sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

TEXTO: OS ALTOS LUCROS DOS MAUS HÁBITOS - PAULO BENTO BANDARRA - COM GABARITO

Texto: Os altos lucros dos maus hábitos

 Culpamos os pacientes pelos maus hábitos, mas esquecemos que nada é casual.
                                                                        Paulo Bento Bandarra

        Revista Veja de 17/06/2003 abordou a estatina, nova esperança no combate às doenças cardíacas por sua eficácia na queda do colesterol. Já é a droga mais vendida no mundo. Está também sendo usada contra diabetes, angina, osteoporose, inflamações, Alzheimer, câncer de mama e próstata. Sem entrar no mérito da estatina como arma terapêutica, certamente não é a solução para a má alimentação e a inversão de valores da sociedade de consumo. Vive-se para comer, não se come para viver melhor. A alimentação passou a ser um produto comercial, que foge de sua função natural. Seu consumo é estimulado a toda hora pela mídia para quem tem poder aquisitivo e, portanto, já está alimentado. Então, inventam-se guloseimas para um consumo cada vez maior, para que o lucro se faça presente nos negócios de alimentação.

        Bom para a indústria

        A comida perde suas principais qualidades e funções para ser vendida por seus atrativos visuais, gustativos, táteis, para que se consuma mesmo sem necessitar. As gorduras utilizadas são de má qualidade, visando aumentar o lucro com produtos de preços mais baixos. Não são alimentos balanceados para uma alimentação saudável. Visam, principalmente, a quebra da resistência do consumidor, induzido à ingestão maior. E como a concorrência existe, a briga é para cada vez se comer mais.
        Os resultados já são considerados alarmantes, com epidemias de obesidade, hipertensão, cardiopatia e diabetes – excesso de alimentação de alguns, fome de outros, que não participam da festa por falta de poder aquisitivo.
        A solução desses problemas pela via medicamentosa, como adverte a reportagem da Veja, é a pior possível. É tentar remediar um mal com outro. Não serão os medicamentos que solucionarão os problemas advindos do tabagismo, do alcoolismo, do excesso de comida. Aumentar gastos com exames, medicamentos de prevenção e recuperação, tratamentos crônicos, Hospitalizações e cirurgias corretivas é a pior saída para uma questão simples, de causa totalmente conhecida, mas de difícil enfrentamento, pois as indústrias apostam todas as suas fichas nesse estado de coisas, e a mídia participa desse mercado de encantamento lucrando sua parcela na promoção da venda. Associa-se ao problema a indústria de alimentos de baixa caloria, para que se coma maior volume com menor efeito no ganho de peso, criando ao mesmo tempo dependência do hábito de comer demais.
        É uma atitude tola medicar os maus hábitos, pois se desperdiçam recursos que poderiam ser aplicados em áreas mais úteis. O New York Times de 13 de julho anunciou a necessidade de se prescreverem estatinas para níveis mais baixos de colesterol! (Ou seja, aumentar as vendas). Tratar pessoas para que possam manter a ingestão excessiva é uma distorção absurda. Passar a vida comendo para dar lucro à indústria de alimentos insalubres, para depois acabar a vida tomando remédios só é bom para a indústria. Inclusive a midiática.

        O que são as estatinas?

        Lançadas há cerca de duas décadas, elas agem na raiz do colesterol, inibindo justamente a produção de uma enzima responsável por sua síntese
        Cinquenta milhões. Esse é o espantoso contingente de pessoas que ingerem todos os dias comprimidos de estatina. Tiro certeiro: reduzem em 30% as taxas de LDL. “As estatinas evoluíram muito nos últimos anos. Hoje, além de baixar o teor de gordura no sangue, podem melhorar a elasticidade das artérias e diminuir processos inflamatórios pelo corpo”, revelou à SAÚDE o cardiologista Carlos Alberto Pastore, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. 
        Ok, já está provado que elas aliviam a porção maléfica do colesterol e são uma verdadeira bênção para pessoas que já sofreram infarto ou derrame. Mas, por ora, os outros benefícios propagados não passam de promessas. O que ainda não se sabe ao certo é se as estatinas diminuem a mortalidade entre pessoas que têm, além do colesterol alto, mais fatores de risco. Alguns especialistas acham que sim. O cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, em São Paulo, é um deles. Na sua opinião, se um sujeito é obeso, fumante, sedentário e diabético, o colesterol pode ser a gota d’água para detonar um infarto. Nesse caso, esse tipo de droga seria uma ótima medida preventiva. 
         Certeza só se tem de que as estatinas não são uma panaceia, pílulas mágicas que protegem a todos com a mesma eficiência. Confiar nelas 100% e continuar comendo mal, fumando e sem fazer exercícios é um erro. “Sempre que possível, o melhor é diminuir o colesterol com mudanças no estilo de vida em primeiro lugar”, diz Magnoni.
                                                                Revista Veja de 17/06/2003.
Entendendo o texto:
01 – Qual o título do texto?
      Os altos lucros dos maus hábitos.

02 – Qual o assunto abordado na publicação da revista Veja de 17/06/2003?
      Trata-se do medicamento ESTATINA.

03 – Por ser um medicamento mais vendido no mundo. Além das doenças cardíacas, quais outras doenças que é tratado com esse medicamento?
      É usada também contra a diabetes, angina, osteoporose, inflamações, Alzheimer, câncer de mama e próstata.

04 – Por que hoje diz que vive-se para comer, e não se come para viver melhor?
      Porque a alimentação passou a ser um produto comercial, que foge de sua função natural.

05 – Por que a alimentação é considerado bom para as indústrias?
      Porque a comida perde suas principais qualidades e funções para ser vendida por seus atrativos visuais, gustativos, táteis, para que se consuma mesmo sem necessitar.

06 – De acordo com o texto, o excesso na alimentação Industrializada. Qual a sua consequência?
      Os resultados já são considerados alarmantes, com epidemias de obesidade, hipertensão, cardiopatia e diabetes.

07 – Para tentar solucionar os problemas, de acordo com a reportagem da veja, o tratamento com medicamentos é o ideal?
      NÃO. É a pior possível. É tentar remediar um mal com outro.

08 – Os problemas de saúde, advindas do tabagismo, do alcoolismo, do excesso de comida. De quem é a responsabilidade?
      De acordo com a reportagem, são associado as Indústrias, que influência o alto consumo. E são utilizados produtos de baixa calorias na produção, e criando ao mesmo tempo dependência do hábito de consumo desenfreado.

09 – Qual foi o anúncio publicado no New York Times de 13 de julho?
      Anunciou que seria necessário prescrever a estatinas para níveis mais baixos de colesterol. Só para aumentar as vendas.

10 – Toda pessoa que passa a vida comendo produtos insalubres, a ingestão excessiva de comida, a quem ela está lucrando?
      Está dando lucro para as Indústrias de Alimentos.

11 – Qual o tempo que existe a Estatinas, e qual a sua função?
      Foi lançada a cerca de duas décadas, ela age na raiz do colesterol, inibindo justamente a produção de uma enzima responsável por sua síntese.

12 – Hoje, qual é a quantidade de pessoas que fazem uso da estatina? E qual a porcentagem de redução da doença?
      Um total de cinquenta milhões de pessoas. Ela reduz em 30% as taxas de LDL.

13 – A estatina, já está provada que aliviam a porção maléfica do colesterol, e ajudam as pessoas que já sofreram infarto ou derrame. E para outras doenças já está comprovada sua eficaz?
      NÃO. De acordo com as pesquisas, não se sabe ao certo se ela, diminuem a mortalidade em pessoas que além do colesterol possuem outras doenças de risco.

14 – Se uma pessoa é obesa, fumante, sedentário e diabético, o colesterol pode ser a gota d’água para detonar um infarto. Qual o médico que acha, com o uso a estatina, pode salvar a pessoa?
      O Cardiologista e Nutrólogo Dr. Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, na sua opinião, a estatina seria uma ótima medida preventiva.

15 – Qual a orientação médica, para as pessoas com problemas cardíacos, além dos exercícios físicos?
      “Sempre que possível, o melhor é diminuir o colesterol com mudanças no estilo de vida em primeiro lugar”.




ARTIGO DE OPINIÃO: LER É A MELHOR SOLUÇÃO - ALEXANDRE GAMA - COM GABARITO

ARTIGO DE OPINIÃO: Ler é a melhor solução
                                Alexandre Gama

     Você é o que você lê. Afinal, se tem uma fome que é insaciável é a minha fome de ler, fome de livro. Que aliás tem uma vantagem sobre as outras fomes, já que o livro não engorda. Este artigo é sobre ler. Porque para mim, as pessoas são como estantes que vão se completando à medida que empilham na memória os livros que vão lendo. E é por isso que eu digo que quando uma velha pessoa morre, o mundo perde uma biblioteca. Ler um livro é como ler uma mente, é saber o que o outro pensa. O que o autor pensa. Ler é poder. Poder construir você mesmo. Tijolo a tijolo. Ou livro a livro, para ser mais exato.
        Você lê? Quanto? O quê? Eu leio o que pinta. Livros, revistas, pichações, frases de banheiro público, poesia, placa de estrada, jornal. Leio Capricho. Leio até errata. É claro que ler não é substituto para viver. Viver é uma experiência que não se substitui com livros. Mas pode ser enriquecida com as vidas que estão neles. Também não estou dizendo que você tem que virar um intelectual. Nada a ver. Intelectual é um teórico que tem medo de se colocar em prática. E eu estou falando de praticar o lido para ficar melhor. Em tudo. Na vida, na profissão, no papo, nas festas. Até no namoro.
        Às vezes, a gente não lê tanto quanto deveria porque não sabe o que ler. Mas se esse é o seu caso, peça dicas. Eu sempre peço e dou. Para mim, indicar um livro é como contar a alguém de um lugar que só eu sei onde fica. Por exemplo, quando eu era pequeno li o sítio do Pica Pau Amarelo. Que imaginação tinha Monteiro Lobato! Eu viajei nas histórias. Outro livro que me marcou foi um sobre a vida de Mayakosvski, um poeta russo que viveu talvez a época mais energética da era moderna: a Revolução Soviética. Ele fazia dos cartazes de propaganda comunista uma forma de poesia. Viveu tão intensamente quanto a poesia que escrevia. Existe, ainda, Jorge Luís Borges, que era um gênio (dizia que publicava livros para se libertar deles), e Júlio Cortázar. Existe Fernando Pessoa, um homem que tinha a capacidade de escrever assumindo personalidades diferentes, chamadas de “Heterônimos” (o contrário de homônimos). “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.” Isto é Fernando Pessoa. Caetano já cantou a pessoa de Pessoa em sua música.
        Outra descoberta: Ler é o melhor remédio. Estou sempre comprando livros e adoro os de frases. São frases de pessoas conhecidas, artistas, escritores, atores. Tem coisas maravilhosas: “Se a sua vida é livre de erros, você não está correndo riscos suficientes”, “Amigo é um presente que você dá a você mesmo”, “Se você está querendo uma grande oportunidade, procure um grande problema”, “A melhor maneira de vencer uma tentação é ceder a ela.”
        Existe Drummond, João Cabral de Mello Neto, Nelson Rodrigues, James Joyce, Paul Valéry, Thomas Mann, Sartre, Shakespeare, Ítalo Calvino. Existe romance, novela, conto, ensaio, poesia, humor, biografia. Existe livro e autor para tudo quanto é leitor. E é por isso que para mim, o analfabetismo é coisa imoral, triste e vergonhosa. Porque “Se o livro é o alimento do espírito, o analfabetismo é a fome da alma”. Uma fome que mata a possibilidade das pessoas serem tudo que podem. Ler às vezes enche o saco. Às vezes dá sono. Às vezes dá bode. Mas resista, lute contra essa preguiça dos olhos. O seu cérebro vai agradecer. Afinal, as respostas estão todas ali. Você só precisa achar as perguntas.

                                Alexandre Gama – Publicitário e sócio da Almap/BBDO.
                                                     Folha de São Paulo, 12/10/07. Cotidiano, p. 7.

Entendendo o texto: Marque a alternativa correta.

01 – Por que o autor diz que, quando uma pessoa morre, o mundo perde uma biblioteca?
a)   Porque as pessoas são aquilo que leram, os livros que experimentaram e, quando uma pessoa morre, morre-se um mundo de histórias, de conhecimento.
b)   Porque as pessoas são aquilo que fazem, os livros que experimentaram e quando uma pessoa morre, morre-se uma pessoa querida, com conhecimentos.

02 – O que, para o escritor, significa indicar um livro a alguém?
a)   Indicar um livro a alguém é como contar sobre um lugar que só ele sabe onde fica, quando ele lê, viaja, entra no mundo dos personagens.
b)   Indicar um livro a alguém é como contar sobre uma pessoa que só ele sabe conhecer, quando se lê, viaja, entra-se em outro mundo.

03 – O que significa o analfabetismo para o escritor?
a)   O analfabetismo é imoral, triste e vergonhoso, é a fome da alma.
b)   O analfabetismo é imoral, e o culpado somos nós por escolhermos saciar a fome dos políticos.

04 – Esse texto é um artigo de opinião, por que?
a)   É um texto jornalístico que se caracteriza pela exposição de um ponto de vista sobre determinado assunto, no caso do texto, Ler é o melhor remédio para a alma.
b)   É um texto jornalístico que se caracteriza pela exposição de um ponto de vista sobre determinado assunto, no caso do texto, A alma é o melhor remédio para se ler.

          

TEXTO: MUITO COMPETENTE EM COISAS SEM IMPORTÂNCIA- LUIZ MARINS - COM GABARITO

TEXTO: MUITO COMPETENTE EM COISAS SEM IMPORTÂNCIA


   Um presidente de empresa, falando sobre um funcionário, disse: “Ele é muito competente em coisas sem importância. É pena que nas coisas realmente importantes ele não seja competente.”
   Conheci uma diretora de marketing que tinha um enorme orgulho de “entender tudo de computação”.
    E de marketing? E de pesquisa? E de mercado? Essas coisas, absolutamente essenciais para sua função, não faziam seus olhos brilharem.
        Esse é um problema recorrente nas organizações. Desde vendedores que criticam tudo na empresa -  mas não visitam clientes, não estudam produtos, não se aperfeiçoam em vendas -até motoristas muito competentes em criticar o chefe -  mas que nada fazem para manter seus veículos em perfeitas condições de uso. Isso para não falar de engenheiros, advogados e médicos, cheios de desejo de status, que se preocupam com seus gabinetes, trajes e formas de tratamento e não se apressam em dar seus doutos pareceres, atrasando processos, contratos e laudos. Ou mesmo de secretárias que organizam festas o ano todo e não procuram se aperfeiçoar em redação ou estudar um idioma estrangeiro.
        Ter pessoas competentes no que realmente interessa é um grande desafio para as empresas.
        Há pessoas campeãs de relacionamento e amizade que se esquecem de que a empresa precisa de profissionais competentes em coisas realmente importantes, que executem, sejam éticas, participem e deem resultado.
        Pessoas competentes têm foco e disciplina para manter-se no foco. Elas não gastam tempo e energia em coisas acidentais e periféricas a seu objetivo principal e, por isso, conseguem o sucesso que outras desfocadas e dispersas jamais conseguirão.
        Pense nisso. Sucesso!

(MARINS, Luiz. TAM Magazine, no 41, jul.2007, p.34)

01 – A finalidade do texto é mostrar o desafio das empresas para:
(A) conseguir secretárias bonitas e charmosas.
(B) ter funcionários focados num objetivo principal.
(C) organizar festas e eventos de grande porte.
(D) empregar tempo e energia em assuntos banais.

02 – O autor defende a tese de que as empresas:
(A) estão com um número elevado de funcionários.
(B) possuem motoristas e veículos possantes.
(C) sofrem com a escassez de pessoas competentes.
(D) procuram vendedores bons e honestos.

03 – Identifique, nos trechos abaixo, o momento que evidencia a fala direta do locutor (autor) com o leitor.
(A) “Há pessoas campeãs de relacionamento...
(B) “Pessoas competentes têm foco...
(C) “Elas não gastam tempo...
(D) “Pense nisso. Sucesso!”

04 – Há falta de profissionais competentes nas empresas porque:
(A) há muitos funcionários dispersos e desfocados.
(B) as pessoas entendem tudo de computação.
(C) os motoristas cuidam bem dos veículos.
(D) as secretárias estudam idiomas estrangeiros.

05 – Há pessoas com opiniões diferentes em relação à tese defendida pelo autor. Para elas, basta que a empresa tenha funcionários
(A) éticos e incompetentes.
(B) participantes e indisciplinados.
(C) com bom relacionamento e amizade.

(D) disciplinados e dispersos.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

TEXTO: DEZ RAZÕES PARA NÃO "COLAR" NA ESCOLA! - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

TEXTO: DEZ RAZÕES PARA NÃO “COLAR” NA ESCOLA!
 
               
     A mania de colar tornou-se quase universal entre nossos alunos e estudantes. Há um consenso coletivo favorável à cola, do primário à universidade. Penso que não podemos nos acomodar ao mal nem perder a esperança de encontrar solução para os problemas. Apresento a seguir algumas razões pelas quais não se deve colar:
        Primeira: porque é feio e deselegante chegar à universidade sem o gosto de estudar. Quem cola não tem amor à cultura nem senso do dever e responsabilidade pelo bem comum. Quem passa colando é uma pessoa despreparada, irresponsável e até perigosa socialmente. A cola é a ética do jeitinho e do levar vantagem em tudo em nível escolar.
        Segunda: porque a cola é uma mentira, isto é, apresento uma coisa como minha, mas na verdade é de outrem. Estou dizendo sim para uma coisa que na verdade deveria dizer não. É próprio da inteligência tender para a verdade. A cola é uma ofensa à inteligência e à verdade. É uma das tantas corrupções já internalizadas na consciência estudantil.
        Terceira: porque a cola é um roubo, apresento como meu e como minha sabedoria aquilo que é esforço do outro. Acostumar-se a colar é acostumar-se a usar o que é dos outros. A infidelidade nas coisas pequenas prepara a infidelidade nas grandes, como: infidelidade à palavra dada, infidelidade à consciência. Não posso ter mérito nem diploma quando sei que não estudei e, portanto, não mereço credibilidade, porque não sei a matéria e o tema exigido.
        Quarta: porque a cola fomenta a “lei do menor esforço” e a preguiça. O esforço e o sacrifício são necessários para a formação de uma personalidade sadia, pois quem semeia vento colhe tempestades. Devemos nos educar para a fidelidade e não para a facilidade.
        Quinta: porque a cola é um perigo social e contra o bem comum. O engenheiro que passa colando pode ser a causa do desabamento de um prédio, de um ponte, etc. Ninguém quer ser operado por um médico que passou colando, nem aceita como advogado aquele ou aquela que foi incapaz de defender sua real ignorância colando dos outros.
        Sexta: porque a cola leva ao desperdício do tempo. A psicologia do colador é esta: posso divertir-me, ver televisão à vontade, jogar futebol, namorar, ficar na internet, etc., porque na prova saberei dar um “jeitinho”. Com isso se esbanja a preciosidade do tempo, consagra-se a mediocridade e justifica-se desde cedo a desonestidade.
        Sétima: porque a cola aumenta a já calamitosa superficialidade e ignorância cultural. O nível de estudo e cultura só tende a diminuir e com ele aumenta a falta de cultura que é um perigo social. A cola nos desobriga a pensar. A cola é uma alienação cultural, um atraso.
        Oitava: porque a filosofia da cola impede o avanço cultural do povo, favorece o analfabetismo. Pelo costume da cola, a “massa jovem” continua alienada, desligada e sem a ciência e a cultura que revolucionou um povo.
        Nona: porque a cola vem confirmar a tese dos que dizem ser a escola uma instituição alienante. A mania de colar pode ser sintoma de uma filosofia educacional decadente e falaz. É preciso rever a modalidade de avaliação de nossas escolas.
        Décima: porque o professor que incentiva ou aprova a cola não é um educador. Tal comportamento é desonesto e contra a ética profissional. Religiosamente falando, a cola é um pecado de mentira, preguiça, roubo, irresponsabilidade.

                                       Dom Orlando Brandes é bispo de Joinville.                                                                           
Entendendo o texto:

01 – Releia o primeiro parágrafo e diga qual a posição defendida pelo autor do texto
      Encontrar uma solução para o problema.
       
02 – Relacione as frases abaixo com as razões pelas quais não se deve colar. Veja um exemplo:
A cola fomenta a preguiça. Quarta razão.
A cola promove a alienação. Segunda razão.
Impede o avanço cultural do povo: Oitava razão.
Quem cola é uma pessoa despreparada: Primeira razão.
Ela não merece credibilidade: Terceira razão.
A cola é antiética: Décima razão.
Quem incentiva ou aprova é desonesto: Décima razão.

03 – Apesar do texto apresentar dez razões para não colar, podemos resumi-las em seis. Quais são? Cite-as.
      Primeira, segunda, terceira, quarta, oitava e décima.

04 – No último parágrafo, o autor utiliza um argumento religioso. Que argumento é este?
      Religiosidade falando, a cola é um pecado de mentira, preguiça, roubo, irresponsabilidade.


TEXTO: PAI, ANJO DA GUARDA, SANTO, SACO SEM FUNDO... - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

TEXTO: PAI, ANJO DA GUARDA, SANTO, SACO SEM FUNDO...


   Divirta-se com a carta que Flifli escreve ao pai, na qual se expressa em linguagem coloquial, com algumas gírias, mas também utiliza a linguagem culta.

         Paiê,
         Eu sei que a vida não tá fácil. A gente só ouve falar em stress, violência, corrupção, remédio falsificado, privatização, desvio de verba, reeleição e desemprego. (Ainda bem que a Sacha, filha da Xuxa, já nasceu em berço de ouro, né?) Mesmo assim, você diz pra gente que tá tudo indo bem, que vai dar um jeito nisso ou naquilo, esse papo de pentear minhoca...
      Sabe, às vezes eu não acredito. Mas te vendo cansado e fazendo tudo pra agradar, é que a gente sente o quanto te ama. Por isso, velho, maneira...Um uisquinho de vez em quando, vá lá... mas vê se pega leve nas frituras, diminui o açúcar e aposenta de uma vez esse maldito cigarro. Faz como a mamãe, que se amarra num diet. Você fala pra tomar cuidado com o excessos. E quando é que você vai se tocar disso?
        Hoje não tem presente, porque a mesada já acabou, lembra? Tive que pagar minha “dívida externa”, com juros e correção monetária. Daí que não sobrou troco nem pra te comprar uma gravata, uma camiseta, um lenço ou um par de meias. Mas o que tá rolando é um papo de amiga. Por isso hoje, sendo de mentira ou de verdade, eu queria te dizer que:
         --- Você é tudo pra mim. Você é um anjo. Você me abraça com suas asas. Você tem olhos verdes. Você é quem sabe, antes, onde está o guarda na esquina ou o radar na estrada. Você é quem impede, com seu corpo, meus ataques à geladeira. Você sabe fechar os olhos na hora certa. Você é quem dá uma palavrinha com Deus a meu favor. [...] Você me apresenta, de vez em quando, a todos os seus amigos. Você vigia o Piruá pra mim. Você sabe onde o Piruá está agora. Você corta e penteia o meu cabelo do jeito que eu gosto. Você termina, de vez em quando, o que eu sempre deixo pela metade. Você já me esperou na porta do colégio. Você já me levou às festas da galera. Você já perdeu o sono por minha causa. Por mim, você transformaria a água em vinho. Você transformaria o Piruá no Leonardo di Caprio. Você me levaria ao sétimo céu contigo. Você até me conta o capítulo da novela que perdi. Você nunca fez um videoteipe dos meus erros. E mesmo assim você me recomendaria ao paraíso. Você me levaria ao paraíso. Você nunca me disse: “Eu não te disse?” Você nunca esqueceu meu aumento de mesada. Você me coça as costas. Você me emprestaria suas asas. Você me conta histórias engraçadas. Você sempre sabe da última piada. Você está disponível na hora que o mundo desaba. Você é o balde que recolhe minhas lágrimas. Você sabe de todas as fofocas. Você desce pra comprar pão. Suas amigas te acham “um pão”, mas pra mim você é “um gato”. Você é o único que não liga quando eu como chocolate. Você sempre telefona nas horas mais imprevisíveis. Você engordaria por mim. Você faria ginástica por mim. Você sabe Vinícius de Moraes de cor. Mesmo não sabendo dançar, você sempre dá o primeiro passo. Você me empresta seu dedo quando eu preciso dar um laço. Você me impede de ficar só pensando no Piruá. Por mi, você teria uma nuvem particular em Veneza e outra na Disneyworld. Você é tudo pra mim. E, sem mim, você não seria ninguém!
Beijilhões. Eu te amo, paizão!
Da tua, Flifli.

P.S.:Paiê! Dá pra me arrumar um dinheiro pra comprar um presente pro meu pai do segundo casamento da mamãe?                                                                                                                                                                                                                         BARRETO, Antônio

Entendendo o texto:

01-Transcrevemos abaixo vários trechos do texto, destacando alguns termos. Em cada trecho, marque LC para linguagem coloquial e G para gíria.
(LC) “[...] a Sacha, filha da Xuxa, já nasceu em berço de ouro, né?
(G) “Suas amigas te acham ‘um pão’, mas pra mim você é ‘um gato”
(LC) “Daí que não sobrou troco nem pra te comprar uma gravata...”
(G) “Mas o que tá rolando é um papo de amiga.”
(LC) “Eu sei que a vida não tá fácil.”
(LC) “Faz como a mamãe, que se amarra num diet.”
(G) “Por isso, velho, maneira...”
(LC) “E quando é que você vai se tocar disso?”
(G) “Mesmo assim, você diz pra gente que tá tudo indo bem, que vai dar um jeito nisso ou naquilo, esse papo de pentear minhoca...”
(G) “Você já me levou às festas da galera.”
(LC) “[...] mas vê se pega leve nas frituras[...]”
     
02 – Observe as palavras destacadas neste trecho do texto:
Suas amigas te acham “um pão”, mas pra mim você é “um gato”.
A garota usa duas gírias diferentes para se referir a uma qualidade do pai. Qual é essa qualidade?
      Bonito.

03 – Por que as gírias são diferentes?
      Porque elas fazem parte de uma época.

04 – Na sua opinião, o autor deveria ter usado a linguagem formal em vez da informal(coloquial)? Justifique.
      Resposta pessoal.

05 – Complete o quadro indicando as recomendações que a garota faz ao pai.

ITEM                                                    RECOMENDAÇÃO
Bebidas alcoólicas:            Um wisquinho de vez em quando.

Frituras:                              Pega leve nas frituras.
Açúcar:                               Faz igual a mamãe, amarra num diet.

Cigarro:                              
Aposenta de uma vez esse maldito cigarro.

Alimentos em geral:          
Tomar cuidado com os excessos.



TEXTO: LOUVOR DA MANHÃ - BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS- COM GABARITO

Texto: Louvor da manhã

   [...] Era silencioso o amor. Podia-se adivinhá-lo no cuidado da mãe enxaguando as roupas nas águas de anil. Era silencioso, mas via-se o amor entre seus dedos cortando a couve, desfolhando repolhos, cristalizando figos, bordando flores de canela sobre o arroz –doce nas tigelas.
        Lia-se o amor no corpo forte do pai, em seu prazer pelo trabalho, com sua mansidão para com os longos domingos. Era silencioso, mas escutava-se o amor murmurando – noite adentro – no quarto do casal. A casa, sem forro, deixava vazar esse murmúrio com o aroma de fumo e canela, que invadia lençóis e dúvidas, para depois filtrar-se por entre telhas.
    Experimentava-se o amor quando, assentados ao calor da cozinha, pai e mãe falavam de distâncias, dos avós, das origens, dos namoros, dos casamentos.
        E, quando o sono chegava, para cada menino em cada tempo, era o amor que carregava cada filho nos braços para a cama, ajeitando o cobertor debaixo do queixo.
        [...] Em tardes de domingo, sempre muito longas e vestidas de sossego, a mãe se fazia criança para os filhos. 
        Ao pé da escada, junto da porta da cozinha, estava o tanque.
        De cimento cinza, ele guardava a água fria que despencava do morro, escorregando dentro dos bambus – veias cristalinas. A umidade favorecia viver e crescer ali, musgos verdes, tapetes por onde pequenas formigas passavam, arrastando montes de folhas. Mesmo o olhar se sentia acariciado por veludo assim tão fino.
        Com anilinas para doces a mãe coloria as águas no tanque, uma cor de cada vez, e mergulhava as alvas galinhas legornes em banho colorido: azul, verde, amarelo, vermelho, roxo. Em pouco tempo o quintal, como por milagre, era pátio e castelo, povoado de aves – legornes agora raras – desenhadas em livro de fadas. Ficava tudo encantamento. Não havia livro, mesmo aqueles vindos de muito longe, com história mais bonita do que as que a mãe sabia fazer. Não era difícil para Antônio imaginar-se príncipe e filho de mágicos. 
        Quando o dia ameaçava esconder o sol, entre seios e montanhas, aquele inofensivo bando, filho do arco-íris que morava na cabeça da mãe, se empoleirava nos galhos até não poder mais, com seus antigos moradores vestindo roupa nova de festa, feita pela mãe; pensava na árvore de Natal que não tardaria a brotar no canto da sala, com sombra protegendo presentes.
        No outro dia, o barulho do milho na cuia trazia para junto dos meninos um arco-íris faminto e já meio desbotado pela noite e seu sereno. Mas ficava a certeza de que a mãe, em qualquer momento, brincaria de outra coisa. 

                                                        Bartolomeu Campos de Queirós

Entendendo o Texto:

01 – Segundo o texto, o amor era silencioso na casa de Antônio. O que significa isso?
      O amor não era expresso em palavras, não era declarado, percebe-se sua presença pelos gestos e pelas atitudes da mãe e do pai.

02 – Em que momento ocorria a manifestação silenciosa do amor?
      Nas atividades comuns do cotidiano: nos instantes de lazer da família, na bate-papo na cozinha da casa ou a noite, na hora de dormir.

03 – Na casa de Antônio, pais e filhos mantinham-se unidos, cultivando um profundo amor. Como os pais buscam manter os laços familiares que julgavam tão importantes?
      Falando das pessoas importantes da vida deles já falecidas, da história da família para manter viva o passado e realizando com satisfação as tarefas de casa.

04 – “Não havia livro, mesmo aqueles vindos de muito longe, com história mais bonita do que as que a mãe sabia fazer". Qual é a diferença entre contar uma história e fazer uma história?
      Contar uma história é narrar somente, enquanto que fazer uma história é dá vida aos personagens para que se torne algo concreto.

05 – O que significa a expressão 'filho do arco-íris que morava na cabeça da mãe”?
      Era o bando de pintinhos/galinhas que a mãe pintava porque sua imaginação achava que era um arco-íris.

06 – No texto, quais elementos permitem identificar o lugar em que Antônio vive como uma região rural?
      O cheiro do fumo, a água não encanada, galinhas, montanhas, etc.

07 – Esse texto mostra que a mãe dava afeto aos filhos e também participava da vida deles, inventando brincadeiras. De que forma ela tornava concretas as histórias que imaginava?

      Ela usava as galinhas e transformava o quintal em um livro.

TEXTO: AOS 90 ANOS, PALHAÇO ARRELIA ESBANJA ALEGRIA - COM GABARITO

TEXTO: AOS 90 ANOS, PALHAÇO ARRELIA
                       ESBANJA ALEGRIA


    Ele viveu um encontro emocionante com fãs de várias gerações, no lançamento de seu boneco.

       Waldemar Seyssel, 90 anos, foi o famoso palhaço Arrelia por mais de 50 anos. Durante o lançamento de seu boneco e da reedição de seu livro O Menino que Queria Ser Palhaço, dia 4, ele viveu um emocionante reencontro com o público. Mesmo sem a famosa maquiagem e os trajes que lhe deram fama, Seyssel fez muitos adultos chorarem de saudades e, novamente, provocou risos e distribuiu alegria.
     O evento, realizado no Clube Paineiras do Morumbi, transformou-se numa empolgante homenagem. Seyssel fez discursos, deu autógrafos por mais de três horas e ganhou muitos beijos das crianças. Sensibilizado com a presença de cerca de 300 pessoas, lembrou dos tempos de picadeiro.
       “A gargalhada de uma criança é melhor que um jardim repleto de flores”, afirmou. O artista foi aplaudido de pé. Meio Arrelia, meio Seyssel, ele colocou a mão no peito e simulou as batidas do coração. “Foi uma das grandes emoções que senti na vida”, revelou.
     Amparado pela mulher, Arlette Seyssel, ele caminhou lentamente entre os sócios do clube, e parava vez ou outra para conversar com seus admiradores. “Arrelia, eu sou seu fã”, gritou um dos mais entusiasmados. No saguão de autógrafos, havia uma grande exposição de quadros, fotos, roupas e prêmios do palhaço Arrelia.
       A dona de casa Diná Athayde teve uma grande surpresa durante o evento. Quando era criança, ela morava perto dos estúdios da TV Record e assistia frequentemente às gravações do programa Cirquinho do Arrelia. Enquanto olhava a exposição fotográfica, Diná se reconheceu em uma das imagens. “Foi sensacional”, disse.
       Outro antigo fã de Arrelia é o consultor Jorge Troyko, de 49 anos. “Eu tinha dez anos quando ia à casa do meu vizinho para assistir ao programa dele na Record”, conta. Jorge se lembra até da brincadeira de que mais gostava. “Era quando ele e seu parceiro, o Pimentinha, brigavam com um guarda-chuva que dobrava.”
       A advogada Neide Blanco Lopez Mello fez questão de esperar quase meia hora na fila para conversar com o ídolo. Ela foi ao evento acompanhada do marido e dos cinco filhos. Queria saber se existia alguma fita de vídeo com os melhores momentos da carreira do artista à venda. “Hoje em dia, não há mais essa pureza do Arrelia”, afirmou. “A televisão só exibe violência e eu gostaria de mostrar algo diferente para os meus filhos.”
       O artista plástico Carlos Rafael criou em 1995 o boneco Arrelia, feito à mão. Inicialmente, foram produzidos apenas cem exemplares. “A ideia é perpetuar a imagem dele”, disse. O boneco ainda não pode ser encontrado nas lojas, mas, em breve, será produzido em escala industrial.
      O garoto Pedro Blanco Mello, de 6 anos, conheceu Seyssel no evento e insistiu para que a mãe comprasse um boneco do palhaço. “Ele é muito engraçado e eu queria guardar uma lembrança”, disse, grudado na mesa de autógrafos. Mesmo sem a pintura no rosto, o carismático artista atraiu muitas crianças à sua mesa.
                                                (O Estado de S. Paulo, 11 maio 1996)


Entendendo o texto:


01 – O texto que você acabou de ler é uma biografia. Você sabe dizer o que se conta em uma biografia?
      Em uma biografia, conta-se a história de vida de uma pessoa.

02 – Copie a frase abaixo, completando com a opção que está entre parênteses.
A biografia conta fatos.................(reais / inventados).
      A biografia conta fatos reais.

03 – No texto que você leu, o autor narra:
a)   Os fatos que aconteceram na vida de uma pessoa.
b)   Os fatos que aconteceram em sua própria vida.

Agora, transcreva um trecho do texto que comprova sua resposta.
      “Waldemar Seyssel nasceu em Jaguariaíva, estado do Paraná, no dia 31 de dezembro de 1905.

04 – Qual era o verdadeiro nome de Arrelia?
      Waldemar Seyssel.

05 – O que Arrelia fez durante toda sua vida?
      Trabalhou no circo, primeiramente como malabarista, depois como palhaço.

06 – O que você achou mais interessante na história de vida de Arrelia? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

07 – De acordo com o que você leu, Arrelia teve uma história de vida parecida com a do pai e do avô dele? Comente.
      Sim. Pois o pai e o avô de Arrelia também foram palhaços de circo.

08 – O que o biógrafo quis dizer com a expressão “verdadeiro palhaço”?
      Provavelmente, ele quis dizer que Arrelia era um grande artista, um talentoso palhaço.

09 – Pergunte a seus pais ou avós se eles chegaram a ver Arrelia atuando e o que acham desse artista.

      Resposta pessoal do aluno.

10 – Como é atualmente o famoso palhaço Arrelia?
      Um idoso aos 90 anos.

11 – Que lembranças as pessoas têm do palhaço Arrelia?
      Lembranças de um humorista puro e genuíno.

12 – Que efeito o jornalista consegue ao mencionar a profissão das pessoas que fazem os depoimentos?
      A ligação que há entre a profissão e as brincadeiras do palhaço Arrelia.

13 – Que tipo de pessoa Arrelia parece ser na intimidade, em sua vida particular?
      Uma pessoa calma, alegre e divertida, que só pensava em alegrar as pessoas.

14 – Qual é sua opinião sobre a afirmação da advogada Neide Blanco L. Mello: Hoje em dia, não há mais essa pureza do Arrelia. A televisão só exibe violência e eu gostaria de mostrar algo diferente para os meus filhos?
      Ela está correta, hoje não existe mais a pureza de um programa na televisão.