema Boletim?
      Carlos Queiroz Telles.

06 – Quem é o narrador do texto?
      O narrador é o eu- poético (pessoa que fala no texto).

07 – De que o assunto os estudantes não podem fugir?
      Os estudantes não podem fugir do boletim, isto é, das notas.

08 – Em que época o sofrimento do estudante é maior?
      No final do semestre e final do ano.

09 – O que os membros da família esperam do estudante?
      Esperam que ele consiga boas notas.

10 – Que palavra o autor usa para demonstrar a luta do estudante pela nota? Você acha a palavra adequada?
      Guerra. Sim, porque o estudante tem de enfrentar uma verdadeira batalha para conseguir boas notas.

11 – Explique com que intensão o autor combina estas palavras: “equação conjugada” e “português matemático”.
      Ele mistura assuntos da duas matérias para dizer que tudo fica muito confuso na “cabeça dos alunos”.

12 – Veja o que o autor diz em lugar de matérias exatas e ciências humanas. Por que ele faz isso?
      Quer dizer que nem sempre consegue resultados exatos em seus cálculos. As ciências são desumanas porque exigem esforço exagerados de sua parte.

13 – Explique os versos: “A vida fica um sufoco / até a hora temida / em que a angústia vira nota”.
      Resposta pessoal do aluno.
14 – O poema apresenta fatos e sentimentos da vida de um aluno. Parecem com os seus?
      Resposta pessoal do aluno.




quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

POEMA: DRAMA - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: Drama
         
        Carlos Queiroz Telles

Eu sei que ela é como eu.
Afinal, a gente se conhece
desde o dia em que nasceu.
Pai vizinho, mãe comadre,
mesma rua, mesma infância,
mesma turma, mesma escola.

Eu sei que ela é como eu.
Brinquedos e jogos iguais,
passeios de bicicleta,
aventuras de quarteirão.
Repartidas descobertas,
segredos a quatro mãos.



Eu sei que ela é como eu.
E sei também, por saber
de ideia e de coração,
que por mais que ela disfarce
gosta de mim pra valer,
não como amiga ou irmã.

Então por que (eu pergunto)
faz de conta não querer
ser a minha namorada?

Sendo assim tão como eu
não é justo me trocar
por um idiota grandão,
só porque eu não sou mais velho
do que a nossa emoção.

                 Carlos Queiroz Telles. Sonhos, grilos e paixões. São Paulo, Moderna, 1990. p. 55.

Entendendo o poema: 
01 – Sobre o que fala o poema?
      Fala sobre um “amor” que o eu lírico tem.

02 – Quantos anos você acha que tem o eu-lírico (a voz que fala no poema)? Justifique.
      O poema não diz a idade, mas provavelmente é um pré-adolescente (10 – 12 anos), pelo que o eu lírico relata nos versos: “Brinquedos e jogos iguais, / Passeios de bicicleta, / Aventuras de quarteirão”.

03 – Que frase é repetida em várias estrofes? Por que você acha que isso acontece?
      A frase é: “Eu sei que ela é como eu”. Porque o eu lírico enfatiza conhece-la muito bem, até seus sentimentos.

04 – Os personagens do poema são namorados? Como você percebeu?
      Não são namorados. Nos versos abaixo fica claro que não são namorados: “Então por que (eu pergunto) / Faz de conta não querer / Ser a minha namorada?”

05 – Você já gostou de alguém que não gostava de você? Como se sentiu?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – A pessoa sabia de seu sentimento?
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Que conselho você daria para o menino do poema?
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Coloque-se no lugar deste menino e escreva uma carta de amor tentando conquistar o coração da garota amada. Ilustre-a com capricho.
      Resposta pessoal do aluno.



domingo, 6 de janeiro de 2019

POEMA: INSEGURANÇA MÁXIMA - CARLOS QUEIROS TELLES - COM GABARITO

Poema: Insegurança Máxima         


Ser ou não ser,

Ter ou não ter,

Comer ou não comer,
Beber ou não beber,

Viajar ou não viajar,
Beijar ou não beijar,

Vestir ou não vestir,
Sair ou não sair,

Amar ou odiar,
Dormir ou acordar,
Brigar ou namorar,
Passear ou estudar,
Aceitar ou protestar
Afinar ou encarar,
As grandes dúvidas desta vida:

Será que eu sei o que eu sou?
Será que eu sei o que eu quero?
Será que eu sei o que eu sinto?

Será que essa cuca confusa
Cheia de isso ou aquilos...
Será...
Será que isso sou eu?

 Carlos Queiros Telles. Semente de sol, 2. ed. São Paulo: Moderno, 2003. Coleção Girassol.

Entendendo o poema:
01 – Considerando o título e as ideias gerais do poema, responda:
a)   Quem é o eu lírico: uma criança, um adolescente ou um adulto?
Provavelmente um adolescente.

b)   Como o eu lírico do poema se sente? Indique um verso que justifique sua resposta.
Ele se sente confuso em relação às coisas da vida, como comprova o verso “Será que essa cuca confusa”.

02 – Observe os versos deste trecho do poema:
“Amar ou odiar,
Dormir ou acordar,
Brigar ou namorar,
Passear ou estudar,
Aceitar ou protestar.”

Como se nota, o poema é quase inteiramente construído de pares de verbos (ou orações) e de uma conjunção que se repete várias vezes.

a)   O que os verbos desse trecho exprimem no plano da vida do eu lírico?
Exprimem ações e escolhas que ele tem de realizar na vida.

b)   Que tipo de relação existe entre os verbos de cada um dos versos do trecho acima?
Há uma relação de oposição de ideias entre os verbos.

c)   Qual é a conjunção que liga esses verbos ou orações?
A conjunção ou.

d)   Indique entre os itens a seguir aqueles que traduzem o sentido da conjunção que se repete no poema.
Alternância            exclusão            adição
Explicação           oposição            dúvida, incerteza.

03 – O eu lírico faz referência às “grandes dúvidas desta vida”. Quais são essas dúvidas?
      De acordo com o verso “Será que eu sei o que sou” e os dois seguintes, as dúvidas são: o que ele é, o que quer e o que sente.

04 – Releia os quatro últimos versos do poema. De acordo com o último verso, o que o eu lírico busca?
a)   Sua liberdade.
b)   Sua identidade.
c)   Um futuro promissor.
d)   Um amor.

05 – O poema intitula-se “Insegurança máxima”.
a)   Que relação existe entre o título do poema e a busca do eu lírico?
Ele se sente inseguro quanto à sua identidade, quanto ao que pretende ser.

b)   Conclua: Que importância tem a conjunção ou para a construção da ideia do conflito existencial em que se encontra o eu lírico?
Ao mesmo tempo que reforça a ideia da incerteza vivida pelo eu lírico, a conjunção ou dá a entender que a vida nos obriga a fazer escolhas, opções, já que é impossível conciliar todos os nossos desejos.

06 – O eu lírico, em sua trajetória de vida, precisa optar por algumas coisas e abrir mão de outras. Você acha que o ser humano, para crescer e amadurecer, precisa necessariamente abrir mão de algumas coisas? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Através do texto é uma boa oportunidade para resolver alguma situação que possa estar vivendo.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

POEMA: ELOQUÊNCIA - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM GABARITO

Poema: Eloquência
           Carlos Queiroz Telles
                            
Falar em público?
Eu?
Fazer um discurso?
Eu?
Nem pensar...


Podem procurar
Outro otário
Para saudar
A professora
Pelo seu aniversário.

Nem duas, nem uma,
Nem meia palavra!
Façam de conta
Que eu sou gago
Ou que sou mudo!

E não me venham
Com essa conversa
Que mais parece chantagem...
Eu não vou ser aprovado
Só por causa dessa bobagem!

Ou será?
Pensando bem...
Não custa nada tentar:

Senhora Dona Maristela,
Nossa mestra mais querida!
Estamos aqui reunidos
Para uma sincera homenagem
... e blá e blá e blá-blá-blá!
                                       Carlos Queiroz Telles. Sementes de sol.
                                                            São Paulo: Moderna, 1992.
 Entendendo o poema: 
01 – O que significa Eloquência?
      A arte de falar bem e persuasivamente.

02 – Por que o aluno não queria fazer discurso em homenagem a professora?
      Porque ele tinha vergonha de falar em público.

03 – Qual o pretexto que ele queria usar, para não ter que falar?
      Que era gago ou mudo.

04 – De acordo com o texto, o que falaram a ele para tentar convencê-lo. Qual foi sua resposta? Copie do texto.
      “E não me venham
       Com essa conversa
       Que mais parece chantagem...
       Eu não vou ser aprovado
       Só por causa dessa bobagem!”

05 – Por que ele resolveu falar, depois da proposta dos colegas?
      Porque ele ia conseguir melhorar as suas notas que não eram muito boas.

06 – Copie do texto, como ele começou o seu discurso?
      “Senhora Dona Maristela,
       Nossa mestra mais querida!”

07 – Quem é o autor do texto?
      Carlos Queiroz Telles.

08 – Dê onde esse texto foi retirado?
      De Sementes do Sol.

09 – Que comemoração estavam preparando para a professora Maristela?
      Era aniversário da professora.

10 – Quantas estrofes possui o poema? E quantos versos possui?
      Possui 06 estrofes. E 28 versos.





sexta-feira, 8 de junho de 2018

POEMA: SALADA MISTA - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM GABARITO

Poema: Salada mista
           Carlos Queiroz Telles


Bem...
Eu sei que é difícil,
mas vou tentar explicar.

Eu sou
filho primogênito
e tenho dois irmãos mais velhos.
Eu também
sou o caçula
tendo dois irmãos mais novos.


Do meu pai
sou o mais velho.
Da minha mãe
sou o mais moço.

Por parte de mãe
sou o irmão dos dois mais velhos.
Por parte de pai
sou o irmão dos dois pequenos.

Juntando todas as partes
eu tenho quatro irmãos
e sou o filho do meio.

Se ainda não deu para entender
eu vou explicar melhor.

Minha mãe
tinha dois filhos
quando se casou com meu pai
e meu pai teve dois filhos
depois que se separou
da mãe de meus irmãos maiores
e se casou com a mãe
dos meus pequenos irmãos.

Ao todo, nesta salada
de amor e confusão,
cabem dois pais, duas mães
e cinco queridos irmãos!

Cada um com seu lugar
Dentro do meu coração...
                              Carlos Queiroz Telles. Sementes de sol.
                           4. ed. São Paulo: Moderna, 1992, p. 26-7.
Entendendo o poema: 

01 – O que você acredita que seja "primogênito"?
(   ) O filho mais novo.
(X) O filho mais velho.
(   ) O primo.

02 – O que significa a palavra "caçula":
(X) O filho mais novo.
(   ) O filho mais velho.
(   ) Um amigo.

03 – De acordo com o texto, as palavras primogênito e caçula significam:
(   ) São sinônimos.
(X) São antônimos.

04 – Quem é o narrador do texto Salada mista?
(   ) É uma menina.
(X) É um menino.
(   ) É um adulto.

05 – Podemos afirmar que o texto Salada mista é:
(   ) Uma anedota.
(X) Um poema.
(   ) Uma narrativa.

06 – O texto é organizado em estrofes. Qual é o total de estrofes?
(   ) Oito.
(X) Nove.
(   ) Dez.

07 – Descreva como é a família do menino do texto.
      Resposta pessoal do aluno.

08 – E sua família? Faça a descrição.
      Resposta pessoal do aluno.

09 – O que o poeta-narrador do texto disse a você?
      Ele se dirigiu ao leitor tentando explicar a “salada” de parentes, mas conclui que ama a todos.

10 – Que recursos poéticos foram usados nesse texto que o caracterizam como poema?
      Há estrofes, versos e ritmo.

11 – O que você diria ao poeta-narrador?
      Resposta pessoal do aluno.