domingo, 15 de agosto de 2021

FILME(ATIVIDADES) - O MENINO QUE DESCOBRIU O VENTO - WILLIAM KAMKWAMBA E BRYAN MEALER - COM GABARITO

        FILME(ATIVIDADES: O Menino que Descobriu o Vento | Resenha Crítica


Baseado no livro escrito por William Kamkwamba e Bryan Mealer, O Menino que Descobriu o Vento, filme dirigido e roteirizado por Chiwetel Ejiofor, nos conta uma daquelas histórias inspiradoras, de pessoas que venceram grandes adversidades e conseguiram transformar, de maneira positiva, não só a sua realidade, como também a das pessoas ao seu redor. 

O roteiro do filme se passa numa pequena aldeia africana, cujos habitantes tiram a sua subsistência da agricultura. Quando a colheita não se revela suficiente para prover o sustento de todos, devido às mudanças climáticas na região, o povoado passa a sofrer com problemas de ordem econômica, de cunho político e também social, na medida em que as famílias têm que conviver com a fome e, consequentemente, com a violência.

O Menino que Descobriu o Vento enfoca, particularmente, a família Kamkwamba, cujo patriarca, Trywell (Chiwetel Ejiofor), além de possuir uma ética pessoal admirável, deseja algo melhor para seus filhos, tendo investido pesado na educação deles. Quando vê a luta de seu pai para vencer a crise pela qual o povoado passa, William (Maxwell Simba) decide colocar em prática uma ideia que ele teve quando passava o tempo lendo livros na biblioteca da escola na qual ele estudava (e que teve que abandonar devido ao fato do pai não ter mais condições de bancar seus estudos): construir uma torre de energia eólica, de forma a poder consertar uma bomba de água e gerar o que faltava para que a plantação dos grãos da aldeia pudesse germinar.

Assim, temos a grande beleza por trás da mensagem contida em O Menino que Descobriu o Vento. Na medida em que as estações passam e as dificuldades se apresentam, a saída que a aldeia encontra vem justamente do poder transformador da educação, a qual tem a capacidade de modificar realidades e de criar oportunidades. Sem dúvida, a história de William tem muito a nos ensinar. E o diretor estreante Chiwetel Ejiofor conseguiu extrair o máximo da história que desejava contar.

 Entendendo o filme

01 – O filme “O menino que descobriu o vento “expõe fortes questões sociais, quais são elas?

      Desigualdade social, violência, fome, autoritarismo, corrupção política e social.

02 – Comente a importância da escola e do conhecimento na vida do pequeno William Kamkuamba. Faça um paralelo com os dias atuais.

      Foi através dos estudos que William mudou a vida de toda uma aldeia. Infelizmente atualmente procura-se quem quer estudar, pois há uma desvalorização da educação pelos governantes.

03 – Exemplifique com cenas do filme as seguintes afirmações:

- A oportunidade está em todo lugar (Resposta pessoal)

      Sugestão: “...no momento em que William e seu amigo iam quebrar a bicicleta do professor que namorava sua irmã, percebeu que se pedalasse a bicicleta a lâmpada acendia...”

- Arriscar-se é uma questão de sobrevivência (Resposta pessoal)

      Sugestão: “...quando o pai de William deixa ele pegar a bicicleta e cortá-la para fazer o moinho de vento...”

- Força de vontade amplia as chances de sucesso (Resposta pessoal)

      Sugestão: “...a persistência, mesmo diante das dificuldades em montar o moinho com peças de sucatas...”

- Não se pode desencorajar por uma resposta negativa (Resposta pessoal)

      Sugestão: “...mesmo diante do não de seu pai, ele não desistiu de montar o moinho...”

- Recursos importam mas determinação supera qualquer obstáculo (Resposta pessoal)

      “...com sucatas ele monta o moinho de vento...”

04 – O que mais chamou sua atenção no filme? Justifique sua escolha.

      Resposta pessoal do aluno.

05 – O filme conta a história do menino que em meio às tantas dificuldades da vida encontrou uma solução para os problemas da família e da comunidade. Qual moral a história deixa para nós telespectadores?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestões:

      “Deus é como o vento que tudo toca.”

      “Pelos frutos conheceremos a árvore.”

      “Se não arriscar, não saberá como vai ser.”

 

06 – Escolha uma sequência protagonizada pelo personagem principal do filme, analise e explique qual a sua motivação dramática. O que sua motivação tem a ver com o tema do filme?

·        A princípio o William consertava o rádio das pessoas da aldeia;

·        Depois foi para a escola de ensino médio;

·        Por falta de pagamento das mensalidades, foi expulso da escola;

·        Estudava na biblioteca escondido do diretor;

·        Devido a fatores climáticos, primeiro a inundação e depois a seca, o povo da aldeia começa a passar fome;

·        O chefe da aldeia por discursar a favor de seu povo, apanha dos seguranças do presidente e vem a falecer;

·        Ele descobre que com o dínamo ele poderia montar o moinho de vento;

·        Faz uma pequena réplica junto com seus amigos, e ela funciona;

·        Apresenta essa réplica para seu pai, o qual não acredita que pode dar certo e quebra-a;

·        Diante da fome que o povoado passava a mãe de William conversa com seu marido sobre todas as perdas que já teve e o leva a refletir sobre suas atitudes em não aceitar as ideias do filho;

·        Finalmente aceita que o William corte sua bicicleta para fazer o moinho de vento;

·        Todos do povoado ajudam a William a fazer o moinho de vento e ele jorra água.

      

07 – Explique qual a motivação dramática do protagonista?

      A fome do povo de sua aldeia, devida a seca.

08 – Qual é o cenário do filme?

      O cenário é uma pequena aldeia africana Malawi, cujos habitantes tiram a sua subsistência da agricultura.

09 – O filme nos faz questionar o porquê de o sistema de ensino ser tão injusto. Que trecho do filme mostra isso?

    O menino é expulso da escola por não conseguir pagar as mensalidades.

10 – Segundo o texto, qual foi a causa da seca no Malawi? Quais as consequências disso?

     A causa são as mudanças climáticas na região, o povoado passa a sofrer com problemas de ordem econômica, de cunho político e também social. A medida em que as famílias têm que conviver com a fome e, consequentemente, a violência.

11 – Para o protagonista do filme, qual era a única oportunidade de mudar de vida?

    Indo para a escola.

12 – Qual foi a atitude do menino quando ele não pode mais ir para a escola?

      Ele decide aprender sozinho. Em uma pequena biblioteca local, aprende sobre engenharia e energia eólica.

13 – O que o menino fez que mudou a vida dos moradores de sua aldeia?

     Ele constrói um sistema de moinho e de bombeamento de água que transforma a vida dos moradores de sua aldeia.

14 – Segundo os relatos do menino, qual é a causa das mudanças climáticas no Malawi?

       O desmatamento.

15 – Copie o trecho do texto que mostra que o desmatamento ocorre muitas vezes para suprir a necessidade de sobrevivência.

     Na maioria dos países da África Subsaariana, mais de 90% das pessoas estão sem eletricidade e usam lenha para cozinhar e se aquecer.

     No Malawi, esse número é ainda maior.

16 – Por que o protagonista se interessou pelos moinhos de vento?

      Porque eles eram usados para bombear água e gerar energia.

17 – Como o protagonista construiu seu primeiro moinho de vento?

      Com sucata de metal como peças antigas de bicicletas e tratores.

18 – Qual era a função do primeiro moinho de vento que William construiu para sua comunidade?

      Alimentava quatro lâmpadas e bombeava água para irrigação.

19 – O que mais chamou sua atenção no filme? Justifique sua escolha.

       Resposta pessoal.

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https://atividadesdiversasclaudia.blogspot.com/2019/07/atividade-interdisciplinar-de-geografia.html

 

sábado, 14 de agosto de 2021

ROMANCE(FRAGMENTO): ESAÚ E JACÓ - MACHADO DE ASSIS - ATIVIDADES SOBRE DÍGRAFOS/ENCONTRO CONSONANTAIS - COM GABARITO

 ROMANCE(FRAGMENTO): ESAÚ E JACÓ

                                         Machado de Assis:

Um dos meus propósitos neste livro é não lhe pôr lágrimas. Entretanto, não posso calar as duas que rebentaram certa vez dos olhos de Natividade, depois de uma rixa dos pequenos. Apenas duas, e foram morrer-lhe aos cantos da boca. Tão depressa as verteu como as engoliu, renovando às avessas e por palavras mudas o fecho daquelas histórias de crianças: “entrou por uma porta, saiu pela outra, manda el-rei nosso senhor, que nos conte outra”. E a segunda criança contava a segunda história, a terceira a terceira, a quarta, a quarta, até que vinha o fastio ou o sono. [...]

Machado de Assis. Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Entendendo o texto

1) Você já ouviu a expressão “Entrou por uma porta, saiu pela outra, quem puder que conte outra”? Em caso positivo, em que situação você a ouviu? O que ela significa?

Resposta pessoal. Significa que, ao acabar de ouvir uma história, pode-se contar outra e mais outra e, assim, sucessivamente.

2) Em quais palavras do trecho destacado no fragmento há ocorrência de encontro consonantal? Escreva-as nas linhas a seguir.

Há encontro consonantal nas palavras: entrou e outra.

3) Em qual outra palavra do texto ocorre o mesmo encontro consonantal das palavras mencionadas na questão 2? Registre-a.

Entretanto.

A ideia é que os alunos releiam o fragmento e encontrem exemplos de ocorrências de encontros consonantais formados pelas mesmas consoantes verificadas nas palavras “entrou e outra”. Você pode ampliar a atividade pedindo que, conjuntamente, listem todas as ocorrências em sala.

4) Em quais palavras do trecho destacado no fragmento há ocorrência de dígrafo? Escreva-as nas linhas a seguir.

Há dígrafos nas palavras: entrou; manda; nosso; senhor; que e conte.

5) Em quais outras palavras do texto há ocorrência de dígrafos como os encontrados nas palavras mencionadas no item d? Registre-as:

Há ocorrência de dígrafos semelhantes nas palavras: entretanto; posso; rebentaram; pequenos; cantos; depressa; engoliu; renovando; avessas; daquelas; crianças; contava e vinha.

QUADRO/TELA: PINTURAS RUPESTRES EM TASSILI N'AJIER- ARGÉLIA - COM GABARITO

 Observe a imagem a seguir:

 
Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivl7F9XHbFlJU2Mf78Jd9QT-MTknQ9mg3JuHn7h8LJaWUfJ0y2JbnB4jU_O1tvq5ClHSmXl2FJ3WyExad8lCQ1znayb8IWUtbjd3f7KuDxPrBVbh9I7bSQv1msZE3dO-7Ag0b4dC5Tjwc/s956/rupestes.png

Pinturas rupestres em Tassili N’Ajjer, Argélia.

Pichugin Dmitry/Shutterstock.com/ID/BR

 

1.Todas as alternativas apresentam informações corretas, exceto em:

 a) A necessidade de comunicação é algo que faz parte da natureza humana e que a acompanha desde os tempos mais remotos, como comprova a imagem.

b) Registros como os da imagem servem para compreendermos como era a rotina dos nossos ancestrais nos primórdios da civilização.

c) A imagem comprova que a linguagem verbal já estava presente nessa época da história da humanidade.

d) A imagem retratada pode indicar atividade de caça ou de pastoreio.

e) A imagem comprova que a linguagem não verbal estava presente nessa época da história da humanidade.



POEMA(FRAGMENTO): MORTE E VIDA SEVERINA - JOÃO CABRAL DE MELO NETO - COM GABARITO

 POEMA(FRAGMENTO): MORTE E VIDA SEVERINA

                                       João Cabral de Melo Neto

 

O retirante explica ao leitor quem é e a que vai

– O meu nome é Severino,

como não tenho outro de pia.

Como há muitos Severinos,

que é santo de romaria,

deram então de me chamar

Severino de Maria

como há muitos Severinos

com mães chamadas Maria,

fiquei sendo o da Maria

do finado Zacarias.

João Cabral de Melo Neto. Morte e vida severina. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2007.

 

Entendendo o texto

1.   De que se trata o poema?

Narra a trajetória de um migrante nordestino em busca de condições melhores de vida no litoral.

2.   No segundo verso, o poeta usa a expressão “de pia” para se referir a qual substantivo?

         Refere-se ao substantivo “nome”, oculto no segundo verso, porém apreensível pelo contexto.

3.   De acordo com o contexto, qual é efeito de sentido causado pelo uso dessa expressão em relação ao substantivo ao qual se refere?

         Essa expressão acrescenta uma característica ao substantivo “nome” e, no contexto, refere-se ao nome de batismo do eu lírico.

4.   Considerando a resposta dada em b, reescreva o segundo verso da estrofe substituindo a expressão por um adjetivo e por uma locução adjetiva de mesmo valor semântico:

         Resposta pessoal. Dentre as possibilidades, podem ser citadas: “como não tenho outro de batismo”, “como não tenho outro batismal”.

 

POEMA(FRAGMENTO): AUTOPSICOGRAFIA - FERNANDO PESSOA - COM GABARITO

 POEMA(FRAGMENTO): AUTOPSICOGRAFIA

               

                         Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

 

Fernando Pessoa. Autopsicografia.

Em: Fernando Pessoa: obra poética. Rio de Janeiro:

Cia. José Aguilar Editora, 1972. p. 164.

Entendendo o texto

1) O termo “fingidor” no primeiro verso pode ser classificado como:

( ) forma nominal ( ) substantivo (x ) adjetivo

Por quê?

O termo “fingidor” é nesse verso um substantivo porque tem a função de nomear um ser que finge, no contexto, indeterminado pelo artigo indefinido.

2) Reescreva o primeiro verso do poema substituindo o termo “fingidor” por uma forma nominal do verbo “fingir” compatível com a estrutura gramatical do verso:

O poeta é um fingido.

3) Há diferença de sentido entre o verso construído na questão 2 e o original do poema? Justifique sua resposta.

Sim, pois o substantivo “fingidor” designa, por definição, uma pessoa que pratica a ação de fingir, ao passo que a forma nominal “fingido”, com valor de adjetivo no contexto, designa apenas uma característica do poeta e não concretamente algo que ele faz.

4) A quem se refere o verbo “fingir” no segundo verso e em qual tempo e o modo ele está conjugado?

O verbo fingir se refere a “poeta” e está conjugado no presente do indicativo.

5) Como o tempo verbal empregado no verbo “fingir” contribui com a construção da imagem dos poetas proposta pelo eu lírico do poema?

Ao usar o presente do indicativo para se referir à ação de “fingir”, supostamente praticada pelos poetas, o eu lírico atribui um modo de ser a eles, definindo permanentemente o caráter dos poetas em sua visão.

6) O termo “fingir” no terceiro verso do poema pode ser classificado como:

(x ) forma nominal ( ) substantivo ( ) verbo conjugado

Por quê?

Trata-se de uma forma nominal (infinitivo), pois o verbo fingir nessa ocasião não indica nenhum tipo de flexão ou modo e é empregado única e exclusivamente para designar uma ação.

NOTÍCIA(FRAGMENTO): ENTRETENIMENTO - REVISTA VEJA - COM GABARITO

 NOTÍCIA(FRAGMENTO): ENTRETENIMENTO

                                      Revista Veja

 Um abraço de mãe e filho, ele no colo dela. Há tamanha ternura na cena, rodada no quarto de uma chácara em Amparo, interior de São Paulo, que ela é capaz de tirar um sorriso do rosto concentrado de Carlo Milani, diretor de O Escaravelho do Diabo, adaptação do livro de Lúcia Machado de Almeida que ganha as telas de cinema até o final deste ano. Clássico da literatura infantojuvenil, o livro lançado originalmente em 1972 ganha uma versão cinematográfica depois de comprovar o sucesso ao longo de mais de quatro décadas e 27 edições [...].

 ‘O Escaravelho do Diabo’, clássico infantojuvenil, vira filme. Veja (on-line), 16 fev. 2015. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/

noticia/entretenimento/o-escaravelho-do-diabo-classico-infantojuvenil-vira-filme>. Acesso em: 14 abr. 2015.

Entendendo o texto

                    

1) Pelo trecho é possível afirmar que o assunto central da notícia é:

(  ) Adaptação de um filme para uma obra literária.

(x ) Adaptação de uma obra literária para o cinema.

(  ) A literatura infantojuvenil.

(  ) O sucesso de vendas de uma obra literária.

 2) O que o adjetivo “clássico” acrescenta ao fato noticiado?

O adjetivo “clássico” acrescenta uma particularidade ao substantivo “livro”, que no contexto se refere especificamente à obra literária O escaravelho do Diabo. Nessa ocasião, o termo clássico se refere ao caráter de êxito da obra, que se tornou famosa e teve um grande número de edições.

 3) Por meio de qual termo conseguimos identificar a faixa etária à qual se destina a obra O escaravelho do Diabo?

Através do termo infantojuvenil.

 4) No contexto, a que classe gramatical pertence esse termo? Justifique sua resposta.

Pertence à classe dos adjetivos, pois caracteriza/especifica o substantivo “literatura”.

 5) Embora os verbos estejam conjugados prioritariamente no presente do indicativo, a notícia refere-se a um fato que ainda vai acontecer. Considerando as particularidades desse gênero textual, como é possível justificarmos o presente do indicativo nesse caso?

No caso das notícias, o uso dos verbos no presente do indicativo para se referir a fatos que ainda vão acontecer ou a fatos que já aconteceram é um recurso empregado para expressar ao leitor a ideia de atualidade.

CONTO(FRAGMENTO): CINDERELA( OU O SAPATINHO DE VIDRO) - TRAD. MARIA LUIZA X. DE A.BORGES - COM GABARITO

 CONTO(FRAGMENTO): CINDERELA (ou O sapatinho de vidro)


Era uma vez um fidalgo que se casou em segundas núpcias com a mulher mais arrogante e mais orgulhosa que já se viu. Ela tinha duas filhas de temperamento igual ao seu, sem tirar nem pôr.

O marido, por seu lado, tinha uma filha que era uma pessoa extremamente doce. Nisso, saíra-se à mãe, que tinha sido a melhor criatura do mundo.

Assim que o casamento foi celebrado, a madrasta começou a mostrar seu mau gênio, encarregando a enteada dos serviços mais grosseiros da casa. [...]

Cinderela ou O sapatinho de vidro. Em: Contos de fadas, de Perrault, Grimm, Andersen & outros.

Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. p. 19.

Entendendo o texto

1) Os termos “segundas” e “duas” destacados no primeiro parágrafo do fragmento podem ser classificados como:

(  ) substantivos

(  ) adjetivos

( X) numerais

Por quê?

Os termos “segundas” e “duas” podem ser classificados como numerais, pois expressam quantidades numéricas no contexto em que são utilizados, isto é, no caso, “segundas” indica a quantidade de vezes que o fidalgo havia se casado e “duas” indica a quantidade de filhas que a esposa do fidalgo tinha.

2) O termo “uma” destacado no segundo parágrafo pertence à mesma classe gramatical dos termos mencionados em a? Justifique sua resposta.

Sim, pois no contexto refere-se à quantidade de filhos que o fidalgo tinha.

3) O termo “doce” destacado no segundo parágrafo do fragmento pode ser classificado como:

(  ) substantivo

( X ) adjetivo

(  ) forma nominal

Por quê?

O termo “doce” pode ser classificado como adjetivo nesse contexto por se referir a um aspecto qualitativo referente à filha do fidalgo.

4) Os termos “arrogante” e “orgulhosa” no primeiro parágrafo podem ser considerados:

(  ) substantivos, pois caracterizam a esposa do fidalgo e as duas filhas dela.

(  ) substantivos, pois dão nome às características atribuídas à esposa do fidalgo e as duas filhas dela.

(X ) adjetivos, pois caracterizam a segunda esposa do fidalgo e as duas filhas dela.

( ) substantivos, pois dão nome às características atribuídas à esposa do fidalgo.

 

 

CARTAZ: CAMPANHA DE DOAÇÃO DE BRINQUEDOS - COM GABARITO

 Observe o cartaz de campanha de doação de brinquedos.

 

 Entendendo o texto

1) Por que “Doe um brinquedo e faça uma criança sorrir” expressa indeterminação tanto do brinquedo como da criança que o receberá?

Porque o uso do artigo indefinido “um” expressa que qualquer brinquedo poderá ser doado e que qualquer criança que o receber sorrirá.

2) Conclui-se, portanto, que a campanha:

( ) é bastante particularizada e específica.

(X ) é generalizada e abrangente.

3) Os termos que indicam características ou particularidades dos brinquedos solicitados são:

(X ) novos

(X ) usados

(X ) em bom estado de conservação

(X ) carentes

4) Por que essas particularidades são importantes nesse anúncio?

São importantes para que as pessoas saibam que tipos de brinquedos podem ser doados à campanha.

 




 

EPISÓDIOS DO PROGRAMA: NOSSA LÍNGUA - REDE CULTURA - (FRAGMENTO) - COM GABARITO

 EPISÓDIOS DO PROGRAMA: “Nossa Língua”, veiculado pela Rede Cultura:

(Fragmento)

No quinto episódio da temporada 2011 do “Nossa Língua”, veiculado pela Rede Cultura de televisão, Tininha é uma atendente de telemarketing que usa gerúndios a torto e a direito.

Felipe, um cliente que precisa consertar um aparelho eletrônico, irrita-se com frases como “o senhor gostaria de estar registrando uma reclamação”, “em que eu poderia estar ajudando o senhor”, “eu não vou poder estar ajudando”, “eu vou estar transferindo sua ligação” ou “eu vou poder estar repetindo as informações”.

Solange Martins. Uso do gerúndio. Disponível em:<http://tvcultura.cmais.com.br/nossalingua/socorro-lingua-portuguesa/uso-do-gerundio>.Acesso em: 13 abr. 2015.

ENTENDENDO O TEXTO

1) Do ponto de vista da construção verbal, por que Felipe se irrita com o modo de falar de Tininha? Justifique sua resposta com base no contexto apresentado.

Felipe irrita-se com o modo de falar de Tininha porque ela flexiona na forma nominal do gerúndio todos os verbos que indicam ação.

A construção verbal empregada pela atendente, conhecida como gerundismo, caracteriza-se por utilizar a forma nominal gerúndio para se referir a uma ação futura como se ela estivesse em processo no momento de sua ocorrência.

2) No contexto, por que o uso da flexão dos verbos empregada por Tininha é inadequada?

É inadequado porque o gerúndio deve ser usado para indicar ações que ocorrem no exato momento da fala e não para exprimir uma continuidade de uma ação que se realizará ou poderá se realizar no futuro.

3) Considerando as respostas anteriores, reescreva nas linhas a seguir as falas da personagem Tininha, tornando-as adequadas:

O senhor gostaria de deixar uma reclamação?/ Em que eu posso/poderia ajudá-lo?/ Eu não vou poder (ou eu não posso) ajudá-lo/ Vou transferir sua ligação./ Vou repetir (ou repetirei) as informações.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): NAQUELA MESA - SÉRGIO BITTENCOURT - COM GABARITO

 MÚSICA(Atividades): “Naquela mesa”

                                                    Elizeth Cardoso/Sérgio Bittencourt

Naquela mesa ele sentava sempre

E me dizia sempre o que é viver melhor

Naquela mesa ele contava histórias

Que hoje na memória eu guardo e sei de cor

Naquela mesa ele juntava gente

E contava contente o que fez de manhã

E nos seus olhos era tanto brilho

Que mais que seu filho

Eu fiquei seu fã

 

Eu não sabia que doía tanto uma mesa no canto

Uma casa um jardim se eu soubesse o quanto dói a vida

Essa dor tão doída não doía assim

Agora resta uma mesa na sala

Que hoje ninguém mais fala no seu bandolim

Naquela mesa tá faltando ele e a saudade dele

Tá doendo em mim

Sérgio Bittencourt. Naquela mesa. Interpretado por Elizeth Cardoso.

Em: Disco de ouro (LP), 1974.

Entendendo o texto

1.) Na estrofe da letra de canção, o pronome “naquela” é usado para enfatizar:

(  ) uma memória relativa a um objeto e a um espaço ocupados pelo eu lírico no passado.

(  ) a existência de um objeto que, apesar de estar no mesmo espaço em que está o eu lírico da canção, encontra-se fisicamente distante dele.

(X ) uma memória relativa a um objeto e a um espaço ocupados pela pessoa a quem o eu lírico se refere na canção.

2) De acordo com o contexto, quem é a pessoa recordada pelo eu lírico da estrofe da canção?

A pessoa recordada pelo eu lírico da canção é o pai.

3) Que pronome pessoal foi usado para se referir a essa pessoa? Classifique-o.

O pronome pessoal usado para referir-se à pessoa recordada é “ele”, pronome pessoal do caso reto.

 

CONTO(FRAGMENTO): A CARTEIRA - MACHADO DE ASSIS - COM GABARITO

 CONTO(Fragmento): “A carteira”        

     Machado de Assis

De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:

– Olhe, se não dá por ela; perdia-a de uma vez.

– É verdade, concordou Honório envergonhado.

Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer [...] um turbilhão perpétuo, uma voragem.

– Tu agora vais bem, não? – dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa.

– Agora vou – mentiu o Honório.

A verdade é que ia mal. [...]

Machado de Assis. A carteira. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/

DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1877>. Acesso em: 21 mar 2015.

Fonte da imagem - https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.fkvcalcados.com.br%2Fcarteira-em-couro-legitimo-completa-marrom---porta-cheque-plastico-documentos-e-porta-moeda-130m%2Fp&psig=AOvVaw031hQIwGtp2_E-oVJRPwLW&ust=1629047036173000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCPCr8KP_sPICFQAAAAAdAAAAABAD

Entendendo o texto

1) A quais nomes se referem os pronomes destacados no fragmento?

Os “-se”, os “o”, os “lhe” e o “tu” referem-se a Honório, os “-la”, o “ela” e o “-a” referem-se à carteira.

2) A quais pessoas do discurso os pronomes destacados se referem? Justifique a sua resposta.

Todos os pronomes à exceção de “tu” referem-se à terceira pessoa do discurso, pois indicam a quem o narrador se refere no excerto (“-se”, os “o” e o “lhe”) ou a que está se referindo (os “-la”, o “ela” e o “a”). O “tu” refere-se à segunda pessoa do discurso, pois corresponde a um pequeno excerto da narrativa em que outro personagem (Gustavo C) se dirige diretamente a Honório, ou seja, indica com quem se fala.

3) Reescreva o primeiro parágrafo do fragmento substituindo os pronomes “-se”, “o” e “lhe” por pronomes oblíquos correspondentes à primeira pessoa do singular. Para tanto, faça todas as alterações necessárias no fragmento para adequá-lo.

De repente, olhei para o chão e vi uma carteira. Abaixar-me, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém me viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e que, sem me conhecer, disse-me rindo/me disse rindo.

 

POEMA: O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA - MANOEL DE BARROS - COM GABARITO

 POEMA: O menino que carregava água na peneira

  Manoel de Barros

 

Tenho um livro sobre águas e meninos.

Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira

Era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água

O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.

Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.

Manoel de Barros. Poesia completa. São Paulo: Leya Brasil, 2010. p. 460.

Entendendo o texto

1) Como a primeira pessoa do discurso pode ser identificada no poema? Justifique sua resposta.

A primeira pessoa do discurso no poema corresponde ao pronome pessoal do caso reto “eu” e pode ser identificada nos dois primeiros versos do poema pela terminação dos verbos “ter” e “gostar”, que indicam a quem pertence a voz manifestada na composição.

2) Considerando o contexto do poema, é possível afirmar que “a mãe” no 3o, 5o e último versos se refere:

( x ) a uma pessoa de quem o eu lírico fala.

( ) a uma pessoa com quem o eu lírico fala.

Por quê?

“A mãe” é uma pessoa de quem ou sobre quem o eu lírico do poema fala, pois o eu lírico não estabelece um diálogo direto com “a mãe” na composição, apenas registra a interação dela com “o menino”.

3) De acordo com o contexto do poema, reescreva o último verso substituindo “a mãe” e “o menino” pelos pronomes adequados.

Ela reparou que ele gostava mais do vazio do que do cheio.

4) Se retirássemos do poema o verso que você escreveu em sua resposta anterior e o apresentássemos sozinho ele teria sentido? Justifique sua resposta.

Não, pois nesse caso os pronomes pessoais foram utilizados para substituir nomes citados anteriormente no poema, isto é, em um determinado contexto. Sem a leitura dos versos anteriores seria impossível, no entanto, saber a quem se referem.

 

CONTO(FRAGMENTO): PEIXE PARA EULÁLIA - MIA COUTO - COM GABARITO

 CONTO(Fragmento): Peixe para Eulália         


              Mia Couto

Foi, nunca mais desceu. Ainda esperaram que Sinhorito tombasse, desamparado, mais sua embarcação. Como nada sucedesse, um por um, os aldeões regressaram a suas casas. Ficou Eulália, só e sozinha. E ali na praça ela montou espera de um acontecimento. A mulher olhava o céu, fosse sol, fosse estrelas. Mas Sinhorito não descia. Nem ele nem a chuva que se propôs buscar. E ainda menos um qualquer peixe.

Vieram buscá-la. Vieram familiares, veio o chefe dos Correios. Puxaram-na, força contra a vontade.

Eulália contrariou os intentos. Apontava, desapontada, o vasto céu.

– Há de vir, há de voltar...

Mia Couto. Peixe para Eulália. Em: O fio das missangas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

Entendendo o texto

1) A que palavra se referem os termos “um” destacados na segunda linha do fragmento?

Se referem à palavra “aldeões”.

2) Em relação a esses termos, que função exercem nesse contexto?

Eles expressam o modo como os aldeões regressaram a suas casas, indicando a ideia de “ordenação” (um após o outro).

3) De acordo com essa função, podemos afirmar que pertencem a qual classe de palavras?

À classe de palavras dos numerais.

4) É possível afirmar que o termo “um” destacado na terceira e na quinta linha têm o mesmo funcionamento do que os termos “um”, na segunda? Justifique sua resposta.

Não, pois os termos “um” na terceira e na quinta linha funcionam de modo distinto, indicando apenas uma imprecisão ou indeterminação em relação ao substantivo aos quais se referem (“acontecimento” e “peixe”), isto é, funcionam como artigos indefinidos. Os termos “um” destacados na segunda linha transmitem ideia de “ordenação”, ou seja, funcionam como numerais.