domingo, 9 de março de 2025

POESIA: IGREJA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poesia: Igreja

            Carlos Drummond de Andrade

Tijolo
areia
andaime
água
tijolo.
O canto dos homens trabalhando trabalhando
mais perto do céu
cada vez mais perto
mais
— a torre.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrkswwxc09nfSqlEra0C7wkjYSR4_XO825V57TqmwLH9hYBxa1y-XAYXg6zsXzJ06OnaaJh0F_1JFB18sifEfSR_fQep7ZlEpzDUx8lFKCO1pmnE4MFoFISbWbHU1K1vGvGtID-XbperMMSh-3lgieAyrjuy207sLQt_S-2KCz-TT5Xvzc2P9FeqpAhqU/s1600/IGREJA.jpg



E nos domingos a litania dos perdões, o murmúrio das invocações.
O padre que fala do inferno
sem nunca ter ido lá.
Pernas de seda ajoelham mostrando geolhos.
Um sino canta a saudade de qualquer coisa sabida e já esquecida.
A manhã pintou-se de azul.
No adro ficou o ateu,
no alto fica Deus.
Domingo...
Bem bão! Bem bão!
Os serafins, no meio, entoam quii ieleisão.

Carlos Drummond de Andrade. Igreja. In:_____. Reunião: 10 livros de poesia. 5 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 68.

Entendendo a poesia:

01 – Qual a temática principal do poema?

      O poema explora a dualidade entre o trabalho árduo da construção da igreja e a espiritualidade presente nos rituais religiosos que ali ocorrem.

02 – Como o poema descreve o processo de construção da igreja?

      O poema descreve o processo de construção da igreja de forma concisa e objetiva, listando os materiais e ações envolvidos: "Tijolo / areia / andaime / água / tijolo. / O canto dos homens trabalhando trabalhando / mais perto do céu / cada vez mais perto / mais — a torre."

03 – Qual a crítica presente na fala do padre?

      A crítica presente na fala do padre é que ele fala do inferno sem nunca ter estado lá, sugerindo uma desconexão entre a teoria religiosa e a experiência real.

04 – O que representa a figura do ateu no adro da igreja?

      A figura do ateu no adro da igreja representa a presença da dúvida e da descrença em um ambiente religioso, contrastando com a fé dos demais presentes.

05 – Qual a atmosfera predominante nos versos finais do poema?

      Os versos finais do poema criam uma atmosfera de tranquilidade e aceitação, com a expressão "Bem bão! Bem bão!" e o canto dos serafins, sugerindo uma conciliação entre o humano e o divino.

 

 

MÚSICA(ATIVIDADES): A GÍRIA É CULTURA DO POVO - BEZERRA DA SILVA - COM GABARITO

 Música (atividades): A Gíria É Cultura Do Povo

             Bezerra da Silva

Toda hora tem gíria
No asfalto e no morro
Porque ela é
A cultura do povo

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqGzaAyqj89NpeSfr-vw6yi4KNYOHB0u8SChGdjNE_kTGo7VvuaLwzRc3m4-a7L9JEBUt7DX3k6GHCWUzbWa6ZtqaqCPOITcJ8KpZE695KykgAG7xIr0ItFrCkjfGq1yl5Wt54I2LllYT4_V9CnjfFOJ_42i0aepWa1wV8QTn4SuV7z64CGHqWZ_OB9xY/s320/BEZERRA.jpg 


Pisou na bola
Conversa fiada malandragem
Mala sem alça é o couro
Tá de sacanagem

Tá trincado é aquilo
Se toca vacilão
Tá de bom tamanho
Otário fanfarrão

Tremeu na base
Coisa ruim não é mole não
Tá boiando de marola
É o terror alemão

Responsa catuca
É o bonde, é cerol
Tô na bola
Corujão vão fechar seu paletó

Toda hora tem gíria
No asfalto e no morro
Porque ela é
A cultura do povo

Se liga no papo maluco
E o terror!
Bota fé compadre
Tá limpo!
Demorou!

Sai voado
Senti firmeza!
Tá tranquilo

Parei contigo!
Contexto baranga
É aquilo

Tá ligado na fita!
Tá sarado
Deu bote
Deu mole
Qualé?
Vacilou!
Tô na área
Tá de bofe?
Tá bolado?
Babou a parada
A mulher de tromba sujou

Toda hora tem gíria
No asfalto e no morro
Porque ela é
A cultura do povo

Sangue bom
Tem conceito malandro
E o cara ai!
Vê se me erra boiola
Boca de siri

Pagou mico
Fala sério
Tô te filmando!
É ruim ein
O bixo tá pegando

Não tem caô!
Papo reto
Tá pegado
Tá no rango mané
Tá lombrado

Caloteiro
Carne de pescoço
Vagabal!
Tô legal de você 171
G.D.O.
Cara de pau!

Composição: Elias Alves Junior / Wagner Chapell. Extraído do site: http://letras.terra.com.br/bezerra-da-silva/430884. Acesso em: 25 abr. 2011.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 30.

Atividades da música:

01 – Qual a mensagem principal da música?

      A mensagem principal da música é que a gíria faz parte da cultura popular, expressando a criatividade e a identidade do povo, tanto no asfalto quanto no morro.

02 – Que exemplos de gírias são mencionados na música?

      A música menciona diversas gírias, como: "Pisou na bola"; "Conversa fiada"; "Mala sem alça"; "Tá de sacanagem"; "Tá trincado"; "Vacilão"; "Otário fanfarrão"; "Tremeu na base"; "Tá boiando de marola"; "Responsa"; "Catuca"; "Tô na bola"; "Corujão"; "Bota fé"; "Demorou"; "Senti firmeza"; "Tá tranquilo"; "Parei contigo"; "Baranga"; "Tá sarado"; "Deu bote"; "Deu mole"; "Qualé?"; "Tô na área"; "Tá bolado?"; "Babou a parada"; "Sangue bom"; "Boca de siri"; "Pagou mico"; "Não tem caô"; "Papo reto"; "Tá lombrado"; "Caloteiro"; "171"; "Cara de pau".

03 – O que a música sugere sobre a origem e o uso da gíria?

      A música sugere que a gíria surge nas ruas, nos contextos sociais do dia a dia, e é utilizada por pessoas de diferentes origens e classes sociais.

04 – Qual o estilo musical da canção e como ele se relaciona com a temática da gíria?

      O estilo musical da canção é o samba, com a malandragem característica do estilo, que se relaciona com a temática da gíria por ser um ritmo popular que frequentemente aborda temas do cotidiano e da cultura de rua.

05 – Como a música retrata a diversidade da linguagem popular?

      A música retrata a diversidade da linguagem popular ao apresentar uma grande variedade de gírias, mostrando como a linguagem se adapta e se transforma em diferentes contextos sociais.

06 – Qual a importância de Bezerra da Silva para a música popular brasileira e como ele aborda a questão da gíria em suas canções?

      Bezerra da Silva foi um importante sambista que ficou conhecido por suas letras que retratavam o cotidiano das favelas e a linguagem popular. Ele abordava a questão da gíria em suas canções como forma de valorizar a cultura e a identidade do povo.

07 – O que significa a expressão "A Gíria É Cultura Do Povo"?

      A expressão "A Gíria É Cultura Do Povo" significa que as gírias fazem parte da cultura de um povo, ou seja, as gírias são expressões de um povo e de sua cultura, sendo uma forma de comunicação própria e carregada de significados.

 

NOTÍCIA: QUANDO E ONDE SURGIU O PRIMEIRO SELO DE CORREIO? (FRAGMENTO) - REDAÇÃO MUNDO ESTRANHO - COM GABARITO

 Notícia: Quando e onde surgiu o primeiro selo de correio? – Fragmento

Por Redação Mundo Estranho

Atualizado em 22 fev. 2024, 11h01 - Publicado em 18 abr. 2011, 18h54

        O primeiro selo reconhecido oficialmente pelos historiadores surgiu na Inglaterra em 1840. Naquela época, enviar cartas era um processo caro e demorado, com as tarifas dependendo do peso da correspondência e da distância até o destinatário, sendo calculadas por meio de fórmulas complicadas.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMjre1SxuD1gHbV7jacW2TYPLs53S1ViB5ktr68y2EVLaQH7jCo8SS-2rCRQAyZek-R0nYQ3jVMZg-bweTYWJ7pjkAOVp9uy-D7zDtnILCvMCX-0JMkI5sJagihgerNWvW0gBx2W_qmlJqJDoFBKMB0P5vv-OVBwn-fiV7eD2nujEDuOGHx2uWIxoRCXM/s320/SELO.jpg


        Antes de receber sua carta, o destinatário tinha que pagar pelo serviço – e muitos se recusavam a fazer isso, dando prejuízo aos correios. Para resolver o problema, o educador e administrador Rowland elaborou uma proposta de reforma postal. Ele sugeriu a redução das tarifas e a adoção de um preço uniforme, independente da distância entre remetente e destinatário. O valor também só seria cobrado na hora da postagem, sendo que um pequeno papel autoadesivo colado ao envelope comprovaria o pagamento.

        [...]

        O Penny Black – como ficou conhecido esse primeiro selo – foi lançado para o público em 1º de maio daquele ano.  [...] .

Quando e onde surgiu o primeiro selo de correio? Revista Mundo Estranho. São Paulo: Abril, fev. 2003. p. 49. Extraído do site: http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_286372.shtml. Acesso em: 25 jan. 2011.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 34.

Entendendo a notícia:

01 – Onde e quando surgiu o primeiro selo de correio reconhecido oficialmente?

      O primeiro selo de correio reconhecido oficialmente surgiu na Inglaterra, em 1840.

02 – Qual era o problema com o sistema de envio de cartas antes da criação do selo?

      Antes da criação do selo, o envio de cartas era caro e demorado, com tarifas que dependiam do peso da correspondência e da distância, além de serem calculadas por fórmulas complicadas. O destinatário precisava pagar pelo serviço antes de receber a carta, e muitos se recusavam, causando prejuízo aos correios.

03 – Quem foi o responsável pela proposta de reforma postal que levou à criação do selo?

      O educador e administrador Rowland Hill elaborou a proposta de reforma postal.

04 – Quais foram as principais mudanças introduzidas pela reforma postal?

      A reforma postal introduziu a redução das tarifas, a adoção de um preço uniforme independente da distância, e a cobrança do valor no momento da postagem, comprovada por um pequeno papel autoadesivo colado ao envelope.

05 – Qual era o nome do primeiro selo de correio e quando ele foi lançado ao público?

      O primeiro selo de correio era conhecido como "Penny Black" e foi lançado ao público em 1º de maio de 1840.

 

 

CONTO: UMAMENINA CHAMADA CHAPEUZINHO AZUL - FRAGMENTO - FLAVIO DE SOUZA - COM GABARITO

 Conto: UMA MENINA CHAMADA CHAPEUZINHO AZUL – Fragmento

            Flavio de Souza

        Aposto que você adivinhou que essa menina conhecida pelo apelido de Chapeuzinho Azul era irmã daquela outra menina conhecida pelo apelido de Chapeuzinho Vermelho.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicR25ZIRZfICRJew-qtxsK4teBIaPaja79KKzgyNskJbXqtMPf95C10_ocMOt3yMz6ijMCpj6bEmAaoC8ZO6GXso1EvOn4Rm48vezxPs3G-VgCPhkouwKSJue5pgdHfxbtB8dyiCgCVm3H0jTh_ylGDTCGaVXY15flj1PWhsG157oXOJsH3_oBf0XU2ts/s320/CHAPEU.jpg


        As duas meninas ganharam seus chapeuzinhos no mesmo dia. Foi no Dia da Criança de mil, seiscentos e me esqueci. Elas gostaram tanto de ganhar seus chapeuzinhos que até se esqueceram de ficar bravas porque não tinham ganhado as bonecas que tanto queriam.

        Esses chapeuzinhos na verdade eram duas capinhas com capuz, mas todo mundo conhece a história da menina que ganhou a roupinha vermelha como “Chapeuzinho Vermelho”, então vamos fingir que as capinhas com capuz eram chapeuzinhos, está bem?

        Naquele dia em que a menina do chapeuzinho vermelho saiu de casa para levar doces para a vovozinha que estava doente e se encontrou com o lobo etc. e tal, a irmã dela ficou em casa. Ela passou o dia todo no quarto porque estava com gripe.

        Ninguém nunca ouviu falar na Chapeuzinho Azul porque ela nunca teve um dia tão agitado como o da irmã dela. Ninguém nunca ouviu falar também do pai das duas meninas porque quando a Chapeuzinho Vermelho foi pela estrada afora bem sozinha, o pai dela estava na cidade, que ficava não muito ali por perto. Ele saía de casa todo dia bem cedinho e só voltava de noite. Porque trabalhava, junto com muitos outros homens, na construção de uma ponte que estava sendo feita sobre um grande rio.

        Ninguém nunca ficou sabendo também que a Chapeuzinho Vermelho tinha uma outra avó. Isso é fácil de imaginar, porque afinal as crianças geralmente têm duas avós, a mãe da mãe e a mãe do pai. Essa outra avó era mãe do pai. Aquela que quase virou comida de lobo era a mãe da mãe.

        Essa outra avó das Chapeuzinhos se chamava Iolanda, mas todo mundo a chamava de Vó Gorda, você pode imaginar por quê, né?!! Mas, ela não se importava com esse apelido, e até achava graça. Então, a Vó Gorda saiu lá da casinha dela com uma cestinha de doces para levar para a Chapeuzinho Azul que, como eu já contei, estava gripada, coitadinha.

        No caminho para a casa da netinha, a avó se encontrou com um lobo. Um lobo tão Lobo Mau quanto aquele que enganou a Chapeuzinho Vermelho. E esse outro Lobo Mau tentou enganar a Vó Gorda, dizendo para ela ir pelo caminho da floresta. Mas como ela não era boba, foi pelo caminho mais curto e chegou antes do Lobo Mau. E quando ele chegou pronto para comer a Chapeuzinho Azul e a avó dela, deu de cara com o pai das meninas, que já tinha voltado do trabalho. Ele estava esperando pelo lobo na frente da casa com sua espingarda em punho. Lá dentro a Chapeuzinho Azul, a mãe dela e a Vó Gorda espiavam pela janela e riam.

        O lobo, que era tão Lobo Mau quanto o outro, mas também tão esperto quanto a Vó Gorda, quando viu a espingarda, deu um tchauzinho de longe e deu no pé. Na noite desse mesmo dia, a Chapeuzinho Vermelho chegou acompanhada pelo caçador e contou sua aventura. Foi por isso que os pais das meninas nunca mais deixaram as duas andarem sozinhas pela floresta.

        Depois do jantar, as duas irmãs pediram para comer os doces que a Vó Gorda tinha trazido em sua cestinha. Mas ela deu uma gargalhada e confessou que tinha ficado com fome no caminho e foi beliscando, beliscando, beliscando e, quando chegou, a cesta já estava vazia.

        [...]

Flávio de Souza, livro: Que história é essa? 2: novas histórias, adivinhações, charadas, enigmas, curiosidades, diversões e desafios com personagens de contos antigos. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. p. 70-71.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 52-53.

Entendendo o conto:

01 – Qual a relação entre Chapeuzinho Azul e Chapeuzinho Vermelho?

      Chapeuzinho Azul e Chapeuzinho Vermelho são irmãs.

02 – Por que Chapeuzinho Azul não teve um dia agitado como sua irmã?

      Chapeuzinho Azul passou o dia em casa porque estava com gripe, enquanto Chapeuzinho Vermelho saiu para levar doces para a avó e encontrou o lobo.

03 – Onde estava o pai das meninas quando Chapeuzinho Vermelho saiu pela floresta?

      O pai das meninas estava na cidade, trabalhando na construção de uma ponte sobre um rio.

04 – Quem era a outra avó das Chapeuzinhos e por que ela tinha esse apelido?

      A outra avó das Chapeuzinhos era a mãe do pai delas, chamada Iolanda, mas conhecida como Vó Gorda devido ao seu peso.

05 – Como a Vó Gorda escapou do Lobo Mau?

      A Vó Gorda foi pelo caminho mais curto em vez do caminho da floresta, chegando à casa da Chapeuzinho Azul antes do Lobo Mau.

06 – Quem protegeu Chapeuzinho Azul e a Vó Gorda do Lobo Mau?

      O pai das meninas, que havia voltado do trabalho, protegeu-as do Lobo Mau com sua espingarda.

07 – O que aconteceu com os doces que a Vó Gorda levava para Chapeuzinho Azul?

      A Vó Gorda comeu todos os doces no caminho, pois ficou com fome.

 

CONTO: CHAPEUZINHO AMARELO - (FRAGMENTO) - CHICO BUARQUE - COM GABARITO

 Conto: Chapeuzinho Amarelo – Fragmento 

           Chico Buarque

[...]

E Chapeuzinho amarelo,
de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com LOBO,
de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO,
e principalmente um bocão
tão grande que era capaz de comer duas avós,
um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz…
E um chapéu de sobremesa.

[...].

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM4DIB5T4PDIMbuPIAJTWQKeYAZPYZEI17q28u2VZb9SjQj3XYVMFnujLptI7m6m0pI3Q58Z6ywJli2uOhBypRzIo4ScfNwQpUzKIejyNkf4MeXvUnu-FJFbLoxeMlu8i88gIbavszRhgkAFDpUmuPvxcIJxPGMs4L4srLWdP_i64wxlY3XhR7_ccePlY/s1600/CHAPEUZINHO.jpg


Chico Buarque. Chapeuzinho Amarelo. Rio de Janeiro: José Olympio, 2004.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 89.

Entendendo o conto:

01 – Qual o principal medo de Chapeuzinho Amarelo?

      O principal medo de Chapeuzinho Amarelo é o Lobo Mau.

02 – O que Chapeuzinho Amarelo fazia devido ao medo do lobo?

      Chapeuzinho Amarelo pensava, sonhava e esperava pelo lobo constantemente.

03 – Como o lobo é descrito no conto?

      O lobo é descrito com "carão de LOBO, olhão de LOBO, jeitão de LOBO" e um bocão capaz de comer duas avós, um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz e um chapéu de sobremesa.

04 – O que o tamanho da boca do lobo sugere?

      O tamanho exagerado da boca do lobo sugere a intensidade do medo de Chapeuzinho Amarelo, que imagina o lobo como uma criatura monstruosa e capaz de tudo.

05 – Qual a diferença entre este lobo e o lobo da história tradicional da Chapeuzinho Vermelho?

      Este lobo é uma criação da imaginação de Chapeuzinho Amarelo, amplificada pelo medo, enquanto o lobo da história tradicional é um personagem real que interage com a protagonista.

 

 

POESIA: O GATO - MARINA COLASANTI - COM GABARITO

 Poesia: O Gato

            Marina Colasanti

No alto do muro

pulando no escuro

miando no mato

entrando em apuro

é o gato, seguro.

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglqvYc9Vt-0TIjTHhZ_B907p32VQdDg9ZzYcDkP2ANr7hbIdWjO5Xi_h4k7N1gRkdZ7-9F0C454_7x8l5V5UpO_WDjyKFnEPHDfP3s__Y-YIjW_zNU4iFrGlgwBBXQz3A4bQERWhhtTiTEnU7a8gnNSC-eCSujsQ4J_6pdEE89y57oTKO5qz-BAdVmw2o/s1600/GATO.jpg

De antigo passado

e jeito futuro

movimento puro

ar sofisticado

é o gato, de fato.

 

Só pode ser gato

esse bicho exato

acrobata nato

que só cai de quatro.

Marina Colasanti. O gato. In: Marina Colasanti e outros. Caminho da poesia, São Paulo: Global, 2006.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 92.

Entendendo a poesia:

01 – Quais características do gato são destacadas na primeira estrofe?

      A primeira estrofe destaca a agilidade e a capacidade do gato de se mover em diferentes ambientes: "No alto do muro / pulando no escuro / miando no mato / entrando em apuro / é o gato, seguro."

02 – Como o poema descreve a natureza do gato na segunda estrofe?

      A segunda estrofe descreve a natureza do gato como uma mistura de características antigas e modernas, com movimento puro e ar sofisticado: "De antigo passado / e jeito futuro / movimento puro / ar sofisticado / é o gato, de fato."

03 – O que a terceira estrofe enfatiza sobre o gato?

      A terceira estrofe enfatiza a exclusividade do gato, sua precisão e habilidade acrobática: "Só pode ser gato / esse bicho exato / acrobata nato / que só cai de quatro."

04 – Qual a imagem geral do gato que o poema constrói?

      O poema constrói a imagem de um animal ágil, misterioso, elegante e habilidoso, com uma natureza única e inconfundível.

05 – Qual a importância da repetição da frase "é o gato" no poema?

      A repetição da frase "é o gato" reforça a identidade do animal como o tema central do poema, destacando suas características e presença marcante.

 

 

SINOPSE: LIVRO PÉROLAS NEGRAS - MARCOS LOSNAK - COM GABARITO

 Sinopse: Livro Pérolas negras

               Marcos Losnak

        Os tradicionais livros de histórias infantis estão repletos de princesas. Todas lindas e maravilhosas. Todas de cabelos loiros, cachinhos dourados, olhos azuis e pele cor de leite.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2MWH1HuafdRkVLh8U0A0oS7RV0jlcGYLnOxhSVC7ZqAbt82dz7gln_2mmIcL277uTqW92ARxK_wFuIZqhhRh2peImlNSfCOVcY3yc4XyjJpdv4q71SN_YmTLan5n7zXAIe-NIDzphEzweHNANqzz3vX-4ddWRmvGIaaqb8a0wajersDC7Am240A3ZjoY/s320/princesas-disney-1505332621094_v2_3x4.jpg


        A pequena Stephanie adorava as princesas dos contos de fadas. Seu grande sonho era ser também uma bela princesa. Ou quem sabe uma chique rainha.

        O drama de Stephanie era que, por ter a pele negra e cabelo preto todo enrolado, não acreditava que poderia ser uma princesa. Muito menos rainha. Sua aparência era muito diferente da beleza presente nos contos de fadas.

        Mas a menina começa a pensar diferente quando passa uma temporada com a avó. A velha senhora, vendo a agonia da garotinha, revela que nunca existiram apenas princesas de pele branca.

        A avó, para enaltecer a identidade e a autoestima da neta, revela que também sempre existiram princesas e rainhas negras, de cabelo preto todo enrolado. Algumas viveram na África. Outras viveram no Brasil trazidas como escravas no período da colonização portuguesa.

        A história de Stephanie é narrada por Luiz Antônio em Uma princesa nada boba, livro infantil que acaba de ser lançado pela editora Cosac Naify com ilustrações de Biel Carpenter. A história de uma menina que se olha no espelho e não se reconhece nos padrões de beleza europeia. E pela simples falta de informação, não sabe da existência das belas pérolas negras.

Marcos Losnak. Pérolas Negras. Folha de Londrina, 22 nov. 2011. Folha 2, p. 4.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 98.

Entendendo a sinopse:

01 – Qual o problema de Stephanie em relação aos contos de fadas?

      Stephanie, por ter pele negra e cabelo preto enrolado, não se via representada nas princesas dos contos de fadas, que geralmente são brancas, loiras e de olhos azuis.

02 – Qual o sonho de Stephanie?

      O grande sonho de Stephanie era ser uma princesa ou uma rainha.

03 – Quem ajuda Stephanie a mudar sua perspectiva sobre a beleza?

      A avó de Stephanie a ajuda a mudar sua perspectiva, revelando que também existiram princesas e rainhas negras.

04 – Onde viveram as princesas e rainhas negras mencionadas pela avó?

      Algumas princesas e rainhas negras viveram na África, enquanto outras foram trazidas para o Brasil como escravas durante a colonização portuguesa.

05 – Qual o título do livro que narra a história de Stephanie?

      O título do livro é "Uma princesa nada boba".

06 – Quem é o autor do livro?

      O autor do livro é Luiz Antônio.

07 – Qual a mensagem principal do livro?

      A mensagem principal do livro é sobre a importância da representatividade e da valorização da identidade negra, mostrando que a beleza não se limita aos padrões europeus.

 

quinta-feira, 6 de março de 2025

MÚSICA(ATIVIDADES): VAI PASSAR - CHICO BUARQUE - COM GABARITO

 Música (Atividades): Vai Passar

             Chico Buarque

Vai passar
Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade
Essa noite vai se arrepiar

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8F0cGDudiBFDTX8moExXf4gDu0At37K_GSBW_WNQkffbSUe0SwoJDTiDOpbIBi6CC-qioVjdbmXPrZhrdNDoh3pp2kvJaHdnH-0zKWusKmbN7tZJzaVgLj4MZ1IliscdRblF7GgcPqfg_ZNr-fbzhuqlBkRlKPS9DKHvceECO2PLX6OgEGtm-aXJ5MSs/s320/CHICO.jpg


Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais

Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações

Dormia
A nossa pátria-mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais

E um dia afinal
Tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval

O carnaval, o carnaval (vai passar)
Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do Boulevard

Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear

Ai que vida boa, ô lerê
Ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar

Ai que vida boa, ô lerê
Ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar

Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade
Essa noite vai se arrepiar

Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais

No tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações

Dormia
A nossa pátria-mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais

E um dia afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval

O carnaval, o carnaval (vai passar)
Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do Boulevard

Meus Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear

Ai que vida boa, ô lêrê
Ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar

Ai que vida boa, ô lêrê
Ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar

Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade
Essa noite vai se arrepiar

Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais

No tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações

Dormia
A nossa pátria-mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais

E um dia afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval

O carnaval, o carnaval (vai passar)
Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do Boulevard

Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear.

Composição: Chico Buarque / Francis Hime.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 576.

Atividades da música:

01 – Qual o tema central da música "Vai Passar"?

      A música aborda a esperança de superação de um período sombrio da história do Brasil, marcado pela ditadura militar, e a celebração da liberdade.

02 – Qual a metáfora utilizada para representar o período de opressão na música?

      A metáfora utilizada é "Página infeliz da nossa história", representando um tempo de tristeza e repressão.

03 – O que representa o carnaval na música?

      O carnaval representa um momento de alegria e libertação, uma "ofegante epidemia" de felicidade que surge após um período de sofrimento.

04 – Quem são os personagens mencionados na música, como "barões famintos" e "napoleões retintos"?

      Esses personagens representam diferentes grupos sociais e figuras de poder que participaram ou foram afetados pelo período da ditadura.

05 – Qual a importância da "avenida" mencionada na música?

      A avenida representa o palco onde a história se desenrola, onde "sambas imortais" passaram e onde a esperança de um futuro melhor se manifesta.

06 – Qual a mensagem de esperança transmitida pela música?

      A mensagem é de que, apesar das dificuldades e do sofrimento, a liberdade e a alegria ("o dia clarear") prevalecerão.

07 – O que significa a expressão "sanatório geral" no contexto da música?

      "Sanatório geral" pode ser interpretado como uma representação da loucura e do caos do período da ditadura, e o "estandarte" simboliza a superação desse estado.

08 – Qual o significado dos "paralelepípedos da velha cidade" se arrepiarem?

      Os paralelepípedos representam a história da cidade, e o fato de se arrepiarem simboliza a emoção e a memória dos eventos históricos que ali ocorreram.

09 – Como a música retrata a reação da "pátria-mãe" durante o período de opressão?

      A música retrata a "pátria-mãe" como distraída e sendo "subtraída em tenebrosas transações", ou seja, alheia aos acontecimentos e sofrendo com a corrupção e a repressão.

10 – Qual o sentimento predominante na música "Vai Passar"?

      O sentimento predominante é de esperança e celebração da liberdade, com a certeza de que o período sombrio será superado.

 

CONTO: INSÔNIA - GRACILIANO RAMOS - COM GABARITO

 Conto: Insônia

            Graciliano Ramos

        A mulher desapertava a roupa, despia-se cantando, e eu me conservava distante, encabulado, tentando desamarrar o cordão do sapato, que tinha dado um nó. Não podia descalçar-me e olhava estupidamente um despertador que trabalhava muito depressa. Os ponteiros avançavam e o laço do sapato não queria desatar-se.

        O professor explicava a lição comprida numa voz dura de matraca, falava como se mastigasse pedras.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzmnlW7CN93KWUvY-WvoX9MA-BVTN35vT6k67HZrzIGuJTbwTdf3cfa2Tk_zD0Hu7zLczVdEQpKW635hlamDwxak4OWBtavoLok7HiolBll5fzPtni0zld68nXCSF3fx61i4I4Rs4dyhfnzjn81q2vprTOVLviKA4_ux16Nyh8GIxq_eU8tHWNVWYTqRg/s320/PROFE.jpg


        O político influente entregava-me a carta de recomendação. Eu, gaguejava um agradecimento difícil, atrapalhava-me por causa da datilógrafa bonita, descia a escada perseguido pelos óculos de um secretário e pelo tique-taque da máquina de escrever.

        Tudo se confunde. A rapariga que se despia, o professor, o político, misturam-se. A criança doente, os enfermeiros, os médicos, o homem dos esparadrapos, não se distinguem das árvores, dos telhados, do céu, das igrejas.

        Vou diluir-me, deixar a coberta, subir na poeira luminosa das réstias, perder-me nos gemidos, nos gritos, nas vozes longínquas, nas pancadas medonhas do relógio velho.

Graciliano Ramos. Insônia. São Paulo: Record, 1976.

Fonte: Português – Novas Palavras – Ensino Médio – Emília Amaral; Mauro Ferreira; Ricardo Leite; Severino Antônio – Vol. Único – FTD – São Paulo – 2ª edição. 2003. p. 546.

Entendendo o conto:

01 – Qual é o tema central do conto "Insônia"?

      O conto explora a angústia e a confusão mental de um indivíduo que sofre de insônia, misturando realidade e delírio.

02 – Quais elementos da narrativa contribuem para a atmosfera de confusão e angústia?

      A mistura de cenas desconexas, a sensação de tempo acelerado (o despertador), a dificuldade em realizar ações simples (desamarrar o sapato) e a fusão de personagens e objetos contribuem para essa atmosfera.

03 – Como o protagonista se sente em relação às pessoas ao seu redor?

      O protagonista se sente distante e encabulado em relação à mulher, e intimidado e atrapalhado nas interações com o professor e o político.

04 – Qual é a relação do protagonista com o tempo no conto?

      O tempo parece acelerado e opressor para o protagonista, simbolizado pelo despertador que "trabalha muito depressa".

05 – O que a mistura de personagens e cenários representa no conto?

      A mistura de personagens e cenários representa a desintegração da realidade na mente do protagonista, um sintoma da insônia e da angústia que ele sente.

06 – Qual é o significado da frase "Vou diluir-me, deixar a coberta, subir na poeira luminosa das réstias, perder-me nos gemidos, nos gritos, nas vozes longínquas, nas pancadas medonhas do relógio velho"?

      Essa frase representa o desejo do protagonista de se libertar da angústia e da confusão, fundindo-se com o ambiente e perdendo a própria identidade.

07 – Como a linguagem de Graciliano Ramos contribui para a construção do conto?

      A linguagem concisa e precisa de Graciliano Ramos, com frases curtas e diretas, intensifica a sensação de angústia e confusão, transmitindo a experiência da insônia de forma vívida e impactante.